2012/03/24

Cacharolete de primavera


Protea
Groselheira
Frésias brancas
Frésias (Freesia refracta), brancas e amarelas
Malmequeres; Margaridas
couve lombarda
Jarro
Flor de cera
Forsítia (Forsythia x intermedia) também conhecida por sino dourado
Túlipa (Tulipa) - floração de março até junho
Jacinto (Hyacinthus orientalis); floração de abril até maio, pois!
Loureiro em flor
Cerejeira em flor
Sra. do monte - Cortes-S.Mamede
rebentos de pinheiro manso
Cheguei a casa, já ao cair da tarde, lembrei-me que a primavera já tinha começado e que seria um bom ensejo para começar a fazer o inventário anual das plantas e flores do meu jardim, naquele preciso momento.

Aqui fica, então, a nota fotográfica do que foi inventariado.
Mais logo, talvez, venha acabar esta peça, já que lhe falta a indicação dos nomes das flores e plantas e o local exato onde se encontram.
Se alguém se quiser dar ao trabalho de ir ajudando nessas anotações pois então seria uma boa ajuda. Ando um bocado desmemoriado e evitava ter de me socorrer dos meus apontamentos e enciclopédias.
Também aqui posso deixar nota dum blogue onde tenho publicado, para memória futura (pelo menos a minha), vários apontamentos acerca deste meu jardim:
http://diariodumjardim.blogspot.com/

@as-nunes  

2012/03/22

Leiria a mudar de sítio e de mãos


Era uma vez uma cidade que tinha um Castelo no cimo dum morro, que se via de todos os lados, um Centro Histórico que fervilhava de gente e comércio, vida comunitária, às Terças e Sábados era um corropio pelo Mercado, Rua Direita, João de Deus, Av. Combatentes da Grande Guerra, Correios, Praça Rodrigues Lobo e seus cafés e lojas de ferragens e farmácias, Rua D. Dinis, Largo da Sé, Largo Goa Damão e Diu, Av. Heróis de Angola...
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Hoje, Leiria, mudou-se de armas e bagagens para a chamada zona comercial, com o seu enorme Shopping Center onde as pessoas passaram a comprar tudo, a marcar encontros, a comer, a ver cinema, a passearem nas avenidas artificiais e iguaizinhas a tantas outras dos outros Shoppings espalhados pelo país. Há momentos em que até perdemos a noção se estamos em Leiria ou em Lisboa ou no Porto ou noutra cidade qualquer. 


Os acessos rodoviários concebidos para encarreirar as pessoas para o Shopping usando a A1, A8, A17, A19 e os IC2, IC9, IC36, todos interligados num gigantesco nó górdio à volta da cidade.


Autómatos é no que as pessoas se estão a transformar. A reagir aos apelos da sociedade de consumo, a comprar barato e para usar uma ou duas vezes, deixando-se enredar nesta teia de comprar para deitar fora, logo a seguir voltar a comprar, é barato pode-se comprar e deitar fora, não é preciso fazer contas, compra-se porque é barato e pronto. E a deixar a urbe Leiriense às moscas, aos pardais, aos pombos e aos escombros das casas da zona histórica que não tarda caem que nem tordos, que ninguém se incomoda com a sua recuperação autêntica. Os abutres já se vêm nos seus voos circulares à espreita que a presa perca as suas forças, aproxima-se o tempo em que todo o centro histórico passará por tuta e meia para as mãos de meia dúzia de endinheirados que se irão voltar a pavonear na cidade quando o vulgo tiver abandonado o centro, exausto, particulares, proprietários e pequenos comerciantes.


Voltando ao Shopping; além disso há os cartões de crédito. Aos montes!
Esquecem-se que ao pagarem o saldo dum cartão de crédito com outro cartão de crédito estão a aumentar a sua dívida em 20 e tal por cento.


Assim não há orçamentos que resistam!
Muito menos em momentos de crise declarada como a que estamos a atravessar!
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Fotos tiradas do Alto dos Capuchos
---------------------------------------------Em tempo ----------------------------------------------------------------


Nem de propósito. 
Comprei hoje (23 de Março 2012) o "Jornal de Leiria" para ver se me mantenho mais ao corrente do que se vai passando aqui nesta zona e dei logo com a minha atenção na seguinte manchete:
Álvaro Pereira, presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande
O shopping de Leiria secou tudo à volta


Mais na pág. 17 do jornal.


@as-nunes  

2012/03/21

Leiria do Lis e das árvores que o ladeiam

 
 

mais um dia mundial
agora à poesia dedicado
minha inspiração frugal
não me traz nenhum recado


nas minhas veias só correm
imagens de tudo o que vêem
e dessa forma só fazem
versos que delas provêem

antónio s nunes
@as-nunes  

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2012/03/20

Jardim do Victor e da Teresa, em Orgens, Viseu

Depois do almoço de aniversário do pai Daniel, fomos até casa do meu irmão Victor.
À entrada deparei-me, do outro lado da rua, mato em bruto, a Natureza nua e crua, com as primeiras giestas brancas deste ano. Em fundo, o tojo em flor.

E estas magníficas magnólias

E este arbusto (tenho que consultar a minha enciclopédia, que agora não me lembro do nome)? 

Estas camélias são as clássicas cá da terra, mas estão muito bonitas, dignas de se repousar nelas o olhar e o pensamento!

Flores de Cerejeira.

 Ex aequo com uma composição anterior.
O entardecer, para poente, na direção das Serras do Caramulo e das de Arada, Gralheira, Montemuro (lá para os lados de S. Pedro do Sul e Paiva), estava farrusco, mas a mescla de cinza com branco em laivos de azul  transmitia muita fantasia poética, também nostalgia àquele belíssimo e eterno horizonte beirão.
@as-nunes    
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2012/03/19

Olá pai, com que então comemorou ontem 88 anos?



O meu pai, Daniel ,  ontem, no dia da comemoração do seu 88º aniversário. Oficialmente nasceu em 13 de Março de 1924.
Hoje (dia do pai), já sei que está na mesma, em forma...


Alguns membros que compõem a sua família, os filhos (António, Lourdes, Sildina, Vitor, Isabel), noras e genros, netos e bisnetos.


As irmãs (Judite e Céu) e o seu cunhado Maia também estavam presentes no Restaurante ...Sol, entre Travanca de Bodiosa e Oliveira de Baixo (na estrada que liga Viseu a S. Pedro do Sul). 
Serviço simples, prático, económico q.b. e simpatia.
O dia estava de Sol, algum frio, não tanto como seria natural para esta altura do ano em Viseu.   

Mais um excecional dia de convívio familiar, como só o meu pai é capaz de proporcionar, por altura do seu aniversário, há já muitos anos a esta parte.
Claro,  não esquecendo os casamentos e batizados na família.
E os funerais, que também fazem parte da vida…

2012/03/17

Egito Gonçalves, lá fora a vida vai continuar...

uma oliveira mais que centenária 
(quiçá 500 ou mais anos de vida) 
a primavera aí vem ela
terra lavrada mas ressequida
mal-me-queres de cor amarela
belas e alvas flores de ameixoeira
as-nunes
-
Entre mim e a minha morte
Há ainda um copo de crepúsculo.
Talvez pequenas coisas
Ainda respirem, não as distingo,
Há uma névoa que me mantém na sombra.
Sei que lá fora as árvores
Dançam ao vento, o que perdem
No outono ganham na primavera.
Nós vamos deixando pelo caminho
Os farrapos da pele
.(incompleto)

Egito gonçalves
Ed. Campo das letras - 2006
ENTRE MIM E A MINHA MORTE HÁ AINDA UM COPO DE CREPÚSCULO
Prefácio: Manuel António Pina (*)


José Egito de Oliveira Gonçalves (Matosinhos, 8 de Abril de 1920 — Porto, 29 de Janeiro de 2001), mais conhecido por Egito Gonçalves, foi um poeta, editor e tradutor.


Publicou os primeiros livros na década de 1950. Teve como atividade profissional a administração de uma editora.

A sua intensa atividade de divulgação cultural e literária concretizou-se, a partir dos anos 50, na fundação e/ou direção de diversas revistas literárias, como A Serpente (1951), Árvore (1952-54), Notícias do Bloqueio (1957-61), Plano (1965-68, publicada pelo Cineclube do Porto) e Limiar. Em 1977 foi-lhe atribuído o Prémio de Tradução Calouste Gulbenkian, da Academia das Ciências de Lisboa pela seleção de Poemas da Resistência Chilena e, em 1985, recebeu o Prémio Internacional  Nicola Vaptzarov, da União de Escritores Búlgaros.
Em  1995 obteve o Prémio de Poesia do Pen Clube, o Prémio Eça de Queirós e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores com o  livro  E No Entanto Move-se. A sua obra encontra-se traduzida em francês, polaco, búlgaro, inglês, turco, romeno, catalão e castelhano.
Faleceu em 2001, e o seu último livro, Entre Mim e a Minha Morte Há Ainda um Copo de Crepúsculo (*), foi editado cinco anos depois.
(texto elaborado pelos serviços de apoio ao grupo de poetas de Alcanena, Biblioteca Municipal; autor a ser  estudado no próximo encontro deste grupo, em 31 de março corrente, sob a coordenação do dr. Óscar Martins, Diretor daquela biblioteca)

nota:
(*) O Prefácio de Manuel António Pina, é um hino à amizade, ao culto do mérito das pessoas como tal, em primeiro lugar, logo a seguir, ao seu mérito intelectual e literário.
Gostei, sobremaneira, desta parte desse seu "Escrito de memória":
...
"Depois de Egito, conheci muitos outros poetas (e muitos deles dispensava bem tê-los conhecido...). Hoje orgulho-me, ou nem por isso, de me dar com raros poetas. Aos poucos, comecei a estar-me nas tintas para os poetas. Hoje não me dou com poetas, dou-me com algumas pessoas que acontece serem poetas, dando-me com as pessoas que são, e não com os poetas que também sejam;  esta não é decerto uma pequena diferença."
...
-
AO -  continuo a tentar aplicar o novo acordo ortográfico.
@as-nunes   

2012/03/13

Leiria, a sua fonte luminosa, a ameixoeira em flor e um Volkswagen desportivo



Todo este conjunto de luz, cor e contrastes, tudo isto é Leiria, naquele preciso momento...
-
Bem, penso eu que é um Volkswagen, pelas linhas diria que sim, mas...
@as-nunes 

2012/03/11

Subjetividade e objetividade na linha do pêndulo


TARDE


Um pássaro de luz brinca nos teus olhos
Adormecidos sobre a relva
Enquanto para além do crivo da folhagem
Pequenos sons arranham o silêncio.


Sobre a base da nora ferrugenta
Ouço a meu lado o escorrer do rio.


O vento desliza ao de leve sobre o trigo...
E tudo isto seria uma bucólica
Perfeita tarde de domingo
Se não me viesse a mágica sensação
De que o rio era sangue e eu te perdera.


Egito Gonçalves
Antologia Poética 1950-1990
O Pêndulo Afectivo


(poeta em estudo este mês, pelo Grupo de Poetas de Alcanena na
Biblioteca Municipal)

2012/03/09

Sem mais de momento


Para lá do horizonte crepuscular, 
neste preciso momento, 
o que se estará a passar?
-
Duas horas e tal depois, 
ainda não tinha tomado conhecimento 
de nada 
a não ser 
que a Terra 
continua a girar!...
-
Ou, de como de consumidor inveterado de noticiários, uns atrás dos outros, já consigo passar horas e horas sem saber o que se passa no mundo...

2012/03/07

Finalmente: Largo da Sé de Leiria sem estaleiro




Finalmente.
Um dos ícones de Leiria, o seu largo da Sé, está, finalmente, desimpedido dum inestético estaleiro que lá foi montado há uma quantidade de anos e que lá se manteve, contra a vontade da população. Quanto a mim esse estaleiro podia e devia ter sido instalado noutro local, que não o Largo da Sé, uma das principais salas de visita de Leiria.


Hoje mesmo deparei-me com novas placas sinalizadoras no Centro Histórico. 
Boa ideia, principalmente porque têm como função primordial servir de guia para os visitantes que circulam a pé pela cidade.
@as-nunes

Oração da noite...


Esta noite, 
uma destas noites, 
fui à varanda 
e fotografei 
(pela enésima vez...)
a vista do lado de lá, 
na margem direita do rio Lis, 
máquina montada num tripé,
do lado de cá
da Barreira,
4 segundos 
a absorver a 
luz da noite
as pessoas em repouso


que tenham passado
uma noite feliz
e descansada...


Ámen 
@as-nunes

2012/03/06

Leiria: Rotunda do Sinaleiro ao longo dos tempos


Era assim o cruzamento vital da circulação rodoviária que atravessava Leiria, tal como me lembro dos anos 60 do século passado, quando cheguei a estas paragens, vindo eu diretamente das terras Viseenses e de Viriato. Por aqui passava a Estrada Nacional número um, que ligava Lisboa ao Porto. Quantas peripécias viveram os polícias sinaleiros que prestaram serviço no cimo daquela peanha!
Vê-se nitidamente o tamanho dum choupo que se encontrava mais ou menos no sítio da atual estátua ao Pastor Peregrino.
Rotunda do Sinaleiro - 2010. 
Antes da atribuição deste topónimo era a rotunda do Largo Alexandre Herculano e tinha esta configuração esquisita. Ainda a fachada do antigo e majestoso Hotel Lis tinha a bela apresentação que se pode observar na fotografia.


 A rotunda do Sinaleiro, tal como se apresenta hoje.
No ensejo desta nota evocativa de Alexandre Herculano é oportuno referenciar-se que:
"- Na parede do átrio do Teatro D. Maria Pia foi colocada uma placa comemorativa do 1º Centenário de Alexandre Herculano, como consta da acta da reunião realizada em 6.5.1910." João Cabral - Anais do Município de Leiria, vol. II - 2ª Edição 1993, CMLeiria. (link)

Placa evocativa do Centenário de Alexandre Herculano, recentemente colocada na rotunda do Sinaleiro, na fronteira com o largo da fonte luminosa (parte integrante da Praça Goa, Damão e Diu), no local onde se situava o Teatro D. Maria Pia, barbaramente demolido à força, em 1959.
Esta placa foi inicialmente colocada no próprio Largo com o mesmo nome, mais conhecido pela célebre fonte das três bicas ou das carrancas. Posteriormente foi retirada e esteve abandonada durante décadas no Castelo de Leiria (v. entradas sobre Alexandre Herculano).
-
nota: 
Mais informação se pode recolher consultando "O Polícia Sinaleiro em Leiria - Abordagem histórica", Ed, da Junta de Freguesia de Leiria - 2008.
@as-nunes

2012/03/04

PT: pago 15 Mb/s e é isto! ... e a TDT?



Se isto não é roubalheira, o que será então?!...
- Já agora:

TDT - A vergonha nacional... sabiam disto? 




"TDT é um imposto disfarçado para ver televisão".
Ontem, num debate proposto pelo PCP sobre a TDT (Televisão Digital Terrestre) ficou provado, mais uma vez, que podíamos ter muitos mais canais gratuitos e não uns míseros 4 canais.
Esta operação foi um tremendo negócio para a PT.

Curiosidade: Alemanha tem 20 canais gratuitos; França tem 29 canais gratuitos; Espanha tem 20 canais gratuitos; Itália 27 tem canais gratuitos; Reino Unido tem 38 canais gratuitos.
O Governo podia ter incluído mais canais, mas não o fez para manter o negócio de alguns «tubarões»...
ESTAMOS A SER ROUBADOS.

(fragmento de um e-mail que circula na internet)

@as-nunes

2012/03/03

Ensaio sobre a ausência ...

“ A tua ausência ainda pernoita……
nos escombros de uma fotografia”
....................................................................................Al   Berto


Gosto de escrever. Gosto de ler. Preciso de ler e de escrever.
Abri esta folha, olhei-a, à primeira vista, um branco imaculado.
Sentei-me à secretária com a ideia de escrever, o quê não sabia, tinha adotado o mote daquela metáfora de Al Berto, acima exposta, sem ter a certeza de que conseguiria escrever algo de novo, algo de útil e diferente, que resultasse do trato natural e espontâneo da minha imaginação. Imaginação, o que é a imaginação, em que é que se irá materializar a minha imaginação ao ser transposta para letra de forma sobre esta folha de papel que tenho aqui à minha frente? É verdade que ela já está a começar a aparecer com uns salpicos gráficos, mas para que servirá essa mancha assestada na claridade?

O dia esteve esplendoroso, já é de madrugada, mentalmente em frente diviso uma paisagem vistosa, a Natureza em pleno vigor, o rio Lis aqui perto a caminhar de mansinho, pelo vale, entre montes sobranceiros, mal acabou de nascer. Lá vai ele ao encontro do Lena, na Barosa. Ali se juntam, há quantos séculos não sabemos, há muitos, que não os conseguimos contar, ninguém ainda conseguiu contar. Muitos já o cantaram e continuam a cantar. Maravilhosamente. Bucolicamente. Romanticamente.

Leiria e o seu castelo e o seu rio trazem-me à ideia ausências várias. A  ausência do tempo em que não senti a sua alma, ao mesmo tempo a ausência de terras de Viriato, da minha ancestralidade, da minha juventude.

Poderei afirmar categoricamente que uma grande parte do que me vai ocorrendo na vida está fixado em fotografia. Fotografia no sentido literal do termo. Quantas fotografias não me olham com ares misteriosos, às vezes desconfiados, outras como que a querer falar comigo, enquanto eu as olho e ao olhá-las sou assaltado por sentimentos os mais dispersos, contraditórios e, em muitos casos, a apelar intensamente a certas  ausências, algumas de que mal me tenho apercebido no nevoeiro infernal com que o tempo vai desfocando o tempo.

Ausência…
Pernoitar..
Escombros..






A ausência de alguém corporeamente registado numa fotografia? Já deteriorada pelo correr do tempo?

Essa ausência, o que é?!
Ainda é noite!
Até quando  vai continuar eu mesmo?
Não amanhece…

2012/03/01

Outra vez: ameixoeiras em flor




Hoje, ao seguir 
na rua cidade de Tokushima
em direção à escola da Carolina
aí estavam elas,
as ameixoeiras de jardim,
de novo em flor.


E a chuva sem vir!...
@as-nunes