2015/04/28

Gândara dos Olivais - Leiria e os seus painéis de azulejos

Há dias dei-me à paciência de parar na Gândara, junto à Igreja na rua central (a que fazia parte da EN que ligava Leiria à Figueira da Foz, em tempos idos). Registei estes painéis de azulejos (sob a égide desta placa comemorativa) na área restrita àquela rua/estrada no interior da localidade. Como eram tão diferentes os tempos daqueles anos de 60 que tenho na memória mais antiga!


Em tempo (2Abr2016)
Com de vida vénia do autor desta crónica no Facebook:
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Augusto Mota adicionou 2 fotos novas ao álbum: Pedra da Paciência.
31 min · 
Curioso por saber a história desta “Pedra”, com nome tão original, que fotografei no passado dia 29 de Março, recorri à ajuda do amigo Rui Pascoal para tentar conseguir, junto de naturais da Gândara dos Olivais, elementos que pudessem satisfazer a minha curiosidade e a de todos quantos estas fotos virem. Ao Rui e a João Ervilha os meus agradecimentos pela preciosa colaboração. A réplica encontra-se no pequeno recinto à frente da capela e bem visível da rua principal que atravessa a povoação, rua que deixou de ser a EN 109 após a construção do tão necessário desvio da Gândara. Eis o texto da autoria de João Ervilha:
“A Pedra da Paciência existiu, desde há cento e tal anos até à altura em que o cemitério da Gândara foi deslocado para um local mais ajustado às necessidades da população. Encostada ao muro do antigo cemitério, que circundava a capela, e virada para o exterior, a pedra estava apoiada em tijolos tipo "burro" e servia de apoio aos mais idosos, e não só, que aí se reuniam para conversar, provavelmente também para desconversar e, de facto, também para esperar que o tempo passasse. Certamente também para verem o movimento do vai e vem das pessoas e dos veículos, primeiro os de tracção animal e mais tarde os movidos a motor, uma vez que era a parte mais central da terra e estava junto à Estrada Nacional n.º 109 (Leiria-Figueira da Foz). E, porque não dizê-lo, o banco ficava pertíssimo da taberna, pelo que também dava jeito para as idas e vindas. Sobre a pedra actual, pode-se dizer o seguinte: tal como retiramos da inscrição na lápide que lhe está adjacente, o banco actual foi edificado na altura da comemoração do 3.º centenário da construção da capela e, de facto, pretende ser uma homenagem aos anciãos Gandarenses. A pedra que faz parte deste trabalho, embora sendo, sem dúvida, centenária, não é a original. É uma soleira da porta de uma casa antiga, demolida nos Marrazes e que foi cedida para o efeito. É mais larga do que a original e de comprimento idêntico e está assente em tijolos igualmente diferentes dos originais. Estas informações foram obtidas junto da pessoa que idealizou a obra e não tiveram direito a contraditório. Gândara dos Olivais, 31 de Março de 2016, João Ervilha"













Repare-se no pormenor do nome do fabricante do painel:

2015/04/25

O 25 de Abril está aí; os cravos onde estão?


NÃO

A chuva cai lentamente
Discursos, ideias ocas
Tanta palavra que mente
Saiamos das nossas tocas

O 25 de Abril está aí
Os cravos onde estão?
Esperanças que perdi?
Digo já e agora: NÃO!

Tantas ilusões
Tanto entusiasmo
Tantas canções
Agora, este marasmo...

Levantemos a moral
Lutemos com nossas mãos
Arraial, arraial, por Portugal
Voltemos à luta, irmãos!
-

as-nunes
(hoje, como em 2012)

2015/04/22

Apelo ao Tempo.

Arredores de Leiria - Portugal

Apelo ao tempo...

Momentos dobados no tempo
Em perplexidades de vida
Sensação de perda e de torpor
Humanidade em transe e sofrida
O que somos  para onde vamos
Lugares comuns que nos perturbam
Sobre teses inacabadas meditamos
Na nossa insignificância cósmica

Que os deuses nos acudam
Rogamos nós com ansiedade
Deuses que não nos ajudam
Tresnoitados sem vontade

...

Valha-me Deus!...

as-nunes

Arredores de Leiria - recordações dos anos 50 do séc. passado



Ainda não tive ocasião de indagar da origem deste painel sito na casa referenciada em baixo.

Quem se aproxima do entroncamento da estrada que vem do Vale Cepal com o IC2, a caminho da Boavista, por exemplo
 Esta casa, arquitetura dos anos 40/50 do séc. XX que ladeava a antiga EN1 (Lisboa-Porto) 

2015/04/20

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2015/04/16

memórias da Guerra e da Grécia



memórias da Guerra e da Grécia

tempo de memórias de guerra
de fantasmas  em história
bombas e bombas sobre a terra
Alemanha em fanfarras de vitória

em dias fanáticos  de quarenta
a Europa ocupada e humilhada
vivia momentos de tormenta
a Grécia num ápice esmagada

abril de 1941 tanta canseira
o exército grego rendeu-se
à ordem de arrear a bandeira
houve quem se suicidasse

aqui começou a senda gloriosa
da ilha onde Zeus nasceu
Creta enfrentou valorosa
uma Alemanha qu´ensandeceu

abril de 2015 denso nevoeiro
a Grécia de novo por terra
contra a  força do dinheiro
um povo que fileiras cerra

haja humanidade e memória
a fera ariana se aquiete
não se repita a história
já chega de tanto ferrete


(É de se recordar  a  História da II Guerra Mundial)

as-nunes
... entretanto......

Presidente alemão disponível para indemnizar a Grécia

MARIANA ADAM

Presidente alemão disponível para indemnizar a Grécia
Joachim Gauck admitiu pagar as indemnizações reclamadas pela Grécia a Berlim pela ocupação nazi.
O chefe de Estado alemão tem poucas funções executivas, mas estas declarações podem reabrir o debate sobre a indemnização histórica exigida pela Grécia, no âmbito da renegociação do pedido de resgate internacional, e rejeitado liminarmente pelo governo de Angela Merkel.
"A coisa certa a fazer por um país consciente da sua história, como o nosso se incomoda, é considerar que possibilidades haverá de pagar as indemnizações", afirmou o presidente alemão numa entrevista ao Süddeutsche Zeitungque será publicada sábado, citado pela Bloomberg.
O presidente alemão pediu consciência histórica e sentido 
de responsabilidade pelos crimes de Hittler. "Não somos apenas um povo que vive nos dias de hoje, somos também os descendentes daqueles que deixaram para trás um trilho de destruição na Europa" durante a segunda guerra conflito mundial, "na Grécia, entre outros locais", acrescentou Joachim Gauck.
O governo de Tsipras pediu 278,7 mil milhões de euros à Alemanha, o seu maior credor, pelos danos causados durante a ocupação nazi.

2015/04/15

Contador do blogue

MUITO OBRIGADO PELA VISITA.

Sparkline 305,171

Nesta data.

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Correção: (7set2016)
Afinal a cópia direta do contador do blogue não serve para esta estatística.
Dá o valor do dia da cópia.

2015/04/09

Rosas de Abril


Fotografada duma janela de minha casa com um distância focal 450 mm.

-

Chove, não chove
tempo sombrio ventoso
olho pela janela do escritório
pingos de chuva na vidraça
rosas brancas eternas
pequeninas agora
frágeis expressivas
horizonte cinza metalizado
fotografo o momento
foco-me nas rosas...

recolho o olhar
papéis e contas 
alguma ansiedade

Pensamentos entrelaçados
... ou entrecruzados?!

as-nunes

2015/04/07

Encadernação em Leiria: peças e ferramentas

Voltei à fala com o snr. Pereira/encadernador - Leiria a pretexto do favor que me fez de encadernar mais um livro antigo (por sinal propriedade da minha irmã Lourdes, um livro de valor sentimental, em francês, "Les Amusements de la Science" de Savigny. 
Em sociedade com o Sr. Florindo Simões, têm sido os melhores encadernadores de Leiria e, talvez, de todo o país. Na atualidade serão os últimos resistentes desta arte imperdível e ancestral. O trabalho de gravação em ouro ainda é (penso que ainda é, dada idade avançada) da arte do sr. Florindo.


E voltei a receber mais uma lição da arte de bem encadernar, como mandam as antigas e manuais artes de que Leiria tanto se pode vangloriar, a par com a arte da Tipografia.
Esta peça/ferramenta é um ferro de gravura (de canto). A gravação em ouro é feita com este ferro previamente aquecido ao fogo direto.

 Este é o componedor. Funciona como suporte para se fazerem ligeiras composições com carateres e gravuras em zinco.
Por curiosidade observe-se o símbolo heráldico da freguesia de Leiria. Nele se pode ver um componedor nas garras duma águia. Na outra garra (à sinistra) leva uma almofada de tinta, tudo de ouro, simbolizando as Artes Gráficas.
Ler mais sobre este tema aqui .






Mais ferros de gravura. De notar a particularidade dos chamados ferros de roleta que permitiam fazer gravações manuais de enfeites para as capas dos livros. 



Neste conjunto podem observar-se carateres alfabéticos, em baixo. Na parte superior veem-se as chamadas vinhetas. Era feita a montagem no componedor para de seguida se gravar a quente.