2016/04/17

Acácio de Paiva e a comemoração, no Centro Escolar da Barreira, dos 153 anos do seu nascimento.


Foi com muita satisfação e entusiasmo que participei nesta excelente iniciativa do Centro Escolar da Barreira.

A ideia de adotar como patrono da Escola a figura ímpar do grande poeta, jornalista, dramaturgo, ACÁCIO de PAIVA, é de apoiar com todo o empenho por todos quantos sintam que a sua obra literária pode servir de elo de ligação das novas gerações à Poesia e à Literatura em geral.



















 David Teles a dizer "Cartas do Peru do Olival" de Acácio de Paiva.



 As netas de Acácio de Paiva, Filomena Paiva e Constança Paiva ao lado duma professora do CEB





























14 de Abril de 2016.
(Texto original no Facebook do Centro Escolar da Barreira - Leiria)
Assinalam-se, hoje, 153 anos do nascimento do Poeta Leiriense Acácio de Paiva. 

Neste contexto, o Centro Escolar da Barreira convidou a virem à escola familiares do autor: Constança Paiva e Filomena Paiva, netas do autor e António Nunes, sobrinho-neto por afinidade. Esteve, também, David Telles que declamou poesia do autor:
António Nunes falou sobre a obra de Acácio de Paiva e contextualizou o livro que ele próprio escreveu, intitulado: "Falando de Acácio de Paiva."
As netas falaram do avô, do legado que deixou, da casa do Olival e das recordações que tinham.
Trouxeram diferentes obras que falam de Acácio de Paiva: livros, fotografias, caricaturas, materiais publicados no jornal "O século" e até uma cópia de um manuscrito. 
Tudo serviu para enriquecer o conhecimento dos alunos que frequentam esta escola.
No final, ofereceram à escola cópias de alguns trabalhos do autor.
Tocou não só os alunos como também as professoras.


2016/04/12

CARLOS EUGÉNIO - poema dito por Zaida Paiva Nunes


CARLOS EUGÉNIO: 
poema dito por Zaida Paiva Nunes

Somos Dois Rios 

Somos dois rios: um macho outro fêmea.
Podemos ter nome: Lis e Lena.
Seguimos sorrindo alegres sonhando
Porém, mais aonde, indo adiante,
As águas se encontram em bosque de canas
Unidos partimos, cristal aventura
Clara manhã, paixão delirante.

Vimos dos montes, laranjos calcáreos
De mão atrevida trazendo uma rosa
Grandeza e instante são em nós vida
Em redor dos campos de selva formosa,
Amor te desejo em fonte - beleza
Sou eu, sou eu, que te espero
Seja tarde ou cedo, em flecha doirada,
Panorama solar, em chama te quero
Brotados desejos de goivos turqueza.

O mar aparece e desata a chorar 
De crista sangrenta rompendo a sorte;
Desenha-se a rosa em alga de estrelas
Que vinha nos dedos, singrando na morte.

Somos nós que ficámos de mão levantada
Na fúria das ondas, no verde do mar
Somos nós que ficámos, na sombra encantada,
Da boca que beija e morre a cantar.

===
Ver também crónica completa sobre Carlos Eugénio na próxima segunda feira, 18 de Abril de 2016, no Diário de Leiria.


2016/04/05

DIÁRIO DE LEIRIA - O Cronista e a História - António Almeida Santos Nunes

Deu-me para me comprometer com o Diário de Leiria a escrever umas Crónicas de quinze em quinze dias. A verdade é que esta tarefa, que faço com muito gosto, aliada a uma crónica mensal para o «Notícias de Colmeias", acabam por me ocupar muito tempo. Eu gosto de ter o tempo ocupado a fazer coisas. Mas também tenho netos com os quais gosto de ocupar o tempo do resto da minha vida. E outras coisas... fazer sorna por exemplo. Só que não está no meu feitio fazer sorna. É que, afinal, fazer sorna - entendo eu - é nem sequer pensar que há coisas para fazer e deixar que o tempo passe sem as fazer. de modo que entro neste circuito vicioso e acabo por não fazer a sorna a que acho que teria direito nesta fase da minha vida. 
Enfim...

Assim sendo, aqui fica a minha crónica nº VIII no «Diário de Leiria». Fiquei na dúvida. Será que disse bem ou mal dos Historiadores? Será que a idade e algumas circunstâncias nos levam a este estado calamitoso?!
---





2016/04/04

A minha Rua



I
a minha rua parece um rio
a chuva impõe a sua presença
persistentemente
abundantemente
com mensagens enigmáticas
insinua até que já não há sol
que a primavera mudou de endereço
que o correio se despistou há uns meses
ao seu fundo ao pé do rio Lis
que não se sabe dele
que talvez se tenha afogado
que os CTT agora já não são o que eram
que já não querem saber se há primavera
querem é que se saiba que são um banco...
II
a minha rua está uma lástima
os serviços de obras públicas
escavacaram as valetas
tão bem feitinhas que elas estavam
pedras cortadas em formas irregulares
à moda dos paralelepípedos dantes
mas as águas da chuva escorriam
lindamente a toda a brida
direitinhas ao rio Lis
logo ali em baixo ao fundo da rua
por debaixo da estrada das Cortes
lá seguiam todas apressadas
agora é aquilo que se vê...

António

4abr2016

2016/04/01

nuvens de véspera. alcumulus




          (vindo do meu facebook - 
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10201588226544470&set=a.4672985079578.1073741933.1742211899&type=3

nuvens de ontem
janela com vistas para a véspera
prenúncios de tempestade
de inverno na casa da primavera
desenhos como dizem os livros
altocumulus em carneirinhos
as-nunes
mar16