2008/05/17

DEIXEM-NOS VIVER!...

São quase 6 horas da tarde. Lá fora o Largo da Sé, soa a vozes de jovens recém-licenciados. Afeérriaas para todos os gostos consoante o Curso, achei um piadão ao dos de "Educação Física"! O dia tem estado bonito, a convidar a andar a pé, pela cidade, pelo campo, a observar as árvores dos jardins e dos arruamentos e praças de Leiria. A sentir o vento que passa! E as flores e plantas silvestres? Um espectáculo que é uma dor de alma desperdiçar, tantas são as voltas que temos que dar aos papéis e às contas.
Apetecia-me fazer aqui um reparo ao Snr. Ministro das Finanças: O snr. já reparou na quantidade de TOC´s e outros profissionais que, neste fim-de-semana, estarão a trabalhar? A fazer o quê? A preparar as contas para apurar o mais correctamente possível os impostos sobre o rendimento que as pessoas e as empresas terão que pagar com referência às suas actividades profissionais e empresariais durante o ano de 2007. Pensássemos todos nós bem, seria necessária tanta papelada, tanta burocracia, tanta lei e Decreto-lei e Portarias e regulamentos e Decretos regulamentares e ofícios circulares a explicar como é que uma alínea dum artigo duma lei qualquer deve ser aplicada? Claro que não. O nosso país está a ficar empanturrado de tecnocratas, uns até por gosto, outros porque a isso são obrigados pela força das circunstâncias da teia da vida.
Quanto tempo da nossa vida desperdiçada com trabalhos fúteis, desnecessários, improdutivos!...
Houvesse vontade política e a tributação do rendimento seria muito mais facilitada. É que nem os Simplex vêm simplificar grande coisa. Para quê tanta informação? Para brincarmos ao cruzamento das bases de dados umas com as outras? E o cidadão que é apanhado no meio desse fogo cruzado, se não completamente cego, pelo menos muito míope, a quem lhe cativam a conta bancária por meia dízia de cêntimos, a quem lhe penhoram tudo o que tiver em seu nome, à mínima distracção?
Reorganizemos a vida em sociedade! DEIXEM-NOS VIVER!

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10 comentários:

Anónimo disse...

Um grito sentido, numa sociedade afogada em papel às toneladas, em burocracia descomunal, onde, parece, tudo foi feito com um objectivo único: fazer a vida mais negra do que ela já seria sem estas coisas. Acabou-se com o famoso papel selado, mas em muitos aspectos pouco diferente estamos dessa época épica. Haja papelada, pois que se lixa é o mexilhão. Como poderemos combater esta hidra de sete cabeças? Boa semana.

Al Cardoso disse...

Creio que fazem as complicacoes para melhor nos irem a carteira!

O "Simplex" nao me parece nada simples!

Outra coisa que me imcomoda e esta de so haver lojas do cidadao em algumas localidades, entao e "nos os outros"?

Um abraco de amizade dalgodrense.

Lavender and Vanilla Friends of the Gardens disse...

Hi Antonio, thank you for your message. Grevillia robusta; common name in Australia is "Silky Oak". It is a very common tree but nevertheless it is a beautiful and very useful tree. The wood is very sought after to make furniture. Here it flowers in spring and it is a fantastic show, the parrots love it for the necatar of its flowers. Have a nice day.

Tozé Franco disse...

Ora ái está um bom pedido a que eu juntava outro:
Deixem-nos ser felizes.
Um abraço.

Anónimo disse...

O simplex está a tornar-se um complicadex.Grito de revolta por tantas coisas fúteis que são aplicadas.Se tudo fosse mais simples..só quando o homem quiser. Um grande abraço

Laura disse...

É verdade meu amigo, nem nos deixam viver...eu que o diga que o meu marido teve uma empresa, estavamos tão bem até que deixaram d enos pagar..ah que tempo e que sofrimento e qual ajudar? qual ter paciência..tem d epagar e não temos nada a ver se os outros não lhe pagam, problema seu, mas ó homem como posso pagar o que não tenho se não me pagam..não queremos saber disso para isso há os tribunais... enquanto os que deviam desapareciam para parte incerta abriam falências e com outra casa aberta ali ao lado mas no nome de terceiros, enfim...e um sugeito honesto tem de se calar e aguentar..maus tempos passamos e a Lei não ajuda não faz não diz nada, so manda contas para pagar... e como faltava pagar 124 euros e não pagamos logo, pimba foram a conta da minha filha por d eparte até ver se pagavamos até que o banco a chamou e ela ficou plos cabelos, foi lá e até ja tinhamos pago e tudo e so semanas mais tarde é que ficou tudo com o dinheiro dela reposto novamente..isso faz-se sem um telefonema ou uma carta? O raio que os parta e eu sempre digo a culpa é nossa que fazemos o que eles querem e não o que devemos fazer..todos protestar doa a quem doer, mas assim não podemos continuar...ai vai uma poesia que fiz quando estava revoltada contra eles...

Povo meu!.. (de Portugal)



Povo meu, que travas a luta inglória,
Que nada podes fazer.
Contra a escória que nos venceu
Através do medo e da dor,
Que apregoa a liberdade,
Mas que te enfia atrás das grades
Se lhes quiseres fazer frente...

Porque é aí que os homens que temos
Para nos defenderem,
Fazem jus ao que têm de pior
E soltam a besta que vive dentro deles
E se vingam em quem não lhes fez mal...

Povo meu, Povo meu,
Onde está tudo em que acreditamos
E em que todos votamos?
Aquilo por que tantos anos esperamos
E nunca tivemos...

Onde estão os homens em quem votamos
Que diziam que haveria
Igualdade, fraternidade entre todos?
Oh, vã utopia
Oh, vã filosofia
Que nos enfiam pelos olhos dentro
Para que acreditemos
Que têm promessas viáveis
E que neles devemos confiar...

Povo meu, sai à rua
Atravessa a estrada com coragem
Não pegues em armas,
Que as armas são dos cobardes,
Que se escondem nas sombras da madrugada...

Povo meu,
Saiamos para a rua todos juntos a protestar,
Contra o poder que não nos sabe governar.
Contra o poder que nos anda a enganar,
E quando dermos conta já nada haverá para contar...

Acorda, povo meu, antes que seja tarde
Não te deixes dormir, podes nem acordar,
E quem sabe, acordando, já nem terás
A tua bandeira para hastear…


Um beijinho e este poema está no Réstias de Sol...
Diz o que achaste dele!...

Ana Ramon disse...

Olá amigo. Depois de andar uns tempos fugida destas lides venho encontrá-lo afogado em papelada como mostra na foto. Que chatice! E então agora que há tanto colorido e aromas no ar....
Espero que se safe rapidamente desse trabalhão que realmente é para dar cabo da cabeça a qualquer um.
Um beijinho

vero disse...

Meu querido amigo estou de volta e com mais um excerto do meu livro :) vai visitar-me ;)

Beijos mil ***

Eva Lima disse...

Ai o fisco.... dói-me a carteira.

Abelha Nota disse...

Falem de coisas mais alegres... :o)))