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2016/11/07

Pedro Jordão: apresentação do seu livro «Textos cínicos de amargura variável" - 5 Novembro de 2016

AQVS- Movimento : Pedro Jordão: apresentação do seu livro «Textos cínicos de amargura variável" - 5 Novembro de 2016

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O blogue acima, aqui "linkado", não deverá ter vida duradoura. Foi criado com a intenção de servir de plataforma de estudo e reflexão sobre os princípios e métodos científicos a usar tendo em vista um movimento que ficou em coma logo à nascença. E parece que não dá mostras de ser capaz de vingar.
A ver vamos...
Assim sendo, aqui deixo as fotos que eu tirei no decorrer do lançamento do livro do meu caro amigo e companheiro tertuliano dos "Serões Literários das Cortes", Pedro Jordão.
Conheço o Pedro Jordão desde há dois anos, talvez. Já tenho alguma dificuldade em me situar corretamente no tempo que vai passando a uma velocidade que, cada dia que passa, mais e mais me impressiona.
Ah, não o conhecem?! Então leiam o que o "Jornal das Cortes" já publicou. É só seguir o link.
Se o quiserem ouvir a apresentar o seu livro "textos cínicos de amargura variável", Ed. Textiverso - 2016 podem abrir um vídeo que eu próprio produzi. Ressalve-se, desde já, o amadorismo desta produção, como de tantas outras que já armazenei no meu canal do YouTube. 











2011/04/26

Cortes - Leiria: Quinta do Cónego

foto 1

foto 2


foto 3

foto 4
foto 5


foto 6
foto 7


foto 8

foto 9
De há uns anos a esta parte que, sempre que consigo obter elementos identificativos sobre as muitas - históricas e românticas quintas, de várias localizações, claro, particularmente de Leiria -  os partilho com os leitores deste blogue.
Desta feita, divulgo alguns pormenores que reputo interessantes, acerca duma quinta que há muitos anos conheço, de ver por fora, ao passar na Estrada Principal das Cortes, a que liga a Ponte Cavaleiro à povoação das Cortes propriamente dita.
Trata-se da Quinta do Cónego, sobre a qual não encontrei referências mais precisas (talvez pela leitura apressada que fiz dos dois volumes "ReCortes do jornal daí"(*) ed. do "Jornal das Cortes", 1997(vol 1) e 2007(vol. 29) e do tempo escasso que possa ter dedicado a esta matéria. 


(*)Aditamento, 29-04-2011-14h gmt:
Podem-se ler, nestes livros, vários textos, que me escaparam na tal leitura rápida, nos quais se aborda a possibilidade (quase certeza) de esta "Quinta do Cónego" , na sua versão anterior à actual,  com todas as suas envolvências, ser uma referência importante do enredo do romance de Eça de Queiroz, "O Crime do Padre Amaro". Eça identifica esta quinta, no seu romance, como a Quinta da Ricoça, que pertencia ao  Cónego Dias e que ficava nos Poiais. 
Ora, a Quinta do Cónego, da altura, pertencia efectivamente ao Cónego Lemos. A sua localização tem muito a ver com o micro-topónimo Pousias, ali mesmo na extrema Norte das Cortes.
Como se pode inferir do que se escreve no  I vol. das obras referidas, a pp 249 a 259, (J.C. de Janeiro a Junho de 1991, Carlos Fernandes, de Julho de 1990 e de Dezembro de 1995, Manuel Paulo Maça).  


Penitencio-me, desde já, pela minha ingratidão face a tão meritório trabalho, se a minha busca se vier a revelar insuficiente, o que é quase certo acontecerá. Se assim for, muito agradeço a indispensável achega, para que esta minha contribuição possa ser de mais utilidade para os navegantes/investigadores que estejam a vogar nesta onda da web.
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O projecto de arquitectura do edifício principal da Quinta é da autoria do célebre Arquitecto intimamente ligado a Leiria, que foi Ernesto Korrodi. Aliás, basta observar com um mínimo de atenção, o estilo desta obra para  que se lhe pudesse ser facilmente atribuído, ainda que referência a esse facto se possa ler no painel de azulejos que se pode ler na foto 4. Cabe, nesta oportunidade, fazer alusão à discrepância de datas que se observam numa lápide que encima a porta principal de entrada do edifício (foto 7, em que se diz que a   construção foi feita em 1919 e a foto 4, em que essa mesma data é reportada a 1922. Provavelmente, isso significará que a traseira da casa terá levado mais 3 anos a concluir-se).
As características típicas da arquitectura de Ernesto Korrodi - de que existem vários exemplos em Leiria - referem-na como arquitectura civil revivalista, Arte Nova, traço romântico. 
A planta é rectangular, bastante irregular e com cobertura em vários telhados, de 3 e 4 águas.
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Muito próximo desta Quinta, cerca de 200 metros a Sw, está referenciada uma importante Estação Paleolítica - a da Quinta do Cónego, Cortes, lugar de Pousias, estrada da Ribeira.
Esta estação, actualmente praticamente desactivada, foi investigada por diversas vezes, no âmbito do estudo de ocupações paleolíticas da bacia hidrográfica do rio Lis.
Há materiais lá recolhidos, depositados no Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia.
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Seguindo este link pode aprofundar-se a matéria relativa às escavações arqueológicas atrás referidas.
Leia-se "Intervenção Arqueológica na Estação Acheulense da Quinta do Cónego, Pousias - Cortes - Leiria" da autoria de João Pedro Cunha Ribeiro, Assistente da faculdade de Letras da Universidade do Porto.
As conclusões deste estudo são muito interessantes tendo em conta que nele se evidencia a presença do Homem Paleolítico nesta zona do rio e do vale do Lis.

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2010/07/14

FONTES - Nascentes do Lis e Nª Sra. de Lourdes

Estamos em plena povoação de Fontes, freguesia de Cortes - Leiria. Aqui, precisamente, nasce o Rio Lis, que no seu remanso, segue o seu caminho, sozinho, até à saída de Leiria, quem vai para a Barosa. Aqui casa-se com o Rio Lena, que, para o efeito, corre desde Porto de Mós, para depois, já unidos, seguirem pelo fértil e histórico Vale do Lis até se entrelaçarem com as águas do Atlântico, na Praia da Vieira.
A fachada da Capela da povoação, com a imagem de Nª Sra. de Lourdes(*).
Era dia da Festa anual de FONTES, em honra da padroeira, Nª Sra. de Lourdes. Foi no passado Domingo, dia 11 de Julho.

Tinha, ali perto, no Salão Paroquial da Barreira, acabado de participar na sessão de lançamento de mais um livro de um autor daquela freguesia.
O livro tem como título "Barreira e a sua História" - II Vol. e o seu autor, o já consagrado prof. António Borges Cunha. Mais um excelente repositório de acontecimentos ligados à freguesia, que foram sendo reportados nos vários jornais dos princípios do séc. XX até à sua década de 80, complementado por sugestivas fotografias dos trajes típicos da época e das famílias mais representativas desta região.
Tivemos o privilégio de ouvir o Prof. Dr. Saul António Gomes a dissertar sobre o tema abordado e as virtualidades do autor e das gentes da Barreira. É sempre com redobrado prazer que se escuta ou lê Saul Gomes a tratar de questões ligadas à investigação histórica particularmente desta Região, muito bem demarcada, que é a da Estremadura Portuguesa.
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(*) Estas singelas notas de reportagem ficaram a saber-me a pouco. O lugar de FONTES, da freguesia de Cortes (Córtes) merece muito mais divulgação. Por manifesta falta de tempo disponível limitei-me à consulta do livro "RECORTES do jornal daí" -  As Cortes da pré-história à actualidade, edição do "Jornal das Cortes", 1997. E podem crer que não se dá por mal empregue o tempo utilizado na sua consulta para quem quiser saber das coisas e das gentes de toda a freguesia e, neste contexto, do lugar de FONTES. É assim que, a páginas 168 deste livro, se pode ler um interessantíssimo trabalho publicado no J.C. nº 75, 7/Fev/94, pp. 1 e 4) por Carlos Fernandes, que, em equipa com José Bento da Silva, se abalançaram em 5 de Dezembro de 1987, a iniciar a publicação do mensário "Jornal das Cortes". E ele aí continua vivo e a respirar saúde. Esse escrito explica sobre a história da actual Capela e da descoberta da capela velha das Fontes. A actual foi construída em 1914 a 1915.
(...)  Fiquei com curiosidade de saber mais sobre as FONTES!...
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À minha irmã Lourdes, com um grande beijinho.
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2010/01/01

Leiria do Rio Lis...em tempo de muita chuva

Leia-se, também, o belo poema de Soares Duarte, p. 12 do boletim nº 2, da ACLAL (aqui)

Da ponte Hintze Ribeiro, em 30 de Dezembro, tempo de muita chuva, o rio Lis (*) e as suas águas, ora de curso lânguido e cantado por variadíssimos poetas e trovadores, ora de rápidos e cheias que se espraiam pelas várzeas luxuriantes do vale do rio, desde a zona da Barosa até Monte Real...

(*) A etimologia da palavra identificativa do nome do rio que atravessa Leiria, vindo das Fontes, freguesia de Cortes e terminando o seu curso de cerca de 50 Km, no Atlântico, na Praia da Vieira, tem suscitado algumas confusões, que talvez pudessem ter sido evitadas, na devida oportunidade. A palavra correcta deve ser "LIS", como aliás, se tem vindo a usar da há já umas décadas a esta parte.
Uma das opiniões, favoráveis à utilização da toponímia "LIS" e não "LIZ" é a de Manuel Marques da Cruz, conforme publicou o "Jornal das Cortes nº 106, 2/Set/96, p.6). (v. também o livro "Recortes do Jornal daí" vol I, pág. 297).
Resumindo: concordo com a forma simples como se conclui pelo uso da palavra LIS. Resultará do cruzamento da palavra lilium com a palavra Iris. Pondo isto em linguagem genética, direi: de lilium veio o cromossoma "l", e de Iris os cromossomas "is": i + is = lis.
Continua, Marques da Cruz: O lírio e a Iris são plantas da mesma família, mas de géneros diferentes. Os franceses têm um rio a que chamam Lis. Que nunca escreveram com um "Z"; os bons dicionários portugueses só registam a forma "Lis"; o Armorial Lusitano diz-nos que já em 1528 uma família nobre tinha o apelido "Lis".
Também adoptam a designação "LIS" outros dos mais categorizados dicionário portugueses:
- Enciclopédia Verbo
- Dicionário Etimológico, de Pedro Machado
- Dicionário Lello
- Dicionário de Augusto Moreno
- Dicionário da Literatura Portuguesa, dirigido por J. Prado Coelho

Consultando  eu o "Grande Dicionário Enciclopédico Ediclube" de 1996 pode ler-se: 
LIS. (fr.lis, do l. lilium). s.m. LÍRIO. || v. FLOR-DE-LIS.
LIS. Rio da subregião Oeste, que banha Leiria e desagua em Vieira de Leiria, após um percurso de cerca de 50 Km. Pouco caudaloso, atravessa uma região onde as explorações suínas e as variadas indústrias que rodeiam a cidade de Leiria têm contribuído para o aumento da sua poluição.

Ou seja: será de manter estas placas toponímicas com nomes alegadamente errados? É que ninguém consegue em bom rigor, justificar esta grafia, que está bem implantada na ponte Hintze Ribeiro e noutros locais, ao longo do percurso do rio Lis. E lá vão coexistindo, dolentemente, como se estivessem ali a disputar a toponímia correcta para o nome deste belo rio português.
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2009/01/30

Cortes - Leiria - Ponte do Cavaleiro



Quem vem da Estrada das Cortes (liga a cidade de Leiria às Cortes), corta à direita para o lugar da "Ponte do Cavaleiro". Para fazer esta ligação pode seguir pela "Travessa do Moinho Ponte do Cavaleiro".
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A justificação desta referência toponímica reside num Moinho de Água que aqui havia em tempos idos, como se pode ainda comprovar pela fotografia ao lado.
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Este pormenor dum painel de azulejos existente na parede exterior da casa onde em tempos funcionou o Moinho já citado representa um local, 2 km a jusante, mesmo ao lado da ponte que atravessa o Lis nas Cortes, sede da freguesia com o mesmo nome. Esta imagem será das mais vistas e completas do que eram os moinhos de água do Rio Lis. É conhecido pelo Moinho da Nora.
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Ao atravessar a Ponte do Cavaleiro propriamente dita, pode observar-se o Rio Lis (*), hoje com uma corrente relativamente forte, dada a chuva contínua que tem caído nestas últimas semanas.
João Cabral recolheu e deixou registado nos "Anais do Município" de Leiria a Lenda do Cavaleiro que deu origem ao nome atribuído a este lugar da freguesia das Cortes - Leiria.
Para o caso de o leitor se mostrar interessado em a conhecer aqui deixo um link para o respectivo texto, integrando o meu blogue http://viveremleiria.blogspot.com


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O Rio que liga a localidade de "Fontes", freguesia de Cortes e o Atlântico, atravessando e dividindo ao meio a cidade de Leiria, escreve-se, actualmente, como "Lis" e não "Liz". No entanto, ainda existem várias placas toponímicas com a palavra "Liz" escrita. A tendência mais consentânea é para se utilizar Lis em vez de Liz. Esta versão tem muito a ver com as teorias que explicam a etimologia da própria palavra Leiria, pelo que se concluiu pelo uso da palavra Lis.
Existem vários estudos devidamente fundamentados nesse sentido e um dos que mais me impressionou, pela clareza da exposição e objectividade histórica da formação deste topónimo leiriense, foi escrito pelo conhecido poeta local, natural das Cortes, José Marques da Cruz e pode ler-se no livro I "ReCortes", edição do jornal das Cortes.
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2007/10/17

Cortes, ali mesmo em frente.

Vista panorâmica sobre a localidade de Cortes - Leiria. Desde os Lourais. Ao fundo, a recortar a linha do céu azul, a Sra. do Monte. Esta foto é deste mês de Outubro de 2007. O Snr. Rui (por sinal meu ex-aluno na Escola Domingos Sequeira nos anos 60), proprietário da Livraria Martins, deu-me a dica que havia um livro(1) sobre as Cortes (andava eu à procura de informação sobre a Qta. de S. Venâncio), edição em 1997 do Jornal das Cortes. Da sua leitura consegui perceber o quão interessante é o seu conteúdo, tendo em conta os inúmeros artigos e ensaios que têm sido publicados naquele jornal desde a sua fundação. Os autores desses artigos e ensaios são pessoas muito qualificadas e conhecedoras das realidades e da história da freguesia das Cortes, donde resultou inevitavelmente uma mais valia para a compreensão da vida das suas gentes e da história desta terra. Dada a ligação íntima desta freguesia das Cortes com a da Barreira, na qual tenho residência e de cuja Junta já fiz parte, penso que é pertinente, quanto mais não seja para meu próprio conhecimento e de quem comigo estiver interessado em partilhar, reflectir sobre os temas desta freguesia vizinha e amiga. De notar, que, parcialmente, a Quinta de S. Venâncio faz parte desta freguesia. E, muito francamente, não compreendo (ignorância minha certamente) porque é que não há mais referências, quer no jornal das Cortes, quer noutros suportes de informação, acerca de Quinta tão simbólica desta zona! Entretanto, obtive a informação abaixo, que talvez possa ter interesse para os estudiosos das questões relativas a Cortes - Leiria:
Departamento de Inventário, Estudos e Divulgação
IGESPAR, I.P.
De acordo com a informação existente na base de dados de património arqueológico do nosso Instituto, o único registo com a designação Leiria - Quinta de São Venâncio (CNS – 6906) refere-se a uma estação de ar livre de época paleolítica, descoberta em 1947/8, sob a orientação de Manuel Heleno e na qual se identificaram indústrias líticas (conforme pode pesquisar em
www.ipa.min-cultura.pt). Esta informação foi retirada do processo 85/1(096) - Levantamento arqueológico das Estações Paleolíticas da Bacia do Liz. (2)

(1) "ReCortes do jornal daí" - As Cortes da Pré-História à Actualidade - estudos de história, património, cultura, religião, toponímia e etnografia. Ed. Jornal das Cortes - 1997. Sem grande espanto confimei que à frente da equipa do "Jornal das Cortes" "estavam José Bento da Silva e Carlos Fernandes que, fazendo apelo a energias insuspeitas, deram corpo a um projecto que não mais parou."
(2) O livro que estou a seguir contém um artigo(3) muito rigoroso acerca da forma de se escrever o nome do Rio que atravessa Leiria. Esse artigo já tem uns bons 10 anos e parece-me ser bastante elucidativo. Apesar de a tendência que se está a revelar na escrita desta palavra se orientar no sentido de se usar a palavra LIS, ainda existem muitas placas de sinalização com a toponímia LIZ. Quanto a mim, que não me considero um versado em linguística, nem pouco mais ou menos, depois do que tenho lido e estudado, inclino-me para a utilização da palavra LIS em detrimento de LIZ.
(3) "O Lis...os analfabetos... e os filhos bastardos", ensaio de Manuel Marques da Cruz, pág. 296.

Nota: (Nem precisaria de acrescentar que este tema é para continuar a ser tratado em próximos posts)

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