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2012/02/04

Não se andará a cortar árvores de mais, para vender como lenha?


Comprei 1.000 kg de lenha a O,13€ kg. A carrada vinha com sobreiro, azinho e oliveira. Diz que o azinho faz uma boa chama e dura mais tempo a arder. Assim parece, de facto.

Estive um pouco à conversa com o snr. A..., que me deu uma lição sobre os vários tipos de lenha que se usa nas lareiras de Portugal e a sua origem (indeterminada, que os fornecedores dizem que vem dos sítios mais diversos, muita do Alentejo, e que são provenientes de árvores velhas e carcomidas pelo tempo). Entretanto, vai adiantando que no que respeita às oliveiras, as centenárias - autênticos monumentos vivos, alguns que vamos admirando em rotundas de Leiria e outras cidades - estão a ser arrancadas a esmo e a serem substituídas por espécies próprias para produção intensiva de azeitona para curtir e para azeite (passou a ser todo "extra"?!). 
E com isto tudo o ecossistema desta orla atlântica e mediterrânica vai-se modificando (destruindo, talvez seja o termo mais adequado)  inapelavelmente.

Quanto ao azinho (azinheira), o seu abate está proibido. E o sobreiro (sobro ou chaparro) também é uma árvore protegida.

De modo que se fica com a sensação de que se estão a cortar árvores protegidas, aparentemente em bom estado vegetativo, para vender como lenha...

Que controlo é que se faz, de facto, sobre a forma como se está a gerir a floresta e a boa ordenação das espécies arbóreas existentes em Portugal? 

Bem sabemos a resposta: salve-se quem puder!...
Até quando?!...
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nota:
azinho: azinheira (Quercus ilex)
sobro: sobreiro (Quercus suber)


@as-nunes  

2007/12/30

DEUS = NATUREZA

Inesperadamente, a cameleira de flores dobradas, carmesim vivo, ao amanhecer, no jardim da Zaida, oferece-nos este belíssimo show matinal.

Da janela do meu quarto. O dia estava no seu declínio. A oliveira que se vê no canto inferior esquerdo até parece uma oliveira anã. Mas não. O meu vizinho, volta e meia, poda-a drasticamente, ficando só com o tronco. Ei-la que, teimosamente, se vai remoçando...até quando?

Há poucos dias atrás mostrei-lhes um grande plano de pormenor duma destas bergénias. Volto a apresentá-las. No enquadramento do belíssimo tronco de uma figueira que ali está a partilhar a mesma área de terreno, mesmo no cantinho SW do meu jardim.(*)
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Ocorreu-me voltar a este tema depois de ler umas páginas do livro 666 de João Rodrigues dos Santos. O autor, denotando estar apetrechado de uma boa e actualizada informação científica, apresenta neste seu trabalho uma explicação racional mas igualmente misteriosa, pela qual se tenta demonstrar que as palavras em hebraico têm uma equivalência numérica. E que há uma relação numérica entre a palavra e o objecto a que ela se refere.

E apresenta um exemplo na área mística, reportando a equivalência entre as palavras Elohim e Hateva, ou Deus e natureza. De acordo com o princípio de que cada letra tem um valor numérico, de acordo com ancestrais teorias cabalistas, estas duas palavras têm o mesmo valor numérico. Donde se pode concluir, escreve o autor, que "Deus é a natureza".

(*) Mais precisamente, da Zaida, que é ela quem tem a maior parte do trabalho de ordenamento e manutenção do jardim. Eu, cá vou dando os meus palpites e ajudando sempre que posso.

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2007/11/21

IPL - Campus Universitário de Leiria


Vista do vale do rio Lena(*), na zona da Quinta da Mourã - Barreira - Leiria, princípio da tarde de sábado passado, desde as traseiras das novas instalações do Campus Universitário - IPL(**), Escola superior de Educação, Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ali para os lados do "Continente").
Aprecie-se, na foto rectangular, um dos resultados das monumentais movimentações de terras que as máquinas modernas proporcionam em tempos recorde. Entretanto, vamo-nos queixando das alterações climáticas.

...---...

(*) Lenda do Lis e do Lena

Nasceu o rio Lis junto a uma serra
No mesmo dia que nasceu o Lena;
Mas com muita Paixão, com muita Pena
De seu berço não ser na mesma Terra.

Andando, andando alegres, murmurantes,
Na mesma direcção ambos corriam;
Neles bebendo, as aves chilreantes
Cantavam esse amor que ambos sentiam

Um dia já espigados, já crescidos
Contrataram casar, de amor perdidos
Num Domingo, em Leiria de mansinho...

Mas Lena, assim a modo envergonhada
Do povo, foi casar toda enfeitada
Com o Lis mais abaixo um bocadinho.

José Marques da Cruz
1888-1958

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(**) Sessão de Homenagem a Miguel Torga

CONVITE

Os Presidentes do Instituto Politécnico de Leiria e do Elos Clube de Leiria têm a honra de convidar V. Exa. e Exm.a Família, para a Sessão Cultural e Homenagem ao Insigne Escritor e Poeta Miguel Torga, a ter lugar no próximo dia 30 de Novembro, pelas 17 horas, no auditório 1 da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria. A culminar esta cerimónia, haverá uma visita à Exposição de Arte, em que estarão representados Artistas Plásticos que conviveram, conheceram e ou mantiveram relações de amizade com Miguel Torga, nomeadamente na cidade de Leiria.A exposição estará patente no Salão da Biblioteca José Saramago, no mesmo campus.

Programa
- Projecção de Imagens sobre Miguel Torga
- Poesia de Miguel Torga dita por Adélio Amaro, Soares Duarte e José Vaz
- Testemunhos e opiniões sobre Torga: Prates Miguel, Arménio Vasconcelos, Maria da Conceição Morais Sarmento Celeste Alves
- Apresentação do Roteiro “Torga em Leiria”, a editar por Região de Turismo Leiria/Fátima e Elos Clube de Leiria
- Informação sobre os Concursos de Artes Plásticas e Literário com temática Torguiana
- Entrega de 5 Diplomas e Medalhas alusivos ao Centenário de Miguel Torga
- Momento de Poesia, lida por Zaida Nunes, e Bailado pelo Grupo Contemporâneo Oito Tempos, sob a direcção da professora Cláudia Cardoso
- Momento Musical, com composições e direcção do Maestro Vicente Narciso, vozes de Dina Malheiros e Genealda Sousa, com poemas de A. Vasconcelos e Miguel Torga.
Os meus cumprimentos,
Adélio Amaro
Vice-presidente do Elos Clube de Leiria

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2007/10/20

3 Oliveiras - 1 fábrica

Não podia ficar indiferente. Estas três oliveiras(*), centenárias com toda a certeza, foram preservadas, apesar de se situarem precisamente na entrada duma fábrica, em Alcaidaria - Milagres - Leiria. As instalações da fábrica são grandes, pode-se dizê-lo. Noutras circunstâncias - bem do nosso descontentamento - estas oliveiras já estariam transformadas em cinza há muito tempo.
Ainda há quem olhe e veja também a natureza, que não só o dinheiro! Terá sido imposição de alguma entidade pública?!...
Não percamos a esperança!
(*) Olea europaea L Oliveira
Árvore até 15 m, de grande longevidade, com copa larga e tronco grosso, frequentemente muito curto e nodoso, por vezes dividindo-se em vários troncos ou com rebentos, e por vezes com numerosas cavidades no tronco e ramos principais.
(Painel de azulejos na fachada da casa onde viveu Afonso Lopes Vieira(a)(**) no lugar de Cortes - Leiria. Neste lugar, histórico e centro de irradiação de cultura, podemos visitar, entre outros, a Casa da Nora, a Casa-Museu-Biblioteca João/Mário Soares, o sítio idílico do nascimento do rio Lis, Noras antigas, a sua Igreja dedicada a N. Sra. da Gaiola (com uma história cheia de fervor religioso e de encantamento, come-se e bebe-se muito bem, etc.)).(**) (a)link
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(clic para ampliar)Posted by Picasa