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2015/06/28

herberto helder em debate na Biblioteca Municipal de Alcanena

 Óscar Martins e Zaida Nunes na coordenação da sessão de 27 de Junho de 2015 na Biblioteca Municipal de Alcanena. Abordou-se a vida e obra de Herberto Helder.
 Marta Moita a dizer um poema de herberto helder 
 Carlos Alberto a dizer um poema de herberto helder
 No próximo mês vai-se falar e dizer poesia de Bocage.

 A Zaida fez 70 anos no passado dia 15 de Junho de 2015. O Grupo de Poesia e Cultura da Biblioteca Municipal de Alcanena  aproveitou este ensejo para lhe cantar os "Parabéns a Você" ...
Ficou combinado por unanimidade que a sessão de Outubro incluirá a apresentação do novo livro de Poemas de Zaida Paiva Nunes, "SONHOS", já no prelo ...
O lançamento oficial será feito em Leiria, na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira.
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Mais material alusivo a Herberto Helder em 
http://dispersamente.blogspot.pt/search/label/Herberto%20Helder

2015/06/22

ZAIDA PAIVA NUNES em festa do 70º aniversário promovida pela Marta Moita no Solar do Visconde da Barreira - Leiria

I Parte

Também aqui serão mostradas as fotos da exposição foto-literária de Marta Moita.
Marta Moita e a maestrina do Coral Polifónico Jubilare de Alcanena, Maria do Céu Lopes.


Marta Moita (licenciada em Estudos Portugueses), a cuja persistência e criatividade se ficou a dever esta sessão evocativa da figura e trabalho literário como poeta e amiga de Zaida Paiva Nunes (Pelos seus 70 anos).
Dr. Óscar Martins, Diretor da Biblioteca Municipal de Alcanena, animador incansável de há mais de 10 anos do Grupo de Poesia e Cultura da Biblioteca, do qual fazemos parte.
Zaida Paiva Nunes, ainda com ar de surpresa pela calorosa receção que lhe foi proporcionada com uma atuação magistral do Coral Polifónico Jubilare de Alcanena.

II Parte

Zaida Paiva Nunes, Maria do Céu Lopes, maestrina do Coro Polifónico Jubilare de Alcanena e Marta Moita, entre os elementos do Grupo Coral.



 Um aspeto muito parcelar da exposição foto-literária de Marta Moita, que ficou patente no salão do Solar do Visconde da Barreira.
 Zaida Nunes e Júlia Moniz, da Barreira, escritora e poeta de renome, muito ligada às coisas da sua terra e que não quis perder esta oportunidade de estar presente.
 A Zaida, o Óscar e o Carlos Alberto. O nosso querido amigo Carlos Alberto disponibilizou-se a transportar os elementos do Grupo Coral, para o que conseguiu a colaboração do Clube de Futebol de Alcanena e do Clube de Atletismo também de Alcanena.



No recanto do jardim de nossa casa, nos Lourais - Barreira, imediatamente após a sessão no Solar do Visconde. Os elementos do Coro de Alcanena foram inexcedíveis em aplicação e convívio. 
Aqui a cantarem mais um dos temas do seu vasto reportório. 
Uma alegria e saudável confraternização.

Colaborações a quem é de agradecer toda a disponibilidade demonstrada para que esta sessão fosse um sucesso.

2013/10/21

Exposição Foto Literária de Marta Moita - (ENTRE)LAÇOS LITERÁRIOS

A autora a justificar-se... 
Fernando Pessoa e José Saramago não podem, de forma alguma, sentirem-se menorizados por esta excelente visão que Marta Moita nos proporciona com estes maravilhosos (ENTRE)LAÇOS LITERÁRIOS...  

Marta Moita na sua Nota Introdutória. Aqui um fragmento...
Esta fotografia revela um momento espontâneo do "ator" (Carlos Carepo) que encarnou a figura de Ricardo Reis e que se prestou a andar por Lisboa, nos lugares referidos (e outros...) por Saramago, no seu livro, "O Ano da Morte de Ricardo Reis". Pela ligação íntima que, por via deste livro, se estabelece entre Fernando Pessoa e o seu heterónimo, Ricardo Reis, por um lado, e este mesmo e José Saramago, por outro, se justifica plenamente este instantâneo original e único!... Pelos vistos, aquele momento foi capturado em fotografia por imensos turistas que se passeavam, na altura, pelo Chiado!... 
Qual não deve ter sido o seu espanto! ...
Zaida Nunes e Marta Moita: uma coligação imparável ...
José Cunha - Presidente da União das Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira, Cortes no decorrer da sessão de apresentação da exposição, em ambiente romântico do Solar e do seu jardim...

Exposição patente ao público durante o período de 20 a 27 de Outubro de 2013, no Solar do Visconde da Barreira - Leiria. Nada como observar in loco este trabalho, com o qual Marta Moita pretende levar o visitante a interessar-se pela leitura de uma das melhores obras do nosso Nobel da Literatura, José Saramago.
Sem nunca esquecer o grande, o inconfundível Fernando Pessoa.
O ponto comum - RICARDO REIS.


 Sobre a cadeira, a bata, o estetoscópio e a mala ... do médico Ricardo Reis ... 
Marta Moita e a sua amiga Manuela, que tão bem disse Ricardo Reis (Fernando Pessoa)


José Cunha, depois de entregar a medalha da Junta de Freguesia da Barreira - Leiria a Marta Moita

2013/10/16

Poemas de Ricardo Reis e exposição na Barreira

(No próximo Domingo, 20 de Outubro de 2013, no Solar do Visconde da Barreira, será inaugurada uma exposição de Marta Moita, sob o título (ENTRE)LAÇOS LITERÁRIOS)




Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
 (Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
 Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
 E sem desassossegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
 E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
 Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
 Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
 Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,


 Pagã triste e com flores no regaço.


Poemas de Ricardo Reis
Mais poemas aqui
Ricardo Reis (heterónimo de Fernando Pessoa)
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RICARDO REIS

“Aí por 1912, salvo erro (que nunca pode ser grande), veio-me à ideia escrever uns poemas de índole pagã. Esbocei umas coisas em verso irregular (não no estilo Álvaro de Campos, mas num estilo de meia regularidade), e abandonei o caso. Esboçara-se-me, contudo, numa penumbra mal urdida, um vago retrato da pessoa que estava a fazer aquilo. (tinha nascido, sem que o soubesse, o Ricardo Reis).”
Diz Fernando Pessoa na carta, de 13 de Janeiro de 1935, a Adolfo Casais Monteiro, que Ricardo Reis nasceu em 1887 (embora não se recorde do dia e mês), no Porto. Descreve-o como sendo um pouco mais baixo, mais forte e seco que Caeiro e usando a cara rapada. Fora educado num colégio de jesuítas, era médico e vivia no Brasil, desde 1919, para onde se tinha expatriado voluntariamente por ser monárquico. Tinha formação latinista e semi-helenista.
Fernando Pessoa atribui a este heterónimo um purismo que considera exagerado e  refere que escreve em nome de Ricardo Reis, “depois de uma deliberação abstracta, que subitamente se concretiza numa ode”.

Fonte: Carta de Fernando Pessoa a Adolfo Casais Monteiro, de 13 de Janeiro de 1935, inCorrespondência 1923-1935, ed. Manuela Parreira da Silva, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999.