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2012/09/22

Portugal em reflexão (ed. revista)



Ai Portugal, Portugal!

Todos os portugueses têm o dever/obrigação cívica de se pronunciarem, objetiva e concretamente, sobre os problemas que afligem esta Nação milenar.
Cada um de nós tem uma opinião formada ou formatada de acordo com a sua vivência. 

A questão é que as instâncias do poder são demasiado autistas ou atuam exclusivamente na defesa dos setores da sociedade que lhes interessa. Normalmente os que detêm o poder do Capital, pois que, como se sabe, vivemos numa sociedade capitalista, pura e dura.

Talvez porque nos tenhamos acomodado, chegámos a esta miserável situação em que a gestão do nosso futuro está nas mãos de várias troikas:

- Troika propriamente dita (FMI, CE e BCE);
- Governo (Passos, Relvas e Portas);
- Troika portuguesa (PR, BP e CES).

E nós temo-nos limitado, como meninos bem comportados, a seguir ao ritmo do toque da caixa, mansamente, apesar de sermos "nobre povo/nação valente".
O Governo lança uns balões de ensaio e fica à espera da reação. E nós vamos emitindo as nossas opiniões. Às vezes até fazemos manifestações de rua! Algumas até são grandiosas, de fazer pensar em como o Povo, se quisesse, seria quem mais ordenava.

De qualquer modo, parece que os ventos que sopram auguram uma mudança radical na nossa maneira de olhar para os políticos que ocupam cargos na cúpula do poder.
Começam a ser acossados em todo o território nacional. O Povo começa a ir para a Rua e com ele na rua o Poder começa a dar sinais de desnorte. 

Para esfriar os entusiasmos encenam-se Conselhos dos partidos, do Estado, da Igreja ... 
E ficam à espera que as coisas se conciliem. E fingem que estão disponíveis para ouvir a voz do Povo.

Foi o que aconteceu com o famigerado tema das TSU.
Tanto foguetório, tanto folclore, tantas sumidades a aparecerem nos écrans da Televisão, nos jornais, e o Governo e a coligação que o apoia a testarem as suas estratégias político/ideológicas, que mais não foi o que andaram a fazer.
Então, quer dizer, o PM já anda a dizer por meias palavras (mais uns balões de ensaio, provavelmente), que vamos moldar melhor esta questão da TSU. Moldar como?

Ah sim, o IRS está aí mesmo à mão, nada melhor que extorquir mais uns milhares de milhões aos rendimentos do trabalho. E, claro, mais uma vez, a dita classe média (onde está?!) lá se terá de pôr a jeito para deixar nos cofres do poço sem fundo do OE o pouco que já lhe está a restar.

E atenção, muita atenção! 

Convém ter presente que ainda nada se decidiu, diz o nosso Presidente, só quando houver Orçamento do Estado é que se pode tomar uma posição séria sobre as contas públicas, os Planos de Actividade para o Futuro de todos nós e as estratégias a seguir. Entretanto, nós não temos qualquer razão para estar a dar palpites nem protestar. Afinal estamos a protestar contra quê? Contra declarações formais de intenção, apresentadas com pompa e circunstância, quer pelo Primeiro Ministro quer pelo Ministro das Finanças?!

Olha o desaforo deste “bom povo português”! …

A proposta que se segue vai ser mais do mesmo. Os trabalhadores é que vão ser sobrecarregados ainda mais para se fingir que se resolve o problema do défice, para que se possa fingir que vamos pagar a monstruosa dívida pública que os sucessivos governos de Portugal têm vindo a acumular, e que ninguém das altas instâncias do círculo do poder central, se tem mostrado interessado em averiguar das suas reais origens.

De facto, temos andado entregues à bicharada!

António Nunes
(um Zé do Povo)
@as-nunes
nb.: esta edição foi revista...23/09/2012-12h55
Os comentário até ao 6º estão conotados com a 1ª versão. Peço imensa desculpa.

2009/11/20

Ao cair da folha!...


(clic para ampliar)


Reformar a vida



Vivo dias ansiosos
Dias já previstos
E falados
Durante anos


Ouvi conselho médico
Falámos desta ansiedade
Deste prever
Dum começo e porvir


Começo de quê?
Tempo descontraído?
Tempo trabalhado?
Tempo desperdiçado?


Não sei o que virá aí
Sinto-me desconfiado
Destes dias que me faltam
Do resto da minha vida!...


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2008/04/25

25 ABRIL 2008

(foto de Gui Nunes de Moura- 9 anos)

Há 34 anos cantávamos na rua,:

Uma gaivota voava, voava,

asas de vento,

coração de mar.

Como ela, somos livres,

somos livres de voar.

E as papoilas gritavam livremente os seus hinos de Solidariedade e LIBERDADE, na senda da luta travada ao longo de muitas décadas...
Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho num campo qualquer.
Como ela somos livres,
somos livres de crescer.

Uma criança dizia, dizia
"quando for grande não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.
.
Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.

Duas gerações pós 25 de Abril: a que nasceu no próprio ano da Revolução (Que revolução? Que resultados práticos para o povo?: a ilusão do voto, com o qual se perfilaram imediatamente fulgurantes carreiras políticas e, logo a seguir, económico/financeiras?!?); as gerações do pós revolução, algumas que já nem sabem o que é o 25 de Abril, a maioria que não estamos a conseguir sensibilizar para o interesse nacional que poderia advir da sua participação na próxima e necessária reestruturação do sistema político e administrativo do nosso país.

............................................(foto de Gui Nunes de Moura- 9 anos)

A geração dos jovens que fizeram a guerra colonial, arriscaram carreiras pessoais e profissionais a militarem no PS e outros partidos de esquerda, viveram, sofreram, porque acreditaram piamente nos ideais do 25 de Abril. Sempre na sagrada Esperança da melhoria das condições de vida dos Portugueses! Hoje, muitos de nós, andamos desanimados e o Balanço que fazemos destes 34 anos não é nada positivo! Quantos dos que apanharam o comboio em andamento não se serviram dos idealistas, para singrarem a todo o gás no assalto aos lugares de relevo político, económico e social! Lugares que deviam ocupar por tempo limitado aos seus mandatos populares e que se estão a eternizar, na Assembleia da República, nos cargos públicos ocupados pela força do seu partido quando no poder, nas Câmaras Municipais, nas Juntas de Freguesia, nos Governos regionais? Esta situação não é tolerável para quem, ao fim duma carreira profissional, dura, muito trabalho mal remunerado, olha para as suas reformas e conclui que só uns quantos privilegiados do sector público, recebem pensões 6, 7 e muito mais vezes superiores ao salário mínimo nacional. Muitos desses privilegiados com pouco mais de 50 e poucos anos de idade, enquanto que os do regime geral ( os das empresas privadas, algumas que não actualizam salários há meia dúzia de anos, uma vergonha!...) ou esperam pelos 65 anos, independentemente das suas condições físicas e psicológias, ou se querem fazer a opção de anteciparem a pensão a que têm direito porque já descontam há 40 e mais anos (e desgastaram a sua vida nas guerras coloniais, onde está a força das associações dos ex-combatentes?....) para a Segurança Social, esta tem vindo a ser, ano após ano, reduzida, pela aplicação de factores de redução, os mais variados e injustos, em muitos casos.

Viva o 25 de Abril! Não aos oportunismos do 25 de Abril!

27 Abr 2008: Dois dias depois: tenho que admitir que estava muito zangado com os que se infiltraram por dentro do verdadeiro espírito do 25 de Abril e o boicotaram, quase até à sua eliminação completa. Hoje em dia os trabalhadores continuam a ser explorados, salários de miséria e o sistema de solidariedade e segurança social já nem sei para que serve.

Sim, finalmente, temos a liberdade de votar em quem quisermos. Tem-nos valido de alguma coisa, com o rumo que o país tem levado? Onde estão os verdadeiros timoneiros capazes de guiar este povo a bom porto?

Não nos devíamos deixar governar por quem não demonstre ser capaz dum verdadeiro espírito de missão!...

...

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