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2025/09/17

p 17 do livro "Poema de Outono", ed. Diferença, 2002 - Luís Vieira da Mota


 Dito por António Nunes em 17/09/2025.


Já não é a chuva que chora
nas vidraças da janela
mas os olhos detrás dela
que fazem uma chuva de lágrimas
nas vidraças da janela.

2025/09/16

Mais uma carta a um amigo que partiu para um lugar algures ...

 




(Carlos Lopes Pires, João Valente, António d´Almeida Nunes, Luís Vieira da Mota, Manuel Frias Martins)

 

♥♥♥♥♥

Luís

Cá vamos escrevendo cartas atrás de cartas mesmo sabendo que o teu endereço geográfico foi obliterado. Mas insistimos. Sabemos que, de qualquer forma, elas são lidas...
Lendo as palavraspoema de Carlos Lopes Pires no seu ´Facebbok`. Bem gostaria de lhes acrescentar mais palavras, que é a forma mais comum de chegarmos aos outros, os que estão em geografia diferente. Mas depois do que o nosso amigoirmão tem dito nos seus poemas, outras palavras começam a escassear; as que poderão dizer o que sentimos, nestes momentos...
O tempo é um fio incomensurável com o qual vamos entrelaçando tudo o que nos liga à terra... e não só ...
Jamais saberemos o local onde a cosmografia define as coordenadas da infinitude ...
Mesmo assim. Continuamos a olhar o horizonte. Talvez na quarta feira próxima, possamos ser mais expressivos. Um dos fios foi quebrado, mas o cabo não...
ps.: já deves saber, Luís, vamos orar naquela que, talvez seja a última missa dos "santos monges có-có". Sem ti a irmandade mantém-se, mas vamos arrecadar os nossos hábitos... Na próxima quarta feira no local do costume. E, pelo que já julgo saber, vamos estar todos presentes: eu e o Carlos, que vamos de Leiria; o João, que vem do Sul; o Manuel, que vem do Centro Norte para regressar mais a Norte ainda...
---
Luís
bem olhamos o horizonte
a tentar ver
esse distante
próximo ...
os teus ´irmãos` querem
a todo o custo
mesmo contra a força bruta
da própria geografia
preservar os laços eternos
que nos irmanaram na terra
a infinitude é libertária
mas sentimo-la connosco
todas as experiências ondas
que vivemos
não serão esquecidas
elas retornarão
nós seremos capazes
de as reinterpretar
essas ondas vão propagar-se
em vagas
infinitas ...

(no meu Fb de 15/9/2025)

2025/08/25

Poema de Carlos Lopes Pires para os amigos. O momento é de saudade. O Luís deixou-nos...


Carlos Lopes Pires publicou, no seu Facebook, nesta data, neste verbete (afixo, como diz Manuel Frias Martins) um belíssimo e sentido poema. O endereço é para os amigos, mas, nesta data, nós olhamos instintivamente para o nosso comum amigo Luís Vieira da Mota.
Em novembro de 2024 juntámo-nos cá em casa, na Carvalhinha - Lourais, e jantámos opiparamente, repasto organizado e executado pela Zaida. 
Foi um momento extraordinário de convívio entre amigos que - no que me diz respeito - há mais de uma década se vinha fortalecendo.
Infelizmente, Luís Vieira da Mota (lado direito da foto) morreu no passado dia 12 de agosto.
Reproduzo o texto do "post" de Carlos Pires:


gosto de definir amizade como o sentimento de existência partilhada. sendo a existência de cada pessoa, um acontecimento único e incomunicável, há algo de prodigioso na amizade, e que é a partilha dessa existência. a maioria das coisas deste mundo é feita de simulacros, em que todos, mais ou menos, temos de colaborar. mas nos amigos não há simulacros.

falo por mim

os amigos
fazem-me falta

não me importam
as suas distrações

ou o hábito
que alguns têm
de olhar os pássaros

gosto de me sentar
com eles em silêncio

e ouvi-los cantar 



 

2025/08/06

Escrever e reparar com atenção redobrada na obra literária de Luís Vieira da Mota

 


Já escrevo crónicas mensais para o semanário "notícias de colmeias" desde 2014. Por vezes com alguma dificuldade de gestão de tempo pelo que nem sempre a sua qualidade é a que mais me agrade. Mas cá me vou esforçando. Demais o seu Director e Fundador, pessoa jovem e  que muito estimo tem sido incansável nos seus estímulos para que eu não me deixe ficar pelo caminho. 
Este fragmento que agora apresento refere-se ao meu último "trabalho" e nele pretendo falar sobre o meu amigo de longa data, Luís Vieira da Mota e mui digno escritor. Com vasta obra publicada e muitas crónicas e contos avulsos que por aí vai deixando nas redes sociais. Esperemos que venha a recuperar da doença que o apoquenta e que, no imediato, publique essas crónicas...


Este livro de contos foi editado em 2000 pela Ed. Presença. É um dos que tenho na minha biblioteca. Coisa estranha, só agora é que me decidi a lê-lo, de fio a pavio. Abri-o, ontem, que não sabia do seu paradeiro. Bem o procurei quando escrevi a crónica acima. Coisa estranha mas já vista mais vezes. Tenho os livros de Luís Vieira da Mota na minha biblioteca, na prateleira ESC-1, mesmo ao lado dos livros de Carlos Lopes Pires, Manuel Frias Martins, Maria João Cantinho, Joaquim Jorge, Cândido Ferreira, Joaquim Pires Bento e outros. Este, por falta de espaço nessa prateleira, estava deitado, em cima dos outros. Não estava a reparar nele!!!! 

***

Entretanto, Luís Vieira da Mota faleceu no Hospital de Leiria, já depois desta publicação. Como é do conhecimento público.




2024/02/03

Capas de Facebook de Carlos Lopes

Os amigos são uma bênção cósmica. De Deus... 

Tenho o privilégio de ser amigo (de coração, pode-se dizer) de Carlos Lopes Pires. Para além do mais fazemos parte dum grupo (quase ´maçónico`, "Os Santos Monges Có-Có) em que incluímos, para além de nós, Luís Vieira da Mota, Carlos Ramos, Manuel Frias Martins, João Clemente, sem esquecer os restantes que, ou estão longe ou afastados (mas que, ainda assim, são parte deste espírito de Irmandade).

Como se sabe (consultar na Google ou no seu FB ) Carlos Lopes Pires tem uma obra vastíssima na área da Poesia... que faz questão em separar de toda a sua actividade profissional.

Tanta coisa que eu poderia agora escrever sobre a obra de Carlos Pires, particularmente, no que diz respeito à Poesia e ao seu espírito consistentemente de homem de tertúlia...

... um dia... (não consigo abstrair-me da minha responsabilidade sócioprofissional; ainda estou activo. E do facto de que este mês é incrivelmente um período de muitas coisas para fazer...)

- Em abril de 2023 uma das suas capas de FB era como segue:


 tu

que desde
há muito

trilhas
em silêncio
o caminho do bem

essa árvore
tão alta

esse pássaro
tão imaculado
ao tocar-se
---
(fica-se tocado!...)

2017/04/03

Carlos Lopes Pires apresentou o seu último livro de poemas "a minha poesia é uma ignorância"

No sábado, 1 de abril de 2017, foi apresentado mais um livro de poemas de Carlos Lopes Pires.
O seu título "a minha poesia é uma ignorância", ed. Textiverso e a sessão decorreu no Auditório da Casa Museu João Soares, nas Cortes - Leiria.
Pode ler-se, no FB de Carlos Fernandes, o Editor:
«“a minha poesia é uma ignorância”, escreve Carlos Lopes Pires.
A Casa-Museu João Soares, nas Cortes (Leiria), vai acolher, no próximo dia 1 de Abril, às 16h00, o lançamento do livro “a minha poesia é uma ignorância”, de Carlos Lopes Pires, com produção da editora Textiverso, de Leiria.
A apresentação deste livro de poesia será feita por Luís Vieira da Mota (escritor) e Pedro Jordão (compositor e músico). Durante a sessão serão lidos alguns poemas, terminando com uma sessão de autógrafos.

Nota: No final da apresentação, terá lugar o primeiro e penúltimo Congresso Mundial de Aquilo Que Vocês Sabem (AQVS), que será precedido pela bênção dos presentes. Terá como únicos intervenientes os quatro Santos que compõem a Santa Cúria deste movimento, que irão falar sobre as origens, características, objectivos e acções passadas, presentes e futuras de AQVS. Irão igualmente dançar ao estilo AQVS, utilizando vestes que caracterizam estes Santos Monges.»
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Dado o momento emocionalmente muito forte, a parte final ficou adiada, tendo havido, ao jantar, no Restaurante Canário, uma pequena sessão pré-congresso, da qual vai ser lavrada a respetiva ata. 
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A poesia de Carlos Lopes Pires é, sem dúvida, apresentada segundo um estilo muito pessoal e revelador de um espírito humanista e muito sensível a tudo o que a vida nos pode mostrar ou sugerir em todas as suas dimensões.

Uma possível reportagem fotográfica:


 O Editor Carlos Fernandes, o Autor Carlos Lopes Pires, os apresentadores Pedro Jordão e Luís Vieira da Mota.
 Celeste Alves a dizer alguns poemas





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Prezado Carlos Pires. É uma honra ser teu amigo.