Da época áurea dos Descobrimentos Marítimos até aos
nossos dias! …
Do mesmo modo que os portugueses, enquanto católicos,
consideravam que roubar e pilhar muçulmanos, longe de ser imoral, agradava a
Deus, também surgiu, no Norte da Europa, um princípio protestante, segundo o
qual os actos de pirataria contra os barcos dos católicos portugueses era um
empreendimento que contava com a benção divina. Corsários vindos dos portos do
Oeste de França, capturaram, durante o reinado de D. João III, mais de 300
barcos portugueses carregados de especiarias que vinham da Índia, quando
navegavam no regresso na zona dos Açores, na encruzilhada entre o Atlântico
Norte e Sul.
As especiarias e pedras preciosas obtidas pelo roubo
acabavam por ser vendidas em concorrência desleal, o que levou os preços a
baixarem drasticamente, em prejuízo dos portugueses.
Já nesta altura o Estado era obrigado a aguentar a
despesa de uma marinha mal dimensionada enquanto os lucros ficavam quase empre
nas mãos dos privados.
Os ricos tinham sido isentos de impostos pelo rei D.
Manuel.
D. João III, como já não podia cobrar impostos a quem
ainda tinha alguma capacidade financeira para tal, começou a vender títulos do
tesouro no mercado financeiro de Antuérpia, sendo os juros liquidados através
da emissão de novos títulos.
O rating de
crédito de Portugal caiu de tal maneira que os banqueiros, em Antuérpia,
exigiram uma taxa de juro de 25% ao ano. Quando D. João III morreu, em 1575, os
títulos portugueses do tesouro começaram a mudar de mão até 5% do seu valor
facial.
E assim terá começado a nossa desgraça. Passámos em
pouco mais de um século de uma potência das mais ricas do planeta para uma
situação em que ficámos nas mãos dos agiotas da alta finança internacional. A
tal que enriqueceu à custa da pirataria sobre os nossos barcos de transporte de
especiarias e pérolas.
Diga-se, outrossim, que muitas dessas mercadorias a
bordo dos nossos barcos que vinham da Índia, eram produto de saques a barcos e
cidades muçulmanas localizadas na zona do Índico Ocidental.
Depois do desabar estrondoso do sonho megalámano de D.
Sebastião, Portugal ficou completamente na penúria.
Seguiu-se o domínio dos Filipes de Espanha e
consequentes tropelias e erros grosseiros de governação.
E assim fomos andando até chegarmos aos dias de hoje …
Os senhores da Alta Finança Internacional a mandarem
em Portugal por intermédio do Governo de Gestão de Pedro Passos Coelho …
E o resultado de todos os desmandos sobre o povo de
Portugal é o que está à vista! …
Portugal, que foi o berço da primeira aldeia global,
um povo que mudou o mundo, está resumido a este mísero Estado, que se limita a
tentar salvar a pele dos ricos à custa do sacrifício crescente do Povo
Trabalhador!
(E saber que D. Dinis, que tão intimamente está ligado ao Castelo de Leiria, tanto se esforçou para dotar Portugal de um dos maiores e bem administrados pinhais da Europa, com cuja madeira se construíram as primeiras caravelas usadas pelos portugueses nas navegações por todo o mundo!)
(E saber que D. Dinis, que tão intimamente está ligado ao Castelo de Leiria, tanto se esforçou para dotar Portugal de um dos maiores e bem administrados pinhais da Europa, com cuja madeira se construíram as primeiras caravelas usadas pelos portugueses nas navegações por todo o mundo!)
Portugal, que Futuro? ...
Ler abaixo "Discurso simplesmente vergonhoso!!!!!"