Mostrar mensagens com a etiqueta quintas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta quintas. Mostrar todas as mensagens

2011/04/26

Cortes - Leiria: Quinta do Cónego

foto 1

foto 2


foto 3

foto 4
foto 5


foto 6
foto 7


foto 8

foto 9
De há uns anos a esta parte que, sempre que consigo obter elementos identificativos sobre as muitas - históricas e românticas quintas, de várias localizações, claro, particularmente de Leiria -  os partilho com os leitores deste blogue.
Desta feita, divulgo alguns pormenores que reputo interessantes, acerca duma quinta que há muitos anos conheço, de ver por fora, ao passar na Estrada Principal das Cortes, a que liga a Ponte Cavaleiro à povoação das Cortes propriamente dita.
Trata-se da Quinta do Cónego, sobre a qual não encontrei referências mais precisas (talvez pela leitura apressada que fiz dos dois volumes "ReCortes do jornal daí"(*) ed. do "Jornal das Cortes", 1997(vol 1) e 2007(vol. 29) e do tempo escasso que possa ter dedicado a esta matéria. 


(*)Aditamento, 29-04-2011-14h gmt:
Podem-se ler, nestes livros, vários textos, que me escaparam na tal leitura rápida, nos quais se aborda a possibilidade (quase certeza) de esta "Quinta do Cónego" , na sua versão anterior à actual,  com todas as suas envolvências, ser uma referência importante do enredo do romance de Eça de Queiroz, "O Crime do Padre Amaro". Eça identifica esta quinta, no seu romance, como a Quinta da Ricoça, que pertencia ao  Cónego Dias e que ficava nos Poiais. 
Ora, a Quinta do Cónego, da altura, pertencia efectivamente ao Cónego Lemos. A sua localização tem muito a ver com o micro-topónimo Pousias, ali mesmo na extrema Norte das Cortes.
Como se pode inferir do que se escreve no  I vol. das obras referidas, a pp 249 a 259, (J.C. de Janeiro a Junho de 1991, Carlos Fernandes, de Julho de 1990 e de Dezembro de 1995, Manuel Paulo Maça).  


Penitencio-me, desde já, pela minha ingratidão face a tão meritório trabalho, se a minha busca se vier a revelar insuficiente, o que é quase certo acontecerá. Se assim for, muito agradeço a indispensável achega, para que esta minha contribuição possa ser de mais utilidade para os navegantes/investigadores que estejam a vogar nesta onda da web.
-
O projecto de arquitectura do edifício principal da Quinta é da autoria do célebre Arquitecto intimamente ligado a Leiria, que foi Ernesto Korrodi. Aliás, basta observar com um mínimo de atenção, o estilo desta obra para  que se lhe pudesse ser facilmente atribuído, ainda que referência a esse facto se possa ler no painel de azulejos que se pode ler na foto 4. Cabe, nesta oportunidade, fazer alusão à discrepância de datas que se observam numa lápide que encima a porta principal de entrada do edifício (foto 7, em que se diz que a   construção foi feita em 1919 e a foto 4, em que essa mesma data é reportada a 1922. Provavelmente, isso significará que a traseira da casa terá levado mais 3 anos a concluir-se).
As características típicas da arquitectura de Ernesto Korrodi - de que existem vários exemplos em Leiria - referem-na como arquitectura civil revivalista, Arte Nova, traço romântico. 
A planta é rectangular, bastante irregular e com cobertura em vários telhados, de 3 e 4 águas.
-
Muito próximo desta Quinta, cerca de 200 metros a Sw, está referenciada uma importante Estação Paleolítica - a da Quinta do Cónego, Cortes, lugar de Pousias, estrada da Ribeira.
Esta estação, actualmente praticamente desactivada, foi investigada por diversas vezes, no âmbito do estudo de ocupações paleolíticas da bacia hidrográfica do rio Lis.
Há materiais lá recolhidos, depositados no Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia.
-
Seguindo este link pode aprofundar-se a matéria relativa às escavações arqueológicas atrás referidas.
Leia-se "Intervenção Arqueológica na Estação Acheulense da Quinta do Cónego, Pousias - Cortes - Leiria" da autoria de João Pedro Cunha Ribeiro, Assistente da faculdade de Letras da Universidade do Porto.
As conclusões deste estudo são muito interessantes tendo em conta que nele se evidencia a presença do Homem Paleolítico nesta zona do rio e do vale do Lis.

Posted by Picasa

2011/03/10

Leiria, Auto-Estradas, Obras Públicas, a Quinta da Mourã e tantas outras...


(clic para ampliar)

A Quinta da Mourã é uma das emblemáticas áreas rurais da zona de Leiria. Situa-se no limite de três freguesias: da Barreira, da Azoia, dos Parceiros e de Leiria. A entrada principal está bem visível quem passa de automóvel na rua alcatroada ao lado Nascente do "Continente".

Encontra-se instalada junto ao Rio Lena, no vale ainda hoje de aparência bastante produtiva para a agricultura, floresta e pecuária. Ainda se observa a existência dum moinho de água que deve ter tido muito uso, pelo que me informam até aos anos 80 do século passado.

As obras de construção do IC36, que estão a desconfigurar completamente uma extensa área agrícola e florestal entre os Rios   Lena e Lis, particularmente, os vales destes rios, também são visíveis numa das fotografias desta montagem.


Apetece-me perguntar: o que é feito das belíssimas intenções do MPRL - Movimento de Protecção do Rio Lena, solenemente constituído e apresentado publicamente no Salão Nobre da Câmara Municipal de Leiria, no dia 21 de Julho de 2002? 
Temos que admitir, infelizmente, que todo aquele aparato acabou por se ficar pelos foguetes lançados ao ar!...
Lamentavelmente...

Obras públicas em nome do progresso material a quanto obrigam!

Claro, como ainda hoje discursou o Snr. Presidente da República na tomada de posse para o seu segundo mandato, o Desenvolvimento Económico é o factor que condiciona toda a nossa vida material. Pelo que nos estão a convencer, teremos que aceitar essa inevitabilidade para que possamos acompanhar minimamente os restantes países da União Europeia.

Uma questão muito importante, dadas as avultadas verbas utilizadas, a ter em conta é se o ritmo a que se estão a implementar algumas obras públicas (muitas através de concessões e parcerias público-privadas) será coadunável com a nossa capacidade de endividamento público. Sim,  já não nos podem restar quaisquer dúvidas, de que não estamos a conseguir criar riqueza nacional que nos permita muitas das veleidades a que nos estamos a abalançar. Até parece que já ninguém faz contas e balanceia devidamente o quociente custo/benefício dos investimentos públicos.

Das duas uma: ou se está a preparar nesta zona da Estremadura, uma área-motor da nossa Economia e então há que apoiar, com a necessária ponderação dos impactos ambientais, os investimentos em infra-estruturas rodoviárias que estão a ser levados a efeito; ou então, algo de muito difuso está a acontecer.

É que os juros da Dívida Pública têm que ser pagos! Pelos vistos vamos ter que os pagar com língua de palmo!...
.
A quadra acima transcrita é de Acácio de Paiva, grande poeta bucólico e humorista, que nasceu em Leiria, Largo da Sé, casa com frontaria em azulejos "viúva Lamego", "Pharmácia de Leonardo da Guarda e Paiva", em 14 de Abril de 1863Faleceu, com 81 anos de idade, na sua Casa das Conchas, no Olival, em 29/11/1944. Vai dar à estampa, em breve, uma brochura monográfica, iniciativa da Junta de Freguesia de Leiria, em recordação da sua vida e obra em prol das letras portuguesas e da sua amada cidade de Leiria.
Pode ler mais, seguindo este link e este outro, aqui mesmo.
©as-nunes
Posted by Picasa

2011/02/28

Leiria-Cortes-Barreira: Quinta de Vale de Lobos e obras do IC36

Aspecto geral dos edifícios que integram o núcleo central da mítica Quinta de Vale de Lobos, na área de Barreira, Cortes, Leiria. Esta fotografia foi tirada desde a localidade de Vidigal, que abarca o vale do Lis, na zona onde está a ser construído um viaduto, parte integrante do IC36, sobre as terras, das mais férteis e de relevante interesse ambiental de toda a bacia deste rio.
Continuamos a ver, do lado esquerdo, a Quinta de Vale de Lobos. Sobressaem, no entanto, as imponentes obras do viaduto que liga a encosta da Quinta, atravessa o vale do Lis e prossegue, do outro lado do rio, na encosta da margem direita, na zona do Vidigal-Norte. Por entre os pilares do viaduto ainda se vislumbram umas construções, que pertencem à Quinta de S. Venâncio.
Mais um desbaste na zona florestal, de terrenos de cultivo de primeira qualidade em nome do desenvolvimento económico. Toda a área onde se veem terras movimentadas recentemente constituía uma floresta à base do carvalho robles (Quercus robur).


A páginas 39 do livro RECORTES do Jornal daí – vol II (1), lê-se, a propósito dos “Moinhos das Cortes em 1906”, da autoria de Carlos Fernandes, o seguinte:
“...Por conseguinte, em 1922, pelo menos uma propriedade na Ponte do Cavaleiro tinha a designação de “D. Ignez”, indiscutivelmente uma reminiscência muito forte da senhora que, nos finais do século XVIII, tinha três moinhos a laborar nas Cortes. E a sua importância seria de tal monta que o seu nome se confundia com o nome da povoação ou, pelo menos, com o daquela propriedade que passou a domínio da Quinta de Vale de Lobos e de que, em 1922, era proprietário o engenheiro Roberto Charters d´Azevedo, filho do Visconde de S. Sebastião, das Cortes. O mesmo Roberto Charters que é o autor da planta da bacia do rio Lis de que falámos no início deste apontamento.”

Deixo aqui este registo, em complemento das notas que se seguem, fundamentadas no que Ricardo Chartres d´Azevedo deixou escrito no livro “Villa Portela”(2), a que já me referi, quando abordei o tema da Quinta de S. Sebastião.
Esta questão da Quinta de Vale de Lobos já faz parte do meu longo processo de aprendizagem da história de toda esta zona, já que, no início da primeira década deste século, fui membro da Junta de Freguesia da Barreira e, na altura, fomos confontados com o problema de delimitação das áreas territoriais das freguesias de Barreira, Cortes, Leiria e Golpilheira. Muito se falou na Quinta de Vale de Lobos, se ficaria na Barreira ou em Leiria. Acabámos, por consenso, em estabelecer que ficaria a pertencer à freguesia de Leiria e que, entretanto, a freguesia da Barreira, junto ao Quartel do RAL 4, passaria a ser delimitada pela Rua José Marques da Cruz. E assim passou a constar.

1) Ed. Do “Jornal das Cortes – mensário regional” de 2007
(2) ler "Villa Portela", ed. gradiva, Ricardo Charters d´Azevedo, p. 83 e nota 62:
Das diversas propriedades que o 1º Visconde de S.Sebastião teve nos arredores de Leiria, destacamos a Quinta de Vale de Lobos (nota 62) e, ...
Em 1868, era seu feitor António Pereira, Cf. A.D.L., paróquia das Cortes, Casamentos, 1815-1869, fl. 99v.

Posted by Picasa

2011/02/09

Batalha: Collipo - Palácio Randulfo - Casal do Freixo - S. Sebastião do Freixo - Quinta S. Sebastião



Há uns tempos atrás tirei algumas fotografias das actuais edificações ainda em pé, da muito referenciada Quinta de S. Sebastião, na estrada entre o limite da freguesia da Barreira e os lugares de Garruchas e Celeiro, logo a seguir aos lugares de Andreus e Palheirinhos (Barreira-Leiria).
Há muito que é conhecida a ligação da história deste local com a mítica Collipo, uma importante urbe Romana, da qual foram recolhidos alguns vestígios, o mais significativo dos quais será a estátua dum magistrado Romano encontrado nos anos 60 (agora à guarda do MCCB- Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, recentemente inaugurado). E muitos outros, constituídos por moedas antigas, sabe-se lá do paradeiro da maior parte delas,  lajes com inscrições, algumas que foram utilizadas na construção do Castelo de Leiria (1) e, segundo se consta, noutras edificações das redondezas e até simples muros. Julga-se que muitos outros vestígios terão ficado soterrados para sempre já que a estação arqueológica que ali funcionou se encontra completamente desmantelada.
Segundo registos antigos, já no ano de 1142 (primeiro foral de Leiria, concedido por D. Afonso Henriques, em 1.5.1142), se fazia referência a um Palácio Randulfo, que tudo indicia, estivesse localizado, precisamente, nesta mesma referência geográfica.
A áurea de mistério em que ainda se encontra envolta a origem da Quinta de S. Sebastião, merecia um estudo mais aprofundado e da mais alta resolução.
Uma das melhores e mais actuais vias para se obter informações sobre esta Quinta há-de ser o livro "Villa Portela" (2) no qual se pormenoriza, no seu capítulo 3 - Os Henriques d´Azevedo, a forma como esta quinta se encontra intimamente ligada a várias famílias das mais ilustres e representativas de toda a zona de Leiria.
Nesta obra fica-se com a informação de que Manuel Henriques, que nasceu em casal do Freixo (depois Quinta de S. Sebastião) é o parente comum de várias famílias de Leiria, como os Lopes Vieira, os Veríssimo de Azevedo, os Charters d´Azevedo, os Carreira e, por sucessão, de todos os Henriques d´Azevedo.

O local, aqui revisitado, no cimo da colina, com o tempo referenciada com o nome de  S. Sebastião, onde hoje ainda existem algumas edificações habitadas, começou por ser Collipo.
O topónimo deste sítio passou, de acordo com o foral de 1142 e uma inquirição(3) de 1233, a ficar para a história, como Randulfo.
O topónimo «S. Sebastião do Freixo» teve origem na existência, no sítio de «Casal do Freixo» (antigo Palácio Randulfo), duma ermida em honra de S. Sebastião (que tinha boa renda, sendo que esta era recebida pela Fábrica da Sé de Leiria, segundo as célebres "Memórias Paroquiais" da Batalha, de 1758).

Será oportuno deixar aqui um apontamento sobre o  Visconde de S. Sebastião(4)José Maria Henriques d´Azevedo, a quem pertenceu, por herança, a já citada Quinta de S. Sebastião
Este título foi-lhe atribuído por mercê de D. Luís I, em 8 de Agosto de 1872.  
-
notas:
(1) ler "Introdução à história do Castelo de Leiria" de Saul Gomes.
(2) ler "Villa Portela", Ricardo Charters d´Azevedo, ed. Gradiva 2007, pág. 73 e seguintes.
(3) Esta inquirição de 1233 refere a existência de uma propriedade da Coroa na região de Leiria, situada em «Palácio Randulfo», sensivelmente onde é hoje S. Sebastião do Freixo.
(4)
a) Existe em Leiria, em sua homenagem,  a  Rua 1º Visconde de S. Sebastião, que liga a actual Av. das Comunidades até ao entroncamento com a Av D. José Alves Correia da Silva;
b) Era proprietário de diversas propriedades nos arredores de Leiria. Destacam-se a Quinta de Vale de Lobos,  localizada na actual Estrada das Cortes, do outro lado a Quinta de S. Venâncio e a Quinta do Lagar de El-Rei, em cujos terrenos se encontram hoje instalados a Prisão-Escola de Leiria, A ESEL- Escola Superior de educação de Leiria e o IPL - Instituto Politécnico de Leiria.
(p. 83 do livro "Villa Portela" já referido em (2))

2010/07/31

Leiria: Quinta do Amparo e o Visconde do Amparo



Uma vista panorâmica desde uma das casas da Quinta do Amparo (junto ao Jardim interior) sobre a cidade de Leiria, em destaque o seu Castelo.
Alguns aspectos da actualidade, que correspondem ao que, na Rua do Amparo, aos Marrazes - Leiria, é conhecido por Quinta do Amparo. Hoje, o local está ocupado pela Escola Superior de Acção Social e pelo Restaurante o "Cardápio do Visconde".
Acerca desta Quinta e dos seus senhores, tenho vindo a colher alguma informação sobre a sua história mas a tarefa tem-se-me mostrado um tanto indefinida.
Na entrada que aqui publiquei em 2008 mostrei fotos da capela dedicada a Nª Sra. do Amparo e que se encontra edificada no conjunto das edificações desta quinta. Por e-mail recebi a informação de que a fonte que se vê perto do jardim desta antiga quinta foi construída em devoção ao local onde terá aparecido a Sra. do Amparo. Nessa fonte está um painel de azulejos azuis com a imagem de Sto. António com um púcaro na mão.
A ligação dum Visconde a esta quinta ainda me traz alguma perplexidade, na medida em que já li referências a um Visconde de Fonte Arcada e noutro trecho fala-se no Visconde do Amparo.
Pode ler-se nos Anais do Município de Leiria, de João Cabral, vol. II, pp 276, o seguinte:
"NOTAS SOLTAS. Na reunião de 31.5.1838 foram indicados para senadores o Visconde de Fonte Arcada, Gonçalo Barba Alardo de Lencastre e Barros, da Quinta do Amparo e José de Faria Gomes de Oliveira, de Leiria."
Consultadas as árvores genealógicas dos Viscondes de Fonte Arcada e do Amparo, não consegui concluir se efectivamente João Cabral queria falar do Visconde de Fonte Arcada como estando ligado a esta quinta.





   Rodrigo Barba Alardo de Lencastre e Barros,
  1º visconde do Amparo
* Lisboa, São Mamede 16.09.1810 + 24.04.1865

Era filho de Gonçalo Barba Alardo de Lencastre e Barros, por conseguinte, muito dificilmente, este poderia ser Visconde do Amparo. Terá sido ele o Visconde de Fonte Arcada a que João Cabral se refere nos Anais de Leiria? Também me parece um tanto inverosímil esta dedução, que, aliás, também não é partilhada pelo actual Presidente da Junta de Freguesia de Fonte Arcada, segundo informação que me prestou por e-mail.






---- POST SCRIPTUM
(NOTA 1)
Sou amigo de Adélio Amaro, editor e estudioso das coisas de Leiria e dos Açores.
Eis senão quando me lembro duma conversa que tivemos há uns tempos atrás em que tomei conhecimento dum estudo que ele fez precisamente sobre o brasão do Visconde do Amparo. (dá-se o caso de que até tirei uma foto dum brasão que foi improvisado para colocar na parede exterior do supra-dito restaurante. É nítida, nesta resenha, a intenção meramente promocional do Restaurante. O 3º quarto do brasão, o prato e o talher, não têm nada a ver com o brasão da família dos Alardos ou até mesmo desta depois das ligações posteriores aos Barros).
Já passava das 3 da madrugada quando, antes de adormecer, me lembrei de vir consultar,  com mais cuidado, os meus apontamentos. E lá está. O Adélio Amaro editou, recentemente um livro.
Teremos, assim, esta questão do Visconde do Amparo resolvido. Penso eu que sim.
Aqui vos deixo o link onde é feita a apresentação daquele livro.
Repare-se na barbaridade cometida com o aproveitamento comercial (na foto da esquerda) do brasão dos Alardos (à direita, em conformidade com o que vem transcrito a pp 215 do livro referido na nota 2).

Adélio Amaro - Brasão do Visconde do Amparo :: ParaVenda.net

Adélio Amaro - Brasão do Visconde do Amparo :: ParaVenda.net

-
(NOTA 2)
Em 1997, Joaquim de Oliveira da Silva Bernardes escreveu "A Freguesia de Santiago dos Marrazes - Apontamentos, notas e documentos para a sua história", Edição da Junta de Freguesia de Marrazes. Neste livro, pp 212 e seguintes, pode-se aprender quase tudo o que de relevante se sabe acerca das famílias ligadas ao Visconde do Amparo e aos proprietários da Quinta acima referida.
(NOTA 3)
Na nota 206 a pp 293 do livro "William Charters - um oficial inglês em Leiria no século XIX", Ricardo Chartes d´Azevedo, ed. textiverso. 2013, pode ler-se:
1º visconde do Amparo por decreto de 30 de Agosto de 1853 de D. Maria II.
Ver, neste livro, a relação dos Presidentes e os vereadores da Câmara Municipal de Leiria durante a centúria de Oitocentos. Nesta lista  consta o nome de Rodrigo Barba Alardo de Lencastre e Barros, que foi vereador nos anos 1850-51,1852-1983, 1854-1855. A este nome está associada a nota atrás (206).

Posted by Picasa

2010/06/04

LEIRIA, a Galp e os choupos

(clic para ampliar)
O avisador de que o combustível do meu carro estava nas lonas soou. Pelas minha contas dá para mais 100 km, à velocidade média a que circulo. Conduzo com muito mais calma, agora que entrei nos sessenta e tal. De modo que quando ouço esse fatídico sinal para as minhas finanças pessoais - apesar de tudo - não entro em transe à procura do primeiro posto de abastecimento que apareça.
Como tinha um talão de desconto que me foi entregue a troco de mais uma boa maquia que ficou no hipermercado - que só pode ser usado em estações da Galp aderentes - acabei por parar nesta, a da foto acima. Entra-se e sai-se pela Av. das Comunidades em Leiria. Pode-se dizer que esta Avenida está a fazer o serviço que, em breve, irá ser feito pelo IC36, isto é, ligar a A8 à A1, aqui nesta cidade. Dá muito jeito para encarreirar os automobilistas a seguirem para a A1.

Ironia do destino. A BP lá anda com problemas bicudos para estancar a colossal maré de petróleo que está a ser derramado aos milhões de litros diários para o Atlântico e a afectar com gravíssimas consequências o Golfo do México e, principalmente, toda a costa da Louisiana e, muito provavelmente, a da Flórida. Ouvi nas notícias que Obama está muito zangado com a BP e já a mandou multar em 69 milhões de dólares. 
Coitadinhos. 69 milhões! Estão feitos!?...E as acções a caírem 30 e tal por cento! Ou muito me engano ou daqui a algum tempo é que vai ser ganhar dinheiro em Mais-Valias!

Nessa estação plantaram-se estes choupos, todos numa fila(*) muito alinhadinha. Por acaso estão muito bonitos nesta altura do ano.
E veja-se a oportunidade da colocação do logotipo da GALP, precisamente a apelar para o seu empenhamento no verde.
Do lado de lá da Avenida, entrevêm-se mais umas árvores. É verdade. É uma zona de terrenos agrícolas, de razoável dimensão, que pertence à Prisão Escola de Leiria. Até quando é que aquela zona ficará preservada como zona agrícola?
Com os projectos grandiosos que se antevêm - e já estão alguns em curso (Shopping Leiria de Belmiro de Azevedo e todas as estruturas rodoviárias em redor, um novo Centro Comercial tipo Fórum, ali perto, o próprio IC 36 que vai encurralar esta zona verde, etc. etc.) - está-se mesmo a ver o que vai ser de toda a zona agrícola e florestal que se situa entre esta Av. das Comunidades e a Mourã (lá se vai a Quinta da Mourã, auguro eu) na freguesia da Barreira. E o problema mais sério é que é precisamente nesta área que corre o Rio Lena, que mais abaixo, casa com o Rio Lis e lá seguem os dois muito unidos num só, até desaguarem de mansinho no Atlântico, na Praia da Vieira.
-
Ainda a propósito de choupos em Leiria. Alguém poderá informar a população porque é que se abateu o majestoso choupo que estava, até há dois dias, a dar o vistoso ar da sua graça no Largo do Tribunal em Leiria? Era um belo espécime de populus nigra.
(*) renque, lembrou-me a "deep". Obrigado, que bem andei à procura da palavra e não me ocorreu na altura. Passei à frente...
Posted by Picasa

2010/02/21

VISEU - Quinta do Barreiro em Couto de Cima


Quinta do Barreiro, Couto de Cima, Viseu. Pretexto para visitar este local paradisíaco (Repare-se na alameda de cameleiras na entrada da Quinta), certamente carregado de história,  com origem num solar ligado à família de Pesanha (?!):
Casamento da minha sobrinha Rita com o Gil.
Numa primeira observação do brasão de família da frontaria do solar que se vê na foto abaixo, não consegui descortinar elementos que se relacionem imediatamente com os dos brasões dos Pesanhas e Quevedos conforme dados que consegui recolher, até ao momento.

Espero poder completar esta recolha de    dados acerca desta quinta.
Vou indagar...


Vista panorâmica de Couto de Cima com a sua igreja.

Fotografia tirada da "Quinta do Barreiro". A mancha de fumo parece resultar duma queimada nos campos próximos.  


Casa senhorial da actual "Quinta do Barreiro", no lugar de Couto de Cima, Viseu. Segundo uma breve conversa telefónica que tive com o Snr. Lucas, actual proprietário deste Solar, enquadrado num investimento turístico com o nome da actual Quinta, o senhor de todos estes termos começou por ser um dos descendentes de Manuel Pessanha (em italiano Emanuele Pessagno, nome que depois aportuguesou em Pessanha) foi um genovês, filho de Simone, senhor de Castelo di Passagno, que entrou ao serviço de Portugal, no tempo do rei D. Dinis (in wikipedia). A presença desta família nesta zona remontará ao ano de 1460. A última remodelação do solar da foto terá tido lugar em 1901. Segundo o meu interlocutor existe documentação de sua posse, que suporta este tipo de informação,  e que num futuro próximo será divulgada publicamente.


Posted by Picasa