2009/05/09
2009/04/16
Árvores de Leiria - As suas rainhas
Curvo-me à magnificência destas árvores e à alegria que me transmitem, todos os anos, neste reviver cíclico da Primavera.
Poesia da mais pura e diáfana. Pressente-se que somos acompanhados por multidões de silfos volúveis que se comunicam através da História desta terra e da Natureza bucólica e estonteante dos tempos de Rodrigues Lobo, Afonso Vieira, Marques da Cruz, Acácio de Paiva e tantos outros poetas, prosadores e artistas.
Ou não estivéssemos no Jardim Luís de Camões e no Marachão (Alameda José Lopes Vieira) tangente, ao próprio jardim e ao Rio Lis!...
Diz o Povo e com razão
Não há Bela sem senão
Porquê não plantar mais faias? Ou ainda não se sensibilizaram com a sua beleza ímpar? Ainda só reparei em mais uma faia ao início da Rua Lino António, na Cruz da Areia!
Considerando que a companheira da que se vê na segunda e terceira fotos, morreu há mais de um ano, não seria de plantar urgentemente uma nova no mesmo local? Ou já reservaram aquele bocadinho de terreno para outra coisa, que não para uma árvore?...
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ACTUALIZAÇÂO: Acácio de Paiva in "dentro de ti ó Leiria"
2009/03/17
Tilia tomentosa ou prateada em Leiria
Sempre vale a pena colocar bem à vista de todos os passantes estas placas.
Por um ambiente saudável.
Para que todos nós passemos a apreciar as plantas, árvores, flores e arbustos, nas várias fases dos seus contínuos ciclos de vida.
- Ver mais sobre árvores de Leiria
2008/06/01
Dispersos
Capela dedicada a Nª Sra. da Encarnação, a quem os Viscondes da Barreira, cujo Solar ela integra, dedicaram a sua devoção religiosa. Sexta-feira passada, de regresso dum Café Concerto no Salão Paroquial da Barreira. Gostei da actuação do conjunto "SwingSamp", particularmente dum jovem trompetista. A ver se um dia destes aqui deixo algumas fotos. Ou no site http://barreira.no.sapo.pt/ . Vamos lá a ver se tenho tempo disponível e oportuno. As nuvens a brincar connosco, em constantes mutações de figurações, nem que seja só na imaginação de quem as observa...absorto...
Conhecem a flor da árvore, cada vez mais vulgar na ornamentação das cidades e jardins, a Grevíllea robusta? Segundo a "tatiana", uma jovem Australiana, com um blogue (não tenho de memória imediata o endereço), estas flores produzem um néctar muito apreciado pelos papagaios.
- Acabei um trabalho no meu escritório no Largo da Sé, em Leiria. Começa agora o fado do IES... Antes de ir até à Barreira quero deixar-vos aqui um pouco do meu olhar neste momento...este conjunto da tília tormentosa e do jacarandá é um verdadeiro bálsamo para o espírito!
2008/05/10
Árvores de Leiria - Esclarecimento que se impõe

A observação que então anotei não teve qualquer intenção de criticar negativamente o facto da ausência inesperada daquele sítio na internet. É, de facto, uma pena.
Pelo que depreendo, a "Vertigem" é uma associação de jovens e especialmente voltada para jovens. Óptimo! Eu sou um, como se diz na gíria - até me parece mentira mas é a verdade nua e crua - sexagenário. Só que, gosto de intervir com o meu quinhão, no sentido da preservação do ambiente, de colaborar com a organização das comunidades de interesse social, que nos envolvem e nas quais nós, todos nós, nos devemos envolver.
Não se esqueçam, por favor, de fazer as devidas referências às árvores do Adro e do Largo da Sé de Leiria. Que me lembre e julgue saber: tília tormentosa e jacarandá, ambas estas árvores de porte monumental (O jacarandá da foto a começar a florir, no seu expectante azul lilás), padreiros logo a seguir (saudades minhas e de outros dos "acer pseudo-plátanus" que emolduravam, até, o Largo da Sé e albergavam centenas de pássaros, que nos alegravam a vida com o seu chilrear do amanhecer e do anoitecer...abatidos sem explicação pública), olaias, robíneas pseudo-acácia, melia azedarach.
A foto é de há momentos. Fui à janela, fazendo um intervalo no trabalho... Tirei a foto e, mais uma vez, tive ocasião de observar a incrível desarrumação e balbúrdia que vai aqui pelo Largo da Sé. E os bandos descontrolados, de pombos, anafadíssimos, ainda agora super-alimentados por uma senhora que vai propositadamente a uma loja de rações, aqui perto, comprar às sacadas de milho. Todos os dias. Ninguém põe ordem nisto?
2007/10/07
A Voz das Árvores

"A minha árvore - a árvore com que eu tinha crescido e cuja companhia, pensava eu, me acompanharia ao longo dos anos, a árvore sob a qual, pensava eu, cresceriam os meus filhos - tinha sido arrancada. A sua queda arrastara consigo muitas coisas: o meu sono, a minha alegria, a minha aparente despreocupação."
Enquanto leio, recordo com amargura:
2000 - Abate à falsa-fé, de todas as árvores do Largo da Sé, Leiria. Revolta. Insurreição com artigos nos jornais. Abateram os acer pseudo-plátanos (padreiros), habitat de milhares de pássaros de todas as espécies e chilreios, que nos animavam a alma, ao fim do dia.
2002 - Abate dum Freixo centenário, junto ao Rio Lis, para lá ser colocado um relógio gigante, para se fazer a contagem decrescente do Programa-Polis, em estrutura horrível em ferro, pesadíssima. Para nada. Não serviu para nada.
2005 - Abate duma árvore-do-ponto, centenária, no Jardim Luís de Camões, para que se pudesse seguir à risca o desenho dos paisagistas de gabinete.
(O texto transcrito acima faz parte do livro reproduzido na imagem. Dramático e chocante...)
2007/09/20
Olhar a Vida. Ela aí está perante nós.
As bagas dum pilriteiro. Na encosta Nascente do morro do Castelo de Leiria. E eu que andei, há um ano atrás todo baralhado para identificar esta planta. O amigo Augusto Mota deu-me as dicas necessárias e agora não falho. Quando vejo um Pilriteiro, mesmo que não esteja em flor ou com fruto identifico-o com a maior das facilidades.
O Outono aí está ele, mesmo aqui ao nosso lado. Pela temperatura do ar nem parece. Imagem captada quem desce a Rua Cónego Sebastião da Costa Brites (1885-1948). Do lado esquerdo, a tília de que vos tenho falado nos últimos posts (Largo da Sé), com as folhas ali mesmo à mão. Já matizada, a preparar-se para o rodopio outonal que julgamos adivinhar.
Isto de previsões do tempo e das estações do ano já não é como antigamente...
Ainda não consegui tomar conhecimento do nome destas flores. Crescem nas paredes dos muros à antiga, na cidade. Continuamos na rua atrás referida. Vinha eu das Finanças, 2º Serviço, na Rua de S. Francisco e seguia para o Largo da Sé, para o edifício da "Pharmácia Paiva" onde ia almoçar em família. O dia estava lindo...ainda que os meteorogistas nos andassem a ameaçar com borrascas para a tarde.
Quem diria?!...
(A pensar na Inês (mãe, minha filha), na Mafalda e no Guilherme...e na Zaida, mãe e avó. Beijinhos e coragem. A vida é bela mesmo quando alguém põe pauzinhos na engrenagem).
2007/09/18
Recuperar o património particular da zona histórica de Leiria?
Como é que se vai resolver este problema?
Os proprietários actuais estão descapitalizados, na maioria dos casos e ainda por cima estão obrigados a pagar indeminizações aos inquilinos (quantos, simplesmente à espera do dia em que as venham a receber; pudera, com a miséria de rendas que pagam aos senhorios!), em caso de pretenderem fazer obras ou vender a quem as queira fazer. E mais, o chamado IPPAR, que tem que se pronunciar sobre as obras a levar a cabo é muito cioso de, mais centímetro menos centímetro, nas alterações que se propõem, particularmente em casas que não têm qualquier valor arquitectónico nem sequer ligações a nenhuma personalidade ou facto histórico.
Claro que se tem que preservar as linhas mestras que caracterizam os Centros Históricos. Mas também não há necessidade de sermos mais papistas que o Papa.
Foto tirada do Jardim do antigo Paço Episcopal, no preciso local onde funciona actualmente o comando da PSP de Leiria. Naquele dia em que lá andei por via do Abacateiro, lembram-se? Em primeiro plano, pode-se observar parte da zona do Largo da Sé. A árvore visível à esquerda é uma magestosa tília. Logo a seguir há um belíssimo e imponente Jacarandá.
(convém clicar para ampliar)
2007/09/09
Jardim Luís de Camões (ante-polis)
Aproxima-se o Outono... Estas fotografias já são uma imensa saudade do que era o Jardim Luís de Camões em Leiria, há poucos anos atrás (Novembro 2001/2) Saudosismo? Conservadorismo? Talvez! Manteve-se, e muito bem, o nome!
Porquê mudar os bancos, por exemplo? Já viram o inestético e nada harmonioso design dos que vieram substituir estes?
Que é das tílias esplendorosas, monumentais, cheias de vida, que se vêm nesta fotografia (Maio 2005)? Foi a chuva? Foi o vento? Não, não foi a chuva nem foi o vento. Foi a incompetência e imprevidência à rédea solta! Que me desculpem, mas sempre que vejo estas fotos e comparo o Jardim de então com a aridez actual, sinto uma grande comoção dentro de mim! Que querem? Sou um Viseense tão Leiriense como os que o são (ou mais).
2007/09/06
Na senda de um Abacateiro em Leiria

Este fragmento das paredes de azulejos ao longo de corredores e claustros do antigo Paço Episcopal de Leiria, no Largo de S. Pedro, são muito antigos e têm uma particularidade interessante: os azulejos têm alusões variadíssimas e foram colocados, aparentemente, duma forma aleatória.
Após uma pequena espera um chefe da PSP, pessoa muito simpática e sabedora dos segredos daquelas instalações (que bem sabia estavam carregadas de história), acompanhou-me numa visita, começando pela zona dos claustros do antigo Paço, com as paredes recheadas de painéis de azulejos e de brasões e placas comemorativas, cujas fotografias terei que apresentar em próximo post, pois que já não se conseguem alinhar neste.
Posso dizer que esta visita foi muito interessada e extremamente elucidativa. Assim eu tenha engenho para - resumidamente embora - vos transmitir o entusiasmo que senti em relação àquilo que tive ocasião de observar e às explicações que me foram apresentadas.
Muito interessante. Tão perto e tão longe das nossas coisas, bonitas e históricas, que nós andamos!
...(continua)
2007/03/11
DE VOLTA!...
De acordo com o que vem descrito no livro ""Toponímia de Leiria" e um pouco da sua história"(*), as razões da atribuição deste topónimo ao Jardim principal da cidade têm am vista a "consagração pública de Camões", conforme deliberação camarária de 12 de Maio de 1972. Não haveria mais nada a acrescentar?!...
Neste livro reproduz-se, a propósito, o seguinte postal:

Ainda haverá quem se lembra daquele coreto? Pois eu lembro-me dum coreto neste jardim, por volta dos anos 60. Mas não estava naquele local, localizava-se bastante mais para a direita, no meio do jardim de então, com outra configuração, muitas árvores, uma alameda central cheia de tílias, parece que estou a sentir o seu cheirinho, principalmente daquelas duas que foram derrubadas há uns meses atrás**. Porque é que decidiram eliminar o coreto?! Na altura não me lembro de alguém ter dado essas satisfações à população, cuja também não se terá dado conta, na época, do quão importante são para as gerações vindouras, todos os vestígios que nós possamos deixar, para lhes explicar como vivíamos, pontos importantes na viagem do progresso e do desenvolvimento económico e social das comunidades.
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* Alda Sales Machado Gonçalves, Ed. Junta de Freguesia de Leiria, 2005
** Se se quiser matar saudades dessas tílias pode consultar-se "dentro de ti ó Leiria"