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2012/04/14

Barreira, Junta de freguesia que vai deixar de ser Junta

 Na sequência da reforma administrativa em curso, a Barreira vai deixar de ter Junta de freguesia...bandeira a meia haste!
Lá se vai a minha freguesia com administração própria! E eu que já fiz parte da sua Junta!
Um dia de semana, sem direito a bandeiras hasteadas, solar do Visconde com um jardim frondoso e muito antigo, mas escondido dos olhares das pessoas passantes...
 Descendo pela Estrada de S. Pedro, quem vem da Barreira, em direção às Cortes. Paisagens panorâmicas de pasmar. Em contraste, uma poda radical de uma oliveira.
Do alto dos Capuchos, em Leiria. Ao longe, nos Campos do Lis, junto a Moinhos da Barosa, a paisagem é o mais bucólica possível, ainda que a ser assaltada pela urbanização incessante de todos estes terrenos de cultivo, por excelência.
Já tenho lido que poderá vir a constituir-se um Agrupamento de Freguesias com esta designação de Campos do Lis.
@as-nunes

2011/02/20

LEIRIA: Vila Maria, para memória futura




Vim viver para Leiria em 1966. 
A cidade tinha um núcleo urbano central, a actual Zona Histórica, e mais uns quantos aglomerados urbanos, vivendas familiares e muitas Quintas, à sua volta.
Passados estes anos todos, Leiria está transformada num grande centro urbano, a deslocar-se duma forma nítida para a zona do actual "Shopping Center", ao mesmo tempo num infernal entroncamento de Auto-estradas e Itinerários Complementares, que está a alterar drasticamente o equilíbrio ambiental desta área, zonas de floresta e os vales do Lis e do Lena praticamente engolidos por estruturas megalómanas de betão e  alcatrão.
Entretanto, muitas edificações típicas, características duma época, foram abandonadas umas, transformadas em blocos de apartamentos incaracterísticos, outras. 
Dir-se-á: alterações próprias da evolução das cidades das últimas décadas. Está claro, mas teremos que nos render tão dramaticamente à ocupação dos terrenos com tão grande impacto ambiental?


Além disso, também é verdade que, a nós, os que vivem a cidade desde há mais de 30 anos, começam-nos a faltar muitas referências desses tempos passados. 
Só por isso, de vez em quando, vou deixando aqui algumas reportagens das quintas e vivendas/vilas que marcaram a Leiria de outra era. 
Saudosismo?
Talvez!
(Copyright ©as-nunes)
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2011/01/27

Leiria: Os tempos que correm...

Ontem, em Leiria, ao descer desde a Rua Natália Correia para a Estrada das Cortes, o hábito pré-primaveril e esplendoroso duma mimosa.
Outra perspectiva do mesmo local, focando o contraste de forte impacte ambiental dos pilares do enorme e monstruoso viaduto que vai sobrevoar o Vale do Rio Lis, entre a Quinta de Vale de Lobos, Quinta de S. Venâncio e Vidigal. Uma obra de vulto, sem dúvida, integrada no conjunto que vai constituit o IC36, a ligar a A8 à A1, entre Alto do Vieiro e os Pousos.


 
Hoje, dia de frio e de chuva. 
Uma perspectiva do Jardim Luís de Camões, em Leiria. 
As tílias, imagem de marca deste jardim, todas nuas... 
              Entretanto...                                      
1- Hoje, logo pela manhãzinha, os pais e alunos do Colégio Conciliar da Maria Imaculada (O Colégio da Cruz da Areia), aqui em Leiria, estão em luta contra o corte drástico no financiamento das Escolas Privadas no âmbito do acordo de cooperação existente com o Estado há mais de 30 anos.
É de referir que estes financiamentos se destinam a fazer face às despesas de funcionamento da Escola na prestação do serviço público de Ensino Obrigatório e gratuito aos alunos do 5º ao 9º anos.
2- Pelas 17h15, na Rádio Batalha, que pode ser ouvida na frequência 104,8 mhz ou via internet seguindo o link www.radiobatalha.com , o autor deste blogue fará uma pequena intervenção na rubrica "Destaque" integrada no programa de Soares Duarte, "Conversas e Ideias", entre as 15h e as 18horas Gmt. 
Participe, contactando pelo telefone 244 768440.

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2010/08/27

Em Leiria, um painel impertinente

O cair dum dia de Verão, na cidade de Leiria. Jardim Luís de Camões.
Por quanto tempo mais teremos que suportar este painel?...

Nos anos 60 fui professor na então "Escola Industrial e Comercial de Leiria", actual Escola Secundária Domigos Sequeira...
(...)
Os meus 20 anos à descoberta da vida...
-
Foi ao leccionar "Técnica de Vendas e sua Publicidade" que me apercebi, em bom rigor, da diferença substancial entre as palavras propaganda e publicidade. Ou seja, no caso agora apresentado, estaremos a falar de propaganda (digamos mesmo, de propaganda política), de apelo à fixação da ideia de que termos entrado na Comunidade Europeia, foi o melhor que nos podia ter acontecido. Recebíamos Fundos Comunitários a rodos, só havia que os gastar. Digamos que em relação à aplicação que foi feita com o Programa Polis em Leiria, até podemos dizer que se conseguiu requalificar as margens do rio Lis, no trajecto citadino. 
De qualquer modo parece que fica óbvio que, nas circunstâncias de aplicação destes fundos, muito mais poderia ter sido feito por esse país fora, em prol da adaptação das nossas estruturas básicas à necessidade imperiosa do desenvolvimento económico e social da sociedade portuguesa, tendo em vista o premente interesse na aproximação aos ritmos de desenvolvimento dos restantes países da UE. 
Muito já se argumentou acerca da rentabilidade dos montantes elevadíssimos que foram aplicados em Portugal, ao abrigo dos protocolos estabelecidos com a Comissão Europeia. Muito mais haveria a escalpelizar.
No caso presente, aparentemente banal e simples de solucionar, parece-me estar só em causa o interesse político de se fazer alarde de que esses fundos foram aplicados e bem em favor das populações.
Nem que, para isso, se perpetue a "bodega" dum painel de enormes dimensões, azul como a bandeira da União Europeia, com muitas palavras que ninguém lê, mas que tapam a visibilidade dum Jardim tão necessário ao nosso equilíbrio emocional!


Vem isto a propósito (?!) do painel que se pode observar na segunda fotografia, tirada há dias, no Jardim Luís de Camões, em Leiria. Ando, seguramente há 5 anos, talvez mais, a criticar aquele painel de propaganda das Obras do Polis Leiria, colocado naquele local, a conspurcar a paisagem urbana da zona mais central e ajardinada desta cidade.
Não entendo as razões que poderão justificar a manutenção daquele painel, naquele sítio, durante tantos anos!...

Será que sou eu que sou demasiado crítico? Será que é imperioso ali estar aquele painel? Será que está ali a servir de pára-vento?!...



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2010/04/12

Há mais vida para além do “ShoppingLeiria”!...


Como é meu hábito, leio um ou os dois semanários de Leiria. Que vêm a lume, um à Quinta outro à Sexta-Feira. O último que li foi o “Jornal de Leiria”, que acompanho desde o seu primeiro número,muito franzino, há 25 anos atrás. Nessa altura, a cidade de Leiria ainda não conhecia o vírus dos grandes Centros Comerciais, hoje designados por “Shopping”, que é uma expressão mais à inglesa como parece ser do gosto do Povo e da ânsia do lucro global, que passou a reger implacavelmente as nossas vidas.

Este semanário tem uma paginação muito bem conseguida e, basicamente, divide-se em várias áreas distintas:
Sociedade,Fórum,Educação,Segurança,Política,Opinião(Destacando-se neste particular, Henrique Neto, na sua qualidade de empresário e comentador de política e estratégia económica), Entrevista (nesta semana o entrevistado é Fernando Nobre, candidato a Presidente da República), Economia (Fica-se a saber que o Primeiro Ministro de Portugal, Engº José Sócrates, vai ser o orador principal no próximo Jantar-Conferência, no dia 14 de Abril de 2010, promovido pela Liga de Amigos da Casa-Museu João Soares, Cortes – Leiria, abordando o candente tema “Nova energia, nova economia”), Suplemento Arte e Cultura, “VIVER” que contém um conjunto de informações interessantes e uma rubrica, que esta semana, eu classificaria em primeiríssimo lugar no ranking das abordagens do “Jornal de Leiria”. Trata-se do “Advogado do Diabo”.
Aqui, Jorge Estrela, director da Casa-Museu João Soares, não se cansa e eu apoio-o incondicionalmente, de se referir às implicações em termos ambientais, culturais, paisagísticos e de planeamento urbanístico, que já se estão a constatar, em relação à descaracterização duma cidade como Leiria, em resultado da forma como aqui foi instalado o chamado “LeiriaShopping”.
Bem gostaria (mas não me devo alongar em demasia) de, neste ensejo, reproduzir integralmente o seu texto, muito oportuno e que poderia perfeitamente servir como mote inspirador em debates sérios, empenhados e participados, sobre o que realmente queremos que venha a ser a nossa vida, presente e a dos nossos filhos e netos. O país está a ser inundado de “Shoppings”, “Fóruns”, etc. copiados uns dos outros. De tal forma que, quando entramos nestas áreas comerciais e de lazer, corremos o risco de nos confundirmos e nem sabermos em que cidade estamos naquele preciso momento.Leiria, Lisboa, Porto, Coimbra, Viseu, sei lá que mais!

Ainda assim permito-me transcrever, com a devida vénia do Jornal e do seu autor:
Numa altura em que se constata o esvaziamento do centro histórico, que perdeu um quarto dos habitantes em poucos anos, Leiria é dotada do equipamento que menos lhe interessa, ou seja, um chamariz para os não visitantes, em que a cidade é que paga a factura.
O engenheiro Belmiro de Azevedo erige-se a si próprio como paradigma do sucesso económico exortando o Estado a seguir-lhe o exemplo, ou seja, a fazer aquilo que ele quer, vê-se à custa de quê, da paisagem, das populações, do ambiente e das cidades. A boa economia é aquela em que se levantam rampas e canalizam pessoas para as portas escancaradas por onde vai esvaziando a sua quinquilharia.”

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2009/07/22

VIVA LEIRIA - Vivam os choupos do Largo Cónego Maia

VIVA LEIRIA

Um slogan sugestivo! Apelativo!

E temos razões para satisfação por vivermos em Leiria:

1) Hoje tivemos o privilégio de estar à conversa com Mia Couto, na Livraria Arquivo, em Leiria. Fiquei encantado com a sua candura, simplicidade e com a enchente de leitores seus admiradores. O espaço da Livraria estava todo tomado, até à escadaria e até ao rés do chão. Falou-se especialmente do seu novo livro: "JESUSALÉM".
Em dado passo, apreciei a sua forma fácil de explicar porque é que os Moçambicanos não sentem necessidade de contar anedotas sobre os Portugueses como acontece com os Brasileiros. É que os Brasileiros ainda não conseguiram cortar o cordão umbilical com Portugal. O Brasil é independente porque foram os portugueses, eles próprios, que deram início a uma nova Nação. Foram os Portugueses que iniciaram a construção da grande Nação Brasileira. E Viva o BRASIL!

2) Soube hoje, através duma entrevista que o Diário de Leiria(*) me fez, que a requalificação do Largo Cónego Maia vai ter início na próxima semana. O projecto inicial não sofreu alterações de fundo, mas houve a serenidade e consciencialização ambiental suficientes para permitir alterar um aspecto, para mim e muitas mais pessoas, fundamental.

NÃO SE VÃO ABATER OS DOIS CHOUPOS que já lá estão há quase 100 anos!

Por isso, repito: VIVA LEIRIA!

(*)(ler artigo aqui)

2009/06/29

CHOUPOS E URBANISMO


clic para ampliar - um choupo junto às paredes dum Hotel no Algarve

Vi, admirei os seus minúsculos frutos, aqueles que resultam da polinização que provoca o pairar no ar de flocos como que de algodão fossem, que dizem que provocam alergias e portanto há que os abater, que têm raízes que estragam o alcatrão, que deitam paredes de betão à prova de sismos abaixo, que não são compatíveis com as ideias de certos urbanistas. Portanto, há que os abater.
Mentira. Não são estes os motivos do seu abate quase sistemático em algumas cidades.
Diz-se que vão ABATER DOIS CHOUPOS NO LARGO CÓNEGO MAIA EM LEIRIA. já amanhã.
Por mim e se tiver quem me acompanhe, tudo farei para contrariar essa acção criminosa. Trata-se de dois choupos de referência, bem encorpados, saudáveis, bonitos de se ver e que proporcionam uma sombra agradável para quem passa a pé naquele local.
E não fazem mal a ninguém a não ser a certas mentalidades de gabinete, de régua e esquadro, de falta de sensibilidade para a defesa do ambiente, que é imperioso que se proporcione aos habitantes duma cidade.

Não matem árvores feitas só porque lhes apetece alterar o aspecto visual dum Largo!
NÃO!
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2009/06/17

Ainda os CHOUPOS do Largo Cónego Maia em Leiria

Na sequência do post anterior:
"Mais importante do que plantar novas árvores é saber manter as existentes e compreender que o abate de uma árvore com 100 anos não pode ser compensado pela plantação de duas novas árvores, por exemplo." (v. comentário na respectiva área do post anterior - "Sombra.Verde Pedro Nuno Teixeira Santos))
Será que ouvem os utentes das cidades, os que verdadeiramente mandam na Urbe, os que verdadeiramente detêm, em decisiva instância - a eleitoral - o poder de decisão? Infelizmente, os nossos procuradores (Câmaras, Juntas e outros que tais), a quem nós mandatamos para representar os nossos interesses, são pródigos em imitar os Ditadores desde os da Antiga Grécia. Em nome da Democracia rapidamente se transformavam em ditadores implacáveis. Surdos e Mudos mas à sombra da FORÇA.
Para nós plantam uns ácers pequeninos (que são mais consentâneos com o local. Agora, que em 2000, abateram uma quantidade deles no Largo da Sé, porque...porque...) para não incomodar certas pessoas que nós bem poderemos imaginar quem são. Logo que cresçam mais do que o previsto, cortam-se e voltam-se a plantar árvores pequeninas. Nós, os que andamos a pé na cidade, nós os que gostaríamos de recuperar o fôlego sentados nalguns bancos de "ferro" que se vão "plantando" por aí, nos dias de canícula, que aguentemos o calor abrasador.
Sombras? Ambiente agradável e fresco, para quê? Metam-se nos automóveis com ar condicionado. Assunto resolvido..

2009/04/27

Av. Sá Carneiro - Árvores no separador central

Escrevi, neste blogue, em 22 de Janeiro de 2008:

Hoje, por volta das 13 horas, ao descer a Av. Sá Carneiro, em Leiria. Para quem já teve oportunidade de observar estas árvores (grevillea robusta) plantadas no separador central, aqui estão elas, a crescerem a um ritmo impressionante. Sempre gostaria de cá andar para ver, dentro de mais 4 ou 5 anos, o tamanho do hábito e a espessura do tronco destas árvores. Repare-se na largura do separador central e imagine-se o que vai acontecer daqui a uns anos, não muitos, a ver o trânsito automóvel a circular a centímetros das árvores.”
(aqui estava a referir-me só à grevillea robusta. No entanto, as árvores plantadas intercaladamente são essa (de origem Australiana) e a Ameixoeira de jardim (prunus pissardi).

Hoje, dia 27 de Abril de 2009:

Repare-se nas fotos que se mostram a seguir. Entre Março e a presente data, já houve três despistes de viaturas automóveis que arrasaram quatro árvores das que estavam plantadas no separador central a que me refiro acima: três Grevilleas e uma Ameixoeira de jardim.

(clic para ampliar)
Só neste fim de semana foram duas e já com um tronco de certa envergadura. Os automóveis que derrubaram as árvores com toda a certeza ficaram muito danificados. Não tenho notícia do estado dos passageiros. Imagino que também não devam ter ficado nas melhores condições. Ainda não me apercebi que as autoridades estejam a tomar as medidas convenientes que se impõem para evitar males maiores.

Parece que estava a adivinhar.
Mas não. Não era preciso ser-se adivinho para imaginar o que viria a acontecer a muito curto prazo. É que esta avenida a descer, incentiva os automobilistas a acelerar. Tenho reparado que se chegam a atingir velocidades na casa dos 120 km/hora se não mais.
Já são quatro árvores que são derrubadas no espaço de um mês.
E a procissão ainda agora vai no adro!…

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2008/10/09

Urbanizações em Leiria e preservação do Ambiente



Infraestruturas de mais uma grande urbanização em Leiria. No topo da célebre Calçada do Bravo, actual Av. Paulo VI, talvez a mais comprida de Leiria ocupando cerca de dois kilómetros da antiga Estrada Nacional 1 (que inicialmente, anos 60 já a conhecia como tal, ligava o Porto a Lisboa). Esta zona era particularmente arborizada por Sobreiros que, na sua maioria, foram abatidos ou decepados pelo meio do seu tronco. Aliás, como se pode observar, a primeira foto sugere isso mesmo e a preocupação de "proteger" dois desses sobreiros. Com esta imagem é caso para perguntar: será que aqueles sobreiros vão mesmo sobreviver ou é tudo cenário para "inglês ver"?
Num outro post já tive ocasião de mostrar o estado de degradação em que ficaram os sobreiros que não foram abatidos pela raiz mas que foram cortados (diz que podados) a meio do tronco. Situam-se os restos desses sobreiros na encosta Sul da urbanização.
Como a sociedade está organizada é forçoso que se promova o desenvolvimento económico das mais variadas maneiras. No entanto, este desenvolvimento tem de ser perfeitamente sustentado, de modo a que a preservação do Ambiente seja colocada, no mínimo, no mesmo patamar de prioridades estabelecidas pelas instituições públicas que têm a obrigação de zelar pela autêntica qualidade de vida dos cidadãos. E os habitats das espécies animais e botânicas não podem ser minimamente desprezados.
Será que não somos capazes de conciliar estes três vectores? Desenvolvimento económico, Ambiente, Ambição desmesurada do Lucro?
Como é do mais elementar bom senso.
Uma questão de sobrevivência de todas as espécies que habitam o planeta. O próprio Homem incluído, naturalmente.
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2008/06/15

Urbanizar a qualquer preço


Ainda que mal pergunte, mais uma vez: Que mal faziam estes sobreiros à urbanização que nasceu imediatamente acima. Estamos no cimo da Calçada do Bravo, actual Rua Paulo VI, em Leiria.
Pelos vistos temos mesmo que aceitar que este mundo em que vivemos não sobrevive senão à custa do negócio.
Mas a qualquer preço? Destroiem-se as referências ambientais, mesmo sem necessidade? Mesmo que tal corte fosse considerado indispensável para o bom andamento do projecto, valeu a pena este corte drástico? E o futuro? O Ambiente não conta? Desenham-se umas ruas, cheias de árvores de crescimento rápido (as que estão na moda, liquidâmbar, melia azedarach e acer negundo) em desprezo total das árvores autóctones. E pronto. Ficamos de consciência tranquila!...
Isto não é vandalismo?

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2008/05/15

Loteamento de zona verde

Ampliando-se a foto, podem observar-se em melhores condições, diversos aspectos de pormenor duma vista panorâmica da cidade de Leiria a partir do miradouro junto às instalações das Estradas de Portugal (antiga e saudosa JAE), a meio da subida para o Castelo.
No canto inferior esquerdo destaca-se a rudeza da igreja da Misericórdia (construída sobre os escombros duma antiga sinagoga) e na parte superior uma das zonas verdes mais típicas e históricas da cidade, constituída pela área abrangida pela chamada Villa Portela, que tem sido objecto de imensas polémicas entre os proprietários e a Câmara Municipal, desde há mais de um século.
Verdade seja dita que se não fossem os proprietários, há muito que esta zona verde tinha sido transformada em arruamentos, alargamento da Praça do Município e até já lá teria sido construído um edifício público.
Acontece que o "Jornal de Leiria" de hoje noticia, muito simplesmente, a página 6: "Loteamento da Villa Portela aprovado pela câmara". E acrescenta que esse mítico lugar (até pela sua ligação a uma das maiores e mais distintas famílias desta terra, os "Charters d´Azevedo") vai ser transformado num "loteamento de "alta qualidade"". Este projecto foi aprovado por unanimidade e ficará constituído pelos seguintes equipamentos: 1-Edifícios de habitação; 2- Esplanada-miradouro (virada para a zona menos vistosa da Quinta da Portela); 3-Escadaria ; 4-Parque de estacionamento; 5-Praças.
Pela foto pode ficar-se com uma ideia geral do quão importante pulmão da cidade de Leiria é, de facto, esta zona verde, no seu conjunto. Entretanto, um pormenor, pelo menos, desse projecto, refere, como se fosse mais importante mais um alargamento de ruas que a manutenção integral da zona verde: "Os proprietários vão ainda ceder 1.000 m2 da zona verde da Vila Portela, que não será urbanizada, para permitir alargar a Rua Dr. José Jardim (onde fica situada a sede do PSD local) e a Rua Machado dos Santos."
E assim se vão requalificando (economicamente? esteticamente?) algumas das mais carismáticas zonas verdes de Leiria....
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Para melhor apreciar a beleza e imponência ambiental da parte desta zona virada para a Praça do Município consulte-se (aqui)
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2008/04/17

Árvores e passeios, uma convivência difícil

"Foto denúncia
Árvore no meio do passeio impede normal circulação

Na Rua Francisco Marto, entre o Museu da Vida de Cristo e a Rotunda Sul, está uma árvore no meio do passeio que para além de impedir a passagem de uma cadeira de rodas ou um carrinho de bebé, até impede a passagem de um simples peão, alerta um leitor. Na sua opinião, a árvore não deve ser cortada, até porque está ali há muitos anos, mas considera que o muro deve recuar cerca de um metro junto à árvore de forma a permitir que as pessoas possam circular em segurança."
(In notícias de Fátima de 11 de Abril de 2008) - Amabilidade do semanário, que agradeço.
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Casos como este contam-se aos milhares (com toda a certeza) só no nosso país. Torna-se nítido que: a) a árvore já estava no local e quem planeou a urbanização da zona pouco se incomodou com o traçado do passeio, da rua, da planta da casa, ou tudo ao mesmo tempo; b) a árvore (um plátano, pelo que se pode depreender) foi plantada já depois da estrada aberta, da casa construída e do exíguo passeio feito.
A verdade é esta: se fossemos resolver todos os casos semelhantes usando a solução mais simples, abate da árvore, como tem vindo a acontecer em demasiados casos, muitas e variadas árvores acabariam por desaparecer.
Que fazer, então? Adopta-se a sugestão do leitor ou abate-se a árvore?
Se o dono da casa tiver sensibilidade para a Natureza e para o futuro do ambiente na cidade de Fátima, pois poderia condescender e o problema ficaria resolvido. E seria uma boa solução.
E se o dono da casa não concordar? Alarga-se o passeio, estreitando a rua? Será viável sob o ponto de vista do trânsito automóvel? Chama-se o urbanista e ele que "invente" uma solução alternativa?
Abater a árvore? De modo algum. Quantos anos não terá este plátano? Quantas referências emocionais não terá já gerado, quer para os moradores da área quer para os visitantes de Fátima?
Estamos perante um imbróglio que, tudo leva a crer, terá sido causado por péssimo planeamento urbanístico e ganância. Alargasse-se um pouco mais o passeio, na altura de se ter construído, ou a casa ou a rua e já nada disto aconteceria!
Bom planeamento urbanístico e ambiental do território precisa-se. Urgentemente!

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2008/04/04

Mega requalificação urbanística em Leiria

Destaque do semanário "Região de Leiria" de hoje, dia 4 de Abril de 2008:

Centro comercial abre em 2011 Está decidido o vencedor do concurso que vai construir na cidade um mega-centro comercial, um novo mercado municipal, um pavilhão multiusos, o maior jardim de Leiria, bem como concluir o topo Norte...[+]




1-> 2
3-> 4............ (Imagens insertas no semanário "Região de Leiria" já referido).



1- Concluir o topo Norte do Estádio
2- Área de lazer "casa" com Jardim de Almoínha
3- Arruamentos do centro comercial a céu aberto
4- Centro comercial e mercado
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2008/03/30

Momentos de Primavera

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..................(clic para ampliar) ou consulte o álbum web picasa

1- Pilriteiro nos Parceiros - Leiria, junto à Rotunda da Urbanização de Sta. Clara.
2- Giestas amarelas; pormenor das folhas e dos ramos;
3- Recanto de Giestas amarelas na mesma urbanização, ao cimo da Rua de santa Clara, junto à Rotunda Edifoz;
4- Flor de Clematis "Capitaine Thuilleaux" no meu jardim, junto aos limoeiros;
5- Enquanto a abelha continua na sua azáfama de recolha de pólen, eu vou indagar do nome desta planta do meu jardim, 2Este;
6- Pormenor da flor do Pilriteiro;
7- Uma forsythya, flor amarela, no meu jardim, sector 2Este;
8- Tenho o registo desta planta do meu jardim, sector Oeste, mas, de momento não me ocorre.

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2008/03/07

AS ÁRVORES NO ESPAÇO PÚBLICO

"Normalmente, associa-se a Árvore da Sabedoria, cujos frutos vencem o olvido e a ignorância, à aprendizagem e à medição do tempo natural e efémero da vida; analogia que não esconde o desempenho das árvores na fecundidade e no equilíbrio dos ecossistemas.
...
Dada a sua longevidade, conhecem várias gerações e inscrevem nos seus anéis a memória dos tempos idos, pelo que nalgumas culturas são consideradas sagradas. Contudo, apesar de garantirem a vida na Terra, não estão livres do maior perigo: a estupidez humana.
...
Os cotos que sobram da monda representam o que de mais vil há no homem.
Dando-nos sombra, lenha e fruto, mesmo em meio urbano, as árvores não se ficam pela função decorativa. A arborização coadjuva as mais racionais directrizes urbanísticas e arquitectónicas e, mesmo quando as não há, logra qualificar os sítios, aumentar a higroscopicidade e a estabilidade dos solos, absorver o ruído automóvel, purificar o ar, conter o vento, etc. Donde, não podermos continuar a resumir os "espaços verdes" aos canteiros residuais dos loteamentos, relvados das rotundas e floreiras dependuradas nos separadores das vias. ...
Na cidade, como no campo, há árvores que fazem lugares. Não entender isto, é não entender nada.
...
Por que motivo os planos municipais de ordenamento do território, que supostamente servem para cuidar do bem comum, ignoram a paisagem?
Quando o desrespeito pelo ambiente e a violência de medidas administrativas gratuitas excede o habitual, dividimo-nos entre a tristeza e a repulsa. Infelizmente, na sociedade portuguesa vulgariza-se a tolerância para com estas atitudes insensatas e despóticas, seja pelo temor de represálias ou por simples indolência; "apagada e vil tristeza" que tolhe o avanço para um qualquer futuro não hipotecado. Ainda assim, as árvores, na sua beleza vertical, merecem o melhor da nossa sensibilidade e inteligência.

Nota: Para perceber a motivação do que acabo de expor, v. http://sombra-verde.blogspot.com, http://ocantarozangado.blogspot.com e http://dias-com-arvores.blogspot.com"

Artigo publicado pelo arquitecto Francisco Paiva na última edição d' O Interior.

Pode ler-se o artigo na íntegra, cujo presente excerto, retirei com a devida vénia, do sombra-verde, em: http://sombra-verde.blogspot.com/2008/03/rvores-no-espao-pblico.html