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2012/11/03

ACORDAI!... Povos do Sul Europeu!...


Talvez não seja má ideia acompanhar as crónicas e reflexões de José Pacheco Pereira no seu blogue "abrupto". Não é por nada de particular, mas pressinto que vamos necessitar, nos tempos em curso, desta opinião abalizada (até porque conhece por dentro o modus operandi dos barões e baronetes deste partido do "arco do poder").

(...)
O caminho para a servidão começa no confisco da propriedade por via fiscal. É em primeiro lugar a expropriação da propriedade do salário e do trabalho, mas também o de todas as outras formas de propriedade, privando os indivíduos e a sociedade de terem um espaço privado de "posse", que é em primeiro lugar garantia da sua liberdade e de controlo sobre a sua vida. Perdida essa liberdade, o reino da necessidade torna-se despótico, sem serem precisas polícias políticas, porque basta a utilização de leis iníquas e de procedimentos autoritários para obter uma sociedade em que a liberdade é residual. E não me venham dizer que tem que ser assim, porque perdemos a nossa soberania, porque dependemos de credores, porque nunca tivemos qualquer liberdade, mas apenas a ilusão dela. Tretas e tretas perigosas, porque não conhecem limites. Servem para tudo e justificam o injustificável. 
(...) querendo continuar a ler siga por aqui...
(o negrito é da iniciativa do autor deste blogue)

- Tenho andado a acompanhar os escritos e o posicionamento político de José Pacheco Pereira, desde sempre pode-se dizer, ultimamente com redobrada atenção.
JPP é militante do PPD/PSD desde a primeira hora, mas nem por isso deixou de ser sempre uma voz mais inconformista dentro deste partido dito defensor da Social Democracia.  A verdade é que JPP está-se a empenhar numa luta sem quartel contra o aviltamento das ideias e práticas que devem nortear um verdadeiro Partido Social Democrata.  Basta assistir-se ao seu programa Ponto-Contraponto e à Quadratura do Círculo na SIC.
Não podem restar quaisquer dúvidas de que a sua intervenção pública na TV e nos jornais, o Público, particularmente, está a transformar-se num baluarte estratégico nesta luta sem tréguas contra a a nítida tentativa de a Alta Finança internacional e os seus lacaios da UE transformarem, custe o que custar, os países da Europa do Sul nos futuros escravos que virão a constituir-se na mão de obra barata, que há-de permitir a recuperação da Economia da Zona Euro e o seu relançamento planetário.

Desta forma pretendem conseguir o objetivo vital de  manterem intactas as suas fontes astronómicas de rendimento do seu Capital.

Senão atente-se no que esses senhores andam a apregoar aos sete ventos, acenando-nos com o papão da "bancarrota" e consequente fome de toda (quase toda) a população dos países com dívidas soberanas incomportáveis, já que elas próprias são o alvo da ganância dos juros de agiota que temos que pagar aos credores internacionais (FMI, BCE, nomeadamente.).

Esperem por, pelo menos, mais 5 anos de políticas de austeridade orçamental, andam por aí a apregoar. A sra. Merckel à frente do coro. 
E nós, o povo desses países, continuaremos  a ser simplesmente "carne para canhão", não importando o nosso bem estar social.

Não é precisamente o que o Primeiro Ministro do atual Governo de Gestão de Portugal nos tem andado a "querer dizer" com as indiretas que tem usado, por medo das palavras que todos entendam e que estão a provocar um crescendo de ira entre os portugueses?
@    as-nunes

2008/01/01

2008 - Tempo de Balanço?

O “abrupto” e os outros blogues

Este meu blogue tem funcionado, quase sem dar por isso, como um simples bloco de notas, no qual vou registando aquilo que me vai ocorrendo, observando e estudando, aguçado pela insaciável curiosidade - sempre que possível gravada em fotografia - e irrequietismo que me caracteriza. Sem grandes preocupações de esconder aquilo que me vai na alma, em determinados momentos da minha vida. Já se sabe que as experiências de vida por que cada um de nós passa, podem vir a ser de utilidade, nunca se sabe para quem e em que circunstâncias. E como não tenho nada a esconder, salvo um ou outro pecadito, que espero me seja perdoado na Hora do Juízo Final!...
Com as atenuantes que já estão registadas no meu cadastro, penso que só um juiz implacável e atordoado com dogmas e interpretações radicais da letra dos códigos que regem a nossa vida, é que me condenaria ao fogo do inferno!...
Acabei de ler um artigo de José Pacheco Pereira, do “Abrupto”. Confesso que tive alguma dificuldade em entender o alcance de algumas das suas intrincadas deambulações pela análise da actual situação da blogosfera. Como intelectual de referência, para além de político de renome e um dos grandes privilegiados no acesso à cultura, temos que admitir que as suas congeminações são de ter na devida conta.
De qualquer modo não apreciei por aí além algumas das suas tiradas, tais como:
- Os blogues não gostam de ser objecto de críticas e, como é obvio, têm uma alta noção de si próprios e estão tão cheios de autocomplacência e de elogios mútuos que consideram um anátema qualquer discurso que lhes pareça exterior e que os ponha em causa, a eles e às regras do jogo que estabeleceram.;
Não me parece que seja o caso da maior parte dos blogues, na medida em que não bloqueiam a entrada directa de comentários. O “abrupto”, esse não faculta esta ferramenta do blogue; somente a inserção condicionada do seu próprio autor.
-
…os blogues serão apenas mais uma câmara de ressonância da pobreza da nossa vida cívica.
Sabe, Snr. Dr., muitos de nós, que andamos pelos blogues, fazemo-lo como uma forma de intervenção na nossa vida cívica. Basta ler-nos com um mínimo de atenção e não com olhar desconfiado e superficial. Estes “coitadinhos” não são tão pobrezinhos culturais como isso, a necessitar de ir para a escola acabar os seus estudos, licenciaturas, mestrados, doutoramentos, professores catedráticos. Aqui, na blogosfera, também anda gente que não vive das Academias nem da Cultura e Política profissionais mas que, mesmo assim, despende muito do seu tempo livre, participando, com os seus blogues, na promoção da cultura, através de trabalhos de estudo e investigação particular, a suas expensas e que os disponibilizam publicamente sem qualquer contrapartida financeira. E há outra questão complementar que será importante relevar: os blogues estão a proporcionar excelentes motivações para que o próprio bloguista se mantenha actualizado, seja do ponto de vista científico, seja do ponto de vista da participação da vida da sociedade em geral, emitindo as suas opiniões, que melhor fora que certas pessoas/instituições decisórias as ouvissem com mais atenção e humildade.
Tenho tido os meus momentos de algum desânimo, ao mesmo tempo que vou assistidindo com frequência ao nascimento e morte de vários outros blogues. Como em tudo na vida temos que nos esforçar por levar avante os trabalhos e obras em que acreditamos.
Choca-me bastante ler com frequência o “abrupto” a desconsiderar os “outros blogues”, quase na generalidade, como se arrogasse a autoridade intelectual e mediática de nosso mentor, subalternizando e menosprezando a nossa inteligência e cultura.
É assim que, ao dealbar do ano III deste meu blogue “dispersamente” cá continuo.
Espero que este meu trabalho ou hobby, como lhe queiramos chamar, possa continuar a merecer a atenção dos que me vão descobrindo e possa também proporcionar eventuais pistas para posteriores trabalhos de maior fôlego.

Leiria, 1 de Janeiro de 2008
António A S Nunes
http://dispersamente.blogspot.com