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2012/12/08

Memórias de Leiria do século XX, em palavras, em desenhos e esboços e em fotografias. Milhares e milhares de fotografias.



Hoje à tarde voltei a subir na direção do Castelo de Leiria. Fiz o percurso de carro e até consegui estacionar, no largo do edifício da PSP, ali mesmo ao lado do MiMO. Fui assistir a uma sessão de lançamento dum livro e da abertura duma exposição de fotografias do snr. José da Silva Fabião, talvez o fotógrafo profissional de Leiria, de mais nomeada,  durante mais de três décadas do século XX. Ainda é vivo, tem 90 e poucos anos. Consegui trocar umas palavrinhas com ele, grande amigo que foi do meu sogro, José Teles Paiva, muito privei com ele e os filhos (igualmente exímios fotógrafos).

A apresentação do livro foi muito bem conseguida, pela qualidade e brilho dos oradores, com um senão. A assistência não teve acesso ao livro! 


- Não há livros para o público?! 


Interrogámo-nos, uns quantos, se calhar todos teríamos levado um livro, dado o tema tratado ser de extremo interesse para os leirienses, acumulado ao facto de o livro ter resultado da transcrição dum manuscrito que nos foi deixado por Raul Faustino de Sousa

Raul de Sousa nasceu em 1905 na Marinha Grande mas a sua ligação à cidade de Leiria foi muito intensa, a tal ponto que as suas "Memórias", agora sob a forma de livro, diz que constituem um documento invulgar, pelas inúmeras pessoas e locais que conheceu.

Pois é. O livro não estava disponível para o público. Apesar de o termos visto, à distância das mãos de alguns dos presentes (amigos e familiares, presumo), fomos surpreendidos pelo facto de não o podermos comprar, no momento do seu lançamento. Se bem percebi, um dos patrocinadores da edição reservou para si a sua posse e distribuição posterior. Não percebi esta insensibilidade. Muito sinceramente.


Bem, mas voltemos à justificação da escolha das fotos acima.

Vinha eu de regresso da sessão, nas instalações fabulosas do MiMO (Museu da imagem em movimento), lá em cima, ao lado da igreja de S. Pedro, vai daí olhei para poente e lá estava aquele fabuloso contraste de cores do pôr do sol. Mais abaixo, já no caminho para a Sé de Leiria, deparei com aquela perspetiva da rua, da tília tomentosa do adro da Sé, e das suas folhas amarelecidas pelo outono (naturalmente alouradas). Nesta altura do ano já aquela famosa e centenária tília está na fase final do despir de parte do seu hábito. 
Quer dizer, está a ficar quase nua...

E pronto. 

Vou preparar um registo mais pormenorizado sobre a exposição dos materiais do estúdio e das fotografias que, ao longo da sua vida, o snr. Fabião foi acumulando e que acabou por se transformar num extraordinário espólio que doou ao Arquivo Distrital de Leiria.

Claro que também terei muito gosto - aliás fazia questão nisso - em divulgar o mais que me for possível o livro acima referido. 

@as-nunes

2010/03/21

POESIA MIMOSA...

No Centro de Portugal, no lugar de Orgens, como resistir a fotografar este belo efeito? Uma Mimosa a recortar-se numa moradia pintada com cores em tom de amarelo, arredores de Viseu ainda campestres!...
...
Mimosa flor de poesia ramos de um sol perfumado
Dando inicio à primavera desabrocha toda em flor
Como rimas de um poema de um verso tão amado 

Daqueles que fazem chorar ninfas musas de amor
...
( Retirado daqui:  "Mural dos Escritores"; de que passarei a fazer parte a partir de hoje se for aprovada a minha candidatura. Talvez pretensão demasiada, a minha!)

Da janela do meu quarto...todos os dias observo as alterações que o Homem e a Natureza vão provocando nesta idílica paisagem rural...
Mesmo no limite da chamada zona urbana da cidade de Leiria, freguesia da Barreira.
No Adro da Sé de Leiria, num dos próximos passados maravilhosos dias de Sol...
Dá-se o caso singular de, precisamente hoje, a Carolina, ter comemorado 3 aninhos...
Quando esta foto foi tirada, não pensava usá-la num post deste blogue. Mas, vejam a coincidência, talvez algo telúrica: na casa com frontaria de azulejos azuis nasceu em 1863 o grande poeta Acácio de Paiva. Nesta foto podem ver-se a sua sobrinha-neta, Zaida (*), acompanhada de uma sua neta. 
 (clic nas fotos para ampliar)
"...Não.  O poeta procura dialogar com o seu leitor como se em verdadese encontrassem juntos num colóquio ou numa tertúlia de amigos:
... ... ... ... ... ...
Crede: - Leiria é digna de visita.
Não exibe a riqueza deslumbrante
Que cega e oprime, que entontece e grita,
E chega a amedrontar o viandante...
Mas é... como direi?... bem comparada...
         Uma Cidade-Flor!
         É pequenina:
- Mas tão airosa, amável, perfumada,
Como gentil grinalda de menina!
... "
Ler "ACÁCIO DE PAIVA - Um Crédulo Perdulário", de Américo Cortez Pinto, 1968 + Mais informação se pode obter usando no motor de busca deste próprio blogue :"Acácio de Paiva".
(*) Com poesia publicada e muita mais escrita. Talvez que a veia poética de seu tio-avô tenha chegado à sua própria veia, pelo éter, através do Tempo!...
Posted by Picasa