2017/11/30

Cartas do Peru dos Olivais; 88 depois foi escrita a IV carta...





Conforme o que já está registado na página do FB de Zaida Nunes:

O Natal está aí. Com todas as suas velhas e novas tradições: o presépio, a árvore de natal, as filhós, o peru. E por falar em peru; lembrei-me das "Cartas do Peru dos Olivais" do poeta Acácio de Paiva. Três cartas. Escritas nos primórdios do séc. XX. E como em Portugal é hábito importar tudo o que é americanice - o black friday, o dia das bruxas, o pai natal - lembrei-me: e porque não importar a tradição de comutar a pena a um inocente peru condenado à morte apenas para cumprir uma outra tradição?
Pois é!!! Talvez o "nosso" peru escrevesse a IV carta...

IV
"Adorada peruazinha:
Deu-se o milagre!
Estava já de faca nas goelas,
A tigela pró sangue, com vinagre...
Bateram à porta, às janelas.
Alguém gritou:
"Suspendam tudo!
O Presidente a pena comutou!
Comam o recheio,
Juntem-lhe tofu
Ou papas de centeio...
Mas libertem o peru!"
Vou, já, já, pôr-me a caminho
Minha perua querida, amorzinho.
Lisboa, nunca mais!
Até amanhã e mil beijos do teu
Peru dos Olivais"
-
Zaida Paiva Nunes
(As três "Cartas do Peru dos Olivais" foram publicadas por Acácio de Paiva em 1929 nas suas "Fábulas e Historietas".)











Que tenham um bom Natal. Com peru ou sem ele...

2017/11/19

Seca extrema em Portugal - ano de 2017







O texto que se segue retirei-o do FB da Rosário. Voz de poeta.
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Maria Rosário De Oliveira
Não se reconhece a beleza do céu rosa ao pôr do sol. Melhor fora se cinzento fosse.

Perde-se o verde por toda a Península. A água escasseia e mostra aldeias perdidas e monumentos alagados. 
Nas fontes escorre um fiozinho ou vê-se o aviso de corte de água.
Pastores, agricultores, apicultores olham o longe do céu em busca de nuvens, que não estão.
O turista já não vem e nem os cogumelos crescem. Perde-se o ditado "crescem como cogumelos" nesta paisagem castanha, inóspita, nestes lugares beges, tristes. Por ora, remedeia-se a situação com soluções temporárias: vai água, vai alimento seco para os animais... mas todos sabem que isto não resolve. Deitam olhares de esperança à imagem da santa na igreja da aldeia. Será que lhes (nos) vai valer ou já nada há a fazer neste andamento que o homem iniciou, há muito tempo, sem pensar no tal desenvolvimento sustentável?
As paisagens da nossa terra parecem-se assustadoramente com aqueles filmes do futuro, apocalípticos e longínquos. Isto faz -me triste. 
Eu agora ficava mesmo feliz com um dia cinzento, cheio de chuva. O sol é magnífico e o tempo bom fantástico, mas já chega.

2017/11/01

Noite de Fados - Taverna do Alberto - Leiria



À meia noite cantou-se "Parabéns a você".
Maria Padrão entrava no dia do seu Aniversário.

Comeram-se almojávenas (especialidade de Zaida Paiva Nunes) e brindou-se com champanhe.

Fadistas (Andreia Matias e Emanuel Soares) de alto gabarito, superiormente acompanhados à guitarra e viola, respetivamente por prof. Arménio de Melo e Gilberto Silva.
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nb.: para quem quiser saber das «almojávenas» é só seguir o link, neste blogue: 
http://dispersamente.blogspot.pt/search/label/almoj%C3%A1venas.
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Taverna do Alberto.
Conhecia só de nome. Gostei muito e fiquei fã, da cozinha e deste conjunto de Fado.