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2014/07/16

Cortes - Serão Literário no CRCC, à Quinta da Cerca


2012/05/26

Vamos, então, conversar sobre ACÁCIO de PAIVA


MAIO


Vem minha noiva, dá-me o lindo braço
Pois Maio chega, convidando a amores;
Posso às mãos cheias atirar-te flores,
Encher, a transbordar, o teu regaço.


A luz da aurora é tanta pelo espaço
Que já teu corpo, de ideais primores,
Posso todo banhar em róseas cores,
Quando ìmpiamente e doidamente o enlaço.


É Maio. Posso modular-te um canto
De aves aos centos a voar nos brejos,
Para o triunfo no momento santo.


Em que tu cedas, ébria de desejos,
Ao preguiçoso e dúlcido quebranto
Da deleitosa música dos beijos...


É já na próxima 5ª feira que se vai conversar, durante uma hora, no Mercado de Santana, em Leiria, sobre Acácio de Paiva e o ambiente lírico e romântico que o poeta viveu e verteu para os seus versos espalhados aos sete ventos, pelos jornais e revistas da época, princípios do século passado.
Deixo aqui, hoje, este soneto, Maio já chegou e está no fim, aproveitemo-lo, então, antes que se vá embora, mais uma vez...

Muito se pode dizer sobre a vida e a obra de Acácio de Paiva,(*) entretanto podemos guiar-nos por este link, para irmos adaptando os nossos gostos e olhares da atualidade ao sentir a vida, a poesia, convertida em palavras daquela época...

Escrevia Américo Cortez Pinto, em 1968:


" A poesia estava-lhe no sangue e o seu estro não o abandonou jamais! Faleceu com 81 anos de  idade. E já ao aproximar-se o fim da vida confiava ao papel:
.....E tanto mais eu vivo de Poesia
.....Quanto maior o peso dos meus anos!"
-
(*)Biografia de Acácio de Paiva
@as-nunes

2011/08/13

Biblioteca da Nazaré - Ronda Literária











Ontem, participámos dum evento interessantíssimo. O grupo, previamente organizado pela Biblioteca da Nazaré (75 anos de existência, com uma original história de intervenção cívica e cultural a contar), saiu do Centro Cultural da Nazaré sob a orientação do Alexandre (pode ser que ainda venha a ter oportunidade de o conhecer melhor) e a ronda pelas ruas e ruelas da Nazaré lá prosseguiu até que nos juntamos no acanhado mas extraordinariamente acolhedor espaço da Biblioteca. Numa salinha com livros e mais livros, uma mesinha pequenina para que não fosse retirada muita área àquele romântico espaço, fomos surpreendidos com uma voz feminina a ler-nos um excerto dum trecho literário, em contraluz difusa, vultos e literatura a emergir da alma dos escritores de todos os tempos...

Dali seguimos para uma casa particular, interior de pequenas dimensões físicas mas extraordinariamente amplo na variedade do seu ambiente de autêntico museu, a respirar uma perfeita simbiose entre gosto pela cultura e profundas ligações à poesia popular e à luta política. Falou-se, de raspão, de Saramago e de Manuel da Fonseca. Fiquei com curiosidade de aprender mais...
Ali contactámos com a figura física de Bocage, que nos disse da sua inimitável veia poética.
E continuou a ler-se variada poesia...

A ronda acabou no acolhedor jardim da casa do snr. Virgílio. Fomos recebidos com uma amabilidade extrema e num ambiente exemplarmente propício ao momento.
Continuou a ler-se poesia:
Eugénio de Andrade, Bocage, Acácio de Paiva (li o soneto "O Banheiro"... humor e ironia apropriados ao local em que nos encontrávamos, mesmo que escrito, provavelmente, nos primórdios do século passado) e tantos outros poetas... 
(Ary dos Santos, Manuel da Fonseca, António Ramos Rosa, Soares Duarte, Sophia de Mello Breyner, Zaida Paiva Nunes, Herberto Helder, David Mourão Ferreira etc. etc. que não fiquei com os nomes todos como se teria justificado - é que participar e fazer a reportagem não é fácil...).

Um serão perfeito...
Gostei. Muito!


Edição ne varieteur
@as-nunes
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2009/09/13

Poesia em Alcanadas

clic para ampliar

E foi assim o Sarau de Poesia na CRA em Alcanadas - Batalha. Um grupo de crianças do ATL de Alcanadas abriu a sessão dizendo cada um, com a natural dificuldade de representar em palco, um verso dum poema. E conseguiram levar a tarefa até ao fim.

De seguida, sempre com a transmissão em directo, pela Rádio Batalha, actuaram, Zaida Nunes, Soares Duarte, José Vaz, João Baptista Santos ( o grande impulsionador desta sessão, apesar da sua idade), Maria do Reguengo do Fétal, António do Rosário Cerejo (nos seus 80 anos ainda participou com Maria do Reguengo numa desgarrada, tendo-se saído os dois muito bem) e o Jovem/criança Fábio (que até pediu, no final, para agradecer a oportunidade que lhe foi concedida pelo organizador, Snr. João Baptista. Reparem naquele seu penteado com que se vê na foto da montagem acima! Um rapaz todo desenvolto e, ainda por cima, um bom aluno na Esscola.)

Há que agradecer a colaboração de várias associadas da CRA que se prontificaram a confeccionar deliciosos petiscos com que presenciaram os assistentes e participantes, o que foi um óptimo pretexto de convívio entre os presentes.

Iniciativas como estas, simples, singelas, terão de dar os seus frutos, incentivando localmente ao gosto pela Poesia e promovendo a Cultura, directamente em pequenas comunidades, quantas vezes afastadas dos centros urbanos onde se realizam espectáculos e outras acções públicas de carácter Cultural, às quais não podem assistir, pela distância e falta de enquadramento logístico.

Os meus parabéns à organização e continuem.
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