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2011/05/10

Leiria e Jardim Luís de Camões: Finalmente!

Jardim Luís de Camões, em Leiria, há uns dias atrás. E no princípio do ano, aqui.
Para além do célebre painel azul de que tenho vindo a dar nota, há já longos anos, também é de notar a presença de um outro painel de propaganda política. Inadmissível!
Deixo aqui esta sequência fotográfica só para que fique registado uma mudança com muito significado para o Centro Histórico de Leiria.


Na primeira foto ainda se vê o Painel de dimensões desproporcionadas, que, durante anos e anos esteve a entaipar o Jardim Luís de Camões em Leiria. Um jardim dos mais simbólicos desta cidade encantada mas que tarda a mostrar a sua cara, limpa, desempoeirada, digna de ser visitada!...


Na segunda foto, já lá não se vê o dito painel azul, desenquadrado esteticamente, no centro histórico da cidade de Leiria.
Como é que foi possível mantê-lo tanto tempo naquele sítio?


Inacreditável!...


Só mais um apontamento em jeito de lamento e de requerimento.
Não será possível aumentar o ritmo das obras nas ruas da cidade?
É que andamos nisto há tanto tempo que até já lhe perdi a conta. 
E como o Centro Histórico de Leiria tem sido submetido a tamanha tortura, que quase lhe está a cortar cerce todo o seu comércio, a sua alma, digamos assim!...


Há trabalhos de requalificação que têm de ser feitos. Mas não se podia programar a sua execução de forma a não transformar a cidade num estaleiro permanente?!
@as-nunes 
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2010/01/05

Um dia invulgar...para mim


O 5º dia da minha reforma (parcial) por velhice. Levantei-me cedo. O dia estava a preparar-se para prosseguir a sua caminhada invernosa destes dois últimos meses. No entanto, algures, o horizonte sobre a Serra da Sra. do Monte, Cortes - Leiria, apresentava-se com uma aberta luminosa, qual lenço diáfano sobre as nossas cabeças...Bom Dia, saudei eu!...


Passámos - eu, a Zaida, o Soares Duarte e a Luísa, sob a orientação do Padre Elísio e sua equipa técnica - a manhã, em Fátima, nas instalações dos Missionários da Consolata, a colaborar na catalogação no acervo de fotografias daquela instituição, particularmente ligado às vivências dos missionários daquela congregação religiosa. Estou encantado com a oportunidade que me está a ser proporcionada de aprender a lidar com a fotografia, sob um prisma interessantíssimo, que é o da organização duma base de dados multi-facetada e multi-disciplinar, com base nas milhares de fotos tiradas, desde o princípio do século passado, por muitos missionários em acção no terreno e em muitas colecções particulares oferecidas para este efeito.



Da parte da tarde reparti o meu tempo pelo trabalho (sim, que não vou encostar-me à sombra da bananeirazita com que o Estado diz que vai ser o meu Eldorado ao fim de 40 e tal anos de descontos para a Segurança Social) e por uma nova ida a Fátima para ir buscar os meus netos, filhos da Inês, a Mafalda e o Guilherme, que lá estudam no Colégio de S. Miguel. É que a Inês anda com a mãe a tratar dum problema de saúde que pode não se compadecer com delongas...


De permeio, a PSP aplicou-me duas multas por estacionamento indevido (em zonas onde à noite se pode estacionar completamente à vontade para se ir beber uns copos para os Bares que inundam a Zona Histórica de Leiria).
Aliás, a PSP de Leiria parece ter começado o ano muito activa a aplicar multas de trânsito a torto e a direito. Assim fosse tão pronta quando é chamada para responder a apelos para pôr cobro a situações de perturbação na via pública à noite como resultado dos exageros constantes de alguns frequentadores de Bares. Ruídos impeditivos de os cidadãos mais pacatos  (a maioria idosos) poderem dormir sossegados, por exemplo. E que patrulhasse com mais assiduidade e visibilidade as áreas da sua jurisdição para dissuadir os larápios (quantas vezes armados... até de marreta na mão, a partir montras e vidros de automóveis).

Amanhã, logo pela manhã, conto ir pedir uma informação sobre como é que se concebe que se multe duas vezes seguidas, intervaladas por pouco mais de duas horas, um pacato cidadão, que anda a fazer pela vida, que tem que contar com alguma compreensão da Polícia de trânsito na cidade, para poder trabalhar a cumprir horários rígidos, tipo para-arranca (no intervalo, vai multa). Tanto mais que até nem está a causar problemas de trânsito, apesar de ter contra si uma alínea qualquer do Código da Estrada.


Também tive que ir à Loja da PT, calhou-me o nº 371. Ia no 124. Esperei o suficiente para perceber que a média de atendimento era inferior a 10 pessoas por hora. Andei ali pelas redondezas a controlar o andar da carruagem. Horas depois, ia no 344. Vim até à porta, mesmo assim a olhar pelos vidros, a acompanhar a evolução dos números das fichas em que seguia o atendimento. Num ápice, dei com os olhos no nº 376. Inesperadamente, a numeração deu um pulo de gigante que me apanhou desprevenido, nem ouvi as chamadas, que, aliás, quando se aproxima a fora de saída do trabalho é muito mais acelerada. Nem dá para uma pessoa ouvir a tempo. Dirijo-me rapidamente ao guichet e peço ao senhor que lá estava que me atendesse logo que despachasse a sra. que me passou à frente. Que não, que havia a tolerância máxima de 3 números. Que só se as outras pessoas que estavam na bicha não se incomodassem é que podia fazer o "especial" obséquio de me atender. Logo a voz duma sra. se levantou a manifestar-se contra, retorqui-lhe com a maior delicadeza. Que não, que eu tivesse esperado, que ela já ali estava há mais de meia-hora, bla bla bla. Só faltou implorar, por Amor de Deus, que me deixasssem ser atendido, tanto tempo que já tinha passado desde que tirei a ficha. O snr. do balcão: que há mais tempo estava ele a trabalhar. O serviço dele, obviamente, que deverá trabalhar - e cara alegre - como qualquer cidadão, vulgar, 8 horas por dia -voltei a retorquir. Confesso que com esta troca de galhardetes, exaltei-me um bocadinho.
Resumindo, nada feito, por hoje... 
Gente simpática e nada egoísta, sem dúvida!...


Para fechar o dia fora de casa, em beleza: desentendimento com a condutora ao meu lado direito, numa rotunda. Essa condutora, entrou na rotunda ao mesmo tempo que eu. Colocou-se ao meu lado direito, ainda que - reparei -não fizesse qualquer tenção de mudar de direcção logo a seguir, na primeira saída da rotunda, como manda o Código da Estrada e Normas Reguladoras conexas. Começo a fazer pisca para a direita, que eu queria sair da rotunda, na terceira saída. Essa "condutora de trazer por casa" acelerou e encostou-se ainda mais ao meu carro. Saiu da rotunda na mesma saída em que eu pretendia fazê-lo. E apitou ferozmente, olhando na minha direcção com olhar de poucos amigos. Tive que fazer uma manobra de emergência para me afastar daquela "ás" do volante. Mais à frente, paramos a um sinal vermelho. Faço tenções de sair do carro. A Zaida pede-me para não arranjar mais sarilhos. Só queria ir dizer-lhe para estudar o que mandam as regras para se conduzir numa rotunda, ainda por cima com 3 faixas de rodagem e grande, talvez a maior de Leiria. Pressinto-a atrapalhada a trancar as portas do carro. É claro que não lhe ia fazer mal nenhum. Mas era bom que se tivesse apercebido da manobra indevida que fez e da apitadela despropositada que me dirigiu.


Bom. esperemos que as chatices do dia fiquem por aqui...


E com isto já me esquecia de me referir à segunda foto. A das duas árvores relativamente grandes. São dois choupos.
Para os que têm acompanhado as peripécias e outros percursos deste "dispersamente": lembram-se daquela história da reconversão do Largo Cónego Maia (o da foto), em Leiria? A ideia original era abater estes dois choupos, referências da zona histórica de Leiria, em bom estado sanitário. Pois. Depois de muita contestação popular (ou terei sido só eu e, mais tarde, o BE que se colou ao movimento, que já andava nos jornais e estávamos em campanha pré-eleitoral para as Autarquias) lá se conseguiu que reformulassem o projecto e deixassem as árvores em pé!
Até quando? Já ouvi uns zunzuns, que aqueles choupos estão doentes e carcomidos pelo tempo. Mentira, digo eu e dizem os (alguns, que a maior parte até nem se ralam muito com as árvores) habitantes de Leiria. Pelo menos os que já convivem com aquelas árvores há décadas.
Lá plantaram os tais aceres que vinham no projecto, mas deixaram os choupos. Já não é mau de todo.
Digamos que o Largo até nem ficou desengraçado de todo. Pudera, tendo em conta a javardice em que o tinham transformado nos últimos anos!


Bem. E fico-me por aqui. Desculpem lá esta crónica zangada!...


Prometo acalmar-me.
Até para ver se ainda consigo gozar algum tempo da minha reforma!?...
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2009/07/05

Trânsito e obras no Centro Histórico de Leiria


Está cada vez mais na Ordem do Dia, o "falar-se", às vezes "escrever-se", sobre o Centro Histórico de Leiria.
Como já ém várias oportunidades tem aqui sido referido, a confirmar o que os olhos dos visitantes detectam com a maior das facilidades, a zona demarcada do Centro Histórico de Leiria está a necessitar de urgentes obras de requalificação de edifícios.
A Câmara Municipal lançou recentemente um Edital em que coloca à disposição dos proprietários verbas para obras nos seus prédios. O problema é que a maior parte dos proprietários não está a conseguir ser motivado para lançar mãos a essas obras por vários motivos: 1) As rendas são baixíssimas; 2) as despesas que ficarão a seu cargo, mesmo com subsídios são elevadas para as suas posses; 3) O Centro Comercial ao ar livre, que já foi nesta zona, está a atravessar momentos de grande sufoco, particularmente pela profileração de Grandes superfícies comerciais nas zonas limítrofes desta área, algumas nos limites da própria cidade; 4) A falta de disciplina na exploração das zonas de diversão nocturna, nomeadamente Bares é flagrante, a ponto de tornar a vida dos residentes de certas áreas num autêntico inferno; 5) A restauração do edifício da antiga Associação de Futebol de Leiria, situado no Largo da Sé está-se a transformar num autêntico folhetim de cordel, com capítulos infindáveis: começa-se e interrompe-se já uma quantidade de vezes. E lá está aquele estendal de serapilheira a destoar completamente da dignidade que qualquer Largo de Sé, em qualquer cidade do País, faz questão em manter perfeitamente apresentável. Não fosse a Sé, propriamente dita e o edifício "Pharmácia Paiva" e este Largo bem poderia ser riscado do mapa da cidade.
Entretanto, parece que, com a colaboração duma marca de tintas famosa, se está a pintar a fachada dum edifício, a meio da Rua Direita, a "Rua Barão de Viamonte", esta que se vê a iniciar, na foto.
E vai de interromper o trânsito, pouco diga-se, mas que ainda assim ajudava a manter alguma vida naquela artéria. Claro que esta questão do trânsito tem de ser muito bem analisada, tendo em conta os interesses dos habitantes, dos comerciantes e dos visitantes.
Só se lamenta é a utilização de critérios diversificados para a instalação de tapumes para efeitos de obras. Se vier ao caso, poderei contar-vos um caso caricato, que contrasta completamente com o que actualmente se está a passar para justificar a interrupção do trânsito.
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Já agora, a título de curiosidade:
Esta "Rua Direita" tem o nome oficial de "Rua Barão de Viamonte", pessoa importante do séc. XIX. O caso é que na reunião da Càmara de 20.2.1861 a Vereação aplicou ao Barão de Viamonte a "multa marcada no nº 28º da Portaria de 7.3.1837" por não ter mandado retirar os entulhos resultantes das obras da sua casa que estavam na rua por onde devia passar a Procissão do Senhor dos Passos.
Sem mais comentários, tendo em conta outros casos passados em Leiria.
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2008/11/24

Casa dos pintores - Leiria


autor: Alfredo Ribeiro
Antes de iniciados os trabalhos de reabilitação. As confrontações deste edifício, tomando como referência a foto: do lado esquerdo: Rua Manuel António Rodrigues. Do lado direito: Rua Acácio de Paiva (Insigne Poeta Leiriense) com ligações à família do autor deste blogue.
Durante a visita guiada à Casa dos Pintores, já na sua fase final de requalificação. Não se vê a porta porque ainda estava encoberta pelos tapumes em chapa (bastante inestéticos, diga-se, e que nos impediu de tirar fotografias de acompanhamento dos trabalhos). O interior foi significativamente modificado.
Conversas sobre Arqueologia - “Casa dos Pintores”

No passado dia 15 de Novembro, pelas 16 horas, teve lugar na Casa dos Pintores e na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, a terceira sessão do ciclo de conferências sobre arqueologia, subordinada ao título “Casa dos Pintores”. Esta conferência apresentou a “Casa dos Pintores”, como uma experiência de intervenção interdisciplinar de reabilitação urbana no centro histórico de Leiria e teve como oradores Anabela Carvalho, Susana Carvalho, Vânia Carvalho, Sidney Lopes, Vitória Mendes, Filipa Pinhal e Ana Rita Trindade, que constituem a equipa do Município de Leiria ligada à intervenção neste edifício. A Casa dos Pintores é uma referência de arquitectura histórica notável, que se revela de especial importância no conjunto edificado do centro histórico da cidade de Leiria, estando muito presente na memória dos leirienses. Vulgarmente designada “Casa dos Pintores”, devido à grande quantidade de artistas que pintaram a sua fachada, situa-se no coração do antigo centro urbano medieval, tratando-se de uma peça de tipologia singular. (texto adaptado do site da Câmara Municipal de Leiria).
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Da parte da assistência há a realçar a intervenção viva do Engº João Charters, que chamou a atenção para o grande investimento que foi feito num prédio sem qualquer valor histórico e arquitectónico e do Historiador Leiriense Dr. Jorge Estrela, que destacou o facto de se ter destruído a parede mestra central (que originalmente separava dois prédios de pequena dimensão que, com o decorrer do tempo, acabou por se transformar num só, o actual); também se referiu ao reduzido interesse histórico e arqueológico desta celebrizada "Casa dos Pintores", que o é somente pelo facto de ter sido muito pintada, dado o ângulo e perspectiva que se consegue sobre o Castelo de Leiria, lá no alto do morro.
Das intervenções dos membros da mesa resultou uma explicação geral dos trabalhos levados a cabo, os quais possibilitaram a descoberta de uma moeda de Zanzibar já do princípio do séc. XX, do fragmento duma pedra tumular, que serviu de material de construção da parede mestra central, com referências ao séc XVI (altura provável da construção inicial) e duma pia de escoamento de águas residuais também do séc. XX, que acabou por ser usada como material de trabalho de restauro enquadrado no estágio duma finalista desta área académica. Também apresentaram a explicação do porquê do interior ter sido substancialmente alterado ao ter sido usado material em vigas de ferro para sustentar a estrutura interna e, ao mesmo tempo, evitar que as paredes originais mestras pudessem, mais tarde, colapsar.
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