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2010/04/12

Há mais vida para além do “ShoppingLeiria”!...


Como é meu hábito, leio um ou os dois semanários de Leiria. Que vêm a lume, um à Quinta outro à Sexta-Feira. O último que li foi o “Jornal de Leiria”, que acompanho desde o seu primeiro número,muito franzino, há 25 anos atrás. Nessa altura, a cidade de Leiria ainda não conhecia o vírus dos grandes Centros Comerciais, hoje designados por “Shopping”, que é uma expressão mais à inglesa como parece ser do gosto do Povo e da ânsia do lucro global, que passou a reger implacavelmente as nossas vidas.

Este semanário tem uma paginação muito bem conseguida e, basicamente, divide-se em várias áreas distintas:
Sociedade,Fórum,Educação,Segurança,Política,Opinião(Destacando-se neste particular, Henrique Neto, na sua qualidade de empresário e comentador de política e estratégia económica), Entrevista (nesta semana o entrevistado é Fernando Nobre, candidato a Presidente da República), Economia (Fica-se a saber que o Primeiro Ministro de Portugal, Engº José Sócrates, vai ser o orador principal no próximo Jantar-Conferência, no dia 14 de Abril de 2010, promovido pela Liga de Amigos da Casa-Museu João Soares, Cortes – Leiria, abordando o candente tema “Nova energia, nova economia”), Suplemento Arte e Cultura, “VIVER” que contém um conjunto de informações interessantes e uma rubrica, que esta semana, eu classificaria em primeiríssimo lugar no ranking das abordagens do “Jornal de Leiria”. Trata-se do “Advogado do Diabo”.
Aqui, Jorge Estrela, director da Casa-Museu João Soares, não se cansa e eu apoio-o incondicionalmente, de se referir às implicações em termos ambientais, culturais, paisagísticos e de planeamento urbanístico, que já se estão a constatar, em relação à descaracterização duma cidade como Leiria, em resultado da forma como aqui foi instalado o chamado “LeiriaShopping”.
Bem gostaria (mas não me devo alongar em demasia) de, neste ensejo, reproduzir integralmente o seu texto, muito oportuno e que poderia perfeitamente servir como mote inspirador em debates sérios, empenhados e participados, sobre o que realmente queremos que venha a ser a nossa vida, presente e a dos nossos filhos e netos. O país está a ser inundado de “Shoppings”, “Fóruns”, etc. copiados uns dos outros. De tal forma que, quando entramos nestas áreas comerciais e de lazer, corremos o risco de nos confundirmos e nem sabermos em que cidade estamos naquele preciso momento.Leiria, Lisboa, Porto, Coimbra, Viseu, sei lá que mais!

Ainda assim permito-me transcrever, com a devida vénia do Jornal e do seu autor:
Numa altura em que se constata o esvaziamento do centro histórico, que perdeu um quarto dos habitantes em poucos anos, Leiria é dotada do equipamento que menos lhe interessa, ou seja, um chamariz para os não visitantes, em que a cidade é que paga a factura.
O engenheiro Belmiro de Azevedo erige-se a si próprio como paradigma do sucesso económico exortando o Estado a seguir-lhe o exemplo, ou seja, a fazer aquilo que ele quer, vê-se à custa de quê, da paisagem, das populações, do ambiente e das cidades. A boa economia é aquela em que se levantam rampas e canalizam pessoas para as portas escancaradas por onde vai esvaziando a sua quinquilharia.”

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2009/08/10

CENTRO HISTÓRICO DE LEIRIA

Sejam Felizes

(foto de 2003 - António Nunes)

Pedi ao meu marido, o autor deste blogue, autorização para escrever algumas palavras de desabafo sobre o "Centro Histórico de Leiria". Poderia "postar" este meu desabafo no meu "avozaida". É o meu blog. Porém, isso seria "pregar aos peixes" como Santo António!
Ele concordou. Aqui estou.
Há algum tempo prestei-me a oferecer a minha modesta colaboração num projecto de desenvolvimento cultural do Centro Histórico de Leiria. Pouco, ou quase nada, me foi dado fazer. No entanto já me apercebi do "reverso da medalha". Nasci no "Centro Histórico de Leiria", no Largo da Sé, no nº 7 da casa que na foto está em primeiro plano, fachada de azulejos com gravuras, pintados no séc. XIX, há já umas largas dezenas de anos. Aqui tenho vivido sempre (apesar de ter outra casa, acusação de que já fui alvo...). Adoro este cantinho da minha querida cidade - o seu coração, E aqui tenho o meu coração. Sempre me habituei a ver em todos os que por aqui cirandam, como eu, uns bons amigos.

Há uns tempos a esta parte, porém, tenho reparado que afinal não foi bem aceite por alguns esta minha decisão. Tenho pena! Mas sempre detestei hipocrisias e "guerrinhas" sem cabimento.
Por isso, é minha intenção desligar-me completamente de todo e qualquer projecto relacionado com o Centro Histórico da minha querida Leiria. Volto a dizer: tenho pena!

Espero que aqueles que desejam abraçar este ou outros movimentos o façam com "cabeça, tronco e membros". E que acima dos seus possíveis interesses pessoais ponham, isso sim, o interesse da nossa cidade.

Sejam Felizes

-
O riso

Já reparaste, Homem,
Que só tu consegues rir?
Então, ri-te!
Ri do Mundo
Ri de Ti
Ri da Vida

E sê Feliz!

Zaida Paiva Nunes
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2009/07/28

Os Centros Comerciais e a Vida

Nota prévia: A Sabine77, no seu blogue "O Peso e a Leveza" deambulou no post a que se tem acesso clicando em cima da pintura ao lado, sobre os Centros Comerciais e as suas luzes ofuscantes da nossa eventual clarividência. Gostei do seu texto e escrevi lá este comentário. Permiti-me copiá-lo integralmente do blogue da Sabine. Espero que ela não leve a mal esta colagem!...

E cá andamos nós nesta triste sina. Na indecisão, somos arrebanhados para os Centros Comerciais. Para a ilusão da quantidade e da qualidade. Ali mesmo à mão de semear! Semear? Só se for grão a grão para encher o papo sempre aos mesmos!

Entramos num Centro Comercial e, por momentos, às vezes até dá para pensar, nem sabemos bem em que lugar da Terra estamos. Em que cidade estamos.
Afinal estamos num Centro Comercial igual a tantos outros, espalhados por esse país fora, por esse Mundo fora.
E, de facto, parece que temos à mão, tudo o que precisamos, digo, que julgamos precisar naquele momento, seduzidos pelo Marketing, pela variedade que nos entra pelos sentidos.

Afinal até temos soluções para este síndrome da multidão. Parecemos carneiros, todos devidamente concertados, enfileirados, baratas tontas dum lado para o outro, convencidos que estamos no Paraíso!
Porque não, começarmos a pensar mais nos Centros Comerciais abertos, nas Zonas Históricas das cidades, por exemplo? Caminhamos mais, andamos ao ar livre, mas poderemos encontrar o que queremos.
O problema é que os comerciantes não se organizam, as autarquias pouco fazem para atrair as pessoas aos centros das cidades, as pessoas parece que andam teleguiadas e só conhecem o caminho dos Grandes Centros Comerciais…

Vamos mudar de Vida?
Pelo menos pensemos a sério no que é que andamos a fazer à face da Terra!…

António

nota: Sabine, este texto saiu-me assim, de repente, como um eco ao teu grito de alerta! Vou publicá-lo, também, no meu blogue. Começa a ser tempo de as pessoas viverem mais a Vida em ambiente aberto, ao ar livre.
A andar, a conversar, a rir…sem pressas!…

2008/08/06

Sem dó nem piedade


(clic para ampliar)

Já devem ter ouvido falar da entrada em funcionamento para breve de mais uns 6 ou 7 novos hipermercados por esse país fora.
Aqui em Leiria, não faltam projectos, sendo que o do "Continente" (ampliação) já está em obras.
Como se pode reparar, as árvores que havia em todo o espaço de estacionamento e na zona junto à fachada principal do edifício foram abatidas sem excepção: choupos como o da foto (alguns já de grande porte), acers vários e pseudo-acácias. Como estas instalações já têm para cima de 15 anos, imagine-se o quão insensível se mostrou a Câmara de Leiria porquanto podia ter imposto, na aprovação do projecto, que todas essas árvores, em vez de cortadas cerce, fossem transplantadas. Claro que essa operação custava algum dinheiro que iria encarecer as obras...

No futuro vamos viver dentro dos Centros Comerciais? Não iremos precisar das árvores? Parece que esta está a transformar-se numa moderna corrente filosófica de vida.

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