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2018/03/19

Poesia (ensaios) - pingos passam por mim




ainda bem que os telhados
não protegem de toda a chuva
pingos passam por mim
com um sorriso

Estão velhas
estas telhas

gosto delas assim

fazem-me recordar
um certo tempo

(a pensar na Lurdes, na Sinó, no Vitor: a treparmos o tempo de dois em dois degraus...)


-

O meu amigo Carlos Pires tem-me incentivado a escrever "poesia".
E eu, às vezes, até penso que se calhar também sou poeta...

-

Este meu amigo tem um blog (que começou a editar recentemente, em substituição de um outro, já mais antigo, mas de que perdeu os códigos de acesso.

O ponto cego da existência

-

Obrigado, Carlos, por me teres dedicado:


apanhar ar
mexer na terra 
receber a luz 

mover as sombras
ou segui-las

depois ir
como se fosse vento
e lá fora chuva
                             (para a-porfírio)


em 27 fev 2018

2017/10/24

Poetry Slam: Os primos . Poema que declamei no MiMO - Leiria,





Participei no Poetry Slam MiMO - Leiria, no dia 7 outubro de 2017.

Um poeta de poesia de cepa torta, mas é assim que me exprimo na minha ânsia de querer partilhar o que me vai na alma, num momento do tempo que vai passando por mim...

Estava a pensar nos muitos primos que vivem na floresta imensa que abrange todo o planeta. Disse-o com muita emoção, talvez que a voz até se me tenha embargado, a espaços ...

Obrigado Pedro Silva https://www.youtube.com/channel/UC6Q15a6ykSdevISqhx2IQXA )
 por teres feito as gravações e as estares a divulgar no youtube.

Um abraço.
-

OS PRIMOS

Muitos e muitos anos
Talvez mais até
Tanto tempo que o tempo dobou
O eco da sua voz quase inaudível

Vários sobrenomes
Fotografias no facebook
Lugares desconhecidos
Os nossos ancestrais a unir-nos

Olha-se o tempo passado
Sente-se o sangue a correr
A pulsar nas nossas veias
Navegando com lembranças
Dos nossos ares de crianças

É essa corrente que nos percorre
Que se transforma em rios
Que já são afluentes
E desembocam em rios maiores
Até que se confundem no etéreo
E voam com asas de tempo
Sobre os ramos das árvores
Que se espalham dispersas
Mas ligadas pelas raízes
Da floresta que já somos

Imensa como o mar além
Em que desaguámos
E nos firmámos na grandeza
De todos os sítios do mundo

Nós somos todos esses lugares
O coração ao ritmo de momentos
Vividos em pressentimentos
Que nos ligarão para todo o sempre

António Nunes

27maio2017


2017/01/17

POesia (ensaios menores). Dizem que não é poeta quem quer

Foto de António Nunes.


Dizem

Que não é poeta quem quer
Pois eu penso que
Ser poeta é sentir a poesia
Só isso…

Agora apetece-me ser poeta
Apetece-me escrever como
Um poeta
Que já não sabe a idade
Ora se sente jovem e não pensa
Ora pensa antes de escrever
E começa a fazer contas de cabeça

Agora não quero fazer contas
Olho a serra
Aquela linha divisória
D´Aquém e d´Além

A verdade é que essa fronteira
Vê-se
Ali bem em frente
olhando para sudeste
Naquele ponto ínfimo
E no infinito do seu próprio olhar

Como um ´sniper`
Aponto
Preparo-me para disparar

Espero o momento
Mais um pouco de espera
O vento tudo muda
Neste horizonte de janeiro

Agora que já estou a escrever
Olho novamente aquele ponto
Na mira outro momento
A foto fixou outro instante
Um momento irrepetível
Infinitamente intangível
Que me deixou assim
Sensível…

as-nunes
3jan17

2016/05/15

Benfica é campeão Nacional de Futebol -1ª Divisão



Deixei esta nota no meu "facebook".
O Benfica acaba de se sagrar campeão nacional de Futebol de 1ª Divisão. É o 35º título.

Benfiquista sei eu que sou

não me perguntem por quê

a águia foi quem me marcou

fui benzido nem sei com quê

2016/04/04

A minha Rua



I
a minha rua parece um rio
a chuva impõe a sua presença
persistentemente
abundantemente
com mensagens enigmáticas
insinua até que já não há sol
que a primavera mudou de endereço
que o correio se despistou há uns meses
ao seu fundo ao pé do rio Lis
que não se sabe dele
que talvez se tenha afogado
que os CTT agora já não são o que eram
que já não querem saber se há primavera
querem é que se saiba que são um banco...
II
a minha rua está uma lástima
os serviços de obras públicas
escavacaram as valetas
tão bem feitinhas que elas estavam
pedras cortadas em formas irregulares
à moda dos paralelepípedos dantes
mas as águas da chuva escorriam
lindamente a toda a brida
direitinhas ao rio Lis
logo ali em baixo ao fundo da rua
por debaixo da estrada das Cortes
lá seguiam todas apressadas
agora é aquilo que se vê...

António

4abr2016

2016/02/05

Diário do meu jardim - rosas brancas



ao alcance da mão
mesmo à frente da janela
ora alva como a estrela
ora pequenina branca e rosa

ouvi-a dizer
bom dia
e ficou em pose
tira-me uma fotografia

BOM DIA


3fev2016

2016/01/01

Outros dos meus blogues

Deambulando pela internet, dei comigo a rever alguns dos meus blogues.
São mais que muitos, todos alojados na Blogger. São .blogspot.com

E dei com estes ´posts` na rubrica "eu poeta" 
http://caminhosentrelacados.blogspot.pt/search/label/eu%20poeta

Fica aqui, esta nota, por graça ...

2013/07/14

Zaida, hoje e sempre

A Zaida em Março de 2013 - tertúlia no Soutocico

Amor para sempre

Uma ideia tenho minha
Encantos de juventude
Uma amora madurinha
É esta a nossa virtude

Um amor de longa vida
Zaida é o teu nome
Uma vida assim sentida
Primavera que não some

Versos estes no momento
Falam d’amor para sempre
Com o eterno pensamento
Em ti tão bem presente

Poema com rima vertida
Pudera eu te escrever
Do amor da minha vida
Com a força do meu ser

 António,

Leiria, 21 de Março de 2010

Hoje escrevia o mesmo...
(encontrei este poema numa pen. Antigamente dizia-se, encontrei estas linhas escritas nuns papéis atirados para dentro duma gaveta... sem fundo.)

@as-nunes

2013/06/22

Apresento-vos a D. Herzília Magalhães

Hoje à tardinha...no meu jardim...


Esta camélia 
já devia ter sido aqui apresentada, 
aí em meados de Fevereiro 
o mais tardar.

Este ano, porém,
o tempo tem bulhado demais 
com os seus pergaminhos...

Só hoje é que dei por ela
meio disfarçada 
por entre a folhagem
como que a procurar 
entender
o que se passa...

Ouvi um olá 
envergonhado
sussurrante
ondulante.

Eis a D. Herzília de Magalhães.

Não a podia deixar 
assim 
abandonada
desamparada.

Já a morrer
ainda agora acabada de nascer
fora de tempo...

É sempre bem vinda, D. Herzília! ...

@as-nunes

2012/11/23

Perdido e Achados

Rotunda dos Peregrinos/Fátima - S. Mamede, uma vista celestial, o liquidâmbar cor de outono a sobressair
A descer do cume da Sra. do Monte, o vale da zona das Fontes/Cortes, uma vista idílica
A alameda interior do acesso ao solar com capela privativa da Quinta de S. Venâncio, Vale de Lobos/Cortes, plátanos centenários e monumentais...
À entrada principal da Qta. de S. Venâncio, dois cedros, belos, simbólicos e de grande porte, ao fundo vislumbra-se, para quem conhece a zona, o viaduto aéreo do IC36 (liga A8, A17, A19, IC2 à A1...), sobrevoando o vale do liz em toda a sua largura, naquela zona vital, do ponto de vista de aproveitamento agrícola e ambiental em geral (rio Lis e sua fauna piscícola - barbos, bogas, ruivos, enguias - as suas bucólicas margens bordejadas de salgueiros, choupos, ulmeiros, freixos, a extensa variedade de aves que lá vivem e nidificam:  melros, patos, cotovias, canários, garças, verdelhões, estorninhos, piscos e tantas mais...)
 Placas e mais placas de sinalização, úteis, sem dúvida, para quem circula de automóvel, mas extremamente poluidoras do ambiente visual...

Há dias assim
Momentos distraídos
Pensamentos em turbilhão
Caminhos deslaçados
Viagem de automóvel
Trajeto curto
Semanal
Habitual
Leiria Pousos
Variante norte
A bezerra morreu?!
Embiquei no corte para a A1
Alerta erro vital
Sem hipótese de ressalva
Viagem alongada
Direção Fátima obrigatória
Regresso via S. Mamede
Sra. do Monte a encurtar caminho
Alô Pousos, há algo
Muito importante?
Que não, esta semana não
Regresso a Leiria
Sigo pela N 356-2
Já a referi aqui
Olha que cores fabulosas!
Quinta de S. Venâncio
Plátanos majestosos
E cedros
Uns e outros centenários
Rotunda de serviço
Acessos rodoviários
Caríssimos, desnecessários
Sumptuosos, perdulários

Pensamentos em correria
Tensão em demasia
Valha-me a fotografia
E a poesia …

2012/10/18

E agora, povo?! ...



E agora, povo?!

Esta melia em tom dulcíssono
Postada ali mesmo em frente
Está bonita cores de outono
Com seu ar cândido e dolente

Que bom seria vivermos
Esse teu contentamento
E o nosso rumo invertermos
Neste lamentável momento

Há aqueles que se  amofinam
Por agora atentarmos em ti
Presunçosos mas não atinam
Estás muito bem assim, aí

Este Orçamento está péssimo
Sem qualquer margem de dúvida
Precisamos desse empréstimo
Mais uma tranche para a Dívida

-

Se o povo é quem mais ordena
Porque é que deixámos que os “novos senhores”
Tenham feito o que quiseram
E ainda lhes cresceu tempo
Para se porem ao fresco?

E agora, povo?! …
@as-nunes

2012/09/20

Que se lixem as Troikas ?!



Bem vou abrindo 
as porta(das) das janelas !...

E o que vejo?
Com mais luz
menos luz 
a paisagem 
minha velha conhecida
parecendo adormecida
não se dá por vencida
presto-lhe vassalagem.

Fosse esta paisagem
capaz de iluminar
as mentes 
das Troikas
que nos governam!  

Malfadadas Troikas
Fmi, BCE, Comissão Europeia
Relvas, Passos, Portas. (*)

É urgente também
julgar quem endividou
Portugal e os portugueses
quem tanto desbaratou
e nos deixou refém.

É urgente que se faça justiça!
-
(*) sem esquecer uma outra Troika Portuguesa:
- Banco de Portugal
- Conselho Económico e Social
- Presidente da República

@as-nunes

2012/08/23

Rio Lis, roubaste-me a palavra


Rio Lis és um ladrão
roubaste-me a palavra
vê lá tu que o Marachão
levou consigo a minha lavra

Levou mas já a vou recuperar
rio abaixo, no aqueduto
logo a seguir a semear
nos campos o seu produto
-
Mesmo assim estou-te grato, 
pelas imagens bucólicas 
e serenas com que te refletes 
na retina dos meus olhos! ...
@as-nunes

2012/08/08

Leiria: Olhar o tempo a passar





Momento

E aqui estou
Sentado neste banco
Do jardim
A avaliar
A sensação de estar
Sentado
Desmazelado
A olhar
O tempo
A passar

E a cidade
A viver
Talvez
Só a estrebuchar
Que ela
Já está noutro lugar

E o dia a correr
Sem saber
O que fazer

Naquele momento
De puro espanto
Olhar o vento
Se tanto …


Jardim Luis de Camões
Leiria, 6 de Agosto de 2012
António S Nunes
@as-nunes

2012/07/09

Em contraciclo


sentir a presença de Deus
olhar o milagre permanente
da vida, do belo, 
um momento que não mente...


ao contrário
os mentirosos
vendidos
traidores
dos anseios
do povo 


que se sente
acossado
desiludido
ultrajado
humilhado
ofendido...


nada é eterno
nada é imutável
muito menos o governo
todo ele contestável detestável


ps.: 
ed. revista (os 2 últimos versos)
-
O título deste registo foi corrigido para a versão do Novo Acordo Ortográfico. Penso eu que estou a interpretar devidamente as regras em vigor.
@as-nunes 

2012/07/07

Ainda há palha em Portugal!...


O verde da erva 
forragem para amanhã
comida de reserva
colhida de gadanha


Nos tempos que correm
vale mais prevenir
é que já se sentem
augúrios de mau porvir


E queriam os senhores
da União acabar com a Agricultura?!...
Ou a estratégia era matar os «burros» à fome?
@as-nunes

2012/06/28

O melodrama do Futebol!... ou o Futebol e a formação dos jovens.


Quando em cheio nas traves
as bolas batem fortemente
a sorte a sete chaves
é-nos vedada secamente


Raios partam o futebol
a sua magia sem explicação
para quê mostrar-nos o sol
e dar-nos esta desilusão?!


(Tínhamos acabado de perder, nos pénalties, com os Espanhóis, a meia-final do Euro2012)
-


O que me consola é que, entretanto, a seleção de iniciados (sub-14) de futebol do Distrito de Leiria, com o Guilherme (Moura) em ação, tem tido um comportamento e resultados muito positivos (3 jogos 3 vitórias(+)) no Torneio Lopes da Silva, na Ilha de S. Miguel - Açores (*). A saga do Futebol e da incerteza dos resultados das equipas às quais nos ligamos emocionalmente, continua.
Isto é Futebol...

Venham lá os psicólogos e magos de todo o mundo explicar esta coisa inexplicável que é uma pessoa viver com intensidade as vitórias e as derrotas da equipa de futebol que se meteu no seu "coração"?!...
Sem pedir licença!...

O Rudy (lado esquerdo da foto e o Moura; os dois na seleção distrital), um dia destes, com o equipamento do seu clube: UDL - União Desportiva de Leiria. Tinham acabado de ganhar um torneio em Ourém.
(*) Ver link FPF
(+) 5ª feira: mais uma vitória: 4 jogos, 4 vitórias; querem lá ver que esta malta vai à final com Lisboa?
(+) 6ª feira: empataram 0-0 com Santarém. Ficaram desanimados por só irem disputar o 3º e o 4º lugares, com Aveiro; os finalistas são Lisboa e Porto, obviamente, digo eu (por várias razões...).
@as-nunes 

2012/06/22

"Aquele riso com que a vida dais", Leiria é, e muito mais...


Regresso ao Largo da Sé
O meu centro de Leiria
As calçadas empedradas
Quantas vezes palmilhadas
Milhares e milhares
Tanto tempo
Tanta gente



Jovens
Escola
Zaida
(será a moura encantada?
na lenda tão badalada?)
Filhos...
...netos...


Dentro de ti ó Leiria
Minha alma fugidia
Vive e revive o dia
Sozinho te reconhecia
Quanta ansiedade sentia


Dentro de ti continua...
A minha vida, Leiria!...
@as-nunes

2012/06/20

Que fabulosa madrugada! ...




Uma alvorada
Inesperada
Deslumbrada
Mal amada

Belo alvorecer
Luz ensonada
Não te queria reter
Nesta visão assombrada

Deixa-me dormir
Preferia não te ver
Escusas de me sorrir
Devia-te devolver

Ingrato, eu sei
Ainda que projetes
O que ontem cantei
Soas hoje a falsetes

Aceito a tua costumança
Porque o mundo gira
Também avança…
Eu,contigo na Barreira

Que fabulosa alvorada!...




- Fui obrigado, por motivos de força maior, a levantar-me às 6 da manhã. O incómodo físico era muito, a visão daquele crepúsculo tão matinal e fantástico, uma mistura incontornável de sentidos e sentimentos!...
@as-nunes