2012/03/30
Câmara Municipal de Leiria: correta informação pública reposta
2011/09/08
À atenção da Câmara Municipal de Leiria
Lembrei-me de voltar à carga em relação a esta falta de senso, que é manter este carvalho (Quercus rubra) como símbolo dum acto público e de relevo internacional para a cidade de Leiria, porque no texto da placa alusiva se refere explicitamente a um Quercus robur.
Porquê esta teimosia? Ou negligência?
É claro como a água cristalina duma fonte à antiga que aquele carvalho não é um Quercus robur, é um Quercus rubra.
Ainda no tempo da outra senhora tive ocasião de enviar um e-mail à Presidência da Câmara (também alertei, de viva voz, a própria Presidente da Câmara de então) a chamar a atenção para este facto, singelo, mas que é imperioso corrigir. Por vários motivos.
- Imagine-se, por exemplo, que se aproveita o espaço arejado e acolhedor do Jardim de Sto. Agostinho para levar crianças a observar as várias árvores que ali existem: Catalpas, choupos, plátanos, carvalhos, tílias, ulmeiros, salgueiros, freixos, ameixoeiras de jardim, etc.
A discrepância entre o nome referido na placa alusiva ao acto da geminação de Leiria com a cidade alemã de Rheine é notória, para quem consegue distinguir estes dois tipos de Quercus. Mas também é susceptível de gerar confusão para quem queira conhecer as árvores pelos seus verdadeiros nomes.
Não seria tempo de se desfazer este equívoco?
Não seria fácil transplantar este carvalho para outro sítio (pode ficar neste jardim, até podia ficar a simbolizar um gesto de pedagogia ambiental)? E colocar neste preciso local um verdadeiro Quercus robur?
Repare-se na diferença das folhas:
E não me venham dizer que esta é uma questão de somenos. Não é.
A verdade é que, passados que são vários anos, a árvore colocada no lugar errado continua a crescer...
Só conhecendo a Natureza se pode aprender a amá-la, em consequência, a preservá-la.
Como se impõe cada vez mais, cada dia que passa!...
-
Passo a transcrever, 18 horas após escrever este apontamento:
Há na paz desta tarde
Rente às árvores
Uma tensão oculta um mistério
Um prenúncio de tragicidade
- oco talvez -
Mas são sombrias as sombras
pendentes no movimento pausado
da folhagem
Há formas que nunca viste
Na arquitectura vegetal do momento
Há formas que nunca viste
...
Excerto dum belíssimo poema de Lídia Borges, no seu blogue "Searas de Versos", precisamente, aqui.
@as-nunes
2008/10/11
Vade retro, Satana!
Nesta rua corta-se à direita para entrar no Parque do Continente. Se alguém perguntar pelo seu topónimo autêntico ninguém a conhece, é quase certo.
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Caramba! Logo hoje, Sábado, a seguir a uma semana negra e ansiosa, pregam-nos uma partida destas? Eu sei, nós sabemos que as máquinas avariam, que o Homem falha, logo poderá estara aí a justificação para esta anomalia.
Mas que começamos a ficar cada vez mais preocupados, ansiosos e desconfiados, lá isso é uma verdade!
Não nos lixem ainda mais, que já não sabemos que mais contas havemos de fazer para levar a nossa vidinha! é que nós (a maioria de nós) não se andou a meter em aventuras de engenharias financeiras virtuais, de altíssimo risco, só na ganância de aumentar a Riqueza de alguns ainda mais!...
Em suma...Têm andado a brincar com o fogo usando o nosso dinheirinho e agora começam a insinuar que, se calhar ainda vamos ficar sem o nosso pequeno pecúlio, porque se esqueçeram que os fósforos, se mal usados, são alta e facilmente inflamáveis, podendo atear um fogo de proporções incontroláveis!
Vade retro, Satana!
2008/05/07
Divulgar o conhecimento
Esta rua de Leiria vai da Avenida Marquês de Pombal ao Largo Rainha Santa Isabel. Henrique Sommer foi o fundador da Empresa de Cimentos Lis, em 1920. Passo por esta rua diariamente, vindo do lado do seminário, desde a Barreira, para levar um neto à Escola Branca, EB1. Curiosamente, a parede pintada de amarelo pertence à Escola Amarela. São assim mesmo conhecidas.
A sua árvore é um lódão-bastardo (Celtis australis). Bonita e portuguesa. (dias-com-arvores)
Nesta Rua e no recreio da Escola Amarela existe esta árvore que, para já, ainda não consegui identificar(*). Estava à espera de obter informações na Net no conhecidíssimo "Atlas das Árvores de Leiria". Acontece que, inesperadamente, o seu acesso ficou reservado. Só com password é que se pode consultar. Não posso concordar com esta atitude abrupta.
Há dois anos comecei a interessar-me pelas árvores e outras plantas de Leiria. Nessa altura apercebi-me que havia este site com informação a este respeito. O seu acesso era restrito. Como andava muito entusiasmado com o tema, lá consegui na Câmara Municipal um CD com toda a informação do site. Entretanto, pouco tempo depois, o "Atlas das Árvores de Leiria" foi aberto livremente ao público e começou a ser muito referenciado como um trabalho a merecer rasgados elogios. Com toda a justiça, digo-o agora, que já ando há dois anos e tal a observar as árvores de Leiria.
Qual a razão de tal atitude, permito-me questionar? O trabalho não foi o resultado duma parceria entre a Câmara Municipal de Leiria e a Associação Vertigem? Porque não mantê-lo de acesso público? É que é, efectivamente, um excelente trabalho de nítido interesse científico e lúdico?
Há coisas que não se percebem facilmente!
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Só mais uma nota à guisa de pergunta e insistência: será possível ser informado do motivo da discrepância entre o Quercus que está junto à placa alusiva à geminação de Leiria à cidade Alemã de Rheines e o que é referido nessa peça? Pode observar-se esta disparidade no Jardim de Sto. Agostinho.
(*) Ver nota acima. Informação gentilmente cedida pelo blogue dias-com-arvores
2007/08/30
Igreja Sto. Agostinho de Leiria - Quercus robur vs Quercus rubra
A Igreja de Santo Agostinho, de Leiria, é um dos ícons sagrados desta cidade. A sua história é muitíssimo rica. Pena é que a parte conventual a que este monumento de culto está intimamente associado esteja tão maltratado. Só vendo as fotografias que tenho de minha posse tiradas nos claustros! É uma pena! Tanto esforço psíquico e financeiro das gerações passadas e nós a desbaratarmos os sinais que nos deixam, autênticas pistas de reflexão para trilhar um futuro de comunidade.(1).
Este aspecto de pormenor seria suposto reportar-se ao Quercus robur, a que se refere a placa abaixo e pertenceria à árvore que se vê junto a essa mesma placa colocada no jardim requalificado no Largo de Infantaria 7 (ou do jardim de Sto. Agostinho), o rio Lis, aqui mesmo ao lado, a primeira fábrica de papel de Portugal, a 50 metros ao lado esquerdo, tudo devidamente requalificado (ou quase, que as obras ainda estão em curso), no âmbito do programa Polis, ontem solenemente inauguradas pelo Primeiro Ministro e pela Dra. Isabel Damasceno, Presidente da Câmara).
Outros nomes por que o Quercus robur L. é conhecido: Carvalho-roble, Carvalho-alvarinho, Carvalho-comum.
Não são visíveis Frutos. De qualquer modo não será de espantar que este carvalho esteja sem frutos, dada a sua tenra idade e o seu longo período de maturação (explicação adaptada duma nota/comentário deste post. Aliás aconselha-se a leitura destes comentários, pela pertinência das suas achegas ao esclarecimento do conteúdo desta entrada). Talvez que se estivesse mais bem tratado ou localizado de modo a que a própria Natureza melhor o desenvolvesse, o seu vigor fosse outro. Ao fim e ao cabo esta árvore há-de ter mais de 10 anos de idade.
- Não gostaria que me dissessem: "quem te manda a ti, sapateiro, tocar rabecão?"
Mas, este Quercus será mesmo um Quercus robur? Não terá havido uma segunda plantação e, na sequência, uma troca de árvores? Veja-se a foto das folhas da árvore que aqui (mais ou menos no mesmo sítio) estava plantada em 2000 (data do "atlas das árvores de Leiria"). Se se ampliar a fotografia acima, tirada hoje, penso que há diferenças nítidas no tipo de Folhas.
Aliás, se repararmos nas folhas dum dos Carvalhos (o 1º da sequência), plantados no passeio nascente da Rotunda Melvin Jones, esse sim, será um Quercus robur. Fica aqui a minha dúvida. Terá razão de ser?
Nota complementar: Pelas informações posteriores que consegui, não só na sequência das minhas próprias observações, mas, muito particularmente, pelas colaborações disponibilizadas através dos comentários de amigos deste blogue e da Botânica, o carvalho actualmente plantado junto à placa em questão é um Quercus rubra. Nestas circunstâncias penso que seria de todo desejável, diria mesmo que deveria constituir-se numa imposição, que, no mais curto espaço de tempo possível, fosse colocado neste local o carvalho da espécie referida na placa comemorativa, em substituição do que lá está, actualmente. (1/9/2007).
Enviei um e-mail à Câmara Municipal de Leiria a chamar a atenção para esta questão. Espero bem que não tenha caído em "caixa rota".
* (1) Ver pág. 20 do III vol. de "Anais do Município de Leiria" - 2ª ed. 1993, de João Cabral.