2013/12/04
Grupo de poesia e cultura da Biblioteca Municipal de Alcanena: Alfredo Keil
2012/05/16
Acácio de Paiva e a sua veia de contador de fábulas e historietas, sempre em verso


2012/05/13
Maio das papoilas, da Vida!...
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13h45
Voltei aos livros de alfarrabista: "O paiz das uvas", Fialho d´Almeida, Liv. Clássica, 1936 - 8ª Edição:
pp 8 encontrei uma referência curiosa ao arbusto pilriteiro.
Escreve Fialho d´Almeida:
Conhecem talvez o pilriteiro? É um arbusto dos valados, peculiar ás regiões montanhosas do Alemtejo, que se defende com os espinhos de que se arma, e não gosta de habitar jardins. Transplantado, não produz flôr. Tem uma folhagem pequena, curta, verde retincto, mui recortada nos bordos, e agora na primavera, esbracejando sobre as barreiras, tolda os pégos com caramancheis d´uma vaporidade incomparável. A sua flôr é o que ha de mais mimoso, mais pequenino, mais aereo: uma joiasinha coquette , que antes dirieis insecto, pela vivacidade e esbelteza da figura. Qualquer ramito conta por milhares as florações, e dá em pleno paiz do sol a fresca sensação d´uma neve cahida em flocos, sobre cada proeminencia de haste.
(...)
... eu pensei n´esta esquecida floração do pilriteiro, que não figura nos albuns, nem inspira os desenhistas, e todavia resume na sua pureza, o que de mais bello possa haver, como motivo ornamental, para a illustração de livros e jornaes!"
nb.: encontra várias referências neste blogue ao "pilriteiro", neste link (aqui) e (aqui)http://dispersamente.blogspot.pt/search/label/pilriteiro
@as-nunes
2010/06/06
LEIRIA: O Couseiro, quem o escreveu?
2009/06/07
VOTE!...
2009/05/16
LIVROS E CREPÚSCULO NA PRAIA DO PEDRÓGÃO - Leiria
2008/11/21
Porquê?
PORQUÊ?
Porque será que cada sêr persiste
Em sempre vêr as coisas a seu modo
E a mesma coisa para uns é lodo
Que para os outros em prazer consiste?
.
Porque será que para uns é triste
O que p´ra outros é alegre e doudo?
Porque será, porquê, que o mundo todo
Diverge sempre em cada sêr que existe?
.
Porque será que cada olhar que poisa
Vê d´um modo diverso a mesma coisa
E o mesmo som differe em cada voz?
.
Sei lá!…Talvez que o mundo e a própria vida
Não sejam mais que a imagem reflectida
De tudo aquillo que se passa em nós.
.
Ruy Correia Leite
Almanach Bertrand, 1932
2008/01/13
Samuel Maia - "Sexo Forte" - 1915

Um dia destes recebi de mão amiga, um livro de Samuel Maia(*), de quem já aqui tive oportunidade de falar, escritor e médico nascido na minha freguesia natal, Ribafeita - Viseu. Este livro, "Sexo Forte" foi acabado de escrever em Maio de 1917. Como facilmente se depreende, o estado de conservação do papel não é o melhor mas vou mandar encaderná-lo.
Aproveitei o ensejo para colocar três fotos: a primeira descreve a chegada a casa, da fidalga Beatriz e do padre Serafim (entre os dois acaba por se desenrolar um drama passional intensíssimo); a segunda, a contracapa do livro, contém uma lista de obras literárias de autores consagrados, entre os quais Afonso Lopes Vieira (Leiria) (repare-se nos preços e pasme-se com o efeito assustador da inflacção - pior ainda quando esta não é acompanhada com actualizações proporcionais dos salários de quem tem como rendimento somente o seu Trabalho) publicados pela "Portugal-Brasil Lda" Sociedade Editora, 58, Rua Garrett, 60 - Lisboa e Rio de Janeiro, Companhia Editora Americana, Livraria Francisco Alves;
a terceira, em baixo, revela-nos os dois motivos principais do texto da primeira foto: "os dourados frutos duma laranjeira" e "as camélias floridas, sem aroma, marinhadas de sangue coalhado."
De permeio, nesta foto recente, o tronco duma roseira de rosas de Sta. Teresinha, como que esculpido por cinzel de escultor de alto coturno.
Gostaria de ter ocasião de voltar a falar deste livro, também pelo facto de, após a sua leitura, ter ficado com fortes suspeitas de que o seu enredo girará à volta duma zona que abrangerá toda a área de Mangualde e Nelas (apesar dos nomes das terras serem fictícios, ainda que, nalguns casos, parece-me terem sido construídos com partes dos nomes de duas localidades).
Não quero deixar de agradecer reconhecido o envio deste e mais dois outros livros, do princípio do séc. passado, os quais me dizem muito em particular, sem qualquer custo, para além das despesas de correio.
(*) Ler mais a partir do índice temático do blogue em "Samuel Maia".
- Também se pode consultar este endereço.
2007/02/15
ANDRÉ BRUN vs Acácio de Paiva
Recentemente, sem despesas da minha parte, que não sejam as inerentes aos portes de correio registado, enviou-me um outro livro, por se ter apercebido do meu interesse particular no trabalho literário de Acácio de Paiva, conforme também já aqui foi focado. Foi assim que me chegou às mãos o livro de ANDRÉ BRUN – Dez contos de papel – Folhinha de qualquer ano – contos e crónicas, um deles dedicado a ACÁCIO de PAIVA: “A “Serenata”, de Schubert”. O conto I está dedicado a Júlio Dantas e tem por título “A doida da minha rua”, um e outro autênticas preciosidades.


Assim termina o conto com dedicatória a Acácio de Paiva. Mesmo não se tendo lido todo o enredo deste texto literário, facilmente se antevê o fino humor que lhe serviu de fio condutor. A condizer, aliás, com a peculiaridade humorista do poeta Leiriense Acácio de Paiva.
2006/10/10
TERRAS BEIRÃS...De outros tempos


Há dias fui/fomos a Lisboa e perdemo-nos um bom bocado num pequeno alfarrabista na R. das Portas de Sto. Antão. Comprámos alguns livros, de entre os quais este que vos apresento. Editado, "com as devidas licenças" pela Editorial A.O. - Braga, 1996. Quem o escolheu foi a Zaida, por dois motivos: é de poesia e a sua autora é filha de um tal Telles, um nome que ela própria também tem. Coincidências da vida...