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2013/10/01

Romance da vida em Leiria em 1916-25

Escrevi em 26 de Setembro de 2013, no "facebook", o que abaixo transcrevo. O feicefuque não me deixa partilhar duma forma direta, neste blogue, ao contrário do que acontece no inverso...
Estarei certo ou errado? Será que eu é que ainda não percebi como o fazer a não com a função do Windows, do copiar/colar?


António AS Nunes
Estou a reler, agora com atenção redobrada, um livro que Marques da Cruz (Zeca) publicou em 1995, "Alta Estremadura - Romance Gastronómico", com Prefácio de José Hermano Saraiva, capa de Jorge Estrela. Já lá vão quase dez anos. Para quem gostar de se inteirar do que era a vida em Leiria, no meio mais burguês e intelectual, dos anos de 1916-25, aconselho vivamente a sua leitura. Neste romance (ficção com base na realidade, arrisco-me eu a dizê-lo) perpassam personalidades, sítios e edifícios de referência de Leiria da época, como José Saraiva (prof. do Liceu de Leiria), Tito Larcher, Acácio de Paiva, Afonso Lopes Vieira, Hernâni Cidade, José de Figueiredo, Horácio da Silva Eliseu, Acácio Leitão, Américo Cortez Pinto, Regimento de Infantaria 7 (com um Batalhão mobilizado para a I Guerra Mundial), Teatro Dona Maria Pia (com o seu fantástico "pano de boca" (mandado pintar expressamente em Milão), Convento de Sant´Anna, Rossio, Júlio Estrela e a sua fama (e proveito) de apreciador da gastronomia, ... e receitas, muitas receitas dos pitéus que se comiam e ainda comem em Leiria... Um regalo! 
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em tempo:
- Realce-se um tema muito candente na altura e que subsiste na atualidade, que era a real localização dos terrenos onde se travou a tão badalada "Batalha de Ourique". É que existe uma terra chamada "Ourique" ali perto das Fontes do rio Lis. E este tema foi muito discutido e alvo de estudos apurados quer de José Saraiva, quer de Tito Larcher. E pôs-se em causa se essa batalha terá sido travada a Sul do Tejo ou, mais precisamente, aqui perto de Leiria... 
Tudo indicia que seria praticamente impossível que ela tivesse ocorrido no Alentejo como consta dos registos oficiais para a História de Portugal. Só que, pelos vistos, tal evidência não tem sido tomada em conta pelos historiadores...
Gosto ·  · Promover · 

2013/08/23

Falando de ACÁCIO de PAIVA: uma pedrada na memória silenciosa?


Acácio de Paiva, nasceu em Leiria, no dia 14 de Abril de 1863. Foi um brilhante poeta (Altíssimo Lírico e o maior Humorista da Poesia Portuguesa), jornalista (chegou a ser Diretor de «O Século Ilustrado» e de «O Século Cómico» no decorrer das duas primeiras décadas do séc. XX) e, como Dramaturgo, escreveu várias peças para o Teatro de Revista dessa época áurea das letras e das artes portuguesas.

O livro, cuja capa se mostra acima, vai ser apresentado no dia 6 de Setembro pelas 21:00h, na sala "Celeiro" da Fundação da Caixa Agrícola de Leiria, pelo Dr. Orlando Cardoso, brilhante escritor, Diretor que foi do Jornal de Leiria, jornalista conceituado, emérito investigador da história Leiriense (particularmente a ligada às letras), poeta inspirado e de méritos reconhecidos, professor, etc. 
Entretanto, o meu ilustre e muito estimado amigo, Dr. Arménio de Vasconcelos (*), autor do Prefácio, fará também uma dissertação sobre Acácio de Paiva e o historial da aventura (da qual ele próprio é uma das personagens de relevo) do autor, ao se ter abalançado a esta temeridade, que é «falar de Acácio de Paiva», das suas múltiplas facetas literárias e das muitas personalidades do mundo das artes, das letras e da política que foram seus companheiros de tertúlia...
O Dr. Paulo Costa, psicólogo do hospital de Leiria, brilhante poeta, amigo e companheiro de Tertúlia dos Serões Literários das Cortes, também se prontificou a colaborar com um arranjo musical sob temas poéticos ao estilo de Acácio de Paiva.



Numa das badanas deste livro o autor considerou ser muito relevante e útil transcrever a apologia de Acácio de Paiva que outro conceituado representante das letras e da cultura nacionais, a quem Leiria muito deve, lhe escreveu, nos idos anos de 1968. Trata-se do Dr. Américo Cortez Pinto.

É, também, da maior justiça, relevar que esta publicação só foi possível, graças ao apoio editorial da Junta de Freguesia de Leiria, cujo estímulo foi determinante para o autor se impor a si próprio como que um dever e uma obrigação moral de coligir toda a informação esparsa sobre a vida e obra de Acácio de Paiva, de modo a que este trabalho pudesse ser tornado público ainda no decorrer deste ano de 2013, precisamente o ano em que se comemoram os 150 anos do seu nascimento. Pode dizer-se, muito sinceramente, que os inevitáveis caprichos do Tempo e «de espaço», também poderão ter aqui o seu quinhão de responsabilidade por algumas lacunas que possam vir a ser encontradas. De qualquer modo, o autor, assume-se, desde já, em qualquer circunstância, o principal responsável pela escolha  do método de abordagem da estrutura do presente livro e do seu conteúdo, por muito incompleto que ele se possa apresentar. 

Pelos aludidos caprichos do Tempo, este é um ano de eleições autárquicas em que, administrativamente, a Freguesia de Leiria vai passar a integrar (em pé de igualdade com Pousos, Barreira e Cortes, assim terá de ser) uma «União de freguesias». Mas esse facto jamais poderá ser evocado para justificar qualquer alegada hierarquização de valores nem sequer de preferência pessoal.
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(*) Pode ler-se do seu vastíssimo currículo consultando este endereço: http://armenio-vasconcelos.blogspot.pt/

@as-nunes 

2006/04/12

EÇA de QUEIROZ em Leiria - post 4.n





















Este livrinho, de 56 páginas, constitui uma das páginas da vida do Município de Leiria, é um dos primeiros livros a serem registados na biblioteca dum jovem casal, à data, por sinal a Zaida é sobrinha-neta de Acácio de Paiva a seguir referido...
Américo Cortez Pinto, nasceu em Leiria a 14 de Março de 1896, foi médico, professor, conferencista e escritor de reconhecido mérito. De entre as várias dezenas de obras publicadas permito-me realçar - por motivos de maior intimidade com a sua memória - "Acácio de Paiva - Um Crésus Pedulário", evocação do Poeta Leiriense (que nasceu, nela tendo uma lápide em sua homenagem, na casa do "Boticário Carlos", ao Largo da Sé, propriedade actual dos herdeiros daquele que está romanceado no livro de Eça como o já dito Carlos).
A dado passo do livro/conferência de Américo Cortez Pinto pode ler-se:
..."E a descrição da casa da S. Joaneira, (a casa onde ele próprio habitou) com ligeiras mas evocativas pinceladas, da «rua estreita esmagada pelas altas paredes da Misericórdia, com um lampeão lúgubre ao fundo».
Dessa casa, reproduzida neste livro/conferência através duma aguarela de Lino António - 1928* e duma fotografia de 1970, provavelmente, apresentar-vos-ei proximamente uma fotografia da actualidade.
A este propósito, escrevia ainda Américo Cortez Pinto: "...a fisionomia da velha casa seiscentista é ainda a mesma, e pouco diverge a sua divisão interior em que, no primeiro andar, se mantém o apartamento que no romance teria sido habitado pelo Pe. Amaro, mas que na realidade foi habitado pelo próprio Eça que ali recebeu frequentes visitas de Ramalho Ortigão(1).
... (1) Há pelo menos três visitas historiadas por Júlio de Sousa e Costa no seu interessante livro«Eça de Queiroz (Memórias da sua estada em Leiria, 1870-1871)»."
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* Podem ser observadas várias aguarelas deste ilustre pintor Leiriense em http://leiria.no.sapo.pt
asn