2018/12/28

Oa amigos e eu em transe





Os amigos escrevem coisas
De encantar os nossos sentidos
Em tempo de sugestão
De Paz e sossego

Quiçá entrecortado
Por inefável música planetária
Que acabamos de escutar
Em transe

É que Deus está em transe
E com ele parece que o homem
Também

Recuperado da respiração
Sempre quero agradecer
Os bons augúrios dos amigos

A estação está a receber
100x100
E responde com olás

Uma luz amovível
Por alguém
Pelo poder vindo de além
Onde?! Quem?!
Chama por nós
Incessantemente

Nós é que não a conseguimos ver
Por detrás da sua mancha escura

Façamos  esse esforço
Deus não nos pode odiar
Sim ou Não?!

a d'Almeida
19dezembro2018
(original por email para amigos da irmandade X)

2018/12/23

ÀS vezes também chove



Às vezes também chove


A chuva aí tem andado
a fazer côrregos rápidos
nas valetas da minha rua
e com ela levando as bolotas
que aqueles dois sobreiros
vizinhos de baixo
vão largando ao seu destino

o negro em cinzento das nuvens
predomina na paisagem
e remete-nos para o negrume
das vidas sem norte

que sorte, que sorte
o homem e a sua desumanidade

afinal seremos mesmo uma parte do Caos ¿¡

A DAlmeida
Dez18(antes do Natal)


2018/12/22

Poesia sobre desenhos da Alice

A ninha neta Alice, 5 anos, veio mostrar-me os desenhos da gata Ema e da cadelita Tina.
Estão muito lindos. Disse eu.
E estão.
Digo.










Serão horas de dormir
Interrompi a leitura de umas coisas
do poeta Ron Padgett.


Afinal há coincidências.

Estava a ler
"Os animais e a arte".


Veio-me à ideia de que há dias
fotografei dois ensaios pictóricos
da minha neta mais nova
cinco anos, a Alice.


Mostrou-mos e perguntou:
Qual é o mais bonito?

Tratava-se duma cadelita e uma gata:
A Tina e a Ema
muito queridos entre a família.

Respondi-lhe: cada um à sua maneira
estão os dois muito bonitos.

Trocámos muitos beijinhos
e sorrisos.

É Natal.

2018/12/17

Bolotas da minha rua


Bolotas da minha rua

O passeio da minha rua
coberto de bolotas 

Aquele sobreiro 
virado a nascente
altaneiro 

Mais abaixo 
o rio Lis
serpenteante

Quatro horas da madrugada
noite desassossegada

Que somos nós
senão o movimento
de partículas ínfimas
do universo!?

Para lá do tempo
parece que ainda aqui os sinto

Ouço o tissitar
dos estorninhos
alinhados nos fios eléctricos
enquanto a tarde 
vai mudando as cores do dia

Algum sossego
finalmente

A vida a correr 


.
Vou dormir, que estou cansado, adoentado, já passou...
por ora  ...

(um comentário que deixei algures num blogue ou num e-mail do «Grupo dos Quatro=5»).

2018/12/09

O pissitar do estorninho



Lembrei-me de sugerir que o nosso mui querido e santo RuiOPascoal(*) pudesse tirar alguma inspiração deste home madevídeo.
Um estorninho é capaz de dar um bom quadro.

Abço santificado em Có-Có 
que ele nos abençõe com a sua Graça até ao fim da nossa vida

(Cf. Livro quase no prelo.

2018/12/04

iRMANDADE DNUNES - CONVÍVIO 2DEZ18
























Somos 5 irmãos, eu com 71, a Lurdes, a Sildina e o Vitor, espaçados de mim, sucessivamente, 2 anos e a nossa Isabelita, 15 anos mais nova que eu.
Vamos passar a reunir-nos em convívio mais frequentemente.
Vamos a isso.