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2012/01/15

Mário Soares em Leiria, ponto alto da sua biografia.


Dia 14 de Janeiro de 2012, Leiria, auditório da livraria Arquivo.
Às 18 horas começaria uma sessão de apresentação do livro de Mário Soares, “… um político assume-se”. Fiz questão em estar presente,  só que devia ter ocupado um lugar com mais antecedência, talvez meia hora antes. Quando cheguei,  todo o auditório estava tomado, as escadas de acesso constituiam o único sítio possível para tentar seguir a sessão.

Fui (talvez ainda seja) militante ativo do PS desde os primeiros tempos da sua ação pós 25 de Abril de 1974. Participei na organização dos trabalhadores através das comissões de trabalhadores e dos sindicatos,  nas grandes batalhas políticas e ideológicas de então, integrando órgãos institucionais da Concelhia e da Federação de Leiria,  listas de candidatura do PS às Legislativas, Câmara Municipal de Leiria, Juntas de Freguesia, militando nas Presidenciais (as de Ramalho Eanes e de Mário Soares), até uma derradeira tentativa como Independente fiz, acabei por me cansar de tanto remar contra ventos e marés, já nos anos 90…
Quantas horas despendi de microfone na mão (cheguei a guiar uma carrinha com uma mão e com a outra a empunhar um microfone), reuniões e mais reuniões, folhetos, auto-colantes, cartazes, escritos, na convicção de que estava a defender um ideal de sociedade em que acreditava e ainda sonho!
O tempo passa, a vida traz-nos muitas desilusões…

De qualquer modo, Mário Soares foi e será para a História, um pilar muito forte na defesa da Democracia e da Liberdade.
Quanto a Socialismos, acabei por constatar que esta utopia é linda mas inatingível. Que socialismo? Que organização política duma Nação como Portugal, integrada numa Europa inexoravelmente retalhada, resistirá à implementação de princípios ideológicos fundamentados no Socialismo, ainda que encarados nas suas linhas mestras mais básicas?
Está à vista que bem podemos pregar aos sete ventos que a “luta continua”, o Homem jamais se conseguirá organizar numa sociedade Socialista, seja qual for a capa com que se vista.
O próprio Mário Soares é desta constatação uma prova irrefutável. Não foi ele que “meteu o Socialismo na gaveta”? E o que é que ele poderia ter feito, em alternativa, nas circunstâncias em que a sociedade global tem vindo a evoluir, a não ser apregoar os princípios em que se fundamenta uma sociedade mais justa, mais igualitária, a tender para o Socialismo?

O problema crucial, na atualidade, é que o Homem continua a viver como um ser iminentemente egoísta.
Como lutar contra o egoísmo inerente à própria genes do Homem?...
Não sei… nem consegui aprender ao longo de todos estes anos a tentar.
Alguém sabe?!… 
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nota:
Dada a sua atualidade, apesar de editado em 1977, penso ser esclarecedor e perfeitamente adaptável ao presente, se se relerem os textos de Mário Soares no livro:
Crise e Clarificação
Ed. Artes Gráficas . Lisboa
@asnunes

2009/07/22

VIVA LEIRIA - Vivam os choupos do Largo Cónego Maia

VIVA LEIRIA

Um slogan sugestivo! Apelativo!

E temos razões para satisfação por vivermos em Leiria:

1) Hoje tivemos o privilégio de estar à conversa com Mia Couto, na Livraria Arquivo, em Leiria. Fiquei encantado com a sua candura, simplicidade e com a enchente de leitores seus admiradores. O espaço da Livraria estava todo tomado, até à escadaria e até ao rés do chão. Falou-se especialmente do seu novo livro: "JESUSALÉM".
Em dado passo, apreciei a sua forma fácil de explicar porque é que os Moçambicanos não sentem necessidade de contar anedotas sobre os Portugueses como acontece com os Brasileiros. É que os Brasileiros ainda não conseguiram cortar o cordão umbilical com Portugal. O Brasil é independente porque foram os portugueses, eles próprios, que deram início a uma nova Nação. Foram os Portugueses que iniciaram a construção da grande Nação Brasileira. E Viva o BRASIL!

2) Soube hoje, através duma entrevista que o Diário de Leiria(*) me fez, que a requalificação do Largo Cónego Maia vai ter início na próxima semana. O projecto inicial não sofreu alterações de fundo, mas houve a serenidade e consciencialização ambiental suficientes para permitir alterar um aspecto, para mim e muitas mais pessoas, fundamental.

NÃO SE VÃO ABATER OS DOIS CHOUPOS que já lá estão há quase 100 anos!

Por isso, repito: VIVA LEIRIA!

(*)(ler artigo aqui)

2009/01/22

JOÃO LOBO ANTUNES em LEIRIA

De tão obcecado que tenho andado no aproveitamento dos tempos meio-livres de que vou dispondo na minha vida profissional, só muito recentemente é que comecei a reparar na obra literária de João Lobo Antunes. Tenho-me concentrado nas obras, algumas algo controversas, pelo estilo e pela falta de preparação académica da maior parte dos Portugueses, de seu irmão, também médico, António Lobo Antunes.
A oportunidade deste post tem essencialmente a ver com o facto de que João Lobo Antunes vem, no próximo Sábado, a Leiria (livraria Arquivo) apresentar o seu livro “O Eco Silencioso”.
Confesso que ainda não o li, mas estou curioso e interessado em começar a ler o que me for possível, deste, tal como o irmão ALA, Prémio Pessoa, que lhe foi atribuído em 2006.
Esta apresentação estará a cargo da conhecidíssima ex-professora de mais de, provavelmente, meia população de Leiria, ao longo de várias décadas de ensino desde os velhos tempos do Liceu Nacional de Leiria, Helena Carvalhão.
O livro O ECO SILENCIOSO reúne textos escritos, em larga maioria, nos últimos três anos.

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João Lobo Antunes (n. 4 de Junho de 1944), é um neurocirurgião português e irmão do escritor António Lobo Antunes. O seu pai, neurologista, colaborou de perto com Egas Moniz, personalidade que o influenciou desde novo. O seu tio-avô é considerado o pai da Neurocirurgia portuguesa, tendo tido como mestre Victor Horsley, um dos pais da Neurocirurgia moderna. (in Wikipédia).