
Vão fazer precisamente 150 anos!
Alguém se lembrou dele?
Não tenho conhecimento de nenhuma iniciativa para comemorar oficialmente esta efeméride!
Acácio de Paiva é, reconhecidamente, um dos maiores poetas líricos e satíricos da Literatura Portuguesa!
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O Tojo
E
não me concedeu, como a giesta
E
mais irmão que tenho a macieza?
Não
pode por carícia (que tristeza!)
Diminuir
a dor que me molesta,
Pois
que por condição, e bem funesta,
A
quem me toque eu firo, com dureza.
Pés
descalços, de carne preciosa,
Se
atravessam os matos dos caminhos
Eu
tenho de os rasgar, alma impiedosa,
E
tanto desejaria que os espinhos
Se
trocassem por pétalas de rosa
Quando
os pisam crianças e velhinhos!
Acácio de Paiva
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A
LÍNGUA PORTUGUESA
Assim
como onde tem maior pureza
A
linfa, é na mãe de água, por ventura
Assim
também na aldeia é que é mais pura
A
minha amada língua Portuguesa.
Na
sua elegantíssima rudeza
Como
nos seus extremos de doçura
Todos
os pensamentos emoldura
Numa
espontânea e artística beleza
Oiço-a
forte, nas feiras, discutindo;
Nos
serões oiço-a meiga namorando…
E
é sempre um trecho de poema lindo
Aqui
soberbo, além risonho e brando,
Porque
é de Portugal o mar bramindo
E é também o nosso rouxinol trinando
ACÁCIO
de PAIVA
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(No momento em que eu, no Arquivo Distrital de Leiria, enquanto a recolher (quantas consultas????) dados para completar a escrita de um livro sobre Acácio de Paiva...
Desculpem qualquer erro gramatical, que será de minha responsabilidade, pela pressa com que escrevi e publiquei...)
em tempo:
1- O fotocopiador do arquivo não está operacional;
2- não se podem fotografar documentos;
3- As digitalizações que se queiram, levam uma semana, pelo menos.
Razão de ter digitado estes dois sonetos. Ficam já aqui...