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2015/03/10

Os últimos encadernadores: Encadernação Florindo & Costa, Lda. - Leiria



O Snr. Costa, que me recebeu na sua Encadernadora (Floriano & Costa, Lda. na Rua Dr. António da Costa Santos Nº37 - Leiria), talvez a mais antiga de Leiria, que está em vias de extinção, quando lhe levei o livro abaixo, para me fazer o favor de encadernar, se possível até ao dia 12 de Março de 2015. O autor deste livro, Dr. Samuel Maia, é da nossa (do meu pai e também a minha)  terra - Casal -  Ribafeita - Viseu e a sua publicação é do ano de 1916. O meu pai vai fazer 91 anos e o livro tem 99.  É de certo uma lembrança que o meu pai vai apreciar...  

Como expliquei na minha página facebook https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10200332944363200&set=a.10200332944163195.1073741974.1742211899&type=1


Peças (´camarões`) usadas para as gravuras nas lombadas dos livros depois de encadernados.


Carateres tipográficos em zinco.
Guilhotina manual. Uma ferramenta muito útil para os trabalhos que requeriam muito cuidado artístico. Afirmou, perentório, o Snr. Costa.


Os sócios de Florindo & Costa, Lda., talvez os melhores artistas na encadernação de livros, Diários da República/Governo, Processos de advogados e solicitadores e outros trabalhos encomendados pelas Tipografias, que também já estão em fase de extinção. A última, em Leiria, é de Carlos Silva, no Largo Sé/Rua da Vitória, um grande e velho amigo.

2013/11/04

A Igreja da Misericórdia em Leiria e a Rede de Judiarias de Portugal

 Esperemos bem que seja possível dar um aproveitamento condigno, como poderá ser este o caso, à Igreja da Misericórdia, em Leiria.
Registo 1479
AZ-Biblioteca
Ed. 2010


Índice do livro de Saul António Gomes

"Neste livro apresenta-se, ao leitor interessado, uma história daquela que foi uma das mais prósperas comunidades judaicas do Portugal medieval. O autor, depois de proceder à avaliação da tradição historio-gráfica acerca da memória judaica e cristã-nova leiriense, passa à contextualização da fixação dos primeiros judeus nesta antiga vila extremenha, por finais do século XII e princípios de Duzentos, e avalia pormenorizadamente as particularidades económicas, sociais e culturais da comuna israelita local, na década de 1490, funcionou a tipografia da família Ortas, oficina impressora do célebre Almanaque Perpétuo de Abraão Zacuto. Estabelece-se, de seguida, um amplo corpo documental que elucida, para os séculos XIII a XVI, a presença e a sobrevivência do povo hebraico em Leiria e em toda a sua região."
in contracapa do livro supra-citado.
« consultar também:  www.catedra-alberto-benveniste.org
« ver em Facebook
@as-nunes

2010/06/18

Leiria e a Comunidade Judaica



No passado dia 13 do corrente mês tive o grato prazer de estar presente na sessão de lançamento do livro “A Comuna Judaica de Leiria – das Origens à Expulsão”, da autoria do Prof. Dr. Saul António Gomes. O evento teve lugar no auditório da Junta de Freguesia de Leiria, precisamente no dia em que se comemorava o VIII aniversário desde que foi instituído que o seu Dia seria festejado nesta precisa data, conforme justificação já aqui exposta algumas vezes.
Da esquerda para a direita: Presidente da Assembleia de Freguesia deLeiria, Saul Gomes, Marques de Almeida, Presidente da Junta de Freguesia deLeiria
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Segundo o autor nos explicou, este livro apresenta a história daquela que foi uma das mais prósperas comunidades judaicas do Portugal medieval.
Este livro é apresentado nos seguintes termos:
O autor, depois de proceder à avaliação da tradição histório-gráfica acerca da memória judaica e cristã-nova leiriense, passa à contextualização da fixação dos primeiros judeus nesta antiga vila estremenha, por finais do século XII e princípios de Duzentos, e avalia pormenorizadamente as particularidades económicas, sociais e culturais da comuna israelita local em cujo seio, na década de  1490, funcionou a tipografia da família Ortas, oficina impressora do célebre Almanaque Perpétuo de Abraão Zacuto. Estabelece-se, de seguida, para os séculos XIII a XVI, a presença e a sobrevivência do povo hebraico em Leiria e em toda a sua região.”

Neste extraordinário estudo histórico e documental são reproduzidos e/ou referenciados 210 documentos, muitos dos quais foram recolhidos após centenas de horas de investigação na própria TT – Torre do Tombo; talvez também seja oportuno deixar a informação do próprio autor de que esta recolha se reporta a trabalho levado a cabo há cerca de 20 anos, na altura em que o processamento digital da informação era ainda um embrião cujo desenvolvimento era então uma grande incógnita.

A edição desta obra a todos os títulos notável no que respeita a um aprofundamento do estudo do Judaísmo em Portugal e ao seu enquadramento na história da vida errante e de resistência inigualável do povo Hebreu, durante séculos espalhado por todos os cantos do Mundo, tem  o  apoio incondicional da Cátedra de Estudos Sefarditas «Alberto Benveniste» - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

A apresentação do livro foi feita pelo Professor Doutor A.A. Marques de Almeida, Coordenador Executivo e Científico da Cátedra de Estudos Sefarditas e Director da Série Monográfica «Alberto Benveniste».

Penso ser de todo o interesse deixar aqui trasncrito o Índice deste livro:

1.   Introdução (O autor escreve, já na parte final: “ Contudo, a apresentação desta monografia traz alguns elementos inéditos. Penso nas questões da topografia local, na definição dos quadros iniciais do estabelecimento judaico por terras estremenhas, na própria vivência da comunidade nos séculos XIII a XVI. Penso, finalmente, no corpus documental que fica agora disponível a todos quantos desejem aprofundar o conhecimento do passado israelita em Portugal.”)
2.      Fundação da Judiaria e sua topografia
3.      Infra-estruturas urbanas
4.      População
5.      A antroponímia judaica local
6.      Personalidade jurídica da comuna e administração
7.      Vida económica e rendas da Judiaria
8.      Sociedade e vida quotidiana
9.      Cultura e conversões ao Cristianismo
10.  Expulsão e sobrevivências
      Documentos.
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Também pode ler neste blogue:
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2009/02/12

Tipografia centenária em Leiria

Ampliando-se esta foto podem-se admirar algumas das principais peças e ferramentas usadas na impressão com composição feita por tipos, inicialmente de madeira, até rapidamente se ter passado para os metálicos, como se mostra na foto a seguir.


Um dos aspectos do interior da oficina, decorada a gosto dos trabalhadores que por lá têm passado ao longo de mais de um século de actividade. Repare-se no pormenor curioso (clic para ampliar)duma cautela das antigas "Grandes Lotarias de Natal" de 1907.

http://dispersamente.blogspot.com/2007/01/os-tempos-hericoromnticos-da-tipografia.html
Neste endereço, ficou registada uma entrada, na qual abordei o tema das antigas tipografias de Leiria e das fortes e íntimas ligações desta cidade e do seu bucólico rio Lis à introdução da produção do papel em Portugal. Nesta oportunidade, vou deixar aqui publicada uma sequência de fotografias alusivas às máquinas e ferramentas usadas desde há décadas, há muitas nalguns casos, pela "Tipografia Carlos Silva", na esquina do Largo da Sé com a Rua da Vitória, em Leiria. As informações complementares que aqui deixo (e tenho pena de não dispor de mais tempo para aprofundar o tema) foram-me proporcionadas quer pelo actual proprietário (3 gerações, todos Carlos Silva de nome), herdeiro de uma tradição de família, que já tem mais de 100 anos, quer pelos trabalhadores que a têm mantido em funcionamento, desde os tempos das máquinas impressoras com tipos de madeira até às que utilizam a técnica do offset.
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2007/01/24

Os tempos heróico/românticos da Tipografia

- actualizado em 31/1/2007)


(Uma das faces (repare-se no pormenor dos versos humorístico/publicitários) de um calendário de 1931 que a tipografia "Imprensa Comercial" oferecia aos seus clientes e público em geral)


Pretenderam as gentes de Leiria, em tempos, a honra de nesta cidade ter sido instalada a primeira tipografia, o que não corresponde à realidade como já está documentado . Essa glória cabe a Faro.
Caberá, de facto?
(parte de um painel de azulejos afixado na actual Rua da Tipografia, numa parede exterior da Igreja da Misericórdia, em Leiria)

De qualquer modo, em Leiria, apenas cinco anos passados, estávamos então em 1492, foi instalada a tipografia de Samuel d´Ortas e Filhos na, hoje, Travessa da Tipografia, bem perto do Largo da Sé. Aí se imprimiu o livro "Provérbios de Salomão". Mais tarde, "Os Profetas Primeiros" encomendado pela comunidade judaica. Seguiu-se a publicação de as "Tavulas Astronómicas" de Abraão Zacuto, em 1496, que foram utilizadas por Pedro Álvares Cabral na sua viagem de descoberta do Brasil.

(Evoluída, sítio da criação do primeiro moínho de papel e de uma das primeiras tipografias da península, é em Leiria que vem à luz do dia a primeira obra impressa em português, o Almanach Perpetuum de Abraão Zacuto, corria o ano de 1496. Uma vez mais importante e sem o saber, dava à luz as tábuas de navegação com que o Gama leu o caminho para a Índia.) (in) (actualização em 26/1/2007).

Saltando agora no tempo, vamos para 1903. Largo da Sé. Edifício onde funcionou, no primeiro andar, a Administração do Concelho, cujo primeiro Administrador foi Eça de Queirós.

(A casa dos Paivas, "Pharmácia Paiva", fica situada mesmo defronte desta esquina, no Largo da Sé. Quer uma quer outra, foram locais fundamentais onde se desenrolou uma boa parte da trama do célebre romance de Eça de Queirós, "O Crime do Padre Amaro").



No rés-do-chão surgia a "Imprensa Comercial", hoje "Tipografia Carlos Silva".

...




A Tipografia foi fundada em 1903 pelo snr. Carlos Silva, a que se seguiu seu filho, Carlos Silva e, mais tarde o seu neto, Carlos Silva, actual proprietário.



Atente-se na forma e no estilo da publicidade da época, com a figura do ardina em grande evidência. Não nos podemos esquecer que os jornais e revistas da região de Leiria eram impressos nestas tipografias e, em muitos casos, a distribuição era feita por seu intermédio.


Espero que tenham apreciado esta pequena resenha.