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2009/10/25

Alcanena - José Gomes Ferreira e os poetas locais



A Biblioteca Municipal de Alcanena e o Elos Clube de Alcanena levaram a efeito, no passado Sábado, mais um Encontro de Poetas. Desta feita dedicado a José Gomes Ferreira.
Mais uma vez fomos convidados, Soares Duarte e Luísa, eu e a Zaida.
Temos que convir que José Gomes Ferreira não é propriamente um autor literário fácil. No entanto, estas sessões em Alcanena têm-se vindo a revelar extremamente interessantes e de muita utilidade para rever a vida e obra dos mais variados autores representativos de épocas e correntes artísticas de todos os estilos e de todas as épocas.
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José Gomes Ferreira foi um representante do artista social e politicamente empenhado, nas suas reacções e revoltas face aos problemas e injustiças do mundo. Mas a sua poética acusa influências tão variadas quanto a do empenhamento neo-realista(1), o visionarismo surrealista(2) ou o saudosismo(3), numa dialéctica constante entre a irrealidade e a realidade, entre as suas tendências individualistas e a necessidade de partilhar o sofrimento dos outros. a)
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Já na parte final da sessão, a tarde ia já longa, a Zaida e a Luísa disseram os poemas XLI, XLII, XLIII, e XLIV (Café, in Poesia, III), que constam da Antologia de Natália Correia, "O Surrealismo na Poesia Portuguesa", Ed. frenesi, 2002.


Trancreve-se parcialmente:


XLI
(Olho para o espelho em frente)


A invenção dos espelhos
coincidiu com o nascimento dos corais
e a queda do perfil dum jasmim no rio
que as mulheres se apressaram a gelar
- para o romance dos olhos verdicais.


-1), 2) e 3) - para quem interessar: consultar wikipédia.org/wiki/surrealismo (ou neorrealismo ou saudosismo) para melhor se perceber as marcas distintivas de cada um destes movimentos artísticos;
a) Conforme brochura de 16 páginas, organizada e oferecida pela Biblioteca Municipal e o Elos Clube de Alcanena.
Posted by Picasa

2008/08/14

Natália Correia lembrada por Leiria






Na sequência da entrada anterior repare-se nos pormenores de placas e paineis colocados na Rua Poetisa Natália Correia, em Leiria.
A apresentação do painel alusivo à Quinta do Africano tem a ver com o facto de na mesma parede da quinta estarem colocadas duas placas toponímicas: uma da Junta de Freguesia de Leiria, a outra em painel de azulejos, dos proprietários da Quinta.
Parece que a estou a ver, com a sua cigarrilha ou em acesos debates no Parlamento ou a recitar com garra um poema. (leia-se o comentário de Jofre de Lima Monteiro Alves nesta entrada/post).
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Auto-retrato
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Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea.
Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.
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Natália Correia
Posted by Picasa

2008/08/12

Casa das Rosas? ou das Camélias? ou do Eucalipto?

Estamos em Leiria, na zona da Cruz da Areia, entre o Quartel RAL4 e a Rotunda conhecida pela do McDonalds. Com a fotografia ampliada pode verificar-se ques esta casa é denominada das rosas. Será que houve engano quando fizeram os azulejos? Que tal "Casa das Camélias"?
Várias particularidades tem esta rua: 1) O Eucalipto (digo eu, que gostava bem que as coisas se tivessem passado assim, dada a monumentalidade desta árvore da qual me lembro praticamente desde os anos 60, já então de grande envergadura) obrigou a que a rua fizesse um ângulo de 90º para a esquerda de quem segue na direcção da fotografia; 2) Até se chegar à "Casa das Rosas" esta rua tem mais dois metros de largura. Não teria havido possibilidades de negociar, a bem da causa pública, evitando-se o afunilamento e os enormes transtornos no trânsito que se estão a causar naquele local, já com muito movimento nas horas de ponta?
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Imediatamente a seguir acede-se a uma rua com o nome de Rua Poetisa Natália Correia. Em próxima entrada vou mostrar-vos pormenores desta rua e deixar aqui um poema da grande Natália Correia (a lembrar-me também dum painel de azulejos com a sua silhueta e versos seus, na Praia da Vitória, Ilha Terceira, quando, no ano passado por lá andei uns dias. Bonita cidade. Ilha fabulosa! E andamos nós, Portugueses, a voar para as Caraíbas para passar 5 ou 6 dias de férias!).

2006/08/26

Rochas - Mar - AÇORES


As rochas sobre o mar da Terceira!
Uma vertigem
Um sonho
Pasma-se!
Cisma-se

O Mar e as Rochas
da Terceira

A Natureza
Nua
Crua

DEUS!
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Não admira, pois:

(Praia da Vitória, na Rua de Jesus, a Rua central da cidade, ou noutra, um dos muitos painéis de azulejos, expostos nas paredes em locais bem visíveis, em justíssima homenagem aos poetas portugueses de todos os tempos e das mais variadas projecções mediáticas, incluindo os poetas locais com quadras de enlevo pela sua cidade, Natália Correia,Vitorino Nemésio (que aqui nasceu), Almeida Garrett (que aqui viveu alguns períodos), Antero de Quental, Fernando Pessoa e tantos outros lídimos representantes da escrita lusíada, universal e que se deseja perene...)