2014/04/21
Vitória, vitória, Liberdade - Hinos Revolucionários
2012/12/16
É preciso um país
Manuel Alegre: "Cada bom poema que se faz é uma derrota da indigência"
É preciso um país
É preciso um país
2012/11/17
O meu país não pode ser só capital
Manuel Alegre
Nada está escrito
D. Quixote - 2012
@ as-nunes
2012/09/12
Balada dos Aflitos
Balada dos Aflitos
Irmãos humanos tão desamparados
a luz que nos guiava já não nos guia
somos pessoas - dizeis - e não mercados
este por certo não é tempo de poesia
gostaria de vos dar outros recados
com pão e vinho e menos mais-valia.
Irmãos meus que passais um mau bocado
e não tendes sequer a fantasia
de sonhar outro tempo e outro lado
como António digo adeus a Alexandria
desconcerto do mundo tão mudado
tão diferente daquilo que se queria.
Talvez Deus esteja a ser crucificado
neste reino onde tudo se avalia
irmãos meus sem valor acrescentado
rogai por nós Senhora da Agonia
irmãos meus a quem tudo é recusado
talvez o poema traga um novo dia.
Rogai por nós Senhora dos Aflitos
em cada dia em terra naufragados
mão invisível nos tem aqui proscritos
em nós mesmos perdidos e cercados
venham por nós os versos nunca escritos
irmãos humanos que não sois mercados.
ed. D.QUIXOTE - 2012
@as-nunes
Jogos de estratégia partidária/PSD para a II parte da legislatura
2012/05/13
Maio das papoilas, da Vida!...
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13h45
Voltei aos livros de alfarrabista: "O paiz das uvas", Fialho d´Almeida, Liv. Clássica, 1936 - 8ª Edição:
pp 8 encontrei uma referência curiosa ao arbusto pilriteiro.
Escreve Fialho d´Almeida:
Conhecem talvez o pilriteiro? É um arbusto dos valados, peculiar ás regiões montanhosas do Alemtejo, que se defende com os espinhos de que se arma, e não gosta de habitar jardins. Transplantado, não produz flôr. Tem uma folhagem pequena, curta, verde retincto, mui recortada nos bordos, e agora na primavera, esbracejando sobre as barreiras, tolda os pégos com caramancheis d´uma vaporidade incomparável. A sua flôr é o que ha de mais mimoso, mais pequenino, mais aereo: uma joiasinha coquette , que antes dirieis insecto, pela vivacidade e esbelteza da figura. Qualquer ramito conta por milhares as florações, e dá em pleno paiz do sol a fresca sensação d´uma neve cahida em flocos, sobre cada proeminencia de haste.
(...)
... eu pensei n´esta esquecida floração do pilriteiro, que não figura nos albuns, nem inspira os desenhistas, e todavia resume na sua pureza, o que de mais bello possa haver, como motivo ornamental, para a illustração de livros e jornaes!"
nb.: encontra várias referências neste blogue ao "pilriteiro", neste link (aqui) e (aqui)http://dispersamente.blogspot.pt/search/label/pilriteiro
@as-nunes
2011/04/19
Oitenta e nove mil metros quadrados. E um país por achar neste país.
2011/02/12
Um país por achar neste país.
Também falou o saudoso Dr. Vasco da Gama Fernandes, com o seu inseparável cigarro, sempre aceso. Lembram-se do Dr. Marcelo Curto? Ei-lo à direita.
Tempos de ideais, de juventude, de esperança no Futuro!... Bons velhos tempos!...
(Copyright ©as-nunes)
Canto a raiz do espaço na raiz
do tempo. E os passos por andar nos passos
caminhados. Começa o canto onde começo
caminho onde caminhas passo a passo.
E braço a braço meço o espaço dos teus braços:
oitenta e nove mil quilómetros quadrados.
E um país por achar neste país.
Manuel Alegre
o CANTO
e as ARMAS
Poesia nosso tempo, 1970
2011/01/23
Um dia frio e cinzento...
No Centro-Oeste de Portugal
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2010/12/30
Presidente de quê?!...
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Talvez não seja má ideia passarmos a ter mais atenção ao que vai sendo publicado no Diário da República electrónico.
2010/12/16
2010/11/15
Miscelânea de emoções
2010/09/09
MANUEL ALEGRE - A caminho de 2011


Sou um leitor inveterado de Manuel Alegre, o eterno poeta, pensador de intervenção
(a tentar passar-nos uma mensagem de vida que deve ser interiorizada e pensada, não só arquitectada)
Eis que o poeta, escritor-poeta, político militante, irrequieto, insubmisso muitas vezes, filho pródigo...
se vai confrontar e nos vai desafiar
a sufragá-lo ou não
para Presidente da República Portuguesa.
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2010/05/08
MANUEL ALEGRE, as Presidenciais e os CONTABILISTAS



Hoje, na 1ª página do «Expresso»
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- Pode-se deixar aqui uma anotação para os que não percebem patavina de Contabilidade. Desde 1 de Janeiro do corrente ano que a nossa cartilha já não é o POC. Agora é o SNC. Conhece estas siglas? Provavelmente não ou se já ouviu falar muito teria que aprender para poder ser um bom Contabilista/Toc.
- As fotos acima reproduzidas não são do autor deste blogue. Retirou-as da internet, nomeadamente do site de Manuel Alegre e do Expresso.
2010/05/05
DISPERSAMENTE... República, Benfica, Poesia
Post Scriptum (7Maio2010):
Tenho andado a estudar Mário de Sá-Carneiro, um poeta complicado, amigo e confidente de Fernando Pessoa, que sobre ele escreveu: Mário de Sá-Carneiro não tem biografia, só génio.
Porquê, para quê, nesta altura da minha vida, deveria interrogar-me? Porque sim, porque não sou capaz de funcionar sem ser desta forma dispersiva...
Por isso é que vem a propósito. Virá?...
--
Sentir tudo
de todas as maneiras,
Ter todas as opiniões,
Ser sincero
contradizendo-se
a cada minuto,
Desagradar a si-próprio
pela plena liberdade
de espírito,
E amar as coisas
como Deus.
Álvaro de Campos
in Passagem das Horas
---
Porque o Benfica está prestes a ser Campeão de Futebol
Porque continuo a ocupar uma grande parte do meu tempo
A lidar com números adjectivados com o Euro
A contabilizar as colectas para o Fisco
A sentir que este trabalho é inglório
Que os Euros que se arrecadam
com os Impostos
Não têm servido senão para malabarismos
Porque o Presidente da República
Vai conversar com ex-Ministros das Finanças
que lhe vão relatar o que se deve fazer
esquecendo-se daquilo que não fizeram
enquanto passaram pelos Governos anteriores
Porque Manuel Alegre
Um grande poeta do PS
mas de que eu me habituei a ouvir
e a ler quer a sua poesia quer a sua prosa
abandonou a sua estratégia de miúdo
reguila e refilão
até se transformar no actual
que já não parece ser
o miúdo que pregava pregos numa tábua
Porque quer a todo o custo
ver se ainda consegue ser Presidente da República
Por tudo isto me tenho mantido
(ou já não o estou a conseguir?)
em actividade na blogosfera
com este meu "dispersamente..."
---
Retomando o tema que haverá que realçar (mais lá para diante, talvez, já eu possa aqui escrever algo do que estou a aprender), vou permitir-me transcrever um excerto do Poema VI, "Dispersão" do único livro de poesia que publicou, com este preciso nome, "DISPERSÃO", preparado por si já em 1913, em tempo do início desta nossa República, cujo Centenário agora estamos a comemorar.
... ...
Passei pela minha vida
Um astro doido a sonhar.
Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida...
... ...
2008/11/11
TEIMOSIAS!...


EDITORIAl
Manuel Alegre
2008/10/18
Praia do Pedrógão - Outubro 2008
Hoje, depois de mais de um ano sem ir ao Pedrógão, cá vim matar saudades da praia e do mar. Ao passear pela marginal dei com esta pasteleira estacionada. Velhinha, enferrujada pela maresia...
Sentei-me numa esplanada e ali estava o MAR. E alguns pescadores à linha. Mas não pescaram nada, enquanto os observei.
- Por certo que não se vai aborrecer, que é pessoa com veia poética (também não quer que se saiba).
Assim, a propósito, aqui vai um poema de Manuel Alegre que li na "Senhora das Tempestades" - Publicações Dom Quixote - 1998:
-
Décimo Poema do Pescador
.
Nem sempre o robalo vem
nem sempre ele traz aquele inexplicável e fundo
mistério de pulsar como o coração de alguém
ou talvez como o próprio coração do mundo.
.
Nem sempre me toca a graça e nem sempre está
o vento de feição. E no entanto procuro
incansavelmente procuro o não sei quê que já
muitas vezes me trouxe um coração no escuro.
.
Não há senão esse buscar. Esse incessante
navegar pelo sonho essa viagem
de Ulisses sem regresso. Como alma errante
não mais que um viajante de passagem
.
um intruso no mar um algo a mais
pela noite adiante obsessivamente procuro
na página nos astros nos canais
um verso um peixe um coração no escuro.
.
Eu pescador Ulisses alma errante
navegador da noite procuro nem sei bem
uma luz um robalo um breve instante.
O coração do mundo. Ou de ninguém. Ou de quem.
.
.............. Lisboa, 28.12.96
- "robalo" a negrito; ousadia do autor do blogue.
2007/01/27
Presidenciais, 1 ano depois
O Zé Paiva, por mera coincidência, trouxe-me, hoje, alguns dos seus papéis, desenhos, caricaturas, escritos para eu ver, simplesmente. Reformou-se há coisa de um ano e está a pensar retomar o hobby da pintura, do desenho e da caricatura. Tem já umas coisas publicadas no "Ribatejo" e até no "Público" mas não faz alarde disso. Também já participou em exposições e ganhou alguns prémios. Sempre por carolice!...
-
