2014/05/01
Com o tempo... emociona-me o Tempo ... as flores ... a vasta silhueta das montanhas aqui em frente ...
2013/02/22
Árvores em poesia
As árvores crescem a sós. E a sós florescem.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.
Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
a crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
e entretanto dar flores.
António Gedeão
Obra Completa
Relógio d´Água Editores, 2004
(Amanhã é dia de encontro de poetas
na biblioteca municipal de Alcanena.
Vai-se dizer o que se entender sobre
Rómulo Carvalho)
nota: EN 356-2; estrada que liga Leiria a Fátima, por Reguengo do Fétal
@as-nunes
2012/04/03
As árvores, os pássaros, a primavera...e o outono?!
deixam o reino vegetal para passar a pertencer ao reino animal
2012/03/17
Egito Gonçalves, lá fora a vida vai continuar...
(quiçá 500 ou mais anos de vida)
a primavera aí vem ela
terra lavrada mas ressequida
mal-me-queres de cor amarela
belas e alvas flores de ameixoeira
as-nunes
-
Publicou os primeiros livros na década de 1950. Teve como atividade profissional a administração de uma editora.
nota:
"Depois de Egito, conheci muitos outros poetas (e muitos deles dispensava bem tê-los conhecido...). Hoje orgulho-me, ou nem por isso, de me dar com raros poetas. Aos poucos, comecei a estar-me nas tintas para os poetas. Hoje não me dou com poetas, dou-me com algumas pessoas que acontece serem poetas, dando-me com as pessoas que são, e não com os poetas que também sejam; esta não é decerto uma pequena diferença."
...
-
AO - continuo a tentar aplicar o novo acordo ortográfico.
@as-nunes
2012/02/11
Mimosas à vista!
-
(*)
Nem de propósito: chegou-me às mãos o livro (1724-AZ-Biblioteca) "Portugal - a terra e o homem", antologia de textos de escritores dos séculos xix - xx , por Vitorino Nemésio, ed. da Fundação Calouste Gulbenkian, 1978, impresso na tip. Guerra - Viseu, em que a propósito de Ramalho Ortigão se escreve, a dado trecho:
2012/02/04
Não se andará a cortar árvores de mais, para vender como lenha?
E com isto tudo o ecossistema desta orla atlântica e mediterrânica vai-se modificando (destruindo, talvez seja o termo mais adequado) inapelavelmente.
2011/02/05
Alcanena: uma amendoeira em flor
-
Quisera ser pintor
Para na tela deixar o deslumbre
Do branco único, perdido,
Em cada pétala da flor
de amendoeira.
Da levíssima pincelada rósea no anel
Dos estames sedosos, cor de mel;
Do brilho translúcido, macio
Como afago de um beijo sentido
Num sonho fugidio.
Júlia Barros Biló, do seu livro Somos Poeira, Somos Astros
-
((comentário que deixei escrito no blogue dias-com-árvores em 2008.
Quero dizer, Alcanena é minha visita frequente nos últimos anos))
Há dias fui a Alcanena com uns amigos e companheiros do Elos Clube de Leiria. Íamos para se comemorar TORGA e apadrinhar a formação de mais um Elo Clube.
Fomos surpreendidos ao entrar na zona de Alcanena com umas árvores espalhadas pelos campos com uma floração lindíssima. E logo começámos a congeminar. Amendoeiras? Ameixoeiras? Tirei fotos. Depois de ver estas deste post penso que não fiquei com dúvidas em as colocar no grupo das amendoeiras.
Um abraço
António
in
http://dias-com-arvores.blogspot.com/2008/02/o-exemplo-das-amendoeiras.html
2010/06/04
LEIRIA, a Galp e os choupos
Coitadinhos. 69 milhões! Estão feitos!?...E as acções a caírem 30 e tal por cento! Ou muito me engano ou daqui a algum tempo é que vai ser ganhar dinheiro em Mais-Valias!
(*) renque, lembrou-me a "deep". Obrigado, que bem andei à procura da palavra e não me ocorreu na altura. Passei à frente...
2010/05/31
E se?!...
E se esta bela flor de Feijoa (*) não tivesse florido?... ontem, na Barreira - Leiria - Portugal?
E se os TOC fizessem greve?
E se os poetas deixassem de sonhar?
E se o PS não apoiasse Manuel Alegre?
E se este, agora, viesse desistir da sua candidatura a Belém?
E se hoje não fosse Segunda-feira?
E se não demolissem a Capela das Chãs, aqui a 3 kilómetros de Leiria?
E se Portugal não for Campeão do Mundo de Futebol?
E se?!...
Tantos ses!...
2010/03/21
POESIA MIMOSA...
Mimosa flor de poesia ramos de um sol perfumado
Dando inicio à primavera desabrocha toda em flor
Como rimas de um poema de um verso tão amado
Daqueles que fazem chorar ninfas musas de amor
...
( Retirado daqui: "Mural dos Escritores"; de que passarei a fazer parte a partir de hoje se for aprovada a minha candidatura. Talvez pretensão demasiada, a minha!)
Quando esta foto foi tirada, não pensava usá-la num post deste blogue. Mas, vejam a coincidência, talvez algo telúrica: na casa com frontaria de azulejos azuis nasceu em 1863 o grande poeta Acácio de Paiva. Nesta foto podem ver-se a sua sobrinha-neta, Zaida (*), acompanhada de uma sua neta.
2009/12/20
Nas bandas da Paiva, Rio, Serras, Vale e Terras
Aproveitando o ensejo desta imagem tão a propósito, aqui ficam, desde já, os meu Votos de Um FELIZ NATAL a todos que aqui chegarem, nas suas andanças e entrelaçamento de Amizades neste Mundo virtual. Que seja para a Felicidade de Todos.
2009/09/22
Batalha - Castanheiro tri-pé
Como não consegui aproximar-me mais, ampliando-se a foto, fica-se com a sensação de que terão sido plantados, há muitos anos, três castanheiros, de forma a que, ao crescerem, os seus troncos se fundissem num só, por osmose. Na base parece que tal intento foi conseguido.
(clic para ampliar)
2009/08/29
Lamego - Sol e Sol
Nestes últimos três dias fiz um périplo por terras da Beira Alta, com base em Viseu. Estas fotos vêm das terras de Lamego. Enquanto uns trabalham de Sol a Sol outros passeiam-se ao Sol da descontracção.
Lamego estava em Festa. A hora era de almoço num Restaurante simples mas de bom comer e vinho do lavrador. Do Douro, digo eu. Da janela observei o que a objectiva captou para encaixilhar neste blogue. A Sé de Lamego em fundo, os enfeites na Avenida que vai dar à Sra. dos Remédios.
Há quantos anos não vinha eu a Lamego! Vivi aqui menos de meio ano e estávamos nos anos 50 do séc. passado. Não me lembro de cá ter voltado desde então! As minhas memórias só conseguiram acompanhar a escadaria da Sra. dos Remédios e de duas árvores que já nessa altura me assombraram: dois castanheiros enormes. Do maior já só restam dois metros de tronco, aí com 10 metros de perímetro!
(clic para melhor ler)
2008/10/28
Crise!?...A Vida continua!...

1- Rua da Vitória vista da varanda da casa de família no Largo da Sé - Leiria;
2- Uma vista de ambiente rural com pinheiros resinosos, pedregulhos de grande porte que talvez tenham rolado encosta abaixo até ao caminho florestal, no lugar da Lezíria, junto ao Rio Liz, a poucos Kilómetros do seu desaguar no Atlântico;
3- Um dos recantos meus preferidos no Jardim Luís de Camões, em Leiria;
4- Uma visão inefável da Lagoa da Ervedeira, junto à mesma localidade da freguesia do Coimbrão, uma das 29 que constituem o concelho de Leiria.
2008/10/21
Rotunda D. Dinis - Leiria
Esta é uma das mais interessantes e representativas rotundas da cidade de Leiria. Vale a pena ampliar a foto (clic).
O objectivo principal da arquitectura da rotunda percebe-se facilmente. Sabendo-se um bocadinho de História de Portugal, aqui se representam três pormenores fundamentais que caracterizam toda esta zona centro litoral, ocupada pelo célebre e lendário Pinhal de Leiria, mandado plantar pelo Rei D. Dinis. Infelizmente, até esse tão antigo como protector e rico pinhal, corre o risco iminente de ser atacado pela já famosa entre nós, doença do pinheiro bravo chamada Nemátodo. Se nos dermos ao cuidado de observar os pinheiros adultos (bravos, que os mansos são imunes) essa praga é provocada por uma mosca cujas larvas são colocadas nas pontas dos ramos mais altos da árvore e, a partir daí, infiltram-se de cima para baixo, em todo o pinheiro secando-o em pouco tempo.
Será que vamos mesmo ter de abater todos os pinheiros bravos em Portugal? 60 % da floresta portuguesa terá de ser arrasada? Já se fala que a única solução sócio/económica/ambiental que teremos, será a de começarmos a substituir o pinheiro bravo pelo eucalipto. A um ritmo muito mais rápido do que já se tem feito até à data! Uma benesse para quem negoceia em madeiras para as celuloses.
Que será das belas paisagens florestais que ainda existem em Portugal à base do pinheiro bravo? Vamos passar a ver eucaliptos e mais eucaliptos a perder de vista? E os solos, como estarão daqui a uns anos?
Porque não começar, desde já, a aproveitar algumas zonas para plantar intensivamente, árvores autóctones, como o Carvalho Cerquinho e outras variedades, voltarmos ao Sobreiro (a despeito das barbaridades que se têm andado a cometer por esse país fora a abatê-los, por motivos "imperiosos" de urbanizações de luxo e até zonas industriais!), aproveitarmos mais o Choupo e a Faia?
E se começássemos a pensar em grandes plantações de Grevilleas robustas? Trata-se de uma árvore que forma muitas das zonas florestais Australianas e que assume grande importância para ser utilizada como madeira para móveis, inclusivé.
Parece-me que há mesmo que actuar rapidamente sobre as zonas florestáveis Portuguesas!
2008/08/19
Braga - Praça da República e Largo do Castelo
2008/04/17
Árvores e passeios, uma convivência difícil
Árvore no meio do passeio impede normal circulação
Na Rua Francisco Marto, entre o Museu da Vida de Cristo e a Rotunda Sul, está uma árvore no meio do passeio que para além de impedir a passagem de uma cadeira de rodas ou um carrinho de bebé, até impede a passagem de um simples peão, alerta um leitor. Na sua opinião, a árvore não deve ser cortada, até porque está ali há muitos anos, mas considera que o muro deve recuar cerca de um metro junto à árvore de forma a permitir que as pessoas possam circular em segurança."
-
A verdade é esta: se fossemos resolver todos os casos semelhantes usando a solução mais simples, abate da árvore, como tem vindo a acontecer em demasiados casos, muitas e variadas árvores acabariam por desaparecer.
Que fazer, então? Adopta-se a sugestão do leitor ou abate-se a árvore?
Se o dono da casa tiver sensibilidade para a Natureza e para o futuro do ambiente na cidade de Fátima, pois poderia condescender e o problema ficaria resolvido. E seria uma boa solução.
E se o dono da casa não concordar? Alarga-se o passeio, estreitando a rua? Será viável sob o ponto de vista do trânsito automóvel? Chama-se o urbanista e ele que "invente" uma solução alternativa?
Abater a árvore? De modo algum. Quantos anos não terá este plátano? Quantas referências emocionais não terá já gerado, quer para os moradores da área quer para os visitantes de Fátima?
Estamos perante um imbróglio que, tudo leva a crer, terá sido causado por péssimo planeamento urbanístico e ganância. Alargasse-se um pouco mais o passeio, na altura de se ter construído, ou a casa ou a rua e já nada disto aconteceria!
Bom planeamento urbanístico e ambiental do território precisa-se. Urgentemente!
2008/03/07
AS ÁRVORES NO ESPAÇO PÚBLICO
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Dada a sua longevidade, conhecem várias gerações e inscrevem nos seus anéis a memória dos tempos idos, pelo que nalgumas culturas são consideradas sagradas. Contudo, apesar de garantirem a vida na Terra, não estão livres do maior perigo: a estupidez humana.
Os cotos que sobram da monda representam o que de mais vil há no homem.
Na cidade, como no campo, há árvores que fazem lugares. Não entender isto, é não entender nada.
Por que motivo os planos municipais de ordenamento do território, que supostamente servem para cuidar do bem comum, ignoram a paisagem?
Nota: Para perceber a motivação do que acabo de expor, v. http://sombra-verde.blogspot.com, http://ocantarozangado.blogspot.com e http://dias-com-arvores.blogspot.com"
Artigo publicado pelo arquitecto Francisco Paiva na última edição d' O Interior.
2008/02/07
Um roteiro Boa Vista - Leiria
Mas já me estou a afastar do tema deste post. Ou seja. O roteiro acima referido poderá ser assim descrito: 1) placa de sinalização toponímica quem vai pelo IC2 de Norte para Sul; 2) Uma acácia mimosa imponente, como não se vêm com facilidade, na Rua da Balcota (Este nome de rua deriva do nome dado desde tempos imemoriais a este sítio que era constituído por terras de amanho e pinhais), mais facilmente, na zona do planalto, mesmo ao pé dum jardim de infância; 3) Jardim Luís de Camões fotografado de dentro para fora, na extrema direita, uma ameixoeira de jardim, Prunus Pissardi, a iniciar a sua floração anual; 4) Pormenores da for da dita ameixoeira.
...
Bom, depois disto tudo, há que ir almoçar, que a Zaida, às vezes também a Inês e até o Bruno, já devem estar à minha espera,ou então, dada a minha demora, decidiram ser melhor não esperar por mim...