Se se ampliar podem ler-se os nomes de alguns dos Leirienses mortos nas campanhas de Angola, Guiné, Moçambique.
Estandarte duma Companhia de Artilharia que combateu na zona de Mueda, o centro operacional das operações anti-guerrilha no Norte de Moçambique. As colunas de abastecimento desta zona de acantonamento das tropas portuguesas, eram sistematicamente flageladas com ataques de morteiro, rajadas de metralhadora, granadas, minas anti-tanque e anti-pessoais. Eram normalmente constituídas por 30 km de viaturas pesadas de mercadorias com tropa de proteção integrada e, por vezes, apoiadas por grupos de comandos e de operações especiais, na parte final comandadas, frequentemente, por Alferes Milicianos, muitas vezes do SAM - Serviço de Administração Militar.
Uma boca de canhão do RAL4 em Leiria
No Largo 5 de Outubro de 1910, zona do Papa Paulo VI
O Castelo de Leiria, sempre altaneiro ... e vistoso.
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Valeu a pena
Termos sacrificado
Os melhores anos
Da nossa juventude
Na defesa de Portugal
E da sua história?
Fica a interrogação … (Na altura estávamos conscientes de que estávamos a cumprir um DEVER)
Para quem não saiba, os ex-combatentes das guerras das
ex-colónias portuguesas, recebem, anualmente, 100 €uros em média, a título de “Antigos
Combatentes – Suplemento Especial de Pensão”
Entretanto, na formação da pensão de velhice, o tempo
de serviço militar obrigatório contou como antiguidade, mas não como entrada de
remunerações.
Assim, o que é que aconteceu?
Esta pensão (a reforma como soi dizer-se) (aos 65
anos, em teoria, por enquanto) é obtida dividindo dois factores:
Dividendo: somas das remunerações entradas no tempo
contado (R) (agora 40 anos)
Divisor: tempo de serviço (T)
Fazendo-se as contas facilmente se adivinha que, sendo
o divisor (T) constituído com + 3 anos de tropa a que não correponde nenhum
valor no Dividendo ( R ), o quociente será menor.
Tem sido esta a lógica.
Já nem se reivindicava nenhuma regalia especial como
compensação do sacrifício em condiçoes de perigo de vida (quantos não imolaram
as suas próprias vidas! … ) que nos foi imposto. Que se fizesse, ao menos, a
justiça de considerar as remunerações auferidas enquanto prestámos o serviço
militar obrigatório!
Seria pedir muito?
Em comparação com as condições escandalosas e
criminosas em que muitos políticos se aposentaram, ao fim de dois mandatos na
AR, PR, Ministros e outros cargos políticos, independentemente da idade, seria
pedir muito? …
Nota: de
acentuar que as contas que se fazem aquando do cálculo das pensões de reforma
consideram outros fatores, nomedamente o fator de sustentabilidade da segurança
social, mais uma invenção para ajudar a reduzir o valor final e que todos os
anos vai sendo atualiazado, sempre para desfavorecer o valor da pensão, claro está,
na ótica do Estado economicista e insensível.