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2016/09/25

Jorge Estrela e a coleção de pintura do Museu de Leiria

O Museu de Leiria acolheu, pelas 14h00 do dia 24 de setembro de 2016, a Tertúlia "Recordar Jorge Estrela",
 Jorge Estrela - Foto retirada do FB de Inês Thomas Almeida, sobrinha de Jorge Estrela
(1944-2015)
uma iniciativa integrada nas comemorações das Jornadas Europeias do Património 2016, em que foi feita, às 17:00, a apresentação do catálogo da autoria de Jorge Estrela "Coleção de Pintura. Séculos XVI-XVIII”.
O programa teve início às 14:00, com receção aos participantes, seguindo-se a sessão de abertura, pelo vereador da Cultura da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, às 14:15.

A tertúlia, às 14:30, com moderação de António Luís Ferreira (1)

, contou com as participações de Inês Thomas Almeida (2)



, com uma intervenção com o título “O meu tio Jorge Estrela”, 
Vítor Serrão (3)

, que abordou o tema “Jorge Estrela, historiador e crítico de arte”, 
Sylvie Deswarte (4)

, sobre “Jorge Estrela. História de um encontro, 2013-2014”,
e ainda Marisa Castro (5)

, com uma intervenção com o tema “Jorge Estrela, artista também na micologia”.
Após uma pausa às 15:45, intervieram ainda Martinha Henrique (6)

, sobre o tema “Jorge Estrela, História da Arte e Dermatologia

, Rui Ribeiro (7) sobre “Um jardim para Leiria segundo Rodrigues Lobo
, e António Marques da Cruz (8)

, que apresentou “Jorge Estrela, um esteta do vinho”.
A sessão de encerramento teve lugar às 17:00, pelo Presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro

altura em que foi feito o lançamento do livro/catálogo “Pintura Séculos XVI – XVIII. Museu de Leiria”, de Jorge Estrela.



Capa do Livro/Catálogo "COLEÇÃO DE PINTURA - SÉCULOS XVI-XVIII" - do Museu de Leiria.
Jorge Estrela, ed. Câmara Municipal de Leiria, Produção, montagem e Conceção gráfica: Textiverso - Leiria, 2016.
Coordenador de edição: António Luís Ferreira.
Superiormente prefaciado pelo Prof. Dr. Vítor Serrão, Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Permitam-me que deixe aqui como que um instantâneo da pertinência da seguinte interrogação com que o seu autor e cidadão ativo nas causas leirienses, Jorge Estrela, se abalançou a tamanha obra: "O que aconteceu às imagens pintadas em Leiria ou para Leiria durante os seus quase mil anos de existência?
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Desde 1993 que Jorge Estrela se vinha dedicando ao estudo, restauro e classificação da colecção de pintura do Museu de Leiria, que acabou por dar origem à exposição “A Nova Vida das Imagens. Pintura em Leiria, Séc. XVI/XVIII”.
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Notas:

Sob a forma de notas complementares vou tentar, à medida que para tal disponha de elementos, passar para este blogue referências aos intervenientes ativos desta tertúlia: 
- 2) Impossível  ficar indiferente ao seu emocional mas justo apelo a toda a plateia e às instituições administrativas (particularmente a Câmara Municipal de Leiria) para que o Jardim das Almoínhas, em curso, venha a constituir-se numa merecidíssima homenagem ao seu tio e fique com o nome "Jardim Jorge Estrela". De facto só quem não conhecer a vida e obra de Jorge Estrela é que não aceitará entusiasticamente esta proposta. Como tal deve este apelo ficar, desde já. Para ser tida em conta na devida oportunidade, em última instância,  na Assembleia Municipal de Leiria.  

nota à posteriori: (in FB de Inês Thomas Almeida)
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10153034594598953&set=a.51481503952.49047.535148952&type=3&theater


3) A dado passo da sua intervenção, o Prof. Dr. Vítor Serrão falou dos Grafitos Medievais do mosteiro de Alcobaça, descobertos e primorosamente descritos por Jorge Estrela:



4) in Preguiça:
... (entrevista a Jorge Estrela):
 3. Diz-nos um autor que descobriste ultimamente e tens pena de não ter descoberto mais cedo.
A obra de Sylvie Deswarte, sobre Francisco de Holanda e a arte do Renascimento. Tive o prazer de conhecer a autora há pouco tempo e fiquei fascinado pelo rigor dos seus estudos. Desde então, li muitos dos seus livros e artigos, o que tem sido facilitado pelo facto de a autora me ter enviado grande parte dos seus trabalhos, que são peças fundamentais da cultura portuguesa.
7) Jorge Estrela fez vários estudos sobre a paisagem portuguesa e sobre jardins, incluindo o projecto “Um jardim segundo Rodrigues Lobo” para a Câmara Municipal de Leiria.







Alguns dos diapositivos apresentados pelo Arqº Rui Ribeiro no decorrer da tertúlia, que me permiti fotografar e deixar aqui publicados por me parecer que o autor não me lavará a mal esta ousadia tendo em conta o interesse flagrante da sua partilha pública.
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Uma parceria Rui Ribeiro/Jorge Estrela, ganhou o concurso público para a reconversão do Mercado de Santana, em Leiria, já construído e inaugurado em 2003.
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8) Em síntese eis o que António Marques da Cruz disse e também mostrou em oportunos e históricos diapositivos:
"O interesse epicurista do Jorge pelo vinho tornava o tema numa conversa de pendor intelectual, onde a estética do gosto e da apresentação eram procuradas. A sua colaboração nos raciocínios sobre o vinho ultrapassava o mero aspeto da imagem e abrangiam o valor e a moda como conceitos que informam a atividade artística. Conhecedor da História Mundial do vinho, era igualmente um conhecedor dos vinhos de Leiria, inclusive para a génese da CVR da Alta-Extremadura." 







Alguns dos muitos trabalhos da autoria de Jorge Estrela para os vinhos "Marques da Cruz".

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Mais fotos em Leiriagenda

2013/10/01

Romance da vida em Leiria em 1916-25

Escrevi em 26 de Setembro de 2013, no "facebook", o que abaixo transcrevo. O feicefuque não me deixa partilhar duma forma direta, neste blogue, ao contrário do que acontece no inverso...
Estarei certo ou errado? Será que eu é que ainda não percebi como o fazer a não com a função do Windows, do copiar/colar?


António AS Nunes
Estou a reler, agora com atenção redobrada, um livro que Marques da Cruz (Zeca) publicou em 1995, "Alta Estremadura - Romance Gastronómico", com Prefácio de José Hermano Saraiva, capa de Jorge Estrela. Já lá vão quase dez anos. Para quem gostar de se inteirar do que era a vida em Leiria, no meio mais burguês e intelectual, dos anos de 1916-25, aconselho vivamente a sua leitura. Neste romance (ficção com base na realidade, arrisco-me eu a dizê-lo) perpassam personalidades, sítios e edifícios de referência de Leiria da época, como José Saraiva (prof. do Liceu de Leiria), Tito Larcher, Acácio de Paiva, Afonso Lopes Vieira, Hernâni Cidade, José de Figueiredo, Horácio da Silva Eliseu, Acácio Leitão, Américo Cortez Pinto, Regimento de Infantaria 7 (com um Batalhão mobilizado para a I Guerra Mundial), Teatro Dona Maria Pia (com o seu fantástico "pano de boca" (mandado pintar expressamente em Milão), Convento de Sant´Anna, Rossio, Júlio Estrela e a sua fama (e proveito) de apreciador da gastronomia, ... e receitas, muitas receitas dos pitéus que se comiam e ainda comem em Leiria... Um regalo! 
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em tempo:
- Realce-se um tema muito candente na altura e que subsiste na atualidade, que era a real localização dos terrenos onde se travou a tão badalada "Batalha de Ourique". É que existe uma terra chamada "Ourique" ali perto das Fontes do rio Lis. E este tema foi muito discutido e alvo de estudos apurados quer de José Saraiva, quer de Tito Larcher. E pôs-se em causa se essa batalha terá sido travada a Sul do Tejo ou, mais precisamente, aqui perto de Leiria... 
Tudo indicia que seria praticamente impossível que ela tivesse ocorrido no Alentejo como consta dos registos oficiais para a História de Portugal. Só que, pelos vistos, tal evidência não tem sido tomada em conta pelos historiadores...
Gosto ·  · Promover · 

2010/04/12

Há mais vida para além do “ShoppingLeiria”!...


Como é meu hábito, leio um ou os dois semanários de Leiria. Que vêm a lume, um à Quinta outro à Sexta-Feira. O último que li foi o “Jornal de Leiria”, que acompanho desde o seu primeiro número,muito franzino, há 25 anos atrás. Nessa altura, a cidade de Leiria ainda não conhecia o vírus dos grandes Centros Comerciais, hoje designados por “Shopping”, que é uma expressão mais à inglesa como parece ser do gosto do Povo e da ânsia do lucro global, que passou a reger implacavelmente as nossas vidas.

Este semanário tem uma paginação muito bem conseguida e, basicamente, divide-se em várias áreas distintas:
Sociedade,Fórum,Educação,Segurança,Política,Opinião(Destacando-se neste particular, Henrique Neto, na sua qualidade de empresário e comentador de política e estratégia económica), Entrevista (nesta semana o entrevistado é Fernando Nobre, candidato a Presidente da República), Economia (Fica-se a saber que o Primeiro Ministro de Portugal, Engº José Sócrates, vai ser o orador principal no próximo Jantar-Conferência, no dia 14 de Abril de 2010, promovido pela Liga de Amigos da Casa-Museu João Soares, Cortes – Leiria, abordando o candente tema “Nova energia, nova economia”), Suplemento Arte e Cultura, “VIVER” que contém um conjunto de informações interessantes e uma rubrica, que esta semana, eu classificaria em primeiríssimo lugar no ranking das abordagens do “Jornal de Leiria”. Trata-se do “Advogado do Diabo”.
Aqui, Jorge Estrela, director da Casa-Museu João Soares, não se cansa e eu apoio-o incondicionalmente, de se referir às implicações em termos ambientais, culturais, paisagísticos e de planeamento urbanístico, que já se estão a constatar, em relação à descaracterização duma cidade como Leiria, em resultado da forma como aqui foi instalado o chamado “LeiriaShopping”.
Bem gostaria (mas não me devo alongar em demasia) de, neste ensejo, reproduzir integralmente o seu texto, muito oportuno e que poderia perfeitamente servir como mote inspirador em debates sérios, empenhados e participados, sobre o que realmente queremos que venha a ser a nossa vida, presente e a dos nossos filhos e netos. O país está a ser inundado de “Shoppings”, “Fóruns”, etc. copiados uns dos outros. De tal forma que, quando entramos nestas áreas comerciais e de lazer, corremos o risco de nos confundirmos e nem sabermos em que cidade estamos naquele preciso momento.Leiria, Lisboa, Porto, Coimbra, Viseu, sei lá que mais!

Ainda assim permito-me transcrever, com a devida vénia do Jornal e do seu autor:
Numa altura em que se constata o esvaziamento do centro histórico, que perdeu um quarto dos habitantes em poucos anos, Leiria é dotada do equipamento que menos lhe interessa, ou seja, um chamariz para os não visitantes, em que a cidade é que paga a factura.
O engenheiro Belmiro de Azevedo erige-se a si próprio como paradigma do sucesso económico exortando o Estado a seguir-lhe o exemplo, ou seja, a fazer aquilo que ele quer, vê-se à custa de quê, da paisagem, das populações, do ambiente e das cidades. A boa economia é aquela em que se levantam rampas e canalizam pessoas para as portas escancaradas por onde vai esvaziando a sua quinquilharia.”

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