2007/04/14
Antigos Combatentes Portugueses
2007/04/13
É assim a Vida!
Vamos hoje, nós os familiares, amigos e colegas de trabalho, acompanhar o Zé Manel à sua última morada.
O Zé Manel tinha 57 anos de idade e trabalhava comigo há 16 anos. Um amigo que dificilmente se vai esquecer. Já se estava à espera deste desfecho...há uns meses. Acompanhámos o definhar inexorável da sua vida, sempre na secreta esperança (que nós sabíamos que também era a dele...) de que pudesse ocorrer um milagre, durante 6 meses... contados quase ao minuto...principalmente pela família.
Nestas alturas a nossa memória como que se aviva. E recordamos! Recordamos muitas passagens das nossas vidas entrelaçadas pelas circunstâncias de cada momento.
Como andámos os dois na tropa, no tempo da Guerra Colonial em Moçambique, fins dos anos 60, tínhamos frequentes conversas sobre o que então passámos, especialmente ele. Parece que o estou a ver a calcorrear com o seu pelotão(**), debaixo de qualquer tempo, sob o olhar felino do adversário (aqueles que nos diziam na recruta e na especialidade, que era o IN(*) ), aqueles trilhos e picadas ao longo do caminho de ferro do Zambeze, a fazer a segurança daquela linha de comunicação e comércio, vital para os objectivos militares dos altos comandos, que ligava a cidade da Beira à Barragem de Cabora Bassa. A sede que, no decorrer das operações militares, lançados à sua sorte durante semanas, no mato, os obrigava a beber água nas piores circunstâncias imaginárias. Bem que levavam uns comprimidos para "tratar" a água mas nós bem sabemos a protecção que essa precaução lhes proporcionava. Os ataques de paludismo que teve de suportar, as mazelas que essa espécie de malária nos deixou no sitema hepático. Digo-o com experiência própria. Não integrei grupos operacionais de combate , mas sofri na pele os efeitos do clima, particularmente o paludismo. E não só eu, também a Zaida(3).
O José Manuel Solipa era um dos que faziam parte de Associações de ex-Combatentes, que têm continuado a luta pela defesa de alguns reconhecimentos do Estado pelas condições difíceis que vivemos em defesa da Pátria Portuguesa, aquela que Camões e Fernando Pessoa tão magistralmente cantaram e louvaram. Mas que também, como nós, os vivos (ainda!...), recriminamos pela falta de solidariedade para com aqueles que deram os anos áureos da sua juventude, quantas vezes a própria vida, em sua defesa!
Que, no mínimo, em honra dessas vidas sacrificadas, se olhe pelas condições de vida dos sobreviventes, uma grande percentagem a sentir problemas de saúde. E que cada vez somos menos, como podemos constatar todos os dias. Nem quero acreditar que seja esse o objectivo ao se adiar, sine-dia, várias questões reivindicadas pelas Associações de Ex-Combatentes.
Muito mais(2) haveria para dizer da vida e do meu relacionamento com o Zé Manel!...
2007/04/12
Cemitério de árvores?
Nos arredores de Leiria. Mais uma urbanização. Estes sobreiros estão cortados, como se tivessem sido guilhotinados.
Qual será a ideia? Será este o primeiro passo para o abate definitivo? Ou será que, como que por milagre, se pretende recuperar este bosque?!...
Desta maneira?!
2007/04/11
Árvores de Leiria - Ulmeiro (2)
Grande plano do pormenor das folhas e flores/frutos do Ulmeiro Pumila existente em Leiria, na Rua D. José Alves Correia da Silva, junto à Prisão Escola de Leiria. Neste local existem, pelos menos, dois ulmeiros desta espécie conforme a primeira foto.
2007/04/09
Protecção das dunas?!
Onde está o exemplo? Gasta-se o dinheiro em campanhas de protecção das dunas e de promoção da Praia do Pedrógão, concelho de Leiria, e o resultado está à vista!...
Será que o dinheiro necessário à manutenção desta zona se esgotou? Terá sido gasto com racionalidade?
Mais comentários para quê?
E esta foto não diz tudo o que de degradante se passa ao longo de toda a marginal do Pedrógão: passadiços destroçados, garrafas de vidro e outro lixo! Como se já não bastasse a deslocação desregrada das areias da zona Sul, deixando à vista, praticamente ao nível do mar na maré baixa, rochas em vez do volumoso areal doutros tempos!...
Efeitos das alterações climáticas? E a mãozinha do Homem?!...
2007/04/08
Estado actual da blogosfera
2007/04/06
Continuando a visita à freguesia de Ribafeita - Viseu
Como se pode ver esta cameleira apresenta-se com uma boa envergadura e a sua idade é proveta, mais de 100 anos, com toda a garantia, segundo opiniões de diversas pessoas antigas nomeadamente o meu pai(na foto) com 83 anos.
2007/04/05
Uma visita à freguesia de Ribafeita - Viseu
Não é por falta de receptáculo que o correio deixa de ser entregue no endereço correcto.
Se bem me lembro era esta a eira onde a minha avó Maria de Jesus (1883-1971) com a ajuda das suas filhas (Dores, Aurelina,Adélia, Cassilda,Encarnação) e homens que se contratavam ou, simplesmente, ajudavam, malhavam as espigas de milho e outros cereais e leguminosas, cevada e feijão, sei lá que mais. Lembro-me vagamente de ter experimentado um mangual (pode ser que ainda faça um desenho dessa ferramenta tal como me recordo, tantos anos passados...).
O que resta dos "espigueiros" de antigamente (activos até aos anos 70, mais coisa menos coisa), que eram os abrigos e secadores das espigas de milho, depois de desfolhadas. Tinham uma estrutura-base em pedra granítica aparelhada e o entaipamento era feito em finas tábuas de pinho que deixavam passar o ar para que as espigas secassem. Daqui seguiam para a eira para serem malhadas e os grãos secarem. Quantas vezes não se tinha que recolher o grão todo para o palheiro ao lado, por causa da chuva!
Em segundo plano pode observar-se um carvalho (carvalha como se dizia, aliás os meus pais têm um pinhal/carvalhal que se chama "carvalha". Quantas vezes é que já não ardeu nos fogos dos últimos anos!)
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Em próximos posts gostaria de vos mostrar outros aspectos desta freguesia da Beira Alta: comecei pelo Casal (terra onde nasci). De seguida iremos à zona da Igreja Paroquial de Ribafeita, com uma vista panorâmica deslumbrante sobre uma extensão enorme do Rio Vouga. Junto ao portão do cemitério, no seu interior, existe uma cameleira(*) digna de ser propagandeada; tem, seguramente, segundo me garante o meu pai, com 83 de idade, mais de 100 anos...sei lá quantos mais não terá?! Seguiremos para "Covelas" - lembram-se das notas anteriores sobre o Dr. Samuel Maia e o seu livro "Mudança d´Ares", ed. de 1916? - a terra da azeitona, a minha mãe, hoje com 82 anos, bem se lembra dos anos em que andou na apanha da azeitona, a calcorrear aqueles caminhos íngremes e pedregosos, sempre com o serpentear agreste do Vouga lá bem no fundo dos montes! Iremos à Lufinha ver a sua capela e o coreto inaugurado há pouco tempo. Passaremos por Gumiei, cuja Escola Primária frequentei, ainda que por poucos meses. Lembro-me bem da cana que o professor Américo tinha sempre à mão! Gumiei é uma aldeia com grandes tradições, muitos vestígios de casas senhoriais, agora votadas praticamente ao abandono! Requer uma reportagem especial em tempo oportuno!
(*) Tenho fotos para mostrar. Redescobri outra acácia, no Casal, nas traseiras do casario do Eirô (meio-do-povo), que terá a mesma idade!?...
2007/04/03
Largo da Sé em Leiria - 1974-2007
Senão veja-se:
2007/04/02
Tempo incerto!
Stop à chuva. Luz verde para o Sol!...
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Esta foto foi tirada, hoje, em Leiria, estava o sinal vermelho duns semáforos a passar para verde. Saquei da máquina fotográfica, ali mesmo ao lado, disparei no preciso momento em que o sinal estava a passar para verde.
Parecia um duelo ao pôr do sol...
Pode ser que haja coincidências...para contrariar os Meteorologistas, que prevêm para amanhã chuva. Tanta chuva este ano e tão pouca que ela foi nos últimos anos!...
É como o dinheiro! Está muito mal distribuída!