2006/06/30

LÍNGUAS e CULTURAS CLÁSSICAS

Frequentar disciplinas de línguas e culturas clássicas é um acto de cidadania”(1)

Saul António Gomes(*) é professor na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Uma boa parte do seu trabalho de investigação tem-no dedicado a estudar a região de Leiria, designadamente Alcobaça, Batalha, Caldas da Rainha, Leiria, Ourém e Porto de Mós. As suas obras já publicadas sobre estas zonas geográficas atestam em pleno, do seu gosto pessoal e do manifesto interesse em responder à falta de informação sobre esta interessante região.
Aos 43 anos foi distinguido, pela segunda vez, com o “Prémio Calouste Gulbenkian de História regional e Local 2006” pela Academia Portuguesa de História como resultado do seu livro “Porto de Mós – Colectânea documental e histórica – séculos XII a XIV” que lhe ocupou 20 anos de investigação.
O livro “Introdução à história do Castelo de Leiria”, edição da Câmara Municipal de Leiria, que já vai na 2ª edição (2), proporcionou-lhe o primeiro galardão atribuído por aquela Academia.
(1) Ver post anterior (Petição pública)
(2) Capa do livro e outras indicações.
---

(*)O Prof. Dr. Saul António Gomes é natural de Leiria, foi professor da minha filha na Universidade de Coimbra (hoje é professora de História da Arte) e deu-me a honra de escrever o posfácio do meu livro "Caminhos Entrelaçados - na freguesia da Barreira-Leiria", ed. da Junta de freguesia, 2005.

---
asn

CÁ VAMOS ANDANDO...

Quero deixar aqui expresso o meu agradecimento sincero a todos quantos me têm deixado notas no meu e-mail - muitas aproveitadas como dicas preciosas - e comentários, directamente neste blog.
Como já se devem ter apercebido este blog funciona, essencialmente, como um recanto, uma passagem dispersa, sem rumo definido, um meio de auto-defesa através da dispersão dos temas, divagando por aqui e por ali...
Quanto mais não seja, o blog tem esta particularidade excepcional: põe-nos a pensar, a racionalizar os nossos pensamentos, a tentar dar um contributo (pequenino muitas vezes, mas de considerar...) ao Mundo.
E a registá-los, a torná-los públicos, porque não?
Não será esta, uma forma ideal arrisco-me a classificá-la, de ficarmos a conhecer melhor a nossa própria espécie, como seres da Natureza?

---
asn

2006/06/27

Miguel Torga na minha rua


O que estão a observar é uma poesia de Miguel Torga, que está impressa na vidraça duma porta duma das minhas ruas: a Rua da Vitória, em Leiria.
Ideia original sem dúvida. De qualquer modo não são muitas as pessoas que param para ler esta poesia, comovente e infinitamente bucólica, dum dos maiores poetas portugueses contemporâneos.
Depois de publicar uma quantidade infinda de obras literárias, de receber prémios e homenagens sem conta, o poeta morre em 17 de Janeiro de 1995, em Coimbra. É sepultado na campa da família do cemitério de São Martinho de Anta, junto à qual é plantada uma torga(*).
A sua obra "Diário" foi escrita em 16 volumes sendo que o 16º foi o 55º e último livro que publicou.
_________
(*)De seu nome completo Adolfo Correia da Rocha, adoptou o pseudónimo de Miguel Torga porque "eu sou quem sou. Torga é uma planta transmontana, urze campestre, cor de vinho, com as raízes muito agarradas e duras, metidas entre as rochas. Assim como eu sou duro e tenho raizes em rochas duras, rígidas, Miguel Torga é um nome ibérico, característico da nossa península"...
---
asn

O Homem e a ENXADA...apesar da Bola


O homem com a enxada
Jean François Millet (1814-1875)

Este quadro sugeriu o famoso poema de Edwin Markham, de inspiração social, como narra Bárbara Tuchman, no seu livro "A Torre do Orgulho".
---
asn

2006/06/25

NO CALOR DA EMOÇÃO!!!!!!!!!!!!!!


Pode-se dizer cobras e lagartos contra o Futebol! Por vezes à sombra do Futebol movem-se as maiores traficâncias que se possam imaginar!
Mas, se isto não é EMOÇÃO a rodos, mesmo com alguns jogadores sem o mínimo de "fair-play" e árbitros sem categoria, então onde é que podemos encontrar estas emoções nacionalistas tão fortes?
Por agora é assim que me apetece "postar" no meu blog! Depois se verá!
Ouvem-se foguetes! A alegria é muita, entre os Portugueses, claro está!

---
asn

DIA da INDEPENDÊNCIA de MOÇAMBIQUE

Como ia dizendo…
Estávamos em 13 de Junho de 1969. O avião da TAP levantava voo do Aeroporto de Lisboa. Eu ia lá dentro meio entontecido pelo momento de múltiplas emoções que me assaltavam o espírito. Esperavam-me 15 horas de voo, mudança do Hemisfério Norte para o Sul, Moçambique como destino.
Não conseguia pregar olho. Observava o firmamento e a mudança do seu sistema de constelações e os relâmpagos das trovoadas tropicais lá mais em baixo.
Espectáculo inolvidável: ver o nascer do Sol sobre o Deserto do Saara.
Nove horas da manhã. Aeroporto de Luanda de cujas instalações não chego a sair. Atravessar toda a África de Oeste para Este rumo à Beira-Moçambique. Daqui mais 2.000 Km até Lourenço-Marques (actual Maputo) em avião a hélices da “Air Malawi”, bem me lembro. Estive um mês em LM, entretanto a Zaida também se tinha metido a caminho e lá estávamos os dois, recém-casados, convencidos que o meu serviço seria naquela cidade.
Nada disso. Fui novamente mobilizado, dum dia para o outro, para seguir para Nampula, onde, entretanto, estava a ser instalado o Quartel General da RMM. Eu fazia parte dum grupo de 24 oficiais milicianos do SAM (Serviço de Administração Militar) que tínhamos tirado um curso de especialidade na EPAM, ao Lumiar em Lisboa.
A Inês acabou por nascer no Hospital de Nampula, em 1 de Setembro de 1969. Já na época, um Hospital moderno, com médicos de todas as especialidades, à base de oficiais milicianos (normalmente com a patente de capitão), serviço de primeira categoria. Quem nos dera que todos os Hospitais Portugueses funcionassem como aquele.
Nampula era uma cidade bonita, profusamente plantada com acácias vermelhas e algumas avenidas de duas vias e quatro faixas de rodagem. Com autorização especial do Comandante-Chefe da Região Militar leccionei disciplinas ligadas à Área Administrativa e Comercial na Escola Industrial e Comercial daquela cidade, desempenhando, ao mesmo tempo, as minhas funções militares de Chefe de Contabilidade do Conselho Administrativo duma Unidade Militar de Engenharia.
Tantas pequenas/grandes estórias que teria para contar, incluindo o acidente de automóvel (andávamos com carros que passavam de mão em mão e era só meter gasolina a menos de 3 escudos o litro) que me levou, inconsciente, para o Hospital Militar (era outro, também bem equipado). Quando saí do coma, umas 18 horas depois do acidente, tive oportunidade de me aperceber do ambiente infernal que se vivia no interior duma unidade de cuidados intensivos dos feridos em combate. Simplesmente horripilante e, para cúmulo, estávamos no auge da célebre operação militar “Nó Górdio” sob a orientação do General Kaúlza de Arriaga que, supostamente, reduziria drasticamente as acções da guerrilha. Nada disso aconteceu, como se sabe, e era de considerar já na altura do próprio planeamento da operação.
--
Tive ocasião de conhecer a Ilha de Moçambique, passei lá 8 dias de férias. Por acaso, até tivémos problemas no regresso, porque choveu bastante, contrariamente ao que era habitual naquela área. Passavam-se anos em que não caia pinga de água.
As fotografias que se seguem são desse período, tiradas com uma "Kodak Retina S1":

Vista da praia junto à fortaleza da Ilha (do lado direito da foto). Um barco à vela aproximava-se. Estes barcos faziam a travessia desde as terras do continente Moçambicano e a Ilha. Os passageiros, pelo menos os de maior prestígio social, eram transportados em cadeira de braços humanos até terra firme e enxuta.

Em 24 de Maio de 1970. Preparativos para uma festa popular. Ao fundo o Índico. A ponte que ligava a Ilha ao continente ficava do lado direito da foto.

Aqui conviviam com facilidade várias religiões: cristã católica, ortodoxos e muçulmanos (estes em maioria).

(Aqui serão colocadas mais fotos)...

---
asn

2006/06/23

SÃO JOÃO


Aspecto parcial do quadro de Filiger, São João Baptista, exposto no Museu de Turim (Torino-Itália).
.
"4 João trazia um traje de pêlos de camelo e um cinto de couro à volta da cintura; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. 5 Iam ter com ele os de Jerusalém, os de toda a Judeia e os da região do Jordão, 6e eram por ele baptizados no Jordão, confessando os seus pecados."
Evangelho segundo São Mateus, cap 3, 4-5-6

---
asn

___________________________________________
S. João do Porto
És no Porto, S. João
O Santo mais popular.
Há manjericos cheirosos
E lindos balões no ar.
.
Martelinhos, alhos porros.
Já são velha tradição
P´ra bater nas cabecinhas
Na noite de S. João.
.
E o cheirinho a sardinha
Sem nada, com broa ou pão,
São a melhor companhia
Na noite de S. João.
.
Zamala
(Estas quadras trazem-me à memória recordações, reportadas aos anos 60 do séc. passado, dos meus tempos de estudante, na folia da Noite de S. João, alhos porros e martelinhos, caminhadas a pé no meio da multidão, Torre dos Clérigos-Fontainhas e volta, várias vezes. Barraquinhas de comes e bebes por todo o lado, sardinha assada, broa e vinho tinto. Bailaricos, ali para os lados das Fontainhas, até às tantas. Em fundo, a preocupação dos exames finais no Instituto, ali mesmo à beirinha...)

2006/06/22

INQUIETANTE INQUIETAÇÃO!


.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Acabei de colocar o poema abaixo, no fórum da CTOC.
Então não é que me responderam uma quantidade de TOC´s em verso?
E dizem que os Técnicos Oficiais de Contas só pensam em números!
Dêm-lhes asas à imaginação, dêm, e vão ver!
Há lá gente muito decidida e com veia poética.
Uma coisa não invalida a outra!
Vivam os TOC´s que não se deixam amortalhar pelos números!
Há vida cá fora da concha do escritório!
...
Olha quem fala!
___________
Visitado por 63 TOC
Respondido por 5 TOC
Autor: asnunes
2006-06-22
Assunto: Inquietante esta inquietação
----
Inquietação

Tempos incertos
Inquietos
Irrequietos

Serão de mudança?
Que mudança?
Em que sentido?

Há inquietação
Em mim
No País e no Mundo?

Inquietante esta inquietação
Irritante esta vida de TOC
Esta profissão desconjuntada
Desanimada...
Maltratada...

Onde está a origem
Desta vertigem?

Sou eu?

Não é ninguém?

?

...
----------------------------------------

2006/06/21

CATAPULTAR ESTE ENTUSIASMO!...por PORTUGAL


Aqui Trabalha-se em prol da empresa, Luta-se pela vida e Morre-se de entusiasmo pelo futebol da nossa selecção do Mundial da Alemanha.
Que querem, tudo isto é Vida!
Tudo isto é o nosso Fadário?!...
___
Entretanto...

Decorrido o jogo Portugal-2 México-1 as mulheres da empresa em referência, fizeram questão em posar para a posteridade, equipadas a condizer com o momento.

Dias não são dias...

Levou-se uma televisão a cores (o sinal estava um bocado intermitente mas lá deu para manter o pessoal a par dos acontecimentos).



No final é que se tiraram estas últimas fotos, já na fase de "descompressão".
Cada coisa a seu tempo. Filosofia pura, científicamente correcta, em ambiente de biblioteca, de sala de estudo. "Filosofia de vida mundana e futeboleira" nestas ocasiões.
E viva Portugal! Ora digam-me lá se estes momentos de entusiasmo não poderão ser catapultados para estimular as pessoas a enfrentar os problemas que têm plena consciência que têm pela frente, até porque os sentem na pele, no seu dia a dia?...

..

..

.

..

l

l

l

O Pedro também não quis ficar de fora da equipa:


---
asn

2006/06/20

NEM 8 NEM 80, JPP

o Dr JPP no seu blog tem vindo a mimosear os amantes do futebol com tudo o que encontra a jeito para manifestar a sua antipatia para com este jogo.
É certo que o Futebol está a constituir-se em muito mais que um jogo, no qual participam duas equipas, com 11 jogadores de cada lado, uma bola e uma equipa de arbitragem (3 elementos dotados de autoridade para decidir dos lances que violem as regras do jogo). Às vezes também tem grandes assistências e pratica-se em estádios que custaram fortunas!
Também não concordo com o exagero e extremos a que se chega, em muitos casos. Incluindo a exorbitância de certas cotações financeiras de alguns jogadores!
Mas não posso aceitar que alguém, mesmo JPP no seu blog, venha a terreiro para defender a sua posição anti-futebol e passar rasteiras umas atrás das outras aos seus simpatizantes.
É de mais JPP! Já estou farto dos seu mimos. Não se pode acalmar por uns tempos?...
Deixe-nos viver este momento! Sabe bem que a vida é feita de momentos! Deixe-nos viver esta expectativa, nós os que gostamos da bola, não estamos tão mal da bola, como isso, JPP. Não podemos ser todos filósofos da mesma maneira, não concorda?
E se nos apetecer "filosofar" um bocado com esta sensação de expectativa que estamos a viver?
Qual é o mal?
Francamente, aquela selecção de filósofos que apresentou, há dias, no seu blog, é uma selecção que não tem nada a ver com o Futebol. É um gozo "foleiro" deixe-me que lhe diga. E repare que o feitiço até se vira contra o feiticeiro. Tratar daquela maneira alguns dos maiores filósofos da História em geral e da Alemanha e da Grécia, em particular?!
E se nós, os que conseguem emocionar-se, de vez em quando, com o Futebol de alta competição, particularmente com os jogos da nossa selecção e até com os do Brasil e até com os de Angola, desatássemos a boicotar as suas prelecções e lições de sapiência na televisão, as suas congeminações no "Público", deixássemos de votar para que possa andar pela Europa e pelo resto do Mundo a representar-nos (acredito que dignamente), o snr. achava graça?

Acredito que não aprecie estas "bocas" dum vulgar cidadão! Mas não vale a pena zangarmo-nos, não acha, Dr JPP?

Deixe-nos em paz e na ilusão de alguns momentos, já que a maioria dos políticos não se cansam de nos fazer o mesmo: "iludir-nos"!
---
asn