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“Eça de Queirós
De Julho a Setembro de 1870, em colaboração com Ramalho Ortigão, escreve o "Mistério da Estrada de Sintra", que publica em folhetins no "Diário de Noticias".”
Por vezes, ao fazer o percurso diário obrigatório, dos Lourais para Leiria (Largo da Sé), em vez de seguir o habitual itinerário, que me leva a subir até ao Telheiro e lá vou eu, via Cruz da Areia, Largo da República, entrar na Estrada da Marinha Grande (Rua dos Mártires) cortar à direita no caminho para o Castelo de Leiria, em vez de subir, cortar para a direita e descer até ao Largo da Sé; faço a variante de descer, seguir pela Estrada das Cortes até ao centro de Leiria.
Foi o que me aconteceu hoje.
Na zona da Quinta de Vale de Lobos (na Guimarota) de há muito que lá está uma rua, que acaba por ser um beco sem saída, a não ser que se tenha o privilégio de seguir de jipe, que não é o meu caso, nem para tal estou disposto a endividar-me. Durante muito tempo pensava eu que era a entrada da Quinta ou duma parte da quinta e que até seria um caminho privado. Mas não.
Hoje, lembrei-me de lá dar uma olhadela para observar os carvalhos que existem naquela zona e se por lá havia algum Quercus robur. Espanto meu. À entrada tinha sido colocada uma placa toponímica que diz tratar-se da Rua Ramalho Ortigão. Fiquei logo no ar para telefonar para a Junta de freguesia de Leiria para me darem mais elementos da razão daquele topónimo. Em vão. Que andavam em mudanças e tinham toda a papelada encaixotada. Entretanto, a senhora que me atendeu foi adiantando que julgava que foram os moradores (dois ou três, conforme já pude comprovar) que sugeriram esse nome. Telefonei para a Câmara Municipal. Como era dia de meia-ponte, o Snr. Engº não sei quantos não estava, a senhora da secção de toponímia idem, a das actas da Câmara não podia ajudar. Não queria ser ofensivo nem é essa a minha intenção, mas, que diabo, não seria melhor terem fechado a Câmara fazendo a ponte toda?
Cá me hei-de desenrrascar.
A rua é de terra batida. E há lá o Quercus robur, confirmei. Mesmo na berma em declive sobre a rua de terra batida, cheia de regos das fortes correntes de água que por lá passam quando chove forte.
Aqui deixo a reportagem fotográfica, a complementar este escrito, mesmo em cima do joelho.
Aqui está um Quercus Robur, antigo e com rebentos novos. Também encontrei, mesmo na valeta da rua/rego de água, alguns Robur a nascerem das próprias bolotas. Claro que aproveitei para trazer um e algumas bolotas. Sou capaz de fazer uma pequena maternidade destes carvalhos no próximo Outono.