2010/02/13

13 de FEVEREIRO - UMA DATA MEMORÁVEL


a)


«O homem não nasceu para trabalhar,
nasceu para criar.»
.
«Se fosse possível explicar-te tudo
não precisarias de perceber nada.»
.
«Deus não se afirma nem se nega:
Deus É, mesmo quando não é, uma plena manifestação
da sua suprema liberdade.»





O dia tem estado lindo, luminoso, um Sol de Inverno frio, muito frio...

Mas este dia é, efectivamente, muito importante. Para começar porque foi num dia 13 de Fevereiro do já longínquo ano de 1906 que nasceu um grande pensador, filósofo como não podia deixar de ser. Mas, antes de mais, um grande pensador e um excepcional conversador, talvez o maior de todos os tempos.
Agostinho da Silva (13 de Fevereiro de 1906 a 3 de Abril de 1994).


Parece que o estou a ouvir, na RTP, a falar das coisas da vida, sob todos os ângulos, com uma simplicidade, fluidez de raciocínio e desmistificação dos grandes enredos científicos da filosofia, que até parecia que a vida era simples de se viver. E seria, e não fosse o Homem a complicar tudo. A seguir por vias sinuosas quando tem o caminho da simplicidade e do desprendimento do supérfluo mesmo à sua frente.


Enfim, somos complicados de mais e pensamos pouco, antes de actuar. De modo que passamos a nossa vida a tentar emendar as asneiras que fazemos no imediato do dia a dia.

Porque me ocorreu, muito simplesmente, aqui estou a registar esta entrada neste meu blogue, o meu caderno de notas, sobre este dia 13 de Fevereiro, por sinal o do ano de 2010.


Quais os factos que me mais me marcaram neste dia para, todo o  sempre?  E então não é, que, precisamente num dia 13 de Fevereiro mas do ano de 1947, também nasceu mais um ser humano, que já está a dar a sua 63ª volta ao Sol e que dá pelo nome de António, este que se escreve agora? E que nasceu numa aldeia perto de Viseu? 

Questão de somenos, dirão. Eu também sou tentado a dizê-lo, mas, bem vistas as coisas, somos todos muito importantes. Muito mesmo. Todos sem excepção.

In Wikipedia:
Nasceram neste dia...
Morreram neste dia...
Várias outras anotações aqui poderia deixar relativamente a este dia. Uma delas poderia ser, sendo eu católico, a referência a santos devotados neste dia:
Santo Martiniano, monge eremita, Atenas, Grécia, 422
Martiniano era um monge eremita, mas acabou se tornando um andarilho para que o pecado nunca o achasse "em endereço fixo". Martiniano era natural da Cesaréia, na Palestina, nasceu no século quatro.
Santa Catarina de Ricci, religiosa, +1590
Pertencia à nobre família Ricci, da cidade de Florença, no centro da Itália, onde nasceu em 1522.
Santo Gregório II, Papa de 715 a 731, Gregório nasceu no ano de 669. Pertencia a uma família cristã da nobreza romana, o pai era senador e a mãe uma nobre, que se dedicava à caridade. Ele teve uma educação esmerada junto à cúria de Roma. Muito culto, era respeitado pelo clero Ocidental e Oriental. Além da conduta reta, sabia unir sua fé inabalável com as aptidões inatas de administrador e diplomata. Tanto que, o papa Constantino I pediu que ele o acompanhasse à capital Constantinopla, para tentar resolver junto ao imperador do Oriente, Leão II, que se tornara iconoclasta, a grave questão das imagens. Escolhido para o pontificado em 19 de maio de 715, Gregório II governou a Igreja durante dezasseis anos.


Posted by Picasa


2010/02/12

Buraco da Fechadura

Buraco da Fechadura      

O Cartoonista "ZéOliveira, que faz o favor de ser meu amigo, já há muito que é o autor desta expressão, até pelo nome do seu blogue. Portanto, aqui fica a referência aos devidos direitos de autor. Nem sei mesmo se o Engº Sócrates não deveria ser chamado à pedra para responder perante mais este "abuso"! eheh.

                                               (introdução ao post a seguir)

Portugal visto pelo "buraco da fechadura"


Tanto alarido! Tanta balbúrdia!

Afinal, que país é este em que vivemos?

Neste momento que Portugal atravessa, toda a estrutura política e administrativa da Nação, está a ser posta permanentemente em causa!

Os ataques feitos nos Media ao Governo e à Justiça, sucessivamente e duma forma demolidora, estão a pôr à prova a capacidade de resistência psicológica dos protagonistas imediatos, mas também da população em geral.

Em quem acreditar?
Afinal, o que é que se passa neste país?

Pelo que me arrisco a depreender, das duas uma: ou temos um Primeiro Ministro que tem andado a trilhar caminhos obscuros e que, portanto, deveria ser investigado com todo o rigor; ou então estamos face a uma campanha orquestrada com meios poderosos e que visam, pura e simplesmente, aproveitar a conjuntura económica, política e social desfavorável, para derrubar o actual Governo e abrir caminho à propalada mudança. Que mudança?!

A verdade é que já há fumo demais!
Acabe-se com esta intrincada telenovela, antes que acabemos por esticar o pernil, intoxicados!...
Posted by Picasa

2010/02/10

ADEUS, LILI...


Nem de propósito.
Na véspera da morte
da Lili,
companheira de muito tempo,
floresce esta bela camélia
de seu nome D. Herzília de Magalhães,
no mesmo jardim em que
a nossa amiga balsâmea
Jaz enfim...
Lágrimas nossas...


Adeus Lili...

Um mês antes...
ainda a nossa gata
gozava
no seu deambular
pelo telhado
pelo relvado
pelo jardim
...


Aqui ficará para sempre
a sua presença
o seu miar feliz
Tudo o que nasce
é para morrer
Porque terá de ser assim?


Porque sim...
Posted by Picasa

2010/02/07

Leiria e as crises cíclicas

Os tempos que correm são de grande perturbação social como consequência da persistente crise económica e financeira em que o Mundo mergulhou desde 2008, particularmente.
No que ao nosso país diz respeito, vivem-se momentos de grande incerteza no Futuro de Portugal. O Partido Socialista, após 4 anos de Governo apoiado numa maioria absoluta, não conseguiu, nas Eleições de 2009, mais que uma maioria relativa no Parlamento.
A Dívida pública e o Deficit Orçamental estão a obrigar a que se tomem medidas cada vez mais drásticas e anti-populares.
Quando se imporia que os políticos unissem esforços no sentido da desejada e imprescindível recuperação da Economia e das Finanças Portuguesas, eis que, diariamente, somos confrontados com informações contraditórias que geram mais e mais confusão e uma grande balbúrdia.
E nós, “O Zé”, repetindo-se a história de todas as épocas, cá vamos continuando a ser o bombo da festa.
___

Dá-se, entretanto, o caso de que, em Leiria, teve lugar no passado dia 30, sob os auspícios da ODA, Associação defensora do Centro Histórico de Leiria e da Junta de Freguesia desta cidade, um debate seguido da abertura duma exposição sob o tema “comércio tradicional no centro histórico de Leiria – início do séc. XX ao início do séc. XXI”. Esta exposição foi apresentada por Fernando Rodrigues, coleccionador Leiriense essencialmente dedicado às questões relacionadas com as actividades económicas de Leiria.
Foi assim que tive acesso à carta abaixo reproduzida (1) .

Nesta sequência, procedi a uma investigação tendo em vista relacionar o tom melodramático deste texto de 1924 com a situação política, económica e social que se viveria nessa época em Portugal. Estávamos em plena agonia da I República e o debate que a desgastou até ao extremo, foi - pasme-se – entre os defensores do regime de monopólio (2) ou de livre iniciativa no que respeita ao exercício da indústria tabaqueira. Já nessa altura, as forças políticas propagandeavam como bandeiras de actuação: reforma fiscal, programa de fomento, autonomia administrativa e financeira das Ilhas Atlânticas, equilíbrio de classes, desenvolvimento da província (3).

Consultando o livro “100 Anos – 1902-2002” editado pela “ACILIS – Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós” pode ler-se uma justificação para o conteúdo e estilo da carta a que se está a referir:
Em Novembro de 1923, encontrámos um veemente protesto dos comerciantes. A Voz do Povo refere que já há algum tempo se notava que companhias industriais, sobretudo de 
Lisboa, adoptavam oprocesso irritante e vexatório de exigirem o pagamento dos produtos das suas fábricas no momento que o comércio da província” fazia as suas requisições. Como tal, a mercadoria era entregue um ou dois meses depois de paga.
A notícia dizia que “aqueles senhores nababos para quem o comércio da província é apenas um farrapo” tinham por isso, sempre milhares de contos e podiam ter lucros fantásticos, empregando-os.”

.(clic na imagem para ampliar)
(1) Com autorização do dono do documento original
(2) Tema insistentemente abordado no decorrer do IV Congresso Nacionalista de Março de 1926.
(3) Província entendida como as regiões geograficamente afastadas de Lisboa.

Posted by Picasa

2010/02/03

"Não me lamentes."... - ROSA LOBATO DE FARIA


Morreu Rosa Lobato de Faria!
A notícia atingiu-me profundamente!
Não queria acreditar! E comoveu-me.
Há muito que me habituara a admirar esta grande Senhora. Primeiro como actriz de televisão e cinema. Depois como escritora e poetisa.
O primeiro livro que li de Rosa Lobato de Faria, já lá vão onze anos, foi o “Prenúncio das Águas”. E não mais parei.
Cada livro, pelo seu conteúdo, pela sua escrita, tinha o condão de me “prender” durante horas que me pareciam minutos.
Cada obra sua é verdadeira obra-prima!
Rosa Lobato de Faria nasceu a 20 de Abril de 1932. Poeta, romancista, actriz, guionista, letrista, a sua actividade dividiu-se pelas mais diferentes áreas.
Quem não se lembra, por exemplo, do Festival da Canção de 1994, de Sara Tavares e da canção “Chamar a Música”?
Com o “Prenúncio das Águas”, Rosa Lobato de Faria recebeu, em 2000, o “Prémio Máxima de Literatura”.
A sua vasta obra encontra-se traduzida em França, Alemanha e Espanha.


Morreu Rosa Lobato de Faria!
Mas por aquilo que escreveu e como o escreveu, Rosa Lobato de Faria continuará sempre, bem viva, entre nós.


2 de Fevereiro de 2010
Zaida Paiva Nunes
-

SE EU MORRER DE MANHÃ

Se eu morrer de manhã
abre a janela devagar
e olha com rigor o dia que não tenho.

Não me lamentes. Eu não me entristeço:
ter tido a morte é mais do que mereço
se nem conheço a noite de que venho.

Deixa entrar pela casa um pouco de ar
e um pedaço de céu
- o único que sei.

Talvez um pássaro me estenda a asa
que não saber voar
foi sempre a minha lei.

Não busques o meu hálito no espelho.
Não chames o meu nome que eu não venho
e do mistério nada te direi.

Diz que não estou se alguém bater à porta.
Deixa que eu faça o meu papel de morta
pois não estar é da morte quanto sei.

Rosa Lobato de Faria
-
Ver transcriçao deste post em 
http://aviagemdosargonautas.blogs.sapo.pt/391000.html

Posted by Picasa

2010/02/02

REPÚBLICA: a luta pelas Bandeiras




A escolha da Bandeira para simbolizar a Unidade Nacional em torno do ideário Republicano do 5 de Outubro de 1910 assumiu contornos bastante controversos em que intervieram personalidades do mais alto gabarito e que, mesmo assim, não se resumiu a uma questão meramente académica ou literária.
Nesta querela envolveram-se poetas como Guerra Junqueiro, Afonso Lopes Vieira, Bernardo de Passos, Alexandre Fontes e outros ilustres homens de letras, professores universitários, ideólogos e jornalistas com arreganhos de polémicas furiosas (Bruno, Lopes de Mendonça, Abel Botelho, Teófilo Braga, etc.), políticos (Machado Santos) e artistas apolíticos como Columbano.
A polémica que mais se popularizou foi a que se travou entre Junqueiro, em defesa das cores azul e branca e Teófilo a favor do conjunto verde-rubro.

Esta questão que, aparentemente, se poderia apresentar como uma simples guerra do alecrim e da manjerona, acabou por se enredar em infinitas argumentações, tendo prevalecido a ideia mítico-simbólica do verde-rubro, de conformidade com a deliberação da comissão oficial da nova bandeira da República Portuguesa composta por cinco vogais. O relatório desta deliberação foi confiado ao general Abel Acácio, também conhecido por Abel Botelho.
Este relatório é merecedor duma leitura atenta já que é neste documento que se justificam as razões da escolha do bicromatismo verde-rubro e se faz o apelo para uma interpretação ideológica e psicológica da Bandeira que viria a ficar até ao presente como o símbolo de Portugal como Nação Republicana. Neste relatório ficaram registadas as justificações das escolhas dos símbolos que compõem toda a bandeira. Foi aprovado por unanimidade em reunião de 15 de Novembro de 1910.

Em muitas ocasiões mais controversas levantou-se a pertinente questão de se não ter feito um plebiscito popular para se escolher a Bandeira da República Portuguesa.

Este ano de 2010 decorrem as comemorações do Centenário da República, durante as quais se vão gastar 50 milhões de Euros. Dado o actual estado precário das contas Públicas do Estado Português não se devia ter optado por um programa comemorativo menos dispendioso? Penso que sim. Até porque é dos parcos haveres de cada Português que sai a colecta para fazer face a estas comemorações que a todos nós dizem directamente respeito...

Apesar de tudo, VIVA A REPÚBLICA!

-

Para mais e mais profundos estudos sobre este tema pode ler-se o Vol. X da "História de Portugal - Dos tempos Pré-Históricos aos nossos dias", Coordenação de João Medina, ediclube, págs. 164 e outras.

Posted by Picasa

2010/01/30

Portugal - Que Futuro?


Já não sei que vos diga ou que vos conte!
Cortes indiscrimados! No OE? Nas árvores? No discernimento?!...
Posted by Picasa

2010/01/28

Orçamento do Estado e Poder

Passei pelo MSN, aliás, está na minha página inicial do meu browser "Google Chrome" e deparei com esta questão, a título de inquérito.




Que evento vai marcar 2010?



Respondi instintivamente, como se estivesse na pele da maioria das pessoas que, provavelmente, respondem a este tipo de inquéritos.


Como devem saber, após se responder ao inquérito, dão-nos, como retorno, a posição percentual da importância que os questionados atribuem a cada questão. Ei-la, no caso concreto da pergunta acima:


O Casamento entre pessoas do mesmo sexo (Jan’10) 20%
O debate do Orçamento de Estado (Fev’10) 5%
A visita do Papa a Portugal (Mai’10)
23%
O Rock in Rio 2010 (Mai’10)
7% 

O Mundial 2010 (Mai-Jun’10) 34%
O centenário da República (Out’10) 5%
A Campanha para as Presidenciais (Dez’10)
6%



7618 respostas, sem valor científico, resultados actualizados ao minuto. (12h50 de 28/12/2010)


Ou seja, a maioria significativa das pessoas que responderam a este inquérito, estão predispostas a darem a sua atenção máxima, ao que se vai passar relativamente ao "Mundial 2010" de Futebol, deixando para último plano das suas preocupações, o tema que deveria ser de importância extrema para as suas vidas, ou seja o Debate do Orçamento de Estado para 2010!


Se bem que também é verdade que pouco resultado prático teria o manifesto da nossa preocupação na busca das melhores soluções para um equitativo OE!
Com o dinheiro a ser gerido sempre no intuito de favorecer os mesmos, os mais privilegiados, os que estão na roda do Poder, e o princípio de que Cidadãos de Primeira somos todos nós, a ser constantemente menosprezado, para não dizer desprezado!...

Posted by Picasa

2010/01/26

As i am


(se quiser ouvir o som, desligue a playlist da barra lateral)
As discussões à volta do Orçamento do Estado trazem-me de cabeça à nora. 
Não há dinheiro nos cofres do Estado? Pois como é que pode haver? Diz-se que o dinheiro que a Madeira reclama que é uma gota de água, que as mordomias dos políticos que passam à "reserva" da Nação, Ministros e por aí abaixo, idem aspas, que há que dar mais subsídios para tudo e mais alguma coisa, etc etc.
Nós somos assim! 
Podemos continuar assim?!...