2010/04/09

As Primaveras...

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Para os meus três netos nesta Primavera das suas vidas em Primavera:
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A Mafalda
O Guilherme
A Carolina
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Pilriteiro a começar a florir
As primeiras folhas de um Acer pseudo plátanus (Padreiro)
O rebento duma folha de um Padreiro
Malmequeres 
Uma Papoila


(Na encosta em redor do Castelo de Leiria)

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2010/04/08

Acácio Leitão - Biografia


A Junta de Freguesia de Leiria assumiu no seu Plano de Actividades para 2010 a realização de uma actividade em homenagem a escritores e artistas, particularmente os que possam estar ligados a esta bela cidade do Lis. Em 2010 está programado o Poeta Leiriense Acácio de Paiva. Em recente reunião preparatória deste evento estive presente e fiquei a fazer parte do respectivo grupo de trabalho.

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Por um dos muitos acasos da vida chegou-me às mãos, por oferta, uma publicação de 1931 dum outro poeta, também nascido em Leiria, na mesma época: Acácio Leitão. Que eu mal conhecia, a não ser porque em Leiria existe uma rua com o seu nome e, também, pelas suas ligações e algumas afinidades literárias com outros escritores como Acácio de Paiva e até Afonso Lopes Vieira.

Trata-se duma pequena brochura que, como o seu próprio autor escreve, contém em letra de forma as “palavras que foram ditas no Teatro Nacional Almeida Garrett, em Lisboa, no “Serão” de 11 de Maio de 1931.”
Virá a propósito deixar aqui, agora, uma anotação nesta grande base de dados, que é a Internet, sobre a biografia de mais um dos personagens ilustres de Leiria.

ACÁCIO Teixeira LEITÃO – Advogado e escritor, nasceu em Leiria a 20 de Setembro de 1894 tendo morrido em Lisboa a 8 do mesmo mês de Setembro de 1945. Cursou o Liceu da sua terra natal, após o que atingiu o bacharelato em Direito na Universidade de Coimbra. Exerceu advocacia em Leiria e aqui acabou por ser Juiz do Tribunal de Trabalho. Também passou pelas Secretarias Judiciais das comarcas de Vimioso e de Alcobaça. Dispersou a sua obra por jornais de Coimbra, Leiria e Porto, tendo também colaborado na revista “Presença”.
Para além da Conferência cuja capa se reproduz acima escreveu vários outros trabalhos (*), dos quais se pode destacar, pela singularidade de se referir à Beira-Alta, na qual estão as minhas origens: “Canções das Sete Províncias” (Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria, registo nº 46706 de 25/3/1998):
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Beira, saltitando montes
como cabrito montês…
descendo a beber nas fontes,
voltando ao alto outra vez.

Serra agreste e vale mimoso…
Passam rios, entre verduras…
Povo alegre e ardoroso,
pronto às fortes aventuras.

E da mais alta das serras
no seu tutelar mandato,
paira sobre Portugal
a sombra de Viriato…
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(*) Ver "Dicionário dos Autores do Distrito de Leiria" - Ed. magno, leiria 2004

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2010/04/05

Leiria, hoje...Finalmente, LUZ!...

(clic para melhor observar este belo recanto de Leiria)

Leiria, Jardim Luís de Camões, hoje, de manhã. Finalmente, o Sol... a brilhar. As árvores e as aves a espreitarem, desconfiadas!...
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Também não me esqueço que hoje é dia de Futebol, mais um jogo decisivo para o Benfica ganhar o campeonato (assim se dizia noutros tempos, agora diz que é "Liga").
E também como há quem tenha "mau perder" - apesar de ainda não termos chegado ao fim da Liga - tenta-se justificar uma certa diferença pontual, já significativa, temos que o admitir - que diabo - com histórias que metem túneis, uns sopapos, castigos da Liga que são neutralizados por outros da Federação...enfim, uma trapalhada!...
O Zé Paiva é que não deixa os créditos como cartoonista e caricaturista por mãos alheias e...vai daí...repare-se no boneco que lhe surripiei do seu blogue.

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2010/03/31

O Anjo de Rosa Lobato de Faria

No passado Sábado, na Biblioteca Municipal de Alcanena. Mais um encontro mensal de Poesia e Cultura. Recordou-se Rosa Lobato de Faria. E a Zaida realçou uma bela prosa poética daquelas que ficarão para sempre presentes nos nossos espíritos. Nesta história (de "Os Linhos da Avó"), a poetisa apresenta-nos de uma forma infinitamente etérea, o Anjo que acreditava piamente a guiou durante toda a sua vida.

A Rádio Batalha, com a reportagem de Soares Duarte em directo, associou-se a este encontro, pela voz do Dr. Óscar Martins, coordenador do Grupo de Poetas de Alcanena e Director da Biblioteca.
Um aspecto da sessão no momento em que a Zaida dissertava sobre a obra literária de Rosa Lobato de Faria. Uma intervenção interessantíssima da parte de quem conhece muito bem quase todos os livros publicados, incluindo as obras destinadas a crianças. De "A Menina e o Cisne", o último livro da escritora, saído do prelo em Fevereiro do corrente ano, já depois da morte da autora, o final tão maravilhoso como poético (tanto para crianças como para adultos):

"E assim o Bem venceu o Mal naquele lugar escondido duma terra desconhecida num país inventado dum tempo sem nome.
E os meninos que ouviram esta história ficaram com os olhos a brilhar, como as mil estrelinhas das águas quietas do lago." 

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Onde está a Primavera?

A Primavera anda por aí, pé ante pé...



Nos intervalos dos pingos da chuva, que teima em cair duma forma e intensidade a que já não estávamos habituados...


As Olaias em Leiria cá vão dando um ar da sua graça, o que já nos ajuda a recuperar algum ânimo... 


Que bem precisados andamos!...
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2010/03/27

TEATRO DRAMÁTICO DO HOMEM E DAS ÁRVORES COMO SERES DA NATUREZA



A Rua Ramalho Ortigão, na zona de Vale de Lobos (LEIRIA), há dois anos atrás. Toda esta zona era uma área arborizada, com choupos, carvalhos, sobreiros, etc. ... Uma Reserva Ecológica, que se deveria preservar. As Árvores eram centenárias e gozavam de boa saúde ,segundo consegui observar. 
Porque não investir algum dinheiro para a preservar?


Eis o aspecto da mesma rua, hoje. Toda aquela zona verde de Vale de Lobos está a ser devastada para ser transformada em prédios e arruamentos. 
Ainda não tive acesso ao plano de urbanização em curso. 
A verdade nua e crua, porém, é que não foi poupada uma das centenas de árvores que existiam naquele local. Perturbante... Nem sequer meia dúzia de Quercus Robur, porte altivo e frondoso no Verão, ficaram de pé.

Dá-se o caso de eu, na altura em que tirei a fotografia acima, ter recolhido um espécime, ainda a desabrochar da bolota e o ter plantado no meu jardim/quintal. Tenho 63 anos de idade. Já não serei um dos usufrutuários das suas belas folhas e da sombra acolhedora das tardes escaldantes de Verão! Mas pode ser que outras gerações venham a tirar partido dessa árvore. Se resistir às alterações climatéricas cada vez mais visíveis à medida que o Homem se vai auto-destruindo conjuntamente com a barbárie que vem cometendo contra a Natureza!...


Esta perspectiva retrata o que é hoje o Largo Cónego Maia (*), em pleno Centro de Leiria. Repare-se nos choupos. Ao lado estão alguns acers.
Saibam os leitores (alguns hão-de lembrar-se da polémica que se gerou aquando da requalificação deste Largo de Leiria.)  que  estava previsto o abate puro e simples destes dois choupos, que seriam substituídos por acers.
Após muita discussão e pressão sobre a Câmara Municipal de Leiria, com ameaças de habitantes que se oporiam fisicamente ao abate daquelas árvores, lá se conseguiu que aqueles dois populus nigra fossem poupados à barbárie cega dos projectistas urbanistas do moderno, mesmo à custa da preservação da história e do património duma cidade tão antiga como Leiria. 
Valeu a pena lutar pelo ambiente e preservação do património público, não acham?


Ampliando-se esta imagem-texto, pode ficar-se com uma ideia do seu conteúdo, como excerto duma peça de teatro alusiva ao tema dos Parques de lazer e das árvores citadinas. O que vem mesmo a propósito do Dia que estamos a comemorar hoje:  
O Dia Mundial do Teatro.

Trata-se de "Árvores, Verdes Árvores", uma peça de teatro e uma fábula de intenções evidentes. Destinada ao palco a à leitura, escrita para crianças e para adultos, o "recado" que ela contém a todos nós diz respeito, seres da Natureza que somos, quer árvores quer homens, persistentes aliados na defesa urgente de um espaço natural, onde o respirar não seja um direito de difícil conquista.Aqui as árvores falam e quem lhes deu voz, o dramaturgo Jaime Salazar Sampaio (também engenheiro silvicultor), aliou-as a muitas outras vozes, algumas bem identificáveis ao longo da intriga, mas que serão no somatório, as de todos os leitores/espectadores desta peça de flagrante actualidade.
- Personagens: Engenheiro, Construtor Civil, Bombeiro, Mulher-à_procura-de-uma-folha-de-louro, Ele e Ela (casal de certa idade), Génio da Floresta, Dois corredores, 1ª Árvore (Olaia), 2ª Árvore (Loureiro), 3ª Árvore (Faia).
Plátano editora, SARL - 1980 (A sua actualidade é cada vez mais evidente).

Uma actuação firme e urgente de todos nós, impõe-se, no sentido da protecção das Árvores, dos Largos, dos Parques das cidades e de espaços verdes com dimensões adequadas.
Há que pugnar pelo equilíbrio indispensável para retomarmos alguma alegria de viver no interior dos espaços urbanos. Que não sejam só para dormir...ou para grandes superfícies comerciais ou urbanísticas descaracterizadoras da matriz de cada uma das nossas cidades...
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(*) Observe-se como era este Largo em Julho de 2008. 
http://dentrodetioleiria.blogspot.com/2009/07/centro-de-leiria-em-29-2-2008.html
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2010/03/25

ALCANENA - Dia Mundial da Poesia

No salão principal de leitura da Biblioteca Municipal de Alcanena, no Dia Mundial da Poesia.
Estiveram presentes mais de seis dezenas de poetas oriundos de Alcanena, Riachos, Rio Maior, Chamusca, Leiria. Todos os presentes leram poemas, de sua própria autoria na maior parte dos casos, mas também de outros autores, dos mais consagrados aos simplesmente populares (Alguns, quem sabe, mais tarde, também consagrados pelo mérito demonstrado?).
A Poesia é eterna...Os poetas não têm idade!...
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Porque não utilizar a poesia para apelar ao apego do uso correcto das palavras na expressão oral e até escrita, quantas vezes?
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Línguística


O nosso português tão lindo
Já poucos sabem falar.
Com tanto pontapé na língua
Onde irá ela parar?


É o "hades" em vez de hás-de
"Sube", "truce", "fostes", "troceu"
É o "quaisqueres" por quaisquer
Em vez de comigo é "mais eu".


Por este andar qualquer dia
A gramática vai mudar!
E antes que eu diga asneira
"Prontos", vou acabar.

Zaida Paiva Nunes
"Pedaços de Mim", Ed. folheto, 2005
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2010/03/21

POESIA MIMOSA...

No Centro de Portugal, no lugar de Orgens, como resistir a fotografar este belo efeito? Uma Mimosa a recortar-se numa moradia pintada com cores em tom de amarelo, arredores de Viseu ainda campestres!...
...
Mimosa flor de poesia ramos de um sol perfumado
Dando inicio à primavera desabrocha toda em flor
Como rimas de um poema de um verso tão amado 

Daqueles que fazem chorar ninfas musas de amor
...
( Retirado daqui:  "Mural dos Escritores"; de que passarei a fazer parte a partir de hoje se for aprovada a minha candidatura. Talvez pretensão demasiada, a minha!)

Da janela do meu quarto...todos os dias observo as alterações que o Homem e a Natureza vão provocando nesta idílica paisagem rural...
Mesmo no limite da chamada zona urbana da cidade de Leiria, freguesia da Barreira.
No Adro da Sé de Leiria, num dos próximos passados maravilhosos dias de Sol...
Dá-se o caso singular de, precisamente hoje, a Carolina, ter comemorado 3 aninhos...
Quando esta foto foi tirada, não pensava usá-la num post deste blogue. Mas, vejam a coincidência, talvez algo telúrica: na casa com frontaria de azulejos azuis nasceu em 1863 o grande poeta Acácio de Paiva. Nesta foto podem ver-se a sua sobrinha-neta, Zaida (*), acompanhada de uma sua neta. 
 (clic nas fotos para ampliar)
"...Não.  O poeta procura dialogar com o seu leitor como se em verdadese encontrassem juntos num colóquio ou numa tertúlia de amigos:
... ... ... ... ... ...
Crede: - Leiria é digna de visita.
Não exibe a riqueza deslumbrante
Que cega e oprime, que entontece e grita,
E chega a amedrontar o viandante...
Mas é... como direi?... bem comparada...
         Uma Cidade-Flor!
         É pequenina:
- Mas tão airosa, amável, perfumada,
Como gentil grinalda de menina!
... "
Ler "ACÁCIO DE PAIVA - Um Crédulo Perdulário", de Américo Cortez Pinto, 1968 + Mais informação se pode obter usando no motor de busca deste próprio blogue :"Acácio de Paiva".
(*) Com poesia publicada e muita mais escrita. Talvez que a veia poética de seu tio-avô tenha chegado à sua própria veia, pelo éter, através do Tempo!...
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2010/03/18

LUSTOSA - Rifafeita - Viseu: Alminha granítica datada de 1865


Tirei o dia para ficar em casa. É Sexta-Feira. Claro que me posso permitir este luxo porque estou reformado (com uma reforma pequena, apesar de ter contribuído para o sistema durante 44 anos, numa época difícil, em que se fala de déficit, de PEC de emergência, a ver se não nos acontece o mesmo que à Grécia, em que as Comissões de inquérito na Assembleia da República se sucedem ininterruptamente, em que o PM está sob fogo nutrido e permanente - só não sei se de balas de borracha ou a sério -, em que o PSD se compraz em se auto-flegelar com a história da "Lei da rolha" já comparável a um "tiro no cérebro" segundo ouvi
uma comentadora da TV... etc., etc., etc....).

Há uns meses atrás comecei a participar numa equipa do IMC (Instituto Missionário da Consolata) para se organizar uma base de dados de milhares de fotografias à guarda daquela instituição. Apraz-me registar a excelente metodologia adoptada o que vai proporcionar uma obra final digna de todo o relevo e que, a ser disponibilizada publicamente, poderá vir a constituir-se num excelente campo de recolha de variada e devidamente referenciada informação fotográfica abrangendo toda a área de actuação dos missionários da Consolata e não só.

Esta interessante experiência tem-me posto a pensar na forma desorganizada como eu tenho milhares de fotografias armazenadas no meu PC e outros dispositivos, externos, algumas que poderão ter bastante utilidade com vista à prossecução de trabalhos que requeiram ilustrações com instantâneos e fotos de oportunidade.

Foi com este espírito que me lancei, esta tarde, a visualizar parte dessas minhas fotos. Uma delas é a presente. Foi tirada em Setembro de 2001 numa das minhas andanças pela freguesia de Ribafeita, em cuja povoação do Casal nasci há uma data de anos. Estamos em Lustosa. As povoações da freguesia de Ribafeita são: Casal, Covelas, Gumiei, Lufinha, Lustosa, Ribafeita e Seganhos.

Trata-se de uma "alminha" em granito, junto à estrada, no lugar de Lustosa. De então para cá não mais lá voltei. Espero que esta preciosidade tenha sido preservada, tal como se apresenta nesta foto. Nestas situações não é de se inventar como, infelizmente, acontece com demasiada frequência...
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