2010/09/18

MIL POSTS!...

Foi em 16 de Março de 2006 que iniciei o "Dispersamente".
Mil posts depois e olhando para trás, penso que o resultado é verdadeiramente positivo. Talvez tenha dado mil opiniões; talvez tenha recebido mil críticas; talvez tenha feito mil amigos; talvez, até, mil inimigos. 
Mas, volto a repetir: o resultado foi positivo. Por mil razões. Aprendi tanto, reavivei tantos, tão bons e úteis conhecimentos; partilhei a mais variada informação; conheci tão bons amigos!...
Vou continuar. Não sei se por mais mil posts. Mas vou continuar. Que não me falte a coragem. Que me não desencante com as mil e uma coisas que a vida ainda me reserva. Dia após dia.


Mil vezes obrigado a todos quantos me têm acompanhado ao longo dos meus mil posts ...
 (O Sole mio - Pavarotti)

Posted by Picasa

2010/09/15

Viver em Leiria!...


O mítico (Histórico e Romântico) Castelo de Leiria

A mística Capela de Nª Sra. da Encarnação.
É bom Viver em Leiria!...

Posted by Picasa

2010/09/14

LEIRIA numa significativa EVOCAÇÃO de ALEXANDRE HERCULANO



Em diversas oportunidades já aqui ficaram registadas variadas passagens acerca da figura e da obra excepcional de Alexandre Herculano.
Pode consultar (aqui).
-
Os Leirienses comemoraram, da forma como se descreve seguindo o link acima, o Centenário do nascimento do ilustre político e homem das Letras portuguesas, que foi Alexandre Herculano. 
Veremos o que se irá passar no decorrer deste ano, agora que ocorre o Bicentenário da mesma efeméride!...
(excerto de um dos apontamentos anteriores... neste blogue)
-
De notar, também, que o Dr. Guilherme 
d´Oliveira Martins, que vai presidir à mesa do Colóquio, é descendente do grande historiador Oliveira Martins, contemporâneo de Alexandre Herculano.
Posted by Picasa

2010/09/12

Leiria e vale do Lis - A magia da fotografia



Duma varanda nos Lourais, Barreira...O vale do rio Lis, lugar da nascente, montanha acima em direcção à Sra. do Monte.
Como eu gostava de estar, naquele momento mágico, no lugar do fotógrafo que segue a bordo do helicóptero!...
Posted by Picasa

2010/09/09

MANUEL ALEGRE - A caminho de 2011


 Sou um leitor inveterado de Manuel Alegre, o eterno poeta, pensador de intervenção
(a tentar passar-nos uma mensagem de vida que deve ser interiorizada e pensada, não só arquitectada)

Eis que o poeta, escritor-poeta, político militante, irrequieto, insubmisso muitas vezes, filho pródigo...
se vai confrontar e nos vai desafiar
a sufragá-lo ou não
para Presidente da República Portuguesa.
-
Tenho para mim que Portugal não precisa de
Quem tenha a pretensão de raramente se enganar
Que julga ter a certeza do que quer
Que gosta de tabus, por omissão na acção
E na palavra...
O oposto do que pensa Manuel Alegre...
-
.
.
.
.
foto cedida gentilmente pelo Clube dos Pensadores
Em 2006, num debate em Gaia promovido pelo Clube dos Pensadores.
Manuel Alegre no Clube dos Pensadores...ainda este mês. 

.........UMA SÓ PALAVRA

Agora tenho de escrever o poema
porque nada está escrito. E o que se acaba não acaba
e os temas todos são o mesmo tema
e todas as palavras uma só palavra.

Qual ela seja ao certo ninguém sabe
mas algures estamos nela e ela em nós.
E nela cabe a vida e nela cabe
o que depois da vida não tem voz.

Entre Lisboa e Foz do Arelho, 3-6-2006
Manuel Alegre
In «Doze Naus»

-
Nota: 
Durão Barroso, no primeiro discurso do "Estado da União", disse que "Ou nos salvamos a todos ou morreremos afogados um a um", referindo-se à União Europeia. Fica-se assim um tanto apreensivo!...
- Edição revista em 10-09-2010 (22h00)
Posted by Picasa

2010/09/08

Eu, Mafalda Moura


Apresento-vos a colaboradora especial deste blogue a partir desta data. A Mafalda Moura.
Passará a escrever directamente neste blogue e no seu próprio, apresentado para já, como Suplemento do "Dispersamente", com o endereço
http://eu-mafalda.blogspot.com


Espero que venham a gostar tanto como eu gosto. Claro que eu tenho o privilégio de ser o seu avô materno e serei, naturalmente, suspeito. 
Mas a Mafalda,  para além de ser a minha neta mais velha, também é uma jovem cheia de alegria e vontade de singrar na carreira da fotografia e multimédia. Assim o seu esforço possa vir a ser compensado.
Vai iniciar o ciclo escolar na correspondente área técnico-profissional, ou seja no 10º ano de escolaridade, pelo que lhe desejo os maiores sucessos.

Posted by Picasa

2010/09/04

Fontes de vida!...



Fontes...


Nascentes
do Liz
reluzentes
frescura de petiz


Natureza estival
mantém-te assim
tão belo milheiral
esperança sem fim


Mais abaixo
ambiente desfigurado
haja que seja um só seixo
De novo será mudado


Assim seja!...

-
(repare-se no contraste, post a seguir, 5 km abaixo, no mesmo rio?!...)
Posted by Picasa

2010/09/01

LEIRIA DO RIO LIS... Sempre!...

(clic para ampliar)
O Rio Lis tem uma extensão de 39,5 Km, nasce a 5 km da cidade de Leiria, nas Fontes, freguesia das Cortes e desagua na Praia da Vieira. É um rio com um trajecto curto mas tem sido desde tempos imemoriais, fonte de inspiração de poetas e outros escritores e uma referência histórica de assinalável relevo.
Na última década e meia têm corrido outros rios de tinta a reportar cheias, secas, poluição, mortandades de peixes, obras Polis de requalificação das suas margens na zona urbana, entre as quais poderemos destacar o chamado "espelho de água", uma represa automática, que transforma a zona do Marachão, entre a Fonte Quente e a Ponte Hintze Ribeiro, num belíssimo lago, perfeitamente navegável mas completamente abandonado, do ponto de vista de aproveitamento da água para utilização de barcos a remos, incluindo canoagem.

Parece que as pessoas deixaram de ver no rio Lis uma forma de aproveitamento lúdico e até desportivo. Inclusivé, os famosos concursos internacionais de pesca desportiva deixaram de se realizar em Leiria. Um espectáculo digno de referência, como o foi nos anos de 60 a 80, pelo que me lembro dos tempos em que vivo neste recanto encantado de Portugal.

Como se pode ver na foto do meio, o rio Lis é povoado, como sempre terá sido, por uma fauna variada. De realçar a presença de barbos (visível na foto), bogas, ruivacos e enguias (em tempos idos, peixe que se comercializava, perfeitamente comestível e de sabor muito agradável). Com o tempo foram introduzidos, o pimpão e a carpa, mas, pelo que me é dado observar, subsistem basicamente, muito a custo nos verões secos, a boga, o ruivaco e o barbo.

A verdade é que este curso de água está sujeito, cada vez mais, a forte pressão da população em geral e os seus péssimos hábitos em termos de protecção do ambiente, da Câmara Municipal de Leiria, pela sua dificuldade em conseguir coordenar uma gestão sustentada deste recurso natural, nomeadamente no que respeita às possíveis formas de actuação prática com vista ao combate à crescente poluição do rio que terá sido o principal estímulo à fixação dos primeiros habitantes de toda esta região de Leiria.
Politicamente, quem tem gerido o concelho de Leiria, tem sido, desde 0 25 de Abril de 1974, o PSD e o PS (no presente mandato). Sem esquecer que o mesmo Presidente da Câmara, Engº Lemos Proença, também esteve à frente da Câmara, ora pelo PSD ora pelo CDS.
De modo que temos que, nos últimos tempos, quem se tem mostrado mais aguerrido na denúncia da situação calamitosa a que o rio Lis e seus afluentes têm sido votados pelos vários agentes poluidores, tem sido, sem dúvida, o BE.
É assim que, um tanto contraditoriamente, talvez, alguém, em nome desta formação política partidária, usou e abusou do direito à livre expressão dos seus pensamentos e acção política, a arma do spray de tinta vermelha em cima do branco imaculado de zonas públicas. Chama-se a atenção para um determinado problema, não há que duvidar, mas exagera-se nas armas utilizadas.
Combate-se a poluição do rio com uma outra forma de contribuir para o mesmo tipo de poluição, ainda que, aparentemente, só visual.

Já agora, o que é que o BE preconiza para se "limpar" o Rio Lis, duma forma permanente e drástica?

Já li(*) e ouvi umas quantas dicas, algumas perfeitamente pertinentes, mas parece que não há grande vontade política para as pôr em prática!..

Vamos continuar a adiar sine die a resolução deste grave problema ambiental e de saúde pública, apesar de tudo uma gota de água no Oceano?
Só que não nos podemos esquecer que o Oceano também só é o Oceano, porque uma infinidade de gotas se juntaram para o formar. E conseguiram este efeito espantoso que é termos a Terra coberta por Oceanos em praticamente 75% da sua superfície!...
-
(*) Leia-se o Jornal de Leiria, o "Público" e o site do BE (aqui)

Moçambique - Maputo - 2008



Em dias de turbulência social nas ruas de Maputo, descontentamento popular face à carestia da vida, lá como cá e em toda a parte...
Estas fotos são de 2008, um grupo de portugueses viajou até Moçambique e calcorreou lugares de saudosas recordações...
Maputo, Nampula, Cabo Delgado, Ilha de Moçambique... Eu não estava lá...mas tenho pena!...
Mas andei por esses sítios entre 1969 e 1971. Fiquei a gostar da gente Moçambicana e daquela bela e emocionante terra quente, húmida e vermelha, da zona de Nampula. Nessa altura, eu vivia e trabalhava (como miliciano português) no cumprimento da missão de que fui incumbido pelo Governo de Portugal de então...numa unidade de Engenharia, ali perto do Quartel-General da RMM, era Comandante o General Kaúlza de Arriaga.
Em Nampula, 1969, nasceu a minha filha Inês. Tenho pena que ela não tenha optado, ao atingir a maioridade, pela dupla nacionalidade, Portuguesa e Moçambicana! 

Que a vida nessas paragens seja de verdadeiro progresso económico e social para a maioria da população. 
Bem o merecem!...
.

Posted by Picasa

2010/08/29

TANTO TEMPO E TÃO POUCO!...

(clic para melhor poder voar!...)
.
Não repararam nunca? Pela aldeia,
Nos fios telegráficos da estrada,
Cantam as aves, desde que o Sol nada,
E, à noite, se faz Sol a Lua-Cheia.


No entanto, pelo arame que as tenteia,
Quanta tortura vai, numa ânsia alada!
O Ministro que joga uma cartada,
Alma que, às vezes, de além-mar anseia:


- Revolução! - Inútil. - Cem feridos,
Setenta mortos. - Beijo-te! - Perdidos!
Enfim, feliz! - ? -! - Desesperado. - Vem.


E as boas aves, bem se importam elas!
Continuam cantando, tagarelas:
Assim, António! deves ser também.

Colónia, 1891
António Nobre

-
«Nós gastamos metade do nosso tempo a desejar coisas que poderíamos ter se não gastássemos metade do nosso tempo desejando-as» Alexander Woollcott

A frase mestra do blogue http://quantotempotemotempo.blogspot.com/ da minha "colega" e amiga "relógio-de-corda".A mais pura e cristalina das verdades!...

Na foto: uma pêga, creio eu. Apanhei-a a levantar voo das antenas da minha estação de radioamador. Já não usamos os sinais telegráficos (ou de morse) como no tempo de António Nobre.
A imagem, porém, pretende ter o mesmo significado que o célebre poeta conferiu à liberdade e despreocupação alada das aves em geral. Quem nos dera sermos capazes de atingir esse nível de elevação mental e sermos Livres de voar pela nossa vida!... 
Posted by Picasa

2010/08/27

Em Leiria, um painel impertinente

O cair dum dia de Verão, na cidade de Leiria. Jardim Luís de Camões.
Por quanto tempo mais teremos que suportar este painel?...

Nos anos 60 fui professor na então "Escola Industrial e Comercial de Leiria", actual Escola Secundária Domigos Sequeira...
(...)
Os meus 20 anos à descoberta da vida...
-
Foi ao leccionar "Técnica de Vendas e sua Publicidade" que me apercebi, em bom rigor, da diferença substancial entre as palavras propaganda e publicidade. Ou seja, no caso agora apresentado, estaremos a falar de propaganda (digamos mesmo, de propaganda política), de apelo à fixação da ideia de que termos entrado na Comunidade Europeia, foi o melhor que nos podia ter acontecido. Recebíamos Fundos Comunitários a rodos, só havia que os gastar. Digamos que em relação à aplicação que foi feita com o Programa Polis em Leiria, até podemos dizer que se conseguiu requalificar as margens do rio Lis, no trajecto citadino. 
De qualquer modo parece que fica óbvio que, nas circunstâncias de aplicação destes fundos, muito mais poderia ter sido feito por esse país fora, em prol da adaptação das nossas estruturas básicas à necessidade imperiosa do desenvolvimento económico e social da sociedade portuguesa, tendo em vista o premente interesse na aproximação aos ritmos de desenvolvimento dos restantes países da UE. 
Muito já se argumentou acerca da rentabilidade dos montantes elevadíssimos que foram aplicados em Portugal, ao abrigo dos protocolos estabelecidos com a Comissão Europeia. Muito mais haveria a escalpelizar.
No caso presente, aparentemente banal e simples de solucionar, parece-me estar só em causa o interesse político de se fazer alarde de que esses fundos foram aplicados e bem em favor das populações.
Nem que, para isso, se perpetue a "bodega" dum painel de enormes dimensões, azul como a bandeira da União Europeia, com muitas palavras que ninguém lê, mas que tapam a visibilidade dum Jardim tão necessário ao nosso equilíbrio emocional!


Vem isto a propósito (?!) do painel que se pode observar na segunda fotografia, tirada há dias, no Jardim Luís de Camões, em Leiria. Ando, seguramente há 5 anos, talvez mais, a criticar aquele painel de propaganda das Obras do Polis Leiria, colocado naquele local, a conspurcar a paisagem urbana da zona mais central e ajardinada desta cidade.
Não entendo as razões que poderão justificar a manutenção daquele painel, naquele sítio, durante tantos anos!...

Será que sou eu que sou demasiado crítico? Será que é imperioso ali estar aquele painel? Será que está ali a servir de pára-vento?!...



Posted by Picasa

2010/08/24

A tília hoje, um pretexto para falar de Torga e de 1947!...


Dizem os registos, consentem os meus pais, Daniel e Encarnação, e eu próprio, que terei nascido, como homem para viver no Planeta Terra, em 1947, na Beira Alta, mais precisamente em Viseu (no Casal, mesmo ao descer em direcção a S. Pedro do Sul).
Sem dúvida que a nossa ligação com a Natureza não pode ser mais íntima. Nós, humanos, somos uma parte da Natureza, será esta parte quantificável? A Natureza é o princípio (?) e o fim (?)de todas as coisas... tangíveis e intangíveis!?. Todas as coisas... finitas, infinitas?!...

Escrevia Torga, com data de 20 de Novembro de 1947:
"(...) A natureza não se pode negar em si mesma, e é circular. Começa sempre onde acaba."

Prosseguindo o seu Diário, naquela data, em Coimbra:
"Por lhe ter receitado inalações de flor de tília, o homem cuidou que eu atraiçoava o progresso. E conversámos longamente. Mas quanto mais ele complicava os seus raciocínios, mais eu simplificava os meus.
- E as sulfamidas, a penicilina, a estreptomicina? As aquisições técnicas, numa palavra? Antigamente andava-se de burro; hoje anda-se de avião...Estou a ver que o senhor é um grande idealista!
- Talvez - respondi a rematar a conversa. - Mas já reparou que é tal a necessidade que o homem tem de não perder o pé nos próprios delírios, que mede a força dos motores em cavalos? As sulfamidas, claro. A estreptomicina, claríssimo. Mas, para si, agora, nada disso interessa. O aconselhável, cientificamente, são flores de tília..."

Talvez um tanto teluricamente, fotografei, nos últimos dias, um pôr-do-sol do alto do lugar da Cumeira, freguesia da Barreira -  Leiria e as folhas e os botões das próximas flores da grande tília do Adro da Sé de Leiria, aqui mesmo no "meu" Largo da Sé. Para sempre, uma das referências importantes da minha vida!... 

Palavra de honra, quando fotografei este pôr-do-sol, pensei em Torga e nas suas fragas do Marão...E nas suas deambulações por Leiria, 1939 a 1941...
Entretanto, já cá ando nesta vida, descontente, umas vezes, outras feliz e contente, há mais de meio século e uma década!... 

Posted by Picasa

2010/08/21

Leiria: O encanto dum recanto da cidade

Da esquerda para a direita: padreiro, faia púrpura, liquidâmbar (a iniciar o seu processo majestoso de mudança de cor das suas folhas...)
 (clic nas fotos para melhor apreciar estas árvores benditas...)
O Padreiro, a Faia púrpura e a Alameda do Marachão 
O Liquidâmbar e a Melia azedarach no seu ondear enleado pelo Tempo...

Uma Catalpa. Na outra margem do rio Liz: um Bordo e um liquidâmbar a espreitar por entre alguns choupos.
Não me canso de admirar a beleza estonteante deste recanto de Leiria. Ano após ano. Quem tiver acompanhado este blogue, desde o já afastado ano de 2006, de certo que tem vindo a reparar na minha persistente paixão por este belo, direi mesmo, o mais admirável recanto da cidade de Leiria. Trata-se de um conjunto de árvores, variado, harmonioso, que se situa na alameda do Marachão, na margem esquerda do rio Lis, junto à antiga fonte de repucho do Jardim Luís de Camões.




Posted by Picasa

2010/08/18

LEIRIA E AS MURALHAS DO SEU CASTELO


Não concordo que se use a parte exterior do Castelo de Leiria, o ex-libris por excelência da cidade de Leiria, para se fazer publicidade de um espectáculo de música, ao nível dos Festivais costumeiros, nos últimos anos, por esse país fora.
A dignidade deste Monumento Nacional e a sensibilidade dos Leirienses e dos turistas que nos visitam deviam ser mais preservadas.

Sim senhor, façam-se lá os festivais que se entenderem, mas não se contribua para mais poluição ambiental e cultural do que aquela a que poderemos ser obrigados pelas contingências de desastres imprevisíveis. 
Penso que é indecorosa e indigna a forma visível na primeira foto, como um Monumento Nacional e de relevante interesse turístico/histórico, como é o Castelo de Leiria, está a ser utilizado para publicitar um evento festivaleiro como o visado.

Apoio a iniciativa mas não esta forma usada para a sua promoção!...
Em qualquer dos casos sempre vos digo que será de se comparecer até pela originalidade deste evento na região!...Ao fim e ao cabo, no Centro-Oeste de Portugal, poderemos dizer, um dos principais pólos irradiadores da nossa Portugalidade.
Posted by Picasa

2010/08/15

Leiria na rota da Cultura Chinesa

Na passada quinta-feira, nas instalações do antigo Banco de Portugal, onde actualmente funciona o Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Leiria.
Palestra/conversa proferida pela Prof. Catedrática Jubilada pela Universidade Técnica de Lisboa, Prof. Dra. Ana Maria Amaro, que presenteou a assistência com uma exposição em tom coloquial mas admirável, subordinada ao tema "Do Misticismo à Diversão Popular - As sombras Chinesas!"
Muito se falou da ideia de sombra segundo a Cultura Milenar Chinesa e da sua utilização em espectáculos de Teatro, os chamados espectáculos sombra, muito utilizados para distrair a população chinesa e, em várias ocasiões, para mais facilmente se despertar a atenção popular para problemas e momentos de particular relevo, que interessava divulgar por toda a China. Foi com este tipo de espectáculos que já em tempo de República, nos anos 30, se apelou ao sentimento nacionalista dos Chineses para combater os invasores Japoneses, por alturas do princípio da época da II Guerra Mundial.
A sombra foi apresentada como uma ideia inicial de assombramentos, ao mesmo tempo que permitiu reforçar o conhecimento do polo oposto, a Luz, em contraste flagrante e sinónimo de vida. Como não seria de espantar foram os monges budistas que usaram primeiramente a ideia de sombra e a sua representação cénica para acentuar a divulgação de Lendas, da História e para realçar, duma forma drástica, as diferenças fundamentais entre o Ocidente, essencialmente mercantilista e a Grande China, mais ideológica e orientada pela reflexão profunda dos seus mentores.


............................ (...) Ergo o meu copo
......................................( e convido a lua
............................ A minha sombra
............................ (projecta-se diante de mim.
............................ Assim, já não estou só.
............................ Somos três a brindar! (...)
No final a Prof. Dra. Ana Maria Amaro obsequiou os presentes com um CD com os diapositivos que usou na sua conferência. Uma verdadeira bênção, para quem gosta de apreciar com vagar e serenidade, uma matéria tão interessante e, ao mesmo tempo, tão distante nos seus pormenores, do vulgar cidadão do mundo não Chinês. Claro que veio à ribalta, a ligação íntima que nós, Portugueses, tivemos com os Chineses, através da nossa permanência em Macau e, a propósito assinalou-se o facto de terem, entretanto, decorrido dez anos desde que a Administração Portuguesa daquela parcela ínfima da China foi tranferida para os seus naturais.
Nos agradecimentos, a Dra. Ana Amaro destacou a actuação interessada e simpática da Câmara Municipal de Leiria e a Fundação Jorge Álvares.
-
NOTAS:
1- Para quem tiver interesse em obter um CD com os diapositivos (que a Dra. Ana Amaro cede com a toda a sua boa vontade) basta que contacte o autor deste blogue ou o Pelouro da Cultura da CMLeiria;
2- Também tivemos oportunidade de observar em mão, papel original feito de arroz e com desenhos chineses pintados à mão; o mesmo para figuras usadas nos espectáculos de sombra, feitos em pele de burro, e devidamente trabalhados e articulados;
2- Esta conferência enquadrou-se nas actividades relacionadas com a exposição patente no Edifício do Banco de Portugal "Macau: Encontro de Culturas".
Posted by Picasa