Realizou-se no dia 23 de Janeiro, pelas 15h15m no Museu Leiria –Convento de Santo Agostinho (Rua Tenente Valadim, junto à Cruz Vermelha) - mais uma sessão de “Café com Livros”.
Desta vez damos lugar a “gente da nossa terra” e estaremos à conversa com David Teles. Este nosso conterrâneo divide-se entre a escrita e o teatro: tem vestido várias personagens, ensaiado várias escritas, tem dado voz a muitos poetas e escrito a sua própria poesia. David Teles irá certamente enriquecer este nosso espaço de encontro, de conversa, de livros, de poesia e de outras surpresas sempre improváveis… J Não percam!
Agradecemos desde já que gostem da página e partilharem a informação.
Estivemos (eu e a Zaida), presentes. A Zaida participou, como protagonista, na sessão de conversa e homenagem (O David não gostou que eu lhe chamasse assim) mas esta é a verdade, A pretexto duma conversa de café, esta Tertúlia prestou-lhe uma merecida homenagem, que eu, amadoristicamente mas com o meu melhor empenho, aqui deixo,em vídeo. FOTOS:
Eu a dizer umas coisas... Florbela Ferreira ao meu lado. Uma boa amiga.
A minha prima Lurdes (Leiria origem do pai Sr Sousa (padaria Sousa na Rua da Graça, há já muitos anos...), eu e o Dr. Augusto Mota (fomos colegas nos anos 60 na Escola Ind. Com. de Leiria).
A foto a seguir é uma
"frame" (vou ver se descubro uma palavra portuguesa que possa ser
usada com este significado) dum filme feito em 8mm.
Estávamos em 1970, na
estrada que saía de Nampula em direção ao interior (Mueda, Tacanha, Praia da
Choca (200 km +- no Índico), Ilha de Moçambique, etc. Já não me recordo se íamos
a caminho de Tacanha (onde viviam uns primos meus) ou se íamos em direção à
Ilha de Moçambique ou à praia. A única estrada alcatroada que havia à volta de
Nampula, na altura, eram cerca de 80 km+- talvez 100... Eu estava a cumprir o
SMO (Serviço Militar Obrigatório: não meti cunhas para não ir, talvez não
conseguisse ou talvez sim, quem sabe; ao fim e ao cabo tinha um outro primo na
zona de Lourenço Marques (Maputo) que era afilhado do Governador Geral de
Moçambique eheh é verdade... ou são as minhas memórias que já andam a misturar
lembranças toldadas no nevoeiro do tempo?!...) Ah, já me estava a passar, eu
era Alferes miliciano do SAM (mais tarde posso decifrar esta sigla, se tiverem
interesse nisso) e estava colocado num Batalhão de Engenharia, ao lado o
Hospital Militar (helicópteros de evacuação de feridos em combate a todo o
momento...); a Zaida acabou por arranjar colocação na CELC (depois falamos...)
e tinha funções de Alferes (sim, sim...). Bolas. Tenho a impressão que me estou
a meter num ´molho de brócolos`... (continuará?!) ... - comentários no FB: -
António
Nunes Claro, é que o pensamento é tramado. Traz-nos lembranças e
tanta nostalgia que não há quem resista! E aqueles serões, depois que chegámos,
no Largo da Sé? E aqueles dias com o Trygva? Lembra-se, compadre? Aquele
radioamador que veio da Noruega e esteve uns dias lá em casa? Aquelas batatas
com bacalhau que ele comeu com uma satisfação inaudita, que não sabia que se
comia bacalhau sem ser em papa/moído, sei lá. E aquelas guitarradas? Tenho
mesmo que escrever uma crónica de todo esse tempo fantástico!
Jorge Viegas Claro
que me lembro disso tudo!... E apesar da vida ter dado muitas voltas, o
sentimento, apesar de não ser cultivado, continua o mesmo, e tenho por vocês
uma grande estima, acreditem!...
Carlos
Alberto Porque não te expões e passas para o papel as memórias
boas e más dessa vergonhosa guerra, pensa nisso e avança, grande abraço
Aurora Simões
de Matos Memórias bonitas que ficaram... São elas o lastro de um
viver. Abraço meu...
António
Nunes Ó Carlos, meu amigo. Hoje emocionei-me de mais com este
fragmento/instantâneo dum filme de 1970. Esse filme daquela parte da minha vida
passou-me pela mente como se fosse um flash que conseguiu sobrepor todos os
seus instantâneos. Vou mesmo começar a escrever "Crónicas de vida em
Moçambique nos anos 70".
Afinal, fui mobilizado para um teatro de guerra, tinha 21
anos, meteram-me num avião porque ia em rendição individual, tinha casado uns
meses antes, a minha mulher 1 mês depois vai ter comigo, grávida de 7 meses
e tal (contra tudo e todas as opiniões) Lourenço Marques-Beira-Nampula, a minha
filha nasce em Nampula (um Hospital Civil de primeira qualidade, improvável
para aquele tempo), encontro lá três primos na sua vida civil... Uma história
que à medida que os anos passam me parece cada vez mais um sonho inverosímel.
Retribuo o abraço com amizade...
Tanta coisa para nada, caro António
Nunes. Por lá morreram 3 amigos meus. Sem proveito e sem glória... A sua
história é algo parecida com a de outros que testemunhei. Na Beira ( Mueda)
nasceu-me uma sobrinha... entre mato e água insalubre... filha do comandante da
Companhia. E tudo já passou. Abraço para os três heróis Paiva e Nunes.
No dia 24 de Outubro de 2015 fomos ao FOLIO - Festival Literário Internacional de Óbidos
Almoçámos no restaurante pretensioso. Os donos e que estavam de serviço, Joaquim Belo e Adélia Belo, foram de uma simpatia extrema e ficámos amigos. Ver também o FB de Joaquim Belo.
Aqui partilhou fotografias do restaurante.
A Zaida ofereceu o seu último livro de poemas. O sr. Joaquim Belo partilhou no seu FB fotografias nossas e de dois escritores famosos, José Eduardo Agualusa e Mia Couto, que também lá almoçaram.
(Índice orientador:) - Muito Obrigado/a a todos os amigos presentes - até 1,56 min (Beatriz Sá Vieira em guitarra clássica) 1,57 min Isabel Soares a declamar "Quantos sonhos, os meus" 3,12 min David Teles Ferreira a declamar "O meu sonho" p. 14 4,18 min Zaida P Nunes inicia a sua exposição 11,33 m (ref à Mafalda Moura ) 12,00 m (ref particular aos cunhados/meus irmãos e sobrinhos de Viseu e do Porto) 12,16 m (Ref à mãe Eva Paiva - entrega flores) 14,13 m (intervenção de Bea Sá Vieira a finalizar. Obrigado Beatriz...) - Vídeo-resumo conforme está publicado no Facebook https://youtu.be/dtCHllPLkok