2012/08/16
2012/08/15
No Casal, um lugar sem igual
Por terras de Viriato...
Comunhão
Tal como o camponês, que
canta a semear
A terra,
Ou como tu, pastor, que
cantas a bordar
A serra
De brancura,
Assim eu canto, sem me
ouvir cantar,
Livre e à minha altura.
Semear trigo e apascentar
ovelhas
É oficiar à vida
Numa missa campal.
Mas como sobra desse
ritual
Uma leve e gratuita
melodia,
Junto o meu canto de homem
natural
Ao grande coro dessa
poesia.
Miguel Torga
Antologia Poética
Pp 120
Publicações Dom Quixote
2012/08/11
LEIRIA: Rota dos Escritores em Leiria
Mais pormenores se podem consultar seguindo este link da Câmara Municipal de Leiria.
Lá em cima, a caminho do Castelo, já na designada Av. Ernesto Korrodi, uma lápide evocativa da presença de Miguel Torga em Leiria. O nome desta avenida invoca outra figura ilustre que marcou indelevelmente esta cidade, com os seus múltiplos e geniais trabalhos de arquitetura, nos princípios do séc. XX.
No jardim Luís de Camões, junto à estátua ao Pastor Peregrino, uma figura intimamente ligada à obra de Francisco Rodrigues Lobo.
O eterno rio Lis...
Com ponto de encontro no Centro Cívico: Edifício Praça Eça de Queiroz e Largo da Sé, teve lugar em Leiria, a 2ª Rota do Escritores em Leiria.
Fez-se uma visita guiada por 28 pontos relacionados com a história da cidade entrelaçada na vida em Leiria dos seguintes escritores portugueses:
Francisco Rodrigues Lobo
Eça de Queiroz
Acácio de Paiva
Afonso Lopes Vieira
Miguel Torga
(seguir links que reportam a estes escritores e à sua ligação a Leiria)
Foram cerca de três horas, a percorrer a pé, praticamente todo Centro Histórico de Leiria. Pura magia!
E falou-se dos escritores. E falou-se muito do significado desses pontos onde parávamos para ouvir as informações que nos eram prestadas e, não raramente, participávamos em amenas cavaqueiras a propósito do interessante tema que nos juntou. Pessoas de fora de Leiria estavam em maior número. À volta de 30.
Foi muito gratificante ter conversado com essas pessoas e trocarmos impressões sobre tão ilustres escritores e a sua ligação pessoal com a cidade de Leiria.
Os guias, funcionários da Câmara de Leiria, na área da Cultura, foram inexcedíveis em dedicação e profissionalismo. É justo deixar aqui os seus nomes: Isabel Brás e Miguel Narciso.
Podem-se ler muitos poemas e outras referências seguindo links neste blogue e/ou através da consulta das etiquetas por temas.
-
Bom fim de semana a todos quantos aqui aportarem.
Amanhã, Domingo, vou até Viseu...
@as-nunes
Etiquetas:
acácio de paiva,
afonso lopes vieira,
dentro-de-ti-ó-leiria,
eça de queirós,
ernesto korrodi,
escritores em Leiria,
francisco rodrigues lobo,
miguel torga,
rio lis,
Sessões literárias
Nazaré: Ronda Literária Feira do Livro 2012
Na sua terceira edição, esta iniciativa procura conjugar o prazer da tertúlia literária e gastronómica com a descoberta de espaços particulares que abrem as portas aos visitantes, permitindo-lhes um momento único de confraternização e descoberta.(biblioteca da Nazaré)
No 1º ponto de encontro, num café-bar junto à capitania do porto da Nazaré e à Igreja da paróquia.No 2º ponto fomos surpreendidos pela presença de Fernando Pessoa, numa casa particular, onde se disse muita poesia.
Ainda no 2º ponto da Ronda.
Já no 3º ponto, noutra casa particular, o Diretor da Biblioteca, Alexandre Isaac, no controlo das operações e grande animador desta iniciativa. Aqui foi projetado um excelente vídeo amador, montagem do próprio Alexandre, em que se interligam belas imagens da Nazaré com muita poesia dita com classe e sentimento.
A Zaida a dizer um poema de Jorge de Sena:... um Portugal que permanece o mesmo
2º de dois poemas:
De cada vez que um governo necessita de segredos,
por segurança do Estado
ou para melhor êxito
nas negociações internacionais,
é o mesmo que negar,
como negaram sempre desde que o mundo é mundo,
a liberdade.
Sempre que um povo aceita que o seu governo,
ainda que eleito com quantas tricas já se sabe,
invoque a lei e a ordem para calar alguém,
como fizeram sempre desde que o mundo é mundo,
nega-se
a liberdade.
Porque, se há algum segredo na vida pública
que todos não podem saber
é porque alguém, sem saber,
é o preço do negócio feito.
E se há uma ordem e uma lei que não inclua
mesmo que seja o último dos asnos e dos pulhas
e o seu direito a ser como nasceu ou o fizeram,
a liberdade
é uma farsa,
a segurança
é uma farsa,
a ordem é uma farsa,
não há nada que não seja uma farsa,
a mesma farsa representada sempre
desde que o mundo é mundo,
por aqueles que se arrogam ser
empresários dos outros
e nem pagam decentemente
2012/08/09
LEIRI(SPORT), SUBMARINOS, BPN: Cortem na despesa!
A circular na internet... (recebi esta montagem via e-mail)
E a verdade é que o problema da "Leirisport" é uma questão gravíssima, que envolve demasiado dinheiro, tanto que não se está a conseguir vislumbrar solução para sair deste imbróglio em que meteram a Câmara Municipal de Leiria e, consequentemente, os seus munícipes.
Hipóteses para solucionar este dilema:
Hipóteses para solucionar este dilema:
1- O Estado assume o défice da Leirisport e a gestão do Estádio Magalhães Pessoa e assim vai agravar o saldo negativo do OE;
2- A Leirisport entra em situação de falência e os credores e acionistas terão que arcar com a perda do seu capital, Câmara Municipal de Leiria incluída, obviamente;
3- Não se faz nem uma coisa nem outra e os munícipes Leirienses vão ter de andar, talvez 20 anos ou mais, a pagar uma taxa especial para saldar as contas da Leirisport, se é que algum dia se vai conseguir gerir esta empresa Municipal em termos económicos.
De modo que, entretanto,
(e enquanto a dívida continua a aumentar cada dia que passa)
mantém-se a interrogação:
mantém-se a interrogação:
Quem vai assumir o encargo de gerir o Estádio Municipal Magalhães Pessoa em Leiria?
@as-nunes 2012/08/08
Leiria: Olhar o tempo a passar
Momento
E aqui estou
Sentado neste banco
Do jardim
A avaliar
A sensação de estar
Sentado
Desmazelado
A olhar
O tempo
A passar
E a cidade
A viver
Talvez
Só a estrebuchar
Que ela
Já está noutro lugar
E o dia a correr
Sem saber
O que fazer
Naquele momento
De puro espanto
Olhar o vento
Se tanto …
Jardim Luis de Camões
Leiria, 6 de Agosto de 2012
2012/08/06
Férias em casa ...
Férias em casa
O tempo
meteorológico tem estado fantástico para tirar umas férias, nem que sejam uns 8 dias seguidos.
Só que há
quem possa dar-se a esse luxo e quem não tenha qualquer possibilidade. Ou essa hipótese seja difícil ou mesmo remota!
É praticamente
impossível sair de casa para mudar de ares quando se assume a incumbência de
cuidar dum(a) idoso(a) com 93 anos …
É um caso de família, é certo, o que não deixa de ser um caso de estudo no que respeita ao apoio aos idosos de idade avançada.
É um caso de família, é certo, o que não deixa de ser um caso de estudo no que respeita ao apoio aos idosos de idade avançada.
É o que nos
está a acontecer…
Paciência é
o que se nos pede …
Claro que estamos empenhados nesta missão com toda a devoção e empenho que nos é requerida. A questão é que eu e a Zaida também já não somos propriamente uns jovens! ...
Claro que estamos empenhados nesta missão com toda a devoção e empenho que nos é requerida. A questão é que eu e a Zaida também já não somos propriamente uns jovens! ...
Não é fácil …
Há alternativas? Pode-se dizer que sim ...
Mas ...
Há alternativas? Pode-se dizer que sim ...
Mas ...
Digamos que este registo poderá ser
considerado um Manifesto
(da iniciativa e responsabilidade do autor do blogue, exclusivamente!...)
@as-nunes
(da iniciativa e responsabilidade do autor do blogue, exclusivamente!...)
@as-nunes
2012/08/04
Olá Mãe!...
Hoje, que fazes 88 anos, saúdo-te, Mãe, com todo o meu sentimento e amor que um filho pode ter pela sua mãe.
Sei que não andas tão bem de saúde como seria de desejar.
Sei que estás a ficar de idade já avançada e que os anos não perdoam.
Uma imagem, que já se vem repetindo há muitos anos: de repente pões-te a olhar para mim e lembras-te do teu pai. E abraças-te a mim e dizes que me pareço muito com ele. E sorris...
Eu percebo o que sentes, só me lembro do dia em que o meu avô morreu, tu quase que nem acreditas, que eu era um miúdo que mal tinha deixado as fraldas. Mas lembro-me, Mãe! Não me lembro das feições dele. Nunca vi uma fotografia dele, sequer. E lembro-me dos óculos do meu avô. Lembro-me de os ver lá por casa, ainda no Porto, talvez naquela casa da rua do seixo, os montes caulinos no horizonte, anos 50 do século passado.
Como tu devias ter gostado do teu pai! Como o teu pai te ajudou a viver, nos teus anos de menina!...
E eu, menino, a ir com a D. Brígida à Igreja, na catequese e a todas as novenas, que tu estavas convencida que os ensinamentos da santa madre igreja eram imprescindíveis para a minha educação.
E lembro-me da tua preocupação em reveres comigo, antes de sair para a Escola, a leitura, a escrita e as contas para que eu fosse o bom aluno que fui, sempre na linha da frente. E tu toda babada...
E lembro-me da tua preocupação em reveres comigo, antes de sair para a Escola, a leitura, a escrita e as contas para que eu fosse o bom aluno que fui, sempre na linha da frente. E tu toda babada...
E lembro-me bem do desgosto que tiveste quando à última hora, eu decidi que afinal não ia para o seminário. Já tinha o fato e mais umas coisas preparadas. Acabava a 4ª classe e ia para o seminário.
Como tu deves ter sonhado com o dia em que me visses a dizer a primeira missa, talvez na Igreja de N. Sra. das Neves, em Ribafeita!
Sei que, entretanto, te conformaste com a minha decisão. Que, por uma questão de princípio, nem sequer me pressionaste para eu não desistir de ir para o seminário! Acho que fizeste o que julgaste melhor para mim, Mãe!
Talvez tenha sido melhor. Talvez que eu não tivesse chegado a ordenar-me padre. Talvez que se eu o tivesse feito, teria sido um infeliz ou já tivesse pedido escusa ao Papa.
Mas os princípios por que acabei por nortear a minha vida foram balizados pela tua orientação enquanto menino e moço.
E aquela cena incrível naquele exame que fiz em segunda época, no Instituto? Aquelas peripécias todas, que não vale a pena escrever aqui e agora? Como foi decisiva a tua determinação e Fé!...
E aquela cena incrível naquele exame que fiz em segunda época, no Instituto? Aquelas peripécias todas, que não vale a pena escrever aqui e agora? Como foi decisiva a tua determinação e Fé!...
Só espero que nunca te tenha dado mais nenhum grande desgosto, Mãe!
Desculpa se hoje me deu para escrever deste modo. Foi assim que saiu este meu escrito, a pensar em ti, Mãe!
Recebe muitos beijinhos do teu filho António, que acabou por nascer com os olhos azuis, tal como o teu pai!...
O Gui e a Tina
Este mariola que aqui se vê é o meu neto Gui a brincar com a cadelita Tina...
Pelas expressões dos dois penso que não haverá muito mais a acrescentar em palavras!...
@as-nunes
2012/08/02
Viseu, aí vou eu!...
para ouvir tocado com Flauta.
Indo eu, indo eu,
@as-nunes
Indo eu, indo eu,
A A caminho de Viseu, {Bis} E7 Encontrei o meu amor, A Ai Jesus, que lá vou eu! {Bis}Indo eu, indo eu, A caminho de Viseu, Escorreguei, torci um pé, Ai que tanto me doeu! {Refrão} Vindo eu, vindo eu, Da cidade de Viseu, Deixei lá o meu amor, O que bem me aborreceu! {Refrão}
Ora zus, truz, truz, Ora zás, trás, trás, Ora chega, chega, chega, Ora arreda lá pr'a trás!
link
-Bem, a verdade é que a minha mãezita faz anos, no próximo sábado - 88 ou 89 até me esqueci de lhe perguntar, quando lhe telefonei hoje - e, por acaso encontrei esta foto (montagem?!) no Facebook do António Macedo (ouçam-no de manhã, quando vão para o emprego, na «Antena Um», um camaradão, sempre bem disposto e pronto p´rás curvas). Mas, às páginas tantas, vou-me reservar para o outro fim de semana, que é o dia da festa da aldeia, o dia de S. Salvador, no Casal de Ribafeita, ali a caminho de S. Pedro do Sul, quem vem de Viseu.
@as-nunes
2012/08/01
Música, Maestro Victorino D´Almeida!...
Há muito tempo que não ia a Alcobaça. As autoestradas afastam-nos dos centros históricos, quase nem damos por eles, se não os tivermos no nosso roteiro de viagem.
Ligamos grandes centros urbanos com uma rapidez fulminante, como se estivéssemos num redil. É por aquela via, naquele sentido e tudo o mais é como se não existisse.
Como eram diferentes as viagens de outros tempos!
E Alcobaça está, como dizer, requalificada, ou seja, remodelada, na sua apresentação estética de algumas ruas e do Largo em frente do Mosteiro.
Para melhor?
Claro que as opiniões aqui dividem-se. Há os que pensam que as zonas históricas não devem ser alteradas visualmente, simplesmente conservadas de modo a manter o ar da sua época áurea, transportando-nos com mais proximidade espiritual aos factos e às circunstâncias que as envolvem historicamente.
E há os que pensam que não podemos parar no tempo. Que tudo pode ser alterado consoante a época em que vivemos.
Eu só questiono os que acham que se deve modernizar o meio em que os nossos monumentos estão implantados, mesmo que isso os descaracterize simbolicamente.
Um povo precisa de referências históricas para se poder orientar em tempo de inquietação e de dúvidas.
Afinal o que é que distingue uma cidade de outra, na atualidade? A sua zona histórica, fundamentalmente. Portanto, há que preservar as suas zonas históricas, mantê-las na sua configuração, o mais próximo possível do tempo histórico e época cultural que simbolizam, digo eu e não estou sozinho, seguramente.
Bem, mas afinal, qual foi a motivação da minha recente visita a Alcobaça, no passado domingo?
Muito simplesmente, assistir ao Concerto de Encerramento do XX Festival de Música de Alcobaça, com a Orquestra Filarmónica das Beiras sob a Direção de António Vitorino D´Almeida.
Tivemos, os que apareceram sem convite, que assistir ao concerto de pé, o que não foi nada agradável, tanto mais que durante algum tempo estivemos à torreira do sol.
Programa:
Franz Schubert (1797-1828) - Sinfonia nº 5;
António Vitorino D´Almeida (1940) - Idem, op. 167 (2012);
Edward Elgar (1857-1934) - Marcha de Pompa e Circunstância, op. 39 nº 1 (1901)
É desta última que se ouve um excerto, na montagem vídeo acima apresentada.
Foi o que se pôde arranjar, que não tinha credencial para gravar nem fotografar. Aliás, não infringi essa regra, já que a tomada do vídeo foi feita do corredor (galeria) dos Claustros, que liga à nave central da Igreja do Mosteiro.
2012/07/27
Um pôr do sol à Florbela Espanca (?!)
Seguíamos, eu e a Zaida, de carro, Avenida das Comunidades (Leiria) abaixo, sem grande pressa, tínhamos encontro marcado com Florbela Espanca, na Nazaré, no Centro Cultural, uma conversa sobre a sua vida e a sua obra, os nossos amigos e companheiros de tantas tertúlias de poesia, o casal Soares Duarte, já lá estão, sempre na primeira fila, nestas ocasiões...
Sei que já me tornei maçador com esta mania da fotografia. Mas que hei-de fazer?! Foi Deus quem me fez assim, quando me afeiçoo a um hobby, são anos e anos de dedicação, diria mesmo de paixão!...
Ante que o Sol se escondesse atrás das nuvens, na direção do mar, parei o carro (em segurança, quatro piscas ligados) e guardei na minha Nikon D50 com objetiva Sigma 70-300 mm, este pôr do sol.
Mais um, dirão!
Único, digo eu!...
Já Florbela Espanca escrevia...
-Sol poente
Tardinha... «Ave, Maria, Mãe de Deus ...»
E reza a voz dos sinos e das noras ...
O sol que morre tem clarões de auroras,
Águia que bate as asas pelos céus !
Horas que têm a cor dos olhos teus ...
Horas evocadoras de outras horas ...
Lembranças de fantásticas outroras,
De sonhos que não tenho e que eram meus !
Horas em que as saudades plas estradas
Inclinam as cabeças mart´rizadas
E ficam pensativas ... meditando ...
Morrem verbenas silenciosamente ...
E o rubro sol da tua boca ardente
Vai-me a pálida boca desfolhando ...
pp 107 «sonetos» de Florbela Espanca
Estudo Crítico de
José Régio
Ed. Livraria Bertrand, 1981
@as-nunes
2012/07/25
Quem define os limites da vida?!...
(A vida para além...)
Perfil
Não. Não tenho limites.
Quero de tudo
Tudo.
O ramo que sacudo
Fica varejado.
Já nascido em pecado,
Todos os meus pecados são
mortais.
Todos são naturais
À minha condição,
Que quando, por excepção,
Os não pratico
É que me mortifico.
Alma perdida
Antes de se perder,
Sou uma fome incontida
De viver.
E o que redime a vida
É ela não caber
Em nenhuma medida.
Coimbra, 2 de Março
de 1979
Miguel Torga
@as-nunes2012/07/23
SÍRIA REFÉM DO OBSCURANTISMO
Penso ser da maior atualidade e interesse divulgar textos como o que referencio abaixo.
A minha amiga, radioamadora e blogger, Alda Maia, autora do blogue:
Pensamentos Vagabundos
.
escreve regularmente, textos de reflexão política e social, com grande profundidade e capacidade de análise. Nota-se que escreve com bastante perspicácia e atualidade, mas como se estivesse a exercitar, muito simplesmente, a sua arte de exprimir os seus pensamentos.
É pena. A quantidade de artigos que, provavelmente, não chegam à luz da ribalta, do conhecimento dum maior número de leitores é impressionante. Pelo menos, a mim, choca-me que imensos artigos medíocres circulem nos jornais e nas redes sociais e tenham muita divulgação enquanto outros, como o presente, passam demasiado despercebidos.
Fiquei na tentação de o transcrever na íntegra, neste meu blogue, na modesta intenção de dar o meu contributo para tornar um pouco mais conhecido o seu post com o título
PRIMAVERAS ÁRABES TRAÍDAS?
PERMANECE O OBSCURANTISMO?
.
.
Na esperança de que de alguma forma consiga promover a divulgação deste texto de Alda Maia,
---
SEGUNDA-FEIRA, JULHO 23, 2012 (link do original)
PRIMAVERAS ÁRABES TRAÍDAS?
PERMANECE O OBSCURANTISMO?
Desviemos as atenções desta Europa doente de “spreads”, de tendências por cortinas de ferro (agora Norte contra Sul), concentremo-las na Síria e demos relevo a um grande poeta, pensador, filósofo muçulmano nascido no norte da Síria, nacionalidade libanesa e candidato, com muito mérito, a um Nobel da Literatura. Actualmente, vive em Paris.
É conhecido como Adonis (indicam que se deve pronunciar Adunis), pseudónimo de Ali Ahamed Saïd Esber. Foi buscar o pseudónimo ao Adónis fenício, também símbolo da ressurreição.
Para os fundamentalistas é um nome que “renega a tradição islâmica”. A questão é que este poeta e intelectual árabe sempre se bateu pelas liberdades democráticas e pela emancipação das mulheres. Sempre foi um inimigo do regime de Assad, mas não tem poupado críticas ao fundamentalismo islâmico que pretende substituir aquele regime.
Etiquetas:
Adonis,
Alda Maia,
aldeia global,
Autores mundiais,
islão,
jornais mundiais,
La Repubblica,
muçulmanos,
outros blogues,
Siria
2012/07/21
Ao cair duma destas tardes
Os dias têm estado quentes, o Verão, de repente, mostrou os seus galões, grassam incêndios gigantescos centrados no Algarve e na Madeira.
Este fim de tarde surgiu, inesperadamente, belo, até fiquei com a ideia de que um disco voador pairava sobre a Sra. do Monte...
@as-nunes
2012/07/20
Camões, Garrett, Pedro Nunes... etc etc etc
Um dia destes, em Lisboa...
As armas e
os barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também
as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte. |
|
-- Luís de Camões,
Os Lusíadas (1572) Canto I, 1--2 |
@as-nunes
2012/07/17
Lisboa e Tejo e tudo...
«Outra vez te revejo –
Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que a rangem
No castelo maldito de ter que viver…»
2012/07/15
Em Lisboa, por estes dias...
Há muito que não ia a Lisboa para tentar descontrair, olhar Lisboa sem pressas...
Passámos bastante tempo na zona do Chiado e da Rua Áurea...
À noite fomos aos Fados, uma coisa que, pela internet e outras referências, daria um serão interessante.
Foi caro, fiquei com a sensação de estar numa casa de Fados para turista ver e gastar...
Não gostei, eu que sou um amante acérrimo do Fado!...
@as-nunes
2012/07/12
O meu jardim, esta noite...ou o Fantasma do Simplex
Num momento de alguma descompressão...
fui tirar algumas fotografias ao jardim, agora mesmo, noite cerrada.
Nas últimas semanas tem sido um desassossego cá por estas bandas. Por múltiplos e variados motivos.
Mas o que releva sobremaneira é o stress infernal que tenho vindo a suportar por causa dum fantasma louco que anda por aí, que até tem nome e tudo, é conhecido por IES, só os TOC é que são assombrados por ele e o entendem.
Há também uns tipos que trabalham para a ATA, que estão convencidos que são capazes de o enfrentar sozinhos, mas não estão a conseguir fazê-lo. Parece que já pediram ajuda ao bastonário da OTOC para que se forme uma comissão para se estudar este mistério soturno, que eles, este ano, só fizeram asneiras na tática a adotar para o levar de vencida, de modo que a coisa tem corrido para o torto. Diz-se, inclusive, que já ouviram este fantasma a manifestar-se com umas risadas cínicas e sinistras, altas horas da madrugada, quando os TOC estão de volta dos computadores, às dezenas de milhar, a queimar pestanas, que diz que é uma arma eficaz para derrotar este e outros fantasmas do género.
O problema é que o prazo para derrotar o malvado fantasma IES está a acabar, é já no próximo dia 15 e os TOC já não têm tempo para arranjar pestanas queimadas em quantidade suficiente para usar na mezinha que até tem que ir ao caldeirão, com temperaturas altas.
E também estão a confrontar-se com outro problema.
Como não têm tido tempo para descansar
(é só bicas, tabaco e falta de sono)
estão a ficar em estado de fraqueza geral, alguns até já em depressão, o que lhes está a tirar a força que é necessária para derrubar tão imponente fantasma.
Por isso mesmo é que, finalmente, o chefe dos da ATA já mandou dizer à Lusa, pelo bastonário, que talvez, o dito fantasma da IES se distraia e nós o possamos apanhar até 31 de Julho. Também há os que dizem que só se o distrairmos até 30 de Setembro é que se poderá ter êxito nesta missão perigosa e difícil.
De modo que aqui estamos neste impasse...
Nota importante:
Lamentavelmente, este texto, mais vírgula menos vírgula, foi censurado, assim como todos os subsequentes comentários, dum Fórum duma instituição particular de interesse público, de que eu sou associado.
Legenda:
Lamentavelmente, este texto, mais vírgula menos vírgula, foi censurado, assim como todos os subsequentes comentários, dum Fórum duma instituição particular de interesse público, de que eu sou associado.
Legenda:
IES - Informação Empresarial Simplificada
ATA - Autoridade Fiscal e Aduaneira ( a sigla oficial é AT)
TOC - Técnico Oficial de Contas
OTOC - Ordem dos Técnicos Oficais de Contas
@as-nunes
@as-nunes
Nico e Tina: companhia desfeita
A Tina ficou, a partir de hoje, sozinha, privada da companhia do seu irmão Nico...
É assim a vida, o Nico foi com os donos para a sua casa.
@as-nunes
Subscrever:
Mensagens (Atom)