2016/10/29

Dentro de ti, ó Leiria ou Balada do Encantamento


Este vídeo foi inspirado e complementa a minha crónica que irá ser publicada no Diário de Leiria, na próxima segunda feira, dia 31 de Outubro de 2016.

Fica aqui, desde já, o espaço para a sua reprodução... 
Ei-la:

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Em modo DISPERSO… (XXIII)

Dentro de ti, ó Leiria.
Balada do Encantamento
Letra e música de D. José Paes de Almeida e Silva

Falemos, agora, de duas das canções/baladas que mais simbolizam a cidade de Leiria, a sua mística histórica, poética e artística em geral, e as suas gentes. Na minha opinião, claro está, aquelas que mais contribuem para o badalar de Leiria pela via da música, entretanto já muito divulgadas através de vídeos, serenatas de estudantes e pelo Orfeão de Leiria, são:
A “Canção do Porvir” e “Dentro de ti, ó Leiria”.
Vou deixar para uma nova crónica, a história de “A Canção do Porvir”. Não é porque para com ela tenha menos deferência, muito pelo contrário, mas porque hoje me apetece ´ouvir` a “Balada do Encantamento”.  Com certeza  que me acompanharão neste gosto.
Quem não conhece a sua letra? Pelo sim pelo não aqui fica:

Dentro de ti, ó Leiria
Vive uma moira encantada,
Não sabes, é minha amada
E tem por nome Maria.

Leiria foste um ladrão
Leiria do rio Lis.
Roubaste-me o coração
E, vê lá tu, sou feliz.

É sempre com incontida emoção que ouço esta belíssima canção, que me habituei a saborear, encantado, desde que cheguei a Leiria em 1966. Esta balada cantada ao modo do fado de Coimbra acabou por se transformar num meio de consagração da histórica - sempre bela e romântica - cidade de Leiria, que aprendi a amar como se a minha terra natal fosse.
Conheço duas interpretações vocais desta balada, as duas excelentes: Uma, de Janita Salomé e outra  do mesmo nível, de Manuel Branquinho, esta gravada há 41 anos. Uma e outra versão podem ser ouvidas com facilidade por consulta direta na internet através do motor de busca da Google.

“Dentro de ti, ó Leiria” é uma das canções/baladas mais belas, significativas e simbolicamente ligadas a Leiria. A sua letra e música enraizaram-se rapidamente nas emoções de ser Leiriense e, mais tarde, adotada como balada indicativo das serenatas da Sé de Leiria vividas pelos estudantes Universitários da cidade do Lis… e do seu Castelo… e de Rodrigues Lobo… e do Eça, que por aí anda no Largo da Sé… e pelo lídimo poeta Leiriense Acácio de Paiva, que nasceu na casa de azulejos azuis “viúva lamego” em 1863… e onde se iniciou a família dos Teles e Paiva, … etc. Foram muitas estas serenatas, no mês de Maio de cada ano, que eu ouvi enquanto trabalhava no meu escritório no primeiro andar da casa de família, a “Pharmácia Paiva”, naquele Largo. Foram muitos anos. Até que, por volta do ano 2008, nos mudámos para a Barreira. Aquela balada, porém, ficou-me nos ouvidos. Talvez para sempre…

O seu autor, 1899-1968, D. José Paes de Almeida e Silva, nasceu em Vagos, mas a sua ligação a Leiria ficou indelevelmente gravada no som da letra e da música desta extraordinária balada/fado.  Foi eleito pela Academia de Coimbra como o seu filho dileto na música através de Baladas, Canções, Operetas, Música Coral, Música Instrumental, que acabou por ser tocada na sua Tuna, da qual chegou a ser Regente entre 1929 e 1931.  Em simultâneo, sempre que necessário, foi o Maestro do Orfeão Académico de Coimbra, o que lhe proporcionou excelentes relações de amizade com os nomes mais sonantes do fado e da guitarra Coimbrã. O período de 1920-1930 passou para a história como a “Década de oiro da academia de Coimbra” (Dr. Afonso de Sousa, que chegou a tocar a música de D. José à guitarra com Artur Paredes, enquanto estudante nesta cidade).
Em 1929 a Tuna Académica de Coimbra deslocou-se a Leiria onde foi acolhida em apoteose. Nesta altura, D. José Paes de Almeida e Silva, com a ajuda preciosa do Dr. Américo Cortez Pinto (outro vulto Leiriense a não deixar que se perca nas brumas da memória) conheceu D. Maria Isabel Sousa Charters de Azevedo, daqui natural, e com ela acabou por casar.
Foi esta ligação sentimental que o inspirou a escrever e musicar “Dentro de ti, ó Leiria”, que ficaria celebrizada para todo o sempre como a “Balada do Encantamento” de Leiria.
Esta balada foi tornada pública no dia seguinte ao da sua chegada a Leiria pela voz de encantar do célebre Edmundo Bettencourt, um dos seus amigos de boémia e tertúlia Coimbrã. Logo a seguir voltou a ser cantada nos Paços do Concelho de Leiria por um cantor conhecido de nome  Vicente. E assim Leiria do rio Lis se rendeu aos encantos da moura encantada que dentro dela vivia... e continuará a viver. Ad eternun
D. José acabou, mais tarde, por alturas de 1943, por se mudar para Leiria, onde a família Charters de Azevedo tinha casa e propriedades nas Cortes.
A sua paixão pela Música manteve-se inalterada e chegou a ser Maestro do Orfeão de Leiria, que regeu, pela primeira vez em 7 de dezembro de 1948, no Teatro da cidade, o magnífico e infamemente já demolido, Teatro D. Maria Pia.
Ler mais no livro “D. José Paes de Almeida e Silva – Vida e Obra Musical” de Adélio Amaro, ed. Folheto, 2015, com o apoio de Teatro Nacional de São Carlos e Fundação Caixa Agrícola de Leiria.

Até à próxima.

2016/10/27

Pintura de Sílvia Patrício no Banco de Portugal - Leiria






Uma pequena reportagem da minha visita à exposição de Sílvia Patrícia, no Banco de Portugal, em Leiria.
Decorre de 22 de Outubro a 13 de Novembro de 2016.

2016/10/23

4º Encontro de Bloggers em S. Pedro de Moel


Na minha conta de "Facebook" usei, durante o dia de hoje, 23 de outubro de 2016, esta capa.
A verdade é que fui mesmo. Aliás, fui eu e a Zaida, também ´blogger`, ainda que de "licença ilimitada", dos blogues Avó Zaida e Gatimanhos.

Uma ideia das amigas Clara do blogue Afrodite e Maria Araújo do blogue Cantinho de Casa, que ofereceram um marcador como o representado nesta imagem digitalizada.
A organizadora-mor deste evento foi a Graça Sampaio, minha vizinha e querida amiga cá de Leiria.
Que dizer deste encontro? Que foi uma maravilhosa oportunidade de pessoas que se entrelaçam via éter através dos blogues, acabando por criar empatias através da troca de mensagens em texto e em imagem e também dos comentários que se vão fazendo, ´post`após ´post` e de que têm resultado vários convívios, ao longo dos anos, olhos nos olhos, pessoalmente. Como foi o caso presente. 
De facto é como a Clara e a Maria Araújo escrevem no separador acima:
"A melhor rede social ainda é uma mesa rodeada de amigos".
E assim se confirmou hoje.
Tirámos algumas fotografias, uns mais fotógrafos que outros, claro. Eu não podia fugir à minha regra quase sacramental, que é levar uma ou mais máquinas fotográficas para onde quer que vá. Já são muitos anos a fotografar, mais precisamente, 50 anos. Mas continuo amador e sem o devido empenho em aprender novas técnicas fotográficas, antes dando primazia à minha intuição e gosto pelo registo do "momento".
Para recordar este momento eis uma montagem feita no programa "Picasa" (colagem). Para já. De qualquer modo, se algum dos presentes, tiver interesse nisso, poderei enviar por link ou ´WeTransfer`, as fotos que ficaram registadas na minha "Nikon".

Parece que esta colagem ficou incompleta. Vou confirmar e já aqui venho fazer a atualização que for devida.
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A lista das presenças: (copiada diretamente do blogue da Gábi)


 1 -  Afrodite  (Braga) - http://jardinsdeafrodite.blogspot.pt/
 2 -  Maria Araújo (Braga) - http://cantinhodacasa.blogs.sapo.pt/
 4 -  Rui E.S.+ Mª Helena  (Ermesinde) - http://coisas-da-fonte.blogspot.pt/
 6 -  Maria Júlia Abreu + Domingos  (Porto) - https://cantinhodajuleca.blogspot.pt/
 8 -  Gabriela + N  (Porto) - http://dona-redonda.blogspot.pt/
 9 -  Kok (Oeiras) - http://koktell.blogs.sapo.pt/
11 - Teté  + marido (Lisboa) - http://pequenoquiproquo.blogspot.pt/
12 - Ricardo Santos  (Lisboa) - http://opactoportugues.blogspot.pt/
13 -  Isabel Pires (Entroncamento ) - http://nascernapraia.blogspot.pt/
14 - Manuela  (Caldas da Rainha) - http://existeumolhar.blogs.sapo.pt/
16 - Graça Sampaio + Sidónio  (Leiria) - http://picosderoseirabrava.blogspot.pt/
 18 - Luis Rodr. Coelho + Esposa (Leiria) - http://luisrcoelhohotmailcom.blogspot.pt/
 20 - António Nunes + Esposa (Leiria) - http://dispersamente.blogspot.pt/
 21 - Adélia Sousa (Marinha Grande) - http://adeliaasousa.blogspot.pt/
 22 - Rodrigo Henriques (Marinha Grande) - http://rmanuelh.blogspot.pt/

2016/10/17

Tempo de recordar Soares Duarte (1933 - 2013)

Em jeito de mais que justa homenagem à memória de Joaquim Soares Duarte.
Um amigo para sempre.






Com saudade...



Em 2006 dizia eu aos meus amigos/leitores da blogosfera...


Eu não sou sempre como me estão a ver ou a julgar que me veem...
De qualquer modo, foi assim que a câmara fotográfica me apanhou hoje, dia 24 de Dezembro de 2006.
Por baixo desta boina há muito pouco cabelo. E os globos de iluminação do jardim não sei se me iluminam o suficiente...

Sou o autor deste blogue, que eu próprio acho que não é grande coisa, tem muitas insuficiências, dispersa-se em demasia, contradiz-se com frequência, enfim, é um trabalho orientado por um homem...simples/humanista a toda a prova e muito interessado em observar e analisar o que o rodeia.
Não pretendo ser professor de nada nem de ninguém, não tenho pretensões em ensinar o que quer que seja, mas se puder ser útil nalguma circunstância estou sempre disponível. Assim os meus préstimos possam ter alguma utilidade.

Estou na blogosfera como Sou, tal qual.

DESEJO as melhores venturas a TODOS os MEUS AMIGOS que me têm acompanhado nesta jornada de aventura pelo mundo dos blogues, quantas vezes, duma forma intimista, também algo/muito DISPERSA, como já devem ter confirmado.
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Publicado originalmente num outro blogue do rol de blogues que abri ao longo destes anos todos.
Ainda está no ar...éter...
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Vou comemorar 10 anos do meu blogue-guia "DISPERSAMENTE..." em 16 novembro 2016.

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2016/10/14

Faço 10 anos de vida com o "DISPERSAMENTE..." em 16 de novembro de 2016


O meu blogue "DISPERSAMENTE...", aquele a que mais me tenho dedicado ao longo dos meus últimos anos, está a comemorar 10 anos de existência.
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Entretanto, a minha neta Mafalda dez o Design do Diploma que gostava de outorgar aos meus amigos:


Mas...
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(Em 1998, aqui: http://utilizadores.leirianet.pt/~anunes - Todo o design, tabelas, páginas html, upload direto por ftp, como um profissional (:), tudo feito "à unha"por mim; hoje, passados estes anos todos, até me perece impossível! )  )
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Em 2001 andava eu com a "maluqueira" do radioamadorismo e, ao mesmo tempo,  na WEB.
Cópia duma página no endereço: http://www.qsl.net/ct1cir/ham.html

Sou Radioamador desde 15 de Junho de 1982.sempre com o mesmo indicativo de chamada. Actualmente sou operador da Classe A ainda que sem conseguir transmitir Morse a não ser por computador.Este hobby foi-me incutido desde muito novo através de mensagens que me foram ficando através de filmes e de reportagens em livros, jornais e revistas. Sonhei desde esses tempos, em um dia vir a ser radioamador. Pensava eu, nessa altura, ser um objectivo quase impossível de realizar, não só pelo grande investimento que eu imaginava ter que se fazer mas também e, muito principalmente, porque a realização desse desejo requeriria muitos conhecimentos técnicos que eu não possuía nem tinha ninguém das minhas relações que me pudesse elucidar a esse respeito. O momento que terá determinado a minha vontade de me fazer radioamador foi uma visita que em 1968 fiz à residência do Dr. Mário Cupido, meu colega de profissão, na altura (professor do Ensino Secundário) na então Escola Industrial e Comercial de Leiria. 
O Dr Cupido já era Radioamador, tinha e ainda tem, o indicativo de CT1RO. Fiquei entusiasmadíssimo com as demonstrações que ele então fez de contactos através dum emissor a válvulas (que era o mais avançado à época) e com a ajuda dum simples dipolo que atravessava a rua de sua casa a uma Escola Primária que havia do outro lado dessa mesma rua. Um espectáculo inolvidável foi o ter a oportunidade de assistir a um QSO com um radioamador da Rússia de então.
Anos mais tarde foi o CT1AVJ, o meu amigo Adelino Clemente, que deu o empurrão final. E lá fui eu fazer exame. O primeiro rádio que usei foi um Yaesu TF101 a válvulas. Quantos DX não fiz com aquele rádiio! ...  Só 2 anos mais tarde o Clemente me convenceu a vir para o VHF. E foi ele mesmo que me vendeu o meu primeiro rádio de VHF: O ICOM 280E, que ainda hoje possuo. Só nessa altura é que comecei a relacionar-me mais com os radioamadores de Leiria. É que o DX foi a minha perdição durante muitos e longos anos. Fiz imensos concursos, diplomas, entrei em pile.up´s, fiz trinta por uma linha. Tenho o meu shaque cheio de Diplomas.: O WAC ( fatalmente tinha que ser o primeiro a ser pedido), o DXCC, o WPX SSB,  depois uma interminável lista de outros Diplomas, dentre os quais terei que destacar os relativos aos concursos da revista CQ: World-Wide DX Contest 1987 - lº lugar - 15 metros SSB - Portugal; WW WPX Contest 1988 - lº lugar - 20 metros SSB - Portugal, International Contest Award, ARRL 1988 - lº lugar - 20 metros - SSB - Portugal, várias placas das minhas classificações nas célebres Taças e Campeonatos em SSB HF organizadas pela REP de então, etc etc.
Nos princípios dos anos 90 comecei a dedicar-me com mais assiduidade a uma outra faceta do radioamadorismo que eu considero muito importante e que tem sido catapultadora de muitas e interessantes iniciativas em prol do radioamadorismo: montagem de repetidores, organização de feiras e exposições, convívios, troca de experiências, etc. E foi assim que me liguei e de que maneira à ARAL - Associação de radioamadores de Leiria. Passei a entusiasmar-me com os assuntos associativos de tal maneira que tenho sido de há 15 anos a esta parte, ininterruptamente, membro dos Corpos sociais desta associação.
Não dou por mal empregue o tempo, dinheiro e dedicação com que me tenho dedicado à causa do associativismo radioamadorista. Só espero é que o meu anseio de ser interveniente no sentido de poder dar o meu melhor contributo ao radioamadorismo não tenha sido, nalgumas ocasiões, mal interpretado.
Nada mais que o espírito de bem servir a comunidade me tem motivado..
Leiria, 12 de Fevereiro de 2001
Antómio Nunes  - CT1CIR    
---    
Ainda cá ando... 24 de Agosto de 2005
e-mail: asnunes@sapo.pt
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NB.: o meu endereço de uso mais certeiro é: nunes.geral@gmail.com

2016/09/25

Jorge Estrela e a coleção de pintura do Museu de Leiria

O Museu de Leiria acolheu, pelas 14h00 do dia 24 de setembro de 2016, a Tertúlia "Recordar Jorge Estrela",
 Jorge Estrela - Foto retirada do FB de Inês Thomas Almeida, sobrinha de Jorge Estrela
(1944-2015)
uma iniciativa integrada nas comemorações das Jornadas Europeias do Património 2016, em que foi feita, às 17:00, a apresentação do catálogo da autoria de Jorge Estrela "Coleção de Pintura. Séculos XVI-XVIII”.
O programa teve início às 14:00, com receção aos participantes, seguindo-se a sessão de abertura, pelo vereador da Cultura da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, às 14:15.

A tertúlia, às 14:30, com moderação de António Luís Ferreira (1)

, contou com as participações de Inês Thomas Almeida (2)



, com uma intervenção com o título “O meu tio Jorge Estrela”, 
Vítor Serrão (3)

, que abordou o tema “Jorge Estrela, historiador e crítico de arte”, 
Sylvie Deswarte (4)

, sobre “Jorge Estrela. História de um encontro, 2013-2014”,
e ainda Marisa Castro (5)

, com uma intervenção com o tema “Jorge Estrela, artista também na micologia”.
Após uma pausa às 15:45, intervieram ainda Martinha Henrique (6)

, sobre o tema “Jorge Estrela, História da Arte e Dermatologia

, Rui Ribeiro (7) sobre “Um jardim para Leiria segundo Rodrigues Lobo
, e António Marques da Cruz (8)

, que apresentou “Jorge Estrela, um esteta do vinho”.
A sessão de encerramento teve lugar às 17:00, pelo Presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro

altura em que foi feito o lançamento do livro/catálogo “Pintura Séculos XVI – XVIII. Museu de Leiria”, de Jorge Estrela.



Capa do Livro/Catálogo "COLEÇÃO DE PINTURA - SÉCULOS XVI-XVIII" - do Museu de Leiria.
Jorge Estrela, ed. Câmara Municipal de Leiria, Produção, montagem e Conceção gráfica: Textiverso - Leiria, 2016.
Coordenador de edição: António Luís Ferreira.
Superiormente prefaciado pelo Prof. Dr. Vítor Serrão, Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Permitam-me que deixe aqui como que um instantâneo da pertinência da seguinte interrogação com que o seu autor e cidadão ativo nas causas leirienses, Jorge Estrela, se abalançou a tamanha obra: "O que aconteceu às imagens pintadas em Leiria ou para Leiria durante os seus quase mil anos de existência?
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Desde 1993 que Jorge Estrela se vinha dedicando ao estudo, restauro e classificação da colecção de pintura do Museu de Leiria, que acabou por dar origem à exposição “A Nova Vida das Imagens. Pintura em Leiria, Séc. XVI/XVIII”.
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Notas:

Sob a forma de notas complementares vou tentar, à medida que para tal disponha de elementos, passar para este blogue referências aos intervenientes ativos desta tertúlia: 
- 2) Impossível  ficar indiferente ao seu emocional mas justo apelo a toda a plateia e às instituições administrativas (particularmente a Câmara Municipal de Leiria) para que o Jardim das Almoínhas, em curso, venha a constituir-se numa merecidíssima homenagem ao seu tio e fique com o nome "Jardim Jorge Estrela". De facto só quem não conhecer a vida e obra de Jorge Estrela é que não aceitará entusiasticamente esta proposta. Como tal deve este apelo ficar, desde já. Para ser tida em conta na devida oportunidade, em última instância,  na Assembleia Municipal de Leiria.  

nota à posteriori: (in FB de Inês Thomas Almeida)
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10153034594598953&set=a.51481503952.49047.535148952&type=3&theater


3) A dado passo da sua intervenção, o Prof. Dr. Vítor Serrão falou dos Grafitos Medievais do mosteiro de Alcobaça, descobertos e primorosamente descritos por Jorge Estrela:



4) in Preguiça:
... (entrevista a Jorge Estrela):
 3. Diz-nos um autor que descobriste ultimamente e tens pena de não ter descoberto mais cedo.
A obra de Sylvie Deswarte, sobre Francisco de Holanda e a arte do Renascimento. Tive o prazer de conhecer a autora há pouco tempo e fiquei fascinado pelo rigor dos seus estudos. Desde então, li muitos dos seus livros e artigos, o que tem sido facilitado pelo facto de a autora me ter enviado grande parte dos seus trabalhos, que são peças fundamentais da cultura portuguesa.
7) Jorge Estrela fez vários estudos sobre a paisagem portuguesa e sobre jardins, incluindo o projecto “Um jardim segundo Rodrigues Lobo” para a Câmara Municipal de Leiria.







Alguns dos diapositivos apresentados pelo Arqº Rui Ribeiro no decorrer da tertúlia, que me permiti fotografar e deixar aqui publicados por me parecer que o autor não me lavará a mal esta ousadia tendo em conta o interesse flagrante da sua partilha pública.
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Uma parceria Rui Ribeiro/Jorge Estrela, ganhou o concurso público para a reconversão do Mercado de Santana, em Leiria, já construído e inaugurado em 2003.
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8) Em síntese eis o que António Marques da Cruz disse e também mostrou em oportunos e históricos diapositivos:
"O interesse epicurista do Jorge pelo vinho tornava o tema numa conversa de pendor intelectual, onde a estética do gosto e da apresentação eram procuradas. A sua colaboração nos raciocínios sobre o vinho ultrapassava o mero aspeto da imagem e abrangiam o valor e a moda como conceitos que informam a atividade artística. Conhecedor da História Mundial do vinho, era igualmente um conhecedor dos vinhos de Leiria, inclusive para a génese da CVR da Alta-Extremadura." 







Alguns dos muitos trabalhos da autoria de Jorge Estrela para os vinhos "Marques da Cruz".

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Mais fotos em Leiriagenda

2016/09/23

A minha neta Mafalda Moura e o 10º Aniversário deste meu blog (blogue).




Depois de ter ouvido reiteradas críticas ao amadorismo (para não dizer banalidade) da capa deste meu blogue (se calhar vou passar a usar o termo em inglês ´blog`) aqui fica o registo duma nova imagem que passará a representar o "DISPERSAMENTE...".
A pretexto da proximidade da data do 10º Aniversário deste blogue (cá estou eu a voltar para o uso do termo em português, ou aportuguesado seguindo a oralidade da palavra em inglês) decidi-me a falar com a minha neta Mafalda (endereço do FB) para me remoçar a imagem pública deste velhote (o blogue, bem entendido).
O resultado, à primeira tentativa, foi o que está exposto acima.
Gosto.
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Estou a estudar uma fórmula para comemorar este evento. 
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Vou tentar fazer um inventário retrospetico de todos os meus companheiros desta longa jornada, tantos e tão bons que foram e são (enfim, alguns até já lhes perdi o rasto, outros já se terão transmutado para outra dimensão...) e atribuir um Diploma conforme modelo acima.
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A ver vamos, estamos em finais de setembro, falta mês e meio.
Entretanto, vou escrever uma Carta Aberta ao "DISPERSAMENTE...". Sinto que lhe devo essa consideração. Ao mesmo tempo será, para mim, uma forma de lhe agradecer, também, todos estes anos de aventura no mundo das Novas Tecnologias e veículo condutor para tantas reportagens e crónicas, fotográficas, literárias e históricas.
O "Dispersamente..." proporcionou-me o estímulo necessário à edição de variadas composições multimédia. Tem sido muito o que consegui aprender e deixar registado sobre Leiria. Por exemplo, numa rubrica que me tem sido muito querida e que eu apelidei "Dentro de ti ó Leiria" ou "Viver em Leiria". Como auxiliar de memória fica - não só para minha própria consulta, mas também de todos os leitores interessados - um "Índice Temático" que está à vista do leitor na barra lateral deste blogue. Está identificado com o título: "temas ordenados alfabeticamente".
Quantas vezes não me tenho socorrido desse índice para recuperar informação que aqui tenho deixado registada. O mesmo tenho constatado que tem acontecido com pessoas individuais e instituições, cujo feedeback me tem chegado com regularidade através de contactos por e-mail a pedirem-me colaboração relativamente a alguns temas que fui abordando e registando ao longo destes anos.
O próprio motor de busca da Google tem sido uma ferramenta, hoje em dia imprescindível, para se localizarem fontes de informação para as mais diversificadas investigações e consultas oriundas deste blog
Até breve.
António Nunes






2016/09/21

VIVER em LEIRIA: DIPLOMA AOS PRESIDENTES DAS JUNTAS DE FREGUESIA

VIVER em LEIRIA: DIPLOMA AOS PRESIDENTES DAS JUNTAS DE FREGUESIA: Um excerto fotográfico do Diploma outorgado aos Presidentes das Juntas de Freguesia do Concelho de Leiria na oportunidade das Comemorações...

O outono também é bom; Fotografias apresentadas em montagem vídeo e música cantada por Elvis Presley.



Neste primeiro dia de Outono 
o do ano de 2016
Elvis Presley em 1960
a cantar uma canção
escrita há cem anos ...

Hoje começou o outono neste ano de 2016.
O dia tem sido muito atribulado, melhor dizendo, muito ocupado, com várias missões a cumprir. Já a tarde ia a mais de meio, vinha eu no meu carro em viagem de Marrazes para a Barreira, sintonizava como sempre que estou sozinho, a rádio Antena Um, ouço o programa "Se as canções falassem" de Miguel Esteves Cardoso. 
Com esta edição diária, Miguel Esteves Cardoso consegue o feito extraordinário de nos dizer coisas, umas vezes intrigantes, outras curiosas, acerca de canções sobre as quais ele sente uma determinada inclinação.
Ora, acontece que os gostos musicais de MEC estão muito próximos dos meus. Preferencialmente música que, duma forma ou doutra, se identificam com os anos 60. Ou porque eram músicas que se tocavam/cantavam nessa época ou mais à frente, mas sempre aí pelos anos 70, quando muito 80.
Hoje lembrou-se de falar desta canção.
Gostei, tomei umas notas e decidi-me a fazer esta montagem com fotografias que tirei ainda hoje ou nestes dois últimos dias.
Um pretexto para evocar o outono e o "DISPERSAMENTE..." no seu 10º Aniversário.
Mais um vídeo que me permito publicar neste meu blogue.

Em 2012, num dado momento da vida rezava eu este remoinho... Agora que estamos juntos há quase 10 anos ...

http://dispersamente.blogspot.pt/2012/06/nao-me-deixes-dispersamente.html
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https://youtu.be/i2wmKcBm4Ik
Jacques Brel - Ne me quites pas

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Nem eu sei 
o porquê
deste apelo
apelo a quem?
a mim?
provavelmente
mas porquê?
Por quê?!

Não consigo precisar
concretamente
conscientemente
o que me vai na mente

Prenúncios 
de algo 
que me poderá
levar 
a desanimar
a desistir 
deste meu amigo
há tantos anos comigo
dia a dia
sem horário
solitário

Tantos amigos
tantos temas 
dispersos
dispersivos
intempestivos

O que se passa comigo?
será melancolia?
será pré-nostalgia?

Não me deixes!...
dispersamente!...
Nós até gostamos um do outro
e temos amigos que gostam de nós
apesar de sermos como somos!

as-nunes12
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Entretanto ouvia:

https://youtu.be/5SUn4JqUTsA  - if you go away (Frank Sinatra)
https://youtu.be/y34XYuZwqyQRay Charles If You Go Away
https://youtu.be/tzHWuzoX1QMBarbra Streisand - If You Go Away (Ne Me Quitte Pas) - 2009

2016/09/19

Artesão Florindo Simões em Luanda - Encadernador (encadernador-mor) de Leiria

Artesão Florindo Simões em Luanda

17 de Setembro, 2016

Fotografia: DR

Florindo Simões,  um dos últimos artesãos vivos, cujo ouro em muitos livros passou pelas suas mãos chega na próxima segunda-feira a Luanda.
Um dos mais célebres encadernadores do mundo, Florindo Simões tem obras espalhadas pelos quatro cantos, desde o Vaticano e também em Angola. Com uma vida a encadernar livros, Florindo Simões tem 81 anos e mais de 60 dedicados à arte de encadernar livros. Florindo Simões é um dos últimos encadernadores de Leiria. Natural dos Pousos, ele começou a aprender o ofício de encadernador aos 13 anos, na então tipografia Mendes Barata, na Praça Rodrigues Lobo. O artesão produziu na sua oficina a pasta entregue a João Paulo II, aquando da primeira visita deste Papa aFátima, nos anos 80.
(Conforme notícia no Jornal de Angola de 17 de setembro de 2016, que chegou ao meu conhecimento através de seu filho Carlos Simões).

Leiria tem uma história belíssima nas Artes da Tipografia e da Encadernação.
Mais informaação seguindo os linques deste blogue:

e