
Que não há dinheiro
Que grassa uma grave crise financeira.
O Orçamento não aguenta?
Procure-se, parta-s´o mealheiro.
Ele, o dinheiro, anda por aí!...
E o Povo cada vez mais teso.
Esta é que é a realidade!...
Nua e crua!...
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asn
Se Jesus voltasse o que diria do Vaticano?
Não deveria a Igreja pedir perdão aos homens e a Cristo por tantas infidelidades e traições dos seus ministros?
Qual o critério na escolha dos bispos: a competência e o mérito ou a mera conveniência?
Também, na Igreja, todo o serviço prestado tem o seu preço?
Bastará aos padres serem crentes sem, ao mesmo tempo, serem credíveis?
Existe, de facto, uma "mão invisível" da Maçonaria na Cúria Romana?
É admissível que a vida religiosa de mil milhões de pessoas continue na dependência de um só homem, o Papa?
De onde vem a força real deste minúsculo estado - o Vaticano - onde não vivem mulheres nem crianças?
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RELIGIÕES
DIRECÇÃO DE ANSELMO BORGES
São quase três horas da manhã. Não queria ir para casa sem colocar mais este Post. No entanto, decididamente, quanto mais pressa mais vagar, diz o povo e tem razão. Com frequência, todos nós temos ocasião de confirmar este ditado popular. Tinha um texto já teclado, demorou-me uma meia hora a escrever e, às páginas tantas, evaporou-se, melhor dizendo, volatilizou-se. Deficiências da informação digital. Não se guardem convenientemente os bits e vão ver o que lhes acontece! Quando vamos pela informação nem rasto dela. Ora bolas!
Estou a tentar remediar o mal. Claro que já não consigo escrever da mesma forma que já o tinha feito, agora está a brotar ao sabor das tecladas, já com menos paciência, como é óbvio, e não como eu gostaria que fosse. Paciência - paciência o r... - que já se está a esvair...com o cansaço, o sono, o desânimo. Não há dúvida que o melhor é ir dormir, que o meu mal é mesmo a necessidade de uma boa soneca!
Estou no Largo da Sé, em Leiria, no primeiro andar da casa que se vê na foto. Tirei-a quando vinha a descer a calçada do Castelo/governo Civil (eu sei que tem nome de cónego...) a caminho deste local, para mais um serão de trabalho. Esta é a chamada "Pharmácia Paiva"*, na parte mais iluminada, com fachada em azulejos, dizem alguns entendidos que "Vúva Lamego".
O meu escritório é no 1º andar, por baixo funciona um bar, o barulho da música tipo batuque, que não consigo apreciar, por isso é que tenho estado a ouvir no meu computador outro tipo de música, mais a meu gosto, mais melodia, mais suave, talvez mais ao jeito do estilo da música dos anos 60.
O barulho que vinha de lá de baixo já acabou (parece que os clientes do bar já se calaram, já terão regressado às suas residências; o prédio é antigo, o soalho de madeira, o isolamento também deixa muito a desejar). Fazia-me recordar os meus tempos de África, Moçambique, batuques dos indígenas à volta de Nampula, até altas horas da madrugada, aos fins de semana, só que nessa altura eu tinha 21, 22 anos de idade e até achava graça. Estava a cumprir o serviço militar obrigatório e, por mais um acaso da vida, até consegui ter a viver comigo a minha mulher (tínhamos casado há uns meses atrás) e logo a seguir nasceu a Inês, o que me ajudou a fazer a tropa, naquele longínquo mas bonito, diria mesmo mágico, lugar, abraçado com fervor ao Índico, praias lindas, com águas tropicais e serenas, apesar de termos de viajar 400 e tal km para as apreciarmos, grande parte em picada. E os 8 dias que passámos na Ilha de Moçambique de então? Aquela combinação de religiões, uma mesquita – lavar os pés à entrada - o Forte na ponta Norte, as Igrejas, uma capela ortodoxa, os riquexós (uma volta completa à Ilha, 2 km por 500/600 metros, quanto é? - Dez escudos - fiquei chocado, paguei 200 escudos...). O cheiro intenso da terra, vermelha, após uma brutal chuvada de 5 minutos, as plantas a desenvolverem-se aos nossos olhos, parecia até que as víamos a crescer, milímetro a milímetro. Fantástica terra! Simples miragem da minha memória? Os relatos actuais que vemos e ouvimos começam a atestar que aquela área se está a desenvolver, social, política e até economicamente. Ainda bem!
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Já agora. Esta é a casa de que lhes tenho falado nos Posts sobre Eça de Queiroz em Leiria. É da família mas só uso o 1º andar para escritório. Era aqui a "botica do Carlos" em cujo estabelecimento, no local do bar atrás referido, se passam muitas cenas do célebre romance "O Crime do Padre Amaro".
Gostava de lhes falar mais sobre este assunto mas, por ora, já não há tempo e amanhã, logo pela manhã, recomeça o "batente".
Contas e relatórios, que estamos em época de fechar os Balanços e apresentar as contas do ano que findou e já lá vão 3 meses e tal. Agora é a época de enviar os ficheiros necessários ao Fisco, declarações e mais declarações, que chatice! Ainda que já se processem digitalmente, mesmo assim continuam a ser um exgero. Fala-se em desburocratização, mas não vejo maneira de se passar à prática essas boas intenções. Há que despachar, deixemo-nos de conversas fiadas. Está-se a perder tempo em demasia com informação em duplicado, triplicado, sei lá que mais.
Vamos à desburocratização, JÁ!...
Boa noite.
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* Leia-se uma reportagem do “Jornal de Leiria”, suplemento “Viver” da semana passada.
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asn
In "Abrupto" de JPP:
A Internet e o país em que vivemos
UM:
"Vou passar a Páscoa numa aldeia da Beira-Baixa que tem uma centena de habitantes com uma média de idades superior a 70 anos e onde o único computador existente é o meu portátil - e só quando lá estou.Telefones, há dois ou três; Internet, só existe em dois lugares, a meia-dúzia de quilómetros de lá (na vila), e nem sempre está a funcionar - e muito menos aos fins-de-semana. (Havia um Net-post nos CTT, mas foi retirado). As outras possibilidades (eventuais, pois não sei sequer se existem) são a 25 km, em Castelo Branco.E é num país assim que uns citadinos lunáticos querem que se pague o selo do carro só através da Internet - e outras coisas igualmente sem pés nem cabeça. (C. Medina Ribeiro) "
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OUTRO:
"A possibilidade do «selo do carro» poder vir a ser pago exclusivamente pela Internet motivou um coro de protestos e um sobressalto que atravessou o país de lés a lés. Porque muita gente não tem condições para ter Internet em casa, porque é um acto de liberdade prescindir da ligação à Internet mesmo que se tenham condições, porque um grande número de portugueses não sabe navegar no ciberespaço… Esta é quiçá uma argumentação válida, mas pouco reflectida, pois considero a medida positiva, com exequibilidade e pode significar um avanço civilizacional. Passo a explicar.Para aqueles que estão habituados a lidar com as novas tecnologias, a possibilidade de realizar este serviço no conforto do lar, no local de trabalho, frente a um terminal ligado à Internet é uma bênção. Para todos os outros avessos à utilização das modernas tecnologias de comunicação aos poucos poderão aquilatar das suas vantagens. Se em todas as juntas de freguesia, municípios, em todas as aldeias, vilas e cidades houver pontos públicos de acesso à net e que funcionem devidamente, será incrivelmente fácil implementar a medida em benefício dos utentes e proprietários de veículos que terão toda a comodidade de aceder ao serviço, ultrapassando o desperdício de trabalho e incómodo de se deslocar à Repartição Pública.Os mais distraídos dirão que a medida acarretaria muito investimento dos municípios ou da Administração Central. Também errado. Na prática já existem esses locais públicos de acesso ao ciberespaço que são os denominados Gabinetes de Apoio ao Cidadão (GAC). Estes postos de atendimento nas Juntas de Freguesia foram criados porque não é credível que todas as pessoas tenham proximamente Internet nas aldeias, daí constituírem uma porta para a rede mundial. Infelizmente eles não funcionam e não têm cumprido o seu papel, pois não se demonstra às pessoas a sua utilidade, conforto e facilidade. Os GAC ou afins podem fazer a interface entre a pessoa e o serviço público que está na sede de concelho, de distrito, na capital, etc. para além de todas as outras possibilidades de comunicação. Os serviços públicos de acesso à Internet podem passar para além da iniciativa privada por outras redes de ciberpontos ou tão simplesmente pela itinerância do autocarro camarário pelos locais concelhios.Assim, julgo que será com a obrigatoriedade de aceder a determinados serviços pela rede digital que se implementará uma sociedade mais moderna, informatizada e em consequência se elevará o nível de alfabetização digital da população.(José Alegre Mesquita) "
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asn
Eça foi nomeado para Administrador do Concelho de Leiria por despacho publicado no «Diário do Governo» de 21 de Julho de 1870, tomando posse desse lugar em 30 de Julho seguinte.
Instalou-se na Travessa da Tipografia, nº 13, tendo o seu quarto no 1º andar, que lhe serviu de modelo para a casa da S. Joaneira:«Duas varandas de ferro, de aspecto antigo, faziam saliência com os seus arbustos de alecrim...».
Era onde hoje se vê uma lápide com a efígie de Eça pelo Mestre Narciso Costa, com os dizeres:
«EÇA DE QUEIROZ - Viveu nesta casa e nela escreveu parte da sua obra - 1870-1871». Homenagem do Rotary Clube de Leiria - 1970.
Na fotografia tirada hoje, a casa a que nos estamos a referir é aquela que tem as varandas de ferro, tal como Eça as descreveu no seu romance "O Crime do Padre Amaro". Ao fundo, ao pé do automóvel, vislumbra-se uma esquina da Igreja da Misericórdia.
A Administração do Concelho estava instalada no 1º andar do nº 5 do Largo da Sé* e o gabinete de Eça era o da sacada, na esquina, tendo uma segunda janela de guilhotina para a Rua da Vitória. Precisamente por baixo, ainda hoje funciona a Tipografia "Carlos Silva", antiga "Imprensa Comercial", a comemorar um centenário de existência.
* Renova-se a informação de que estes dados têm como fonte o "Cadernos Culturais" 4 da Câmara Municipal de Leiria já referenciado no post anterior 3.n ainda que reforçados por conversas havidas com pessoas de família e amigos que têm estes conhecimentos por transmissão oral desde os tempos dos seus avós.
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