1) Estudantes Universitários a iniciarem os preparativos para a cerimónia da benção das pastas, que vai ter lugar na Sé Catedral de Leiria. Normalmente este Largo da Sé, enche-se literalmente com estudantes e familiares. E, como habitualmente todos os anos, aqui estou eu, no meu escritório a queimar pestanas para que as empresas prestem contas de fim de ano ao Fisco. Mas que fadário!...
2008/05/17
Hoje, em Leiria
1) Estudantes Universitários a iniciarem os preparativos para a cerimónia da benção das pastas, que vai ter lugar na Sé Catedral de Leiria. Normalmente este Largo da Sé, enche-se literalmente com estudantes e familiares. E, como habitualmente todos os anos, aqui estou eu, no meu escritório a queimar pestanas para que as empresas prestem contas de fim de ano ao Fisco. Mas que fadário!...
2008/05/15
Loteamento de zona verde
No canto inferior esquerdo destaca-se a rudeza da igreja da Misericórdia (construída sobre os escombros duma antiga sinagoga) e na parte superior uma das zonas verdes mais típicas e históricas da cidade, constituída pela área abrangida pela chamada Villa Portela, que tem sido objecto de imensas polémicas entre os proprietários e a Câmara Municipal, desde há mais de um século.
Verdade seja dita que se não fossem os proprietários, há muito que esta zona verde tinha sido transformada em arruamentos, alargamento da Praça do Município e até já lá teria sido construído um edifício público.
Acontece que o "Jornal de Leiria" de hoje noticia, muito simplesmente, a página 6: "Loteamento da Villa Portela aprovado pela câmara". E acrescenta que esse mítico lugar (até pela sua ligação a uma das maiores e mais distintas famílias desta terra, os "Charters d´Azevedo") vai ser transformado num "loteamento de "alta qualidade"". Este projecto foi aprovado por unanimidade e ficará constituído pelos seguintes equipamentos: 1-Edifícios de habitação; 2- Esplanada-miradouro (virada para a zona menos vistosa da Quinta da Portela); 3-Escadaria ; 4-Parque de estacionamento; 5-Praças.
Pela foto pode ficar-se com uma ideia geral do quão importante pulmão da cidade de Leiria é, de facto, esta zona verde, no seu conjunto. Entretanto, um pormenor, pelo menos, desse projecto, refere, como se fosse mais importante mais um alargamento de ruas que a manutenção integral da zona verde: "Os proprietários vão ainda ceder 1.000 m2 da zona verde da Vila Portela, que não será urbanizada, para permitir alargar a Rua Dr. José Jardim (onde fica situada a sede do PSD local) e a Rua Machado dos Santos."
E assim se vão requalificando (economicamente? esteticamente?) algumas das mais carismáticas zonas verdes de Leiria....
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Para melhor apreciar a beleza e imponência ambiental da parte desta zona virada para a Praça do Município consulte-se (aqui)
2008/05/14
Feira do artesanato em Maputo
Um amigo meu, antigo combatente da Força Aérea, também lá esteve mais ou menos pela mesma altura. Voltou àquele país muito recentemente e tirou as inevitáveis fotografias nestas circunstâncias.
As que vos apresento agora referem-se à feira semanal do artesanato, que se realiza todos os sábados, em Maputo.
Voltarei a este tema de rever Moçambique, 37 anos depois...
2008/05/13
Tempos da Velha Universidade de Coimbra
O meu amigo e grande bloguista, Tozé Franco, escreveu recentemente, um post sobre a história romanesca da Queima das Fitas em Coimbra. E lembrei-me que há um ano mais ou menos lhe falei do choupal de Coimbra, tão badalado em muitos dos fados e baladas desta cidade. Tirei o meu curso no Instituto Comercial do Porto, tendo-o acabado em 1966 (caramba, já lá vão tantos anos!...). Mas a minha experiência de passar pela Universidade de Coimbra, Faculdade de Economia, com uma frequência num anfiteatro mesmo junto à velha cabra, a entrada pela porta de ferro, as minhas idas de Leiria à Faculdade, andava eu com ideias de completar as cadeiras que me faltavam, depois das equivalências do iCP, as Sebentas lidas e gravadas em cassettes, ouvidas vezes sem conta, enquanto andava de carro dum lado para o outro nas minhas lides profissionais, jamais se apagarão das minhas mais ternas recordações. Eu a chegar à sala de aulas e os alunos, muito mais novos que eu, alguns mais distraídos, a pensarem, querem ver que nos mudaram de professor?
Bons tempos! Muito trabalho e muito estudo, mas valeu a experiência de viver a Velha Universidade de Coimbra, como estudante. Tive que desistir da campanha em que me meti. Fiquei com cadeiras do 4º e do 3º anos.
2008/05/10
Árvores de Leiria - Esclarecimento que se impõe
A observação que então anotei não teve qualquer intenção de criticar negativamente o facto da ausência inesperada daquele sítio na internet. É, de facto, uma pena.
Pelo que depreendo, a "Vertigem" é uma associação de jovens e especialmente voltada para jovens. Óptimo! Eu sou um, como se diz na gíria - até me parece mentira mas é a verdade nua e crua - sexagenário. Só que, gosto de intervir com o meu quinhão, no sentido da preservação do ambiente, de colaborar com a organização das comunidades de interesse social, que nos envolvem e nas quais nós, todos nós, nos devemos envolver.
Não se esqueçam, por favor, de fazer as devidas referências às árvores do Adro e do Largo da Sé de Leiria. Que me lembre e julgue saber: tília tormentosa e jacarandá, ambas estas árvores de porte monumental (O jacarandá da foto a começar a florir, no seu expectante azul lilás), padreiros logo a seguir (saudades minhas e de outros dos "acer pseudo-plátanus" que emolduravam, até, o Largo da Sé e albergavam centenas de pássaros, que nos alegravam a vida com o seu chilrear do amanhecer e do anoitecer...abatidos sem explicação pública), olaias, robíneas pseudo-acácia, melia azedarach.
A foto é de há momentos. Fui à janela, fazendo um intervalo no trabalho... Tirei a foto e, mais uma vez, tive ocasião de observar a incrível desarrumação e balbúrdia que vai aqui pelo Largo da Sé. E os bandos descontrolados, de pombos, anafadíssimos, ainda agora super-alimentados por uma senhora que vai propositadamente a uma loja de rações, aqui perto, comprar às sacadas de milho. Todos os dias. Ninguém põe ordem nisto?
2008/05/07
Divulgar o conhecimento
Esta rua de Leiria vai da Avenida Marquês de Pombal ao Largo Rainha Santa Isabel. Henrique Sommer foi o fundador da Empresa de Cimentos Lis, em 1920. Passo por esta rua diariamente, vindo do lado do seminário, desde a Barreira, para levar um neto à Escola Branca, EB1. Curiosamente, a parede pintada de amarelo pertence à Escola Amarela. São assim mesmo conhecidas.
A sua árvore é um lódão-bastardo (Celtis australis). Bonita e portuguesa. (dias-com-arvores)
Nesta Rua e no recreio da Escola Amarela existe esta árvore que, para já, ainda não consegui identificar(*). Estava à espera de obter informações na Net no conhecidíssimo "Atlas das Árvores de Leiria". Acontece que, inesperadamente, o seu acesso ficou reservado. Só com password é que se pode consultar. Não posso concordar com esta atitude abrupta.
Há dois anos comecei a interessar-me pelas árvores e outras plantas de Leiria. Nessa altura apercebi-me que havia este site com informação a este respeito. O seu acesso era restrito. Como andava muito entusiasmado com o tema, lá consegui na Câmara Municipal um CD com toda a informação do site. Entretanto, pouco tempo depois, o "Atlas das Árvores de Leiria" foi aberto livremente ao público e começou a ser muito referenciado como um trabalho a merecer rasgados elogios. Com toda a justiça, digo-o agora, que já ando há dois anos e tal a observar as árvores de Leiria.
Qual a razão de tal atitude, permito-me questionar? O trabalho não foi o resultado duma parceria entre a Câmara Municipal de Leiria e a Associação Vertigem? Porque não mantê-lo de acesso público? É que é, efectivamente, um excelente trabalho de nítido interesse científico e lúdico?
Há coisas que não se percebem facilmente!
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Só mais uma nota à guisa de pergunta e insistência: será possível ser informado do motivo da discrepância entre o Quercus que está junto à placa alusiva à geminação de Leiria à cidade Alemã de Rheines e o que é referido nessa peça? Pode observar-se esta disparidade no Jardim de Sto. Agostinho.
(*) Ver nota acima. Informação gentilmente cedida pelo blogue dias-com-arvores
2008/05/06
Pederneira/Nazaré - Pelourinho fóssil
Como já o referi num post recente, não conhecia a localidade da Pederneira. Posso testemunhar que a sua excepcional localização e a sua história são dignas de um verdadeiro romance.
2008/05/04
Feira de Leiria
Não, não estamos em Havana. Começou a Feira de Leiria, que se realiza, todos os anos em Maio (já foi noutros meses. Passou para este por causa das chuvas de Março e de Abril...). Curiosamente, nos últimos anos, a maioria dos feirantes de bijouterias e utensílios diversos, é de origem Africana ou Indiana, assim me pareceu).
Esta Associação foi fundada em 1999 e procura, dentro das suas possibilidades, melhorar as condições de vida de animais desprotegidos que são na sua grande maioria cães que foram abandonados pelos próprios donos quando se fartam deles. (mais info)
O dia estava convidativo. Sol e muito calor, a Primavera a convidar ao lazer. A Feira na outra margem do rio...
Se se ampliar a foto pode melhor observar o barco à vela telecomandado por uma pessoa sentada do lado de lá do Açude do Arrabalde, no rio Lis, uma centena de metros antes de se o deixar correr livremente em direcção ao mar (Praia da Vieira de Leiria).
2008/05/01
TINO, aguarelas onde quer que seja
Quem és tu, Tino? Deu-me um endereço web onde tinha trabalhos seus expostos mas não o consegui localizar. Pode ser que nos encontremos um dia destes por aí, novamente.
Boa sorte Tino!
2008/04/29
Pôr do Sol na Nazaré
As duas primeiras fotos foram captadas ao nível da marginal central da praia. A última dum dos miradouros da localidade da Pederneira, sobranceira à Nazaré. Um ângulo de visão panorâmica que eu desconhecia. Aliás a localidade da Pederneira tem muito a ver com o próprio lugar do Sítio. Pode ser que um dia destes ainda conte uma das várias versões da sua rica história. É simplesmente fabubosa!...
2008/04/25
25 ABRIL 2008
(foto de Gui Nunes de Moura- 9 anos)
Há 34 anos cantávamos na rua,:
Uma gaivota voava, voava,
asas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.
Duas gerações pós 25 de Abril: a que nasceu no próprio ano da Revolução (Que revolução? Que resultados práticos para o povo?: a ilusão do voto, com o qual se perfilaram imediatamente fulgurantes carreiras políticas e, logo a seguir, económico/financeiras?!?); as gerações do pós revolução, algumas que já nem sabem o que é o 25 de Abril, a maioria que não estamos a conseguir sensibilizar para o interesse nacional que poderia advir da sua participação na próxima e necessária reestruturação do sistema político e administrativo do nosso país.
............................................(foto de Gui Nunes de Moura- 9 anos)
A geração dos jovens que fizeram a guerra colonial, arriscaram carreiras pessoais e profissionais a militarem no PS e outros partidos de esquerda, viveram, sofreram, porque acreditaram piamente nos ideais do 25 de Abril. Sempre na sagrada Esperança da melhoria das condições de vida dos Portugueses! Hoje, muitos de nós, andamos desanimados e o Balanço que fazemos destes 34 anos não é nada positivo! Quantos dos que apanharam o comboio em andamento não se serviram dos idealistas, para singrarem a todo o gás no assalto aos lugares de relevo político, económico e social! Lugares que deviam ocupar por tempo limitado aos seus mandatos populares e que se estão a eternizar, na Assembleia da República, nos cargos públicos ocupados pela força do seu partido quando no poder, nas Câmaras Municipais, nas Juntas de Freguesia, nos Governos regionais? Esta situação não é tolerável para quem, ao fim duma carreira profissional, dura, muito trabalho mal remunerado, olha para as suas reformas e conclui que só uns quantos privilegiados do sector público, recebem pensões 6, 7 e muito mais vezes superiores ao salário mínimo nacional. Muitos desses privilegiados com pouco mais de 50 e poucos anos de idade, enquanto que os do regime geral ( os das empresas privadas, algumas que não actualizam salários há meia dúzia de anos, uma vergonha!...) ou esperam pelos 65 anos, independentemente das suas condições físicas e psicológias, ou se querem fazer a opção de anteciparem a pensão a que têm direito porque já descontam há 40 e mais anos (e desgastaram a sua vida nas guerras coloniais, onde está a força das associações dos ex-combatentes?....) para a Segurança Social, esta tem vindo a ser, ano após ano, reduzida, pela aplicação de factores de redução, os mais variados e injustos, em muitos casos.
Viva o 25 de Abril! Não aos oportunismos do 25 de Abril!
27 Abr 2008: Dois dias depois: tenho que admitir que estava muito zangado com os que se infiltraram por dentro do verdadeiro espírito do 25 de Abril e o boicotaram, quase até à sua eliminação completa. Hoje em dia os trabalhadores continuam a ser explorados, salários de miséria e o sistema de solidariedade e segurança social já nem sei para que serve.
Sim, finalmente, temos a liberdade de votar em quem quisermos. Tem-nos valido de alguma coisa, com o rumo que o país tem levado? Onde estão os verdadeiros timoneiros capazes de guiar este povo a bom porto?
Não nos devíamos deixar governar por quem não demonstre ser capaz dum verdadeiro espírito de missão!...
...
2008/04/23
Dia Internacional do Livro
Partilhar livros e flores, nesta primavera, é prolongar uma longa cadeia de alegria e cultura, de saber e paixão.
(ampliando-se pode-se ver bem um gaio empoleirado num ramo duma árvore perto da casa do meu irmão Vítor. Outra foto recente dum gaio todo colorido. Também do meu irmão Vítor, em Viseu. Ainda não tive o privilégio de ver um gaio, este ano...aqui por Leiria)
2008/04/22
PAI, TÔ COM FOME
Pedro, esse problema do desemprego e da fome (muitas vezes envergonhada...) também se passa no meu país. Infelizmente parece que cada vez com mais intensidade.
Ou seja, os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres (até os ditos remediados) cada vez mais pobres. Somos cada vez mais a pedir ajuda à AMI.
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"Se acharem que vale a pena repassem, pois nunca é tarde para começar e sempre é cedo para parar!!! "
Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:
- Pai, tô com fome!!!
O pai, Agenor, sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência...
- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu tô com muita fome,pai!!! Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente...
Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:
- Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!!!
Amaro, o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho...
Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF(Prato Feito) - arroz, feijão, bife e ovo...
Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua... Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá...
Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada...
A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades...
Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:
- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?!
Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer...
Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho...
Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas...
Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório...
Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de pequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada...
Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias...
Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho...
Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso...
Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores...
No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho...
Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando...
Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele chamava-o para ajudar aquela pessoa...
E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres...
Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar...
Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta...
Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula...
Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros , advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro...
Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante em seu primeiro terno...
Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço...
Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho , o agora nutricionista Ricardo Baptista...
Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um...
Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido...
Ricardinho, o filho mandou gravar na frente da 'Casa do Caminho', que seu pai fundou com tanto carinho. 'Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!!!'
2008/04/20
Artes - intercâmbio entre a Sociedade Civil e a Escola
elos-leiri |
(clicar para ver um álbum e os pormenores de cada trabalho pictórico ou escultórico)
O Álbum acima tem em vista dar a conhecer a extraordinária qualidade dos trabalhos apresentados numa exposição no dia 12 passado, na Galeria do Marcelo - Leiria, pelos alunos das ARTES do COLÉGIO DE S. MIGUEL - FÁTIMA, superiormente orientados pelos seus professores e com o incondicional apoio da sua Direcção. Esta exposição foi o corolário duma entusiasmante colaboração entre o ELOS CLUBE DE LEIRIA, que promoveu o concurso e o público em geral. A este repto respondeu, duma forma extraordinariamente interessada, o Curso de Artes do Colégio acima referido, tendo-se apresentado a concurso com 14 obras, sendo 2 de pintura e 12 de escultura em pedra. O resultado aí está à vista. Se esta mostra não for suficiente para convencer os mais cépticos, pode-se ler a ACTA do Júri dos prémios através da qual se pode constatar a opinião unânime dos seus membros no sentido da qualidade superior de todas as obras apresentadas.
Não podem restar dúvidas do interesse manifesto em que a Escola deva adaptar os curriculuns dos seus cursos às exigências da sociedade civil, na mira inadiável de se formarem futuros quadros académicos, artísticos, culturais e empresariais, com conhecimentos e prática do que a realidade das necessidades do homem requer para que se melhore a um ritmo mais intenso a qualidade dos produtos e serviços, de forma a que estes se possam impor, quer no mercado nacional quer no internacional. Só assim se poderá aumentar a tão propalada produtividade, factor essencial para a rentabilidade dos investimentos que se façam ou venham a fazer em Portugal.
Não podemos continuar a lamentar-nos que não temos quadros de todos os níveis capazes de colocar Portugal entre os primeiros da Europa e do Mundo em áreas em que nós temos condições para competir, em pé de igualdade, duma forma global.
2008/04/17
Árvores e passeios, uma convivência difícil
Árvore no meio do passeio impede normal circulação
Na Rua Francisco Marto, entre o Museu da Vida de Cristo e a Rotunda Sul, está uma árvore no meio do passeio que para além de impedir a passagem de uma cadeira de rodas ou um carrinho de bebé, até impede a passagem de um simples peão, alerta um leitor. Na sua opinião, a árvore não deve ser cortada, até porque está ali há muitos anos, mas considera que o muro deve recuar cerca de um metro junto à árvore de forma a permitir que as pessoas possam circular em segurança."
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A verdade é esta: se fossemos resolver todos os casos semelhantes usando a solução mais simples, abate da árvore, como tem vindo a acontecer em demasiados casos, muitas e variadas árvores acabariam por desaparecer.
Que fazer, então? Adopta-se a sugestão do leitor ou abate-se a árvore?
Se o dono da casa tiver sensibilidade para a Natureza e para o futuro do ambiente na cidade de Fátima, pois poderia condescender e o problema ficaria resolvido. E seria uma boa solução.
E se o dono da casa não concordar? Alarga-se o passeio, estreitando a rua? Será viável sob o ponto de vista do trânsito automóvel? Chama-se o urbanista e ele que "invente" uma solução alternativa?
Abater a árvore? De modo algum. Quantos anos não terá este plátano? Quantas referências emocionais não terá já gerado, quer para os moradores da área quer para os visitantes de Fátima?
Estamos perante um imbróglio que, tudo leva a crer, terá sido causado por péssimo planeamento urbanístico e ganância. Alargasse-se um pouco mais o passeio, na altura de se ter construído, ou a casa ou a rua e já nada disto aconteceria!
Bom planeamento urbanístico e ambiental do território precisa-se. Urgentemente!