Pode-se ver Joaquim Jorge, o autor e coordenador do blogue "Clube dos Pensadores", ontem, dia 11 de Maio de 2009, em conversa/debate público, promovido por este clube. As reflexões de Medina Carreira sobre a situação politica, económica e social neste nosso país, não são nada animadoras, pelo contrário, como já é sabido por quem escuta, com a devida atenção, as palavras deste ex-Ministro das Finanças. Ultimamente tenho acompanhado a actuação deste clube, do qual já me julgo a fazer parte. Penso que estes debates, vários e com personalidades de comprovado relevo na sociedade portuguesa, são extremamente interessantes. Uma excelente oportunidade para que, utilizando a blogosfera, devidamente acompanhada pela comunicação social tradicional, Jornais, Rádio e Televisão, se possa passar para o conhecimento público, duma forma o mais independente possível, as ideias de pessoas que, pelo seu saber, experiência e capacidade de comunicação, poderão servir de bóia de sinalização para ajustar certos rumos de governação da coisa pública. Hoje, logo pela manhã, comecei a ouvir a Antena 1, a minha rádio preferida, a dar bastante ênfase a este debate. Pela manhã, os noticiários têm dado bastante cobertura a este acontecimento. Particularmente às palavras duras e concretas do Dr. Medina Carreira no que respeita ao rumo que estamos a levar. Mostra-se bastante céptico em relação às medidas que têm sido tomadas pelo Governo e arrisca que a situação em Portugal poderá vir a complicar-se ainda mais. Dá para pensar. Só é pena é que os Deputados da Nação não discutam, mais assiduamente, as melhores formas de resolver os nossos problemas, em vez de se limitarem às disputas partidárias, por vezes duma forma completamente fora do contexto da situação económica e social para a qual estamos a deixar que este país resvale em plano inclinadíssimo. Mais...
(clic para ampliar) Será embirração minha? Não há locais mais apropriados para a colocação de paineis de propaganda política? Para ver quem vai para o Parlamento Europeu, não é? Cá por mim preferia que me deixassem apreciar a beleza ímpar da Tília, no Jardim Luís de Camões, em Leiria.
A interacção entre os jornais e os blogues já é por demais evidente, a despeito da relutância de alguns jornais em referir que alguma da sua informação é bebida nos blogues. O contrário também é nítido, temos que o convir. O que, no primeiro caso, até nem vejo que problema possa haver, inclusive em receber de braços abertos, todas as informações da mais variada natureza, que os bloguistas lhes possam disponibilizar . E vezes sem conta, em "última hora" e on line.
A verdade é que o blogue chega mais fácil e rapidamente a qualquer parte do Mundo que os jornais de papel. É claro, no entanto, que nunca poderão ser tão abrangentes e profundos e de manejo palpável, como o jornal de papel.
E nós bem sabemos como é que os nossos concidadãos espalhados por todos os países, recebem de braços abertos, todas as informações que os bloguistas lhes possam disponibilizar, especialmente os que se relacionam com a sua terra natal, outros locais e pessoas de referência das suas vidas passadas no seu torrão natal.
Basta que os nossos blogues passem a ser referenciados nos motores de busca da internet para passarem a ter leitores de todo o Mundo, que se habituam a visitas regulares à procura de novidades.
Para isso também é fundamental não se descurar a qualidade literária, os temas abordados e o próprio design do blogue. O que obrigatoriamente nos obriga, a nós, amadores, a dispêndio extra de energias, tempo e dinheiro. É que, ainda que tenhamos à nossa disposição, vários servidores e organizações do gabarito do “Sapo” e da “Google”, para não me tornar demasiado extenso, será de grande utilidade ter sempre à mão uma boa máquina fotográfica, uma outra que caiba no bolso e que permita a fotografia e o vídeo e um bom PC portátil com ligação à rede wireless, de preferência.
Tenho este blogue activo há quatro anos.
Já cheguei à conclusão que os portugueses de todas as partes do Mundo constituem uma boa fatia do bolo dos visitantes. Enquanto conseguir manter o entusiasmo que me anima a esta tarefa, este será um dos meus principais objectivos.
Pelo título, pode concluir-se que os temas abordados têm sido os mais dispersos, variados e actuais. Assim pretendo que continue a ser, em primeira instância.
No entanto, é muito natural que me debruce principalmente sobre questões ligadas a Leiria e até a Viseu. Sempre que possível, também à zona do Porto, onde vivi até aos 9 anos e, mais tarde, para lá voltei, nos anos 60, para prosseguir os meus estudos académicos. Enfim, as terras onde tenho as minhas raízes mais profundas…e que ajudaram a definir a matriz da minha personalidade e carácter. .
Resumindo e concluindo: Penso que é salutar a existência dos blogues, mesmo que, em muitos casos, em complemento dos jornais e outras formas profissionais de fazer jornalismo. Esta forma de comunicar, tem-se vindo a revelar dum interesse excepcional, não só para os próprios bloguistas, mas também como reforço da quantidade e qualidade da informação que fica à disposição de todo o Mundo duma forma instantânea e facilmente localizada através dos motores de busca da Internet. Estamos a construir a passos de gigante uma janela com vistas largas para todo o Mundo. Umas vezes indiscreta, outras intimista, técnica, científica, cultura em geral, e, na maior parte dos casos, um excelente balão de ensaios literários....
Só uma nota preventiva há que realçar: nem toda a informação que, através dos blogues, assim como por qualquer outra forma, vai para a grande base de dados da Internet, é incontestável. Nós, os utilizadores, é que temos que nos prevenir contra quaisquer desinformações ou falsas informações que nos colocam à disposição...na esmagadora maioria dos casos, duma forma completamente gratuita e tentadoramente prática!
Anda toda a gente aos gritos, que este País está uma miséria, que o Governo nada faz, o que faz está tudo mal feito, etc, etc. A verdade é que se começa a perceber que o próprio Governo anda à nora e já se apresenta com sintomas de cansaço. É nestas circunstâncias que já há quem pense seriamente, que, em Portugal, é chegada a hora do BE. Que temos aqui, mesmo à mão, a tábua salvadora! O Bloco de Esquerda, tal como o conhecemos, ideologicamente e nas suas personalidades, terá condições objectivas para poder participar duma solução alternativa ao actual Governo? Que nova forma de governar teremos pela frente? Será que se vai conseguir que o Povo se venha a empenhar numa campanha séria para escolhermos a mais favorável à saída desta malfadada crise? António Santos Nunes Leiria (Ler na íntegra no blogue "clube dos pensadores")
Estes dois últimos dias têm-se apresentado duma forma excelente para a época do ano.Sol como já há uma semana ou mais não tínhamos, temperaturas máximas a subir. Claro que, estando nós em fim-de-semana prolongado e com este tempo, é natural que o computador tenha ficado para segundo plano.
Aliás, penso que até é salutar que tenhamos destes escapes nas nossas vidas. Pensando bem, somos cada vez mais os que passam bastante tempo defronte do computador. As atracções são muitas e a facilidade com que comunicamos uns com os outros sem termos que nos deslocar fisicamente, têem-nos induzido ao comodismo da comunicação digital. Em detrimento do insubstituível contacto pessoal. O que não augura nada de bom para a necessidade duma maior e próxima socialização da Humanidade.
Quantas vezes não estamos, muitos de nós, a escrever simplesmente para o computador, a desabafar, a criticar, enfim a transformarmo-lo num autêntico confidente!..
Aqui deixo, para minha própria descompressão, e até para ajudar a apaziguar os ânimos dos leitores, ocasionais ou de tertúlia, deste meu blogue, o vídeo acima, composto de uma simples sequência de algumas fotos de flores do meu jardim, tiradas por mim, hoje mesmo.
Para pagar estes painéis que nos entram pelos olhos dentro, mesmo sem querer, e que não nos deixam apreciar o que de mais belo e útil temos no Mundo, a Natureza, não poderiam ser 22.500 Euros, pois não!... Tem que ser muito mais... e o Povo que se aguente!... Já ontem à noite, ouvi uns zunzuns (até porque entretanto estava quase a adormecer, que os dias de trabalho sucedem-se ininterruptamente. E é para ver se conseguimos juntar uns dinheiritos para pagar os impostos, taxas, serviços públicos entretanto já pagos com os impostos, etc, etc. e que ainda nos possa sobrar algum para as despesas correntes). E ao fazer a minha ronda pelos blogues que acompanho com regularidade, dei com este texto, que espelha exactamente a sensação com que fiquei, ao ouvir falar da aprovação apressada daquele astronómico aumento de entradas de dinheiro vivo nos partidos, para fazerem face às suas despesas. Que ao menos fiquem sujeitos a auditorias independentes e rigorosas é o mínimo que se pode exigir! Somos um Povo que se deixa enrolar com muita facilidade e que perde a memória com muita frequência! O Estado somos todos nós! Não são só os Partidos e as instituições que eles telecomandam! Transcreve-se a seguir o texto referido, partindo do pressuposto que tacitamente tenho a devida autorização do seu autor:
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Joaquim Jorge
A democracia tem um custo mas é inaceitável num tempo de restrições e penúria este aumento escandaloso e obsceno de 55 vezes o limite de entrada de dinheiro vivo. Passa de 22.500 para 1.257.66o euros. Mais de um milhão de euros ! Este sistema político medonho em que a seu bel-prazer mantém os privilégios dos seus actores é lamentável. O exemplo desta votação- relâmpago quando dá jeito, isto é, para ainda ser aplicada nestas eleições de 2009, para interesses próprios é feita em tempo recorde . Todavia se fosse preciso alguém beneficiar dos mais desfavorecidos, com alguma lei que não fora ainda aprovada com toda a certeza demoraria muito mais tempo. O valor da nossa democracia é o desmazelo partidário na avaliação de muitas questões . Este sistema democrático em que os protagonistas são unicamente os partidos tem que ser alterado. Não podem continuar a fazer leis de protecção dos seus privilégios votando em causa própria. Os cidadãos não podem ser meros espectadores e para serem actores ter que estarem dentro dos partidos. A análise feita por Luís Filipe Menezes aqui noutro post é algo que dá que pensar...
Caro amigo Joaquim Jorge. Em sinal de aprovação do que aqui está exposto e como forma da ampliação possível, vou-me permitir transcrever esta sua reflexão. Isto é um escândalo, bem o sabemos. E os próprios actores também têm consciência disso. Só que lhes faz muito jeito poder gerir as finanças dos seus partidos assim. O problema é que o Zé bem barafusta, mas contra a força do PODER, batatas e feijões. E temos que ser nós a semeá-los e a tratar deles!...
“Hoje, por volta das 13 horas, ao descer a Av. Sá Carneiro, em Leiria. Para quem já teve oportunidade de observar estas árvores (grevillea robusta) plantadas no separador central, aqui estão elas, a crescerem a um ritmo impressionante. Sempre gostaria de cá andar para ver, dentro de mais 4 ou 5 anos, o tamanho do hábito e a espessura do tronco destas árvores. Repare-se na largura do separador central e imagine-se o que vai acontecer daqui a uns anos, não muitos, a ver o trânsito automóvel a circular a centímetros das árvores.”
(aqui estava a referir-me só à grevillea robusta. No entanto, as árvores plantadas intercaladamente são essa (de origem Australiana) e a Ameixoeira de jardim (prunus pissardi). … Hoje, dia 27 de Abril de 2009:
Repare-se nas fotos que se mostram a seguir. Entre Março e a presente data, já houve três despistes de viaturas automóveis que arrasaram quatro árvores das que estavam plantadas no separador central a que me refiro acima: três Grevilleas e uma Ameixoeira de jardim.
(clic para ampliar)
Só neste fim de semana foram duas e já com um tronco de certa envergadura. Os automóveis que derrubaram as árvores com toda a certeza ficaram muito danificados. Não tenho notícia do estado dos passageiros. Imagino que também não devam ter ficado nas melhores condições. Ainda não me apercebi que as autoridades estejam a tomar as medidas convenientes que se impõem para evitar males maiores.
Parece que estava a adivinhar. Mas não. Não era preciso ser-se adivinho para imaginar o que viria a acontecer a muito curto prazo. É que esta avenida a descer, incentiva os automobilistas a acelerar. Tenho reparado que se chegam a atingir velocidades na casa dos 120 km/hora se não mais. Já são quatro árvores que são derrubadas no espaço de um mês. E a procissão ainda agora vai no adro!…
Há dias, quinta-feira passada, levava o meu neto a casa da mãe, depois do treino semanal de futebol no GRAP, seguíamos na variante da A1 à rotunda aérea que liga para o IC2, em Leiria. Faço com muita frequência este percurso. Há vários anos. Não me canso de saborear esta paisagem. Nas várias fases do ano. - Ó avô, quantas vezes é que já fotografaste esta paisagem? - Várias, Guilherme! - Ainda não te fartaste? - Não, não me canso de fotografar esta paisagem, deste ângulo. No Inverno, na Primavera, no Verão, no Outono. É um namoro que tu ainda não compreendes. Mas que espero que possas perceber o mais cedo possível. Precisamos de nos apaixonar perdidamente pela Natureza. Se nós não a observarmos com atenção, acabaremos por a perder. E sem ela acaba-se a Vida!... - Ah!... E lá seguimos o nosso caminho...
(clic para poder apreciar a alvura e beleza das rosas desta roseira prodigiosa. Está no meu jardim, senhores/as, está no meu jardim!...) - Permito-me a ousadia de transcrever este belo poema do blogue da Mara, não só pela sua sensibilidade humana, mas também para a ajudar a ilustrar os seus sentidos versos.
Belas são as rosas brancas, que nos transmitem pureza. Com a pureza o fascínio, neste mundo em declínio.
Tristes imagens todos os dias, chegam até nós sem limite. Como viveríamos sem a beleza que este mundo nos transmite!
Crianças brancas, pretas, amarelas, pobres... ricas... belas... Umas em berços de ouro, outras em favelas...
Por onde anda a justiça, que não cumpre o seu dever! Porquê, Senhor? Queremos saber!
Talvez que estas rosas possam repetir o milagre das rosas da Rainha D. Isabel. Quem sabe distribuindo pelas crianças em redor, a partir das ameias do Castelo de Leiria, o pão que transportava no seu regaço após se ter dado o célebre milagre/lenda da transformação do pão que levava para ajudar a alimentar as tropas do seu filho numa contenda com o seu pai, o Rei D.Dinis...em rosas!
Digitalização parcial da capa dum disco de vinil editado em 1974 com canções revolucionárias e o Hino Nacional. A maior parte de nós são sabia nem a letra nem a música de "A Internacional". Como um rastilho, rapidamente, esta canção passou a andar na boca de centenas de milhares de manifestantes do pós 25 de Abril de 1974. -
Os Povos não se podem deixar abater pelas crises cíclicas ou ocasionais por que vivem. Também não podemos tolerar que o Corporativismo regresse. Já basta de tanta perturbação social provocada pela pressão incontida dos fortes grupos profissionais e económicos sobre o poder político. Imagine-se o que será deste País se todos nós batermos o pé porque nos julgamos no direito de exigir que nos satisfaçam todas as nossas reivindicações! Basta! Queremos um País mais Justo, Fraterno e Solidário! Não foi para defender estes ideais que a geração de 60 lutou nas ruas e com a palavra dita e escrita? Não foi na defesa desses objectivos que o Povo aderiu entusiasticamente ao25de Abril de1974?
Básico. Devia ser uma informação primária de todo o português. Infelizmente não o é. Há muito boa gente que não consegue distinguir uma Azinheira, dum Sobreiro e dum Carvalho. Se for proprietário de terra não corte, a não ser em último recurso, nenhum destes espécimes, autóctones da península Ibérica e que já foram abundantes no nosso país. Vamos colaborar na preservação da Vida?
Dia mundial da Terra.
Cada um de nós tem de fazer a sua parte na defesa e preservação dos ecossistemas que poderão permitir o equilíbrio da vida no nosso Planeta. Que é de todos os seres que nele vivem!
Como imaginam que devem estar os corações dos que acreditaram nos ideais subjacentes a uma Revolução, que só a força imparável do Povo, levou avante! A revolução dos Cravos? A revolução da Liberdade? A Revolução da Paz? E o Tempo, o que nos trouxe? PAZ, PÃO, SAÚDE, SOLIDARIEDADE?!...
Eu queria acreditar que andei mais de 25 anos a lutar por uma causa, que não era fácil, nem milagrosa, bem o sabia!...
E agora?...O que é que podemos esperar do futuro de Portugal, passados estes anos todos? Fui mobillizado com 21 anos para Moçambique. Entretanto, raramente alguém nos dava emprego enquanto não estivéssemos livres do serviço militar. Parece que me estou a ver entrar no Convento de Mafra, onde estava aquartelada a Escola Prática de Infantaria, depois duma viagem em que me meteram num comboio rumo ao desconhecido, para me prepararem para a Guerra, que era o nosso passo obrigatório, ou para a Morte, de milhares de jovens, ou para o começo da vida para os sobreviventes. Hoje, esses sobreviventes, continuam a lutar para que lhes seja reconhecido o tempo de serviço militar para efeitos de cálculo do valor da reforma, que o tempo já o aceitaram para esse efeito. Só que não se come o Tempo!... E quantos veteranos dessa famigerada guerra colonial não morreram já, sem que lhes tenha sido dado o devido reconhecimento?
Desgraçadamente sinto que não conseguimos preparar um Futuro mais risonho e próspero para os nossos filhos e para os nossos netos! É com amargura que antevejo que se tem de começar quase tudo do princípio. É certo que vamos comemorar o 35º Aniversário da Revolução dos Cravos num ambiente dramático de Crise global. Mas nós, portugueses, estamos numa situação extremamente complexa, que nos vai obrigar a um esforço maior que muitos dos outros povos, incluindo os da Comunidade Europeia. Claro que não vamos baixar os braços! Mas já estamos cansados de apertar o cinto...alguns de nós...a maioria...
Quem sabe se umas chineladas das gerações dos nossos netos não surtissem efeito? Pelo menos teriam o condão de envergonhar alguns dos que, desde o 25 de Abril de 1974, outra coisa não têm feito que andarem a viver à custa do Orçamento!...
Há muitos anos que perdi o entusiasmo de usar o Cravo vermelho no 25 de Abril! Não sei que força, agora já a envelhecer, me está a dar, que o vou colocar este ano, bem à vista, na lapela do casaco!...
E se nos deixassem em paz? E se não se gastasse tanto dinheiro em painéis monstruosos como estes? É que uma grande parte desse dinheiro não provém (digamos que, pelo menos 99%, não provém) das quotas dos militantes dos partidos que concorrem. Saem do Orçamento do Estado directamente para os partidos consoante as suas votações nas eleições! E se o Povo se abstivesse de votar? Como é que se fariam essas contas? De onde vem o resto do dinheiro que se estoura com as sucessivas campanhas eleitorais que aí se aproximam?!...
E se nos deixassem o campo visual livre para o Belo da Natureza e até do meio urbano?
E se pensassem mais no Povo e menos nos tachos só para alguns! E se estes estão bem cheios, à espera de inquilino!...
E se houvesse mais Justiça Social?
E se os Ricos abrissem mão de alguma da riqueza que têm acumulado ao longo de décadas e não aproveitassem a Crise para se desfazerem do "lixo tóxico" (leiam-se trabalhadores, mal pagos, de que se querem ver livres sob o pretexto, quantas vezes fraudulento, da declaração de falência, despedindo-os, esquecendo que foram eles que lhes proporcionaram as riquezas fabulosas que detêm ainda, apesar de todas as queixinhas que andam a fazer ao Estado). Agora já precisam do Estado?!...E não nos podemos "esquecer" que o Estado somos todos nós, não só alguns, conforme as conveniências!?
Entretanto esquecem-se da miséria para que empurram os desempregados. Em contrapartida, olhe-se a vida faustosa que muitos desses empresários continuam a levar! Uma vergonha!...
Tenho que o admitir. As tílias e as faias púrpuras, pelo menos as que eu conheço mais intimamente, aqui em Leiria, são, incontestavelmente, as Rainhas das Árvores da cidade. As fotos acima são destes dias mais próximos. Curvo-me à magnificência destas árvores e à alegria que me transmitem, todos os anos, neste reviver cíclico da Primavera. Poesia da mais pura e diáfana. Pressente-se que somos acompanhados por multidões de silfos volúveis que se comunicam através da História desta terra e da Natureza bucólica e estonteante dos tempos de Rodrigues Lobo, Afonso Vieira, Marques da Cruz, Acácio de Paiva e tantos outros poetas, prosadores e artistas. Ou não estivéssemos no Jardim Luís de Camões e no Marachão (Alameda José Lopes Vieira) tangente, ao próprio jardim e ao Rio Lis!... Diz o Povo e com razão Não há Bela sem senão Porquê não plantar mais faias? Ou ainda não se sensibilizaram com a sua beleza ímpar? Ainda só reparei em mais uma faia ao início da Rua Lino António, na Cruz da Areia! Considerando que a companheira da que se vê na segunda e terceira fotos, morreu há mais de um ano, não seria de plantar urgentemente uma nova no mesmo local? Ou já reservaram aquele bocadinho de terreno para outra coisa, que não para uma árvore?... - ACTUALIZAÇÂO: Acácio de Paiva in "dentro de ti ó Leiria"
. Como já se devem ter apercebido, sou um fã incondicional de Acácio de Paiva, lídimo representante das letras portuguesas, humorista de refinado quilate, prosador e poeta de reconhecido mérito, que muito honra a cidade que o viu nascer em 14 de Abril de 1863, no Largo da Sé, 7 , em Leiria, na célebre casa "Pharmácia de Leonardo da Guarda e Paiva", a "botica do Carlos", a que se refere Eça de Queirós, no seu imortal "O Crime do Padre Amaro". Hoje à tarde, ia eu a sair do meu escritório, sito precisamente no 1º andar dessa casa, que pertence à família Paiva (por parte de José Teles de Almeida Paiva) e à qual estou ligado por casamento, quando o meu amigo e vizinho da Rua da Vitória, o Fragoso, me chamou e questionou-me sobre se tinha lido o Diário de Leiria de hoje, dia 14 de Abril de 2009. Que vinha lá um artigo sobre uma pessoa da família, Acácio de Paiva! Que não, respondi eu, mas que não podia deixar de lhe dar uma vista de olhos (melhor dizendo, ia lê-lo e guardá-lo, claro está). Ainda ontem à noite tínhamos estado a falar sobre Acácio de Paiva numa reunião/tertúlia no "Caffé Gato Preto", a que, por sinal, dei bastante relevo na entrada anterior deste meu blogue. Sem mais delongas, façam favor de ler esse artigo, que o reproduzo ao lado, mesmo sem pedir licença ao autor e ao Jornal. Não ma negavam, que bem me apercebi nas conversas entretanto havidas a este propósito.
. (clic em cima da imagem para melhor ler) - Um amigo, mesmo agora, recordou-me uma quadra, que ficou na sua mente, tantas vezes eu falo, publicamente, de Acácio de Paiva e em particular da sua poesia: ... Anda o moinho de vento a moer, sempre a moer mais mói o meu pensamento Saudades por não te ver. - Nota: Outras entradas anteriores sobre Acácio de Paiva.(clic) ------- Veja também apontamento "Região de Leiria" de 17-04-2009 em "dentro de ti ó Leiria"
A fachada da pensão/actual Café Restaurante "Gato Preto"
Largo do Gato Preto: Uma Lenda ?!
Este é o nome popular por que é conhecido o Largo Paio Guterres, em Leiria.
A primeira designação que se lhe conhece é Rua dos Banhos, que já vem na planta da cidade do séc, XV, a mais antiga que se conhece. No séc. XIX passou sucessivamente a ser conhecido por Largo Paio Guterres (18-12-1877) e Largo de S.João (30-04-1885), a pedido dos moradores daquele local. Ainda hoje existe uma imagem de S. João num nicho colocado e preservado religiosamente na parede da casa comercial que faz esquina com o Largo das Forças Armadas.
A Câmara Municipal, em 29-12-1921 alterou-lhe novamente o topónimo para Largo Paio Guterres, que foi o primeiro Alcaide de Leiria, ainda no reinado de D. Afonso Henriques. E assim se tem mantido este topónimo até aos dias de hoje. Oficialmente. Continuamos, instintivamente, a denominá-lo, no nosso dia a dia, como o “Largo do Gato Preto”.
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Qual, então o motivo porque este Largo continua a ser conhecido por “Largo do Gato Preto”?
Neste Largo existe uma referência incontornável e extremamente usada como símbolo identificativo do local, que é um painel de azulejos com um gato preto na parede do prédio onde está instalado desde há muitas décadas, um estabelecimento ligado à restauração, tendo sido pensão e residencial afamada durante muito tempo. Há cerca de seis anos, aquando das obras de renovação das infra-estruturas de saneamento e do pavimento, ficaram representados no pavimento, em pedra de cantaria, vários gatos, ao longo da casa do “gato preto”, o que vem reforçar a tese da preservação do simbolismo do gato naquele Largo.
É caso para perguntar:
Porque razão é que a Câmara Municipal de Leiria não repõe a toponímia daquele Largo para “Largo do Gato Preto” já que essa é que é a verdadeira tradição da cidade? Fale-se do Largo Paio Guterres e ninguém conhece; refira-se o “Largo do Gato Preto” e toda a gente sabe onde se localiza.
Recentemente, um casal de jovens, com ligações familiares íntimas aos primitivos utilizadores daquela pensão, empreendeu uma bela e romântica aventura empresarial, instalando neste estabelecimento o “Caffé Gato Preto” que, paulatinamente, se está a impor no tecido empresarial do Centro Histórico. Estes jovens estão decididos a lançarem-se numa iniciativa, que se antevê bastante laboriosa mas profícua, usando a história e a tradição poética da cidade. Àquela zona específica estão fisicamente ligados poetas célebres, como Francisco Rodrigues Lobo, Afonso Lopes Vieira, Acácio de Paiva, José Marques da Cruz. O próprio Eça de Queirós inspirou-se na vida da cidade de Leiria de fins do séc. XIX para escrever o seu mais conhecido trabalho literário e um dos mais divulgados pelo Mundo fora: “O Crime do Padre Amaro”. Todo o enredo deste celebérrimo romance ronda as imediações daquele Largo ou não tenhamos nós que referir, nessa circunstância, a Rua da Tipografia, a pensão da Isabel Jordão, a Igreja da Misericórdia, a Rua Direita, o Largo da Sé, a “Pharmácia Paiva”, a Praça Rodrigues Lobo, a Rua Almeida Garret, etc.
Aqui chegados, talvez tenhamos alcançado a possível, diria mesmo, mais que provável, razão para que este Largo se tenha mantido vulgarmente a ser conhecido por “Largo do Gato Preto”.
José Marques da Cruz, Nasceu em Famalicão – Cortes - Leiria em 1888 e formou-se em Direito, em Coimbra, onde ainda escreveu três obras. Em 1912 emigrou para o Brasil e por lá ficou definitivamente, continuando a escrever, sobretudo poesia, mas dedicando-se essencialmente ao ensino em vários colégios e na Universidade de São Paulo. Ele próprio fundador de alguns colégios, foi também director da revista "Castália" e colaborador na revista "Filologia Portuguesa". O soneto "Lenda do Lis e Lena" é o seu trabalho mais famoso. Morreu em 1958.
Marques da Cruz, escreveu o livro “Eça de Queirós -a sua Psique”, ed. Melhoramentos, esgotada, mas que se pode consultar no Arquivo Distrital de Leiria. Neste trabalho, Marques da Cruz entrega-se a uma refinada análise da personalidade do grande Eça, acompanhando-o no seu percurso pelas várias localidades que percorreu, em viagem ou estadias nas suas lides profissionais e/ou trabalhos literários. Dedica um capítulo à conhecida permanência de Eça na cidade de Leiria, em 1870. De facto, como Eça de Queirós queria ser cônsul e, como nesse tempo, essas funções só podiam ser exercidas por quem já tivesse sido funcionário público há, pelo menos, seis meses, este conseguiu ser nomeado, em 21 de Julho de 1870, administrador do Concelho de Leiria.
Eça nunca morreu de amores por Leiria, bem pelo contrário, aproveitava todas as oportunidades para se referir a esta cidade, de cinco mil almas, com sarcasmo e ironia.
Valia-lhe, na oportunidade, ter vários amigos em Lisboa, cultos, alguns escritores que fizeram Escola, nomeadamente Ramalho Ortigão, com quem se escrevia regularmente e se encontrava com bastante frequência, muito particularmente porque os dois fizeram uma parceria para escrever “O Mistério da Estrada de Sintra” e as “Farpas”. Numa dessas cartas a Ramalho Ortigão falava “do seu exílio administrativo” e dizia: “ Eu morava numa rua estreita. De um lado, tinha as velhas paredes da Misericórdia, onde as corujas piavam; do outro, as torres da Sé, onde os sinos faziam rolar pelo ar os seus prantos sonoros”.
“Eça foi sempre supersticioso. Diziam sempre os velhos leirienses, que, se Eça visse na rua um gato preto, voltava logo para trás, procurando ir por outra rua” – escreve Marques da Cruz.
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Pelas referências deixadas pelo próprio Eça, essas ruas por onde, ao passar, estava sempre a olhar pelo canto do olho à busca de algum gato preto eram as que iam desembocar ao actual Largo do Gato Preto, nomeadamente a Rua Almeida Garrett, a Rua Direita, que seria a mais directa para percorrer o caminho da casa onde estava hospedado na Rua da Tipografia e o seu escritório de Administrador do Concelho, no Largo da Sé, no primeiro andar da esquina com a Rua da Vitória e outras que tais. Todas, ruas estreitas e de temer, principalmente à noite, para quem, como ele, era extremamente supersticioso.
Não me foi possível comprovar em absoluto que a fachada que contém o painel de azulejos com o “gato preto” estará na origem do nome do Largo onde se encontra. Ou será que o Largo já era conhecido com a actual designação antes da construção do painel? Pode afiançar-se serem estes episódios em que intervém Eça o efectivo motivo desta designação do Largo do Gato Preto?
Por mim acharia muito interessante que esta teoria pudesse ter vencimento!...
nota: vivo desde 1966 em Leiria. Tenho intentado em variadíssimas oportunidades certificar-me da origem concreta do nome por que o Povo se habituou a designar este Largo independentemente das deliberações e contra-deliberações da Câmara; Largo do Gato Preto.
Foi assim que decidi publicar este ensaio acerca da justificação do nome do Largo do Gato Preto, em Leiria.
Quem terá informações para me contraditar? Contacto: nunes.geral@gmail.com
Capelas Imperfeitas no Mosteiro da Batalha. Há que acrescentar que as podas dos Platanus também não são nenhuma perfeição. Pelo contrário, são ambiental e tecnicamente imperfeitas. Incorrectas, inadmissíveis. Só se pode tolerar parcialmente um argumento de peso. O facto destes Platanus terem sido plantados num local e de forma a que, em poucos anos, ficariam, irremediavelmente, a tapar a vista sobre um dos mais espectaculares monumentos do Mundo. Mas, assim como não se estropia um ser humano só porque é demasiado alto e gordo e está a tapar a vista das pessoas que estão à sua frente para ver um espectáculo raro e Belo, também se devia ter tido a devida atenção quando os Platanus foram plantados naquele local. O Mosteiro da Batalha já lá estava há muito tempo, de certeza absoluta!...
De qualquer modo:
HÁ ALGUM MONUMENTO MAIS IMPORTANTE QUE A NATUREZA?
Já alguém se encarregou de a retirar do meu jardim, junto ao muro que dá para a via pública! Mas de tão bela que ela ficou na foto, certamente que esta rosa encarnada Pascal agradará a todos os meus amigos que por aqui vão passando, mesmo que à bolina!... Com um grande abraço!
Que me desculpem todos os poetas que participaram da II Antologia de poetas lusófonos, edição da Folheto - Edições & Design, 2009, oriundos de variadíssimos países, alguns que nem são propriamente os históricos países de língua oficial portuguesa. Sabendo que o Editor e o autor me concedem tacitamente este privilégio. Transcrevo o poema de Isaías Gomes dos Santos. E permito-me subscrever o sentimento por Moçambique, que dele emana com tanta nostalgia! A fazer-me recordar Nampula, Ilha de Moçambique, Tacanha, Maputo (nos anos 60!)...o nascimento da minha filha Inês (Nampula, 1969), hoje mãe de dois outros amores da minha vida: a Mafalda e o Guilherme.
NO BAZARUTO, MOÇAMBIQUE
No Bazaruto sopra forte o vento e o que escuto não é um lamento mas uma saudação. . Ribomba forte o trovão em toada frenética e repetida grinalda rica e bem tecida imposta no peito de nossas gentes; manifestações claras e eloquentes do que ficou na alma e no coração. . Lugar único de cumpleaños assim entendeu a manuela o Carlos Dias e também ela; deste paraíso terreal ficámos todos, afinal, cativos para sempre e todos os anos. . No Bazaruto sopra forte o vento e o que escuto não é um lamento mas uma saudação. - nota: A pequena ilha de Bazaruto fica na parte Sul da Costa de Moçambique, perto do Maputo.
A Orquestra Filarmónica das Beiras em plena actuação nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha, a anteceder a sessão de apresentação da II Antologia de Poetas Lusófonos
Já no Auditório do Mosteiro da Batalha. A Mesa que presidiu à sessão, podendo destacar-se o Director Editorial e autor do Preâmbulo, Adélio Amaro (2º da esquerda para a direita), o Engº Carlos Henriques, Vereador da Cultura da Câmara Municipal da Batalha, o Director do Mosteiro, Dr.Júlio Órfão e o Dr.Arménio de Vasconcelos, autor do Proémio e que dissertou sobre a História da Poesia e a sua influência na Cultura dos Povos em geral e da Lusofonia em paticular. O último da direita é Nuno Brito, Açoreano de S. Miguel, que participou na sessão cantando e tocando à viola várias canções conhecidas, nomeadamente "Amar-te perdidamente" duma telenovela recente da TVI.
Graça Magalhães, natural de Moçambique, residente actualmente em Viseu. A declamar o poema "Mãe".
Carmindo Carvalho de Moimenta da Beira dizendo "Sorriso sarcástico".