Vive uma moira encantada,
Não sabe ser minha amada,
E tem por nome Maria.
Leiria foste um ladrão
Leiria do rio Lis.
Roubaste-me o coração
E, vê lá tu, sou feliz.
(Letra e música de D. José Pais de Almeida e Silva)
(clic para ampliar)
Leiria. Ainda não são oito e meia. Depois de uma noite mal dormida. Aliás, quem pode dormir em sossego no Largo da Sé? Será que esta rebaldaria tem que se suportar e de cara alegre?!
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Entretanto (não tenho fotografia porque deixei esgotar-se a bateria da máquina), no Largo do Papa Paulo VI (integrante do extenso "Largo 5 de Outubro de 1910", ali mesmo junto ao Jardim Luís de Camões) elementos do Exército Português andavam azafamados a montar tendas e diverso outro material, tendo em vista as comemorações do Dia do Exército).
Consegui reter, escrito num painel em letras garrafais, um apelo ao alistamento voluntário de mancebos no Exército.
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Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
(José Régio) - Afinal não é só de agora...que de poetas e loucos...(digo eu)
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
(José Régio) - Se não sabia por onde ia como podia saber que não ia por aí? (digo eu)
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ARTUR FRANCO - Exposição no Teatro José Lúcio da Silva - até 21 de Outubro (v. aqui)
"LIS - VIDA E COR"
Vista panorâmica sobre a localidade de Cortes - Leiria. Desde os Lourais. Ao fundo, a recortar a linha do céu azul, a Sra. do Monte. Esta foto é deste mês de Outubro de 2007. O Snr. Rui (por sinal meu ex-aluno na Escola Domingos Sequeira nos anos 60), proprietário da Livraria Martins, deu-me a dica que havia um livro(1) sobre as Cortes (andava eu à procura de informação sobre a Qta. de S. Venâncio), edição em 1997 do Jornal das Cortes. Da sua leitura consegui perceber o quão interessante é o seu conteúdo, tendo em conta os inúmeros artigos e ensaios que têm sido publicados naquele jornal desde a sua fundação. Os autores desses artigos e ensaios são pessoas muito qualificadas e conhecedoras das realidades e da história da freguesia das Cortes, donde resultou inevitavelmente uma mais valia para a compreensão da vida das suas gentes e da história desta terra. Dada a ligação íntima desta freguesia das Cortes com a da Barreira, na qual tenho residência e de cuja Junta já fiz parte, penso que é pertinente, quanto mais não seja para meu próprio conhecimento e de quem comigo estiver interessado em partilhar, reflectir sobre os temas desta freguesia vizinha e amiga. De notar, que, parcialmente, a Quinta de S. Venâncio faz parte desta freguesia. E, muito francamente, não compreendo (ignorância minha certamente) porque é que não há mais referências, quer no jornal das Cortes, quer noutros suportes de informação, acerca de Quinta tão simbólica desta zona! Entretanto, obtive a informação abaixo, que talvez possa ter interesse para os estudiosos das questões relativas a Cortes - Leiria:
Departamento de Inventário, Estudos e Divulgação
IGESPAR, I.P.
De acordo com a informação existente na base de dados de património arqueológico do nosso Instituto, o único registo com a designação Leiria - Quinta de São Venâncio (CNS – 6906) refere-se a uma estação de ar livre de época paleolítica, descoberta em 1947/8, sob a orientação de Manuel Heleno e na qual se identificaram indústrias líticas (conforme pode pesquisar em www.ipa.min-cultura.pt). Esta informação foi retirada do processo 85/1(096) - Levantamento arqueológico das Estações Paleolíticas da Bacia do Liz. (2)
(1) "ReCortes do jornal daí" - As Cortes da Pré-História à Actualidade - estudos de história, património, cultura, religião, toponímia e etnografia. Ed. Jornal das Cortes - 1997. Sem grande espanto confimei que à frente da equipa do "Jornal das Cortes" "estavam José Bento da Silva e Carlos Fernandes que, fazendo apelo a energias insuspeitas, deram corpo a um projecto que não mais parou."
(2) O livro que estou a seguir contém um artigo(3) muito rigoroso acerca da forma de se escrever o nome do Rio que atravessa Leiria. Esse artigo já tem uns bons 10 anos e parece-me ser bastante elucidativo. Apesar de a tendência que se está a revelar na escrita desta palavra se orientar no sentido de se usar a palavra LIS, ainda existem muitas placas de sinalização com a toponímia LIZ. Quanto a mim, que não me considero um versado em linguística, nem pouco mais ou menos, depois do que tenho lido e estudado, inclino-me para a utilização da palavra LIS em detrimento de LIZ.
(3) "O Lis...os analfabetos... e os filhos bastardos", ensaio de Manuel Marques da Cruz, pág. 296.
Nota: (Nem precisaria de acrescentar que este tema é para continuar a ser tratado em próximos posts)
À entrada da Quinta de S. Venâncio, atrás referenciada... do lado de lá segue a estrada Leiria-Cortes, muito perto do preciso local onde se limita a zona da cidade com as Cortes.
Entardecer Outonal...com Cedros, Plátanos e...muita folha velha acastanhada ou amarelecida pelo tempo...apesar de ele próprio andar muito confuso!...
Fala-se em que esta Quinta virá brevemente a transformar-se numa zona de Turismo Rural. Não seria má ideia!...
Estamos à espera de quê? Já se inteiraram dos brutais incêndios que estão, neste preciso momento, a devastar a Amazónia?!... A este ritmo de destruição dos recursos naturais quanto tempo mais conseguiremos manter a VIDA neste planeta?
À atenção URGENTE de quem manda no MUNDO!
Para além de Deus, claro. Será que mesmo ELE nos poderá salvar do APOCALIPSE? Com tanto egoísmo e insensatez que grassa por todo o lado?!!!!...............
No Largo 5 de Outubro de 1910 (na zona da estátua do Papa Paulo VI). Um Romeno - disse-mo ele - recentemente operado ao fígado, a vender o "Borda d´Água" para 2008 (Bissexto). Comprei-o e fiquei a saber que este amigo anda à procura de emprego (que não o obrigue a fazer muita força por causa da operação...). A foto foi tirada a pedido...
Se se ampliar a fotografia (clicar) fica-se com uma ideia da desgraceira que vai por este Mundo fora (ao ler o painel), o bicho Homem a dar cabo de tudo onde põe o olhar e as mãos. Eu acrescentaria mais uma desgraça: pelo andar da carruagem, o Centro Histórico de Leiria vai ficar completamente descaracterizado, tendo em conta que se deve entender por Centro Histórico duma urbe, como Leiria, o núcleo histórico e tradicional da comunidade, desde os tempos da sua fundação. Para não ir mais longe, avivando algumas memórias mais distraídas, porque é que se abateram 3 choupos (do tempo dos que são visíveis ao fundo) para, no seu lugar ser feita uma bifurcaçao rodoviária? É que as árvores já lá estavam, faziam parte do património da cidade e, pior ainda, nada justificou o seu abate para os fins em vista.
O trânsito automóvel, com o traçado original ou ligeiramente adaptado, sem necesidade de abater as árvores, funcionava perfeitamente.
As árvores que foram plantadas em todo este Largo, salvo melhor opinião, que ainda ninguém a emitiu, não serão as mais adequadas a um Centro Histórico como o de Leiria.
Há dias fui a um casamento que teve lugar nas instalações da célebre Quinta do Hespanhol, para os lados de Torres Vedras. Todo o cerimonial e banquete esteve excelente, mas não é propriamente este o motivo que me levou a colocar este post.
Não conhecia esta zona e posso dizer que fiquei encantado pelo enquadramento paisagístico, em termos ambientais e, principalmente, das árvores que lá encontrei. Não tive grandes ocasiões de me demorar na tomada de fotografias, pelo que a reportagem não é nada significatica. No entanto, uma árvore deixou-me intrigado, porque não consegui que ninguém me desse informações precisas sobre o seu nome.
Os pormenores mais significativos que consegui fotografar são os que estão expostos nas duas últimas fotos. Consultei vários livros, tais como: Botanica - The illustrated A-Z of over 10.000 garden plants and how to cultivate them (ISBN 3-8331-1253-0, edição de 2004; Árvores de Portugal e Europa - Guia Fapas; Portugal Botânico de A-Z; Árvores e Florestas de Portugal -09- Guia de campo, ed. LPN e outros e também "dias-com-arvores.blogspot.com" e "sombra-verde.blogspot.com". Lancei aqui, neste blogue, o apelo (*) abaixo transcrito e consegui chegar a esta conclusão: Consultando melhor (após as dicas dos amigos na zona de comentários) o "dias-com-arvores" (), parece-me que cheguei ao nome desta árvore. Será então um pitósporo do género Pittosporum undulatum. (ver comentários).
Esta quinta tem uma longa e interessantísima história, contada com todo o pormenor num desdobrável bem concebido pela empresa, um ramo da própria família, que actualmente detém aquelas instalações.
(*) Apelo inicicial: Não obtive, com garantias mínimas de não errar, dados sobre esta árvore, que me pareceu mais que centenária, ainda que de porte pequeno. Será uma Malus ornamental crab., "Golden Hornet"?
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Creio ser relevante, como fonte inicial de estudo, o seguinte fragmento de texto:
"NOME: Quinta do Hespanhol / Solar dos PerestrellosFREGUESIA: Dois PortosLOCALIZAÇÃO: Junto a Carreiras (Carvoeira)DESCRIÇÃO: Por cima da porta de entrada, um medalhão com a data de 1542 apresenta o instituidor do Morgado, João Lopes Perestrelo, neto de Fillipo Pallastreli, fidalgo italiano. Este veio para Portugal no tempo do Rei D. João I, que lhe doou, entre outras, estas terras que vieram a ser conhecidas como “do espanhol” em virtude do epíteto que o povo concedeu a Pallastreli, identificando a sua língua natal com o castelhano.Uma descendente deste fidalgo veio a ser esposa de Cristóvão Colombo, que também terá passado por esta quinta.Cronologia, segundo a DGEMN: 1333 a 1385 - doação régia das terras a Filipo Pallestrelli, a quando da sua vinda para Portugal; 1513 - os edifícios originais forma destruídos por calamitoso terramoto; 1542 - até à data a posse da terra permaneceu com os donatários, o representante da família, João Lopes Perestrelo, vinculou a propriedade em morgadio do qual foi o primeiro administrador. Reconstrução do solar actual; 1755 - o edifício manuelino desmoronou com o terramoto. Reconstrução do edifício e ampliação do mesmo para dois andares; 1861 - plantação da alameda, existe placa comemorativa com data assinalada, 1940 - construção do jardim no local que corresponderia a parte da antiga horta.ÉPOCA: séc. XVINOME: Quinta do Hespanhol / Solar dos PerestrellosFREGUESIA: Dois PortosLOCALIZAÇÃO: Junto a Carreiras (Carvoeira)DESCRIÇÃO: Por cima da porta de entrada, um medalhão com a data de 1542 apresenta o instituidor do Morgado, João Lopes Perestrelo, neto de Fillipo Pallastreli, fidalgo italiano. Este veio para Portugal no tempo do Rei D. João I, que lhe doou, entre outras, estas terras que vieram a ser conhecidas como “do espanhol” em virtude do epíteto que o povo concedeu a Pallastreli, identificando a sua língua natal com o castelhano.Uma descendente deste fidalgo veio a ser esposa de Cristóvão Colombo, que também terá passado por esta quinta.Cronologia, segundo a DGEMN: 1333 a 1385 - doação régia das terras a Filipo Pallestrelli, a quando da sua vinda para Portugal; 1513 - os edifícios originais forma destruídos por calamitoso terramoto; 1542 - até à data a posse da terra permaneceu com os donatários, o representante da família, João Lopes Perestrelo, vinculou a propriedade em morgadio do qual foi o primeiro administrador. Reconstrução do solar actual; 1755 - o edifício manuelino desmoronou com o terramoto. Reconstrução do edifício e ampliação do mesmo para dois andares; 1861 - plantação da alameda, existe placa comemorativa com data assinalada, 1940 - construção do jardim no local que corresponderia a parte da antiga horta.ÉPOCA: séc. XVI"
in http://www.oestediario.com/oestediario/artigo.asp?cod_artigo=107033
Que mais dizer?
Repare-se:
na primeira foto; temos água com abundância, uma fonte luminosa bonita, quase que nos esquecemos que o Planeta em que vivemos é muito mais que este cantinho no centro da cidade de Leiria; Alguns Jacarandás estão em plena floração azul/lilás (onde já vai o mês de Maio!?...).
na segunda foto a sensação com que se tem de ficar, inapelavelmente, é de calafrio.
Será que o Homem vai ser capaz de arrepiar caminho de forma a conseguir o equilíbrio dos ecossistemas ambientais que permitam a sustentação das condições básicas da Vida?
(fotos tiradas hoje, pelo meio-dia, no centro de Leiria)
18036-070905-974960-88
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