Vista panorâmica sobre a localidade de Cortes - Leiria. Desde os Lourais. Ao fundo, a recortar a linha do céu azul, a Sra. do Monte. Esta foto é deste mês de Outubro de 2007. O Snr. Rui (por sinal meu ex-aluno na Escola Domingos Sequeira nos anos 60), proprietário da Livraria Martins, deu-me a dica que havia um livro(1) sobre as Cortes (andava eu à procura de informação sobre a Qta. de S. Venâncio), edição em 1997 do Jornal das Cortes. Da sua leitura consegui perceber o quão interessante é o seu conteúdo, tendo em conta os inúmeros artigos e ensaios que têm sido publicados naquele jornal desde a sua fundação. Os autores desses artigos e ensaios são pessoas muito qualificadas e conhecedoras das realidades e da história da freguesia das Cortes, donde resultou inevitavelmente uma mais valia para a compreensão da vida das suas gentes e da história desta terra. Dada a ligação íntima desta freguesia das Cortes com a da Barreira, na qual tenho residência e de cuja Junta já fiz parte, penso que é pertinente, quanto mais não seja para meu próprio conhecimento e de quem comigo estiver interessado em partilhar, reflectir sobre os temas desta freguesia vizinha e amiga. De notar, que, parcialmente, a Quinta de S. Venâncio faz parte desta freguesia. E, muito francamente, não compreendo (ignorância minha certamente) porque é que não há mais referências, quer no jornal das Cortes, quer noutros suportes de informação, acerca de Quinta tão simbólica desta zona! Entretanto, obtive a informação abaixo, que talvez possa ter interesse para os estudiosos das questões relativas a Cortes - Leiria:
Departamento de Inventário, Estudos e Divulgação
IGESPAR, I.P.
De acordo com a informação existente na base de dados de património arqueológico do nosso Instituto, o único registo com a designação Leiria - Quinta de São Venâncio (CNS – 6906) refere-se a uma estação de ar livre de época paleolítica, descoberta em 1947/8, sob a orientação de Manuel Heleno e na qual se identificaram indústrias líticas (conforme pode pesquisar em www.ipa.min-cultura.pt). Esta informação foi retirada do processo 85/1(096) - Levantamento arqueológico das Estações Paleolíticas da Bacia do Liz. (2)
(1) "ReCortes do jornal daí" - As Cortes da Pré-História à Actualidade - estudos de história, património, cultura, religião, toponímia e etnografia. Ed. Jornal das Cortes - 1997. Sem grande espanto confimei que à frente da equipa do "Jornal das Cortes" "estavam José Bento da Silva e Carlos Fernandes que, fazendo apelo a energias insuspeitas, deram corpo a um projecto que não mais parou."
(2) O livro que estou a seguir contém um artigo(3) muito rigoroso acerca da forma de se escrever o nome do Rio que atravessa Leiria. Esse artigo já tem uns bons 10 anos e parece-me ser bastante elucidativo. Apesar de a tendência que se está a revelar na escrita desta palavra se orientar no sentido de se usar a palavra LIS, ainda existem muitas placas de sinalização com a toponímia LIZ. Quanto a mim, que não me considero um versado em linguística, nem pouco mais ou menos, depois do que tenho lido e estudado, inclino-me para a utilização da palavra LIS em detrimento de LIZ.
(3) "O Lis...os analfabetos... e os filhos bastardos", ensaio de Manuel Marques da Cruz, pág. 296.
Nota: (Nem precisaria de acrescentar que este tema é para continuar a ser tratado em próximos posts)
5 comentários:
Quero informar que Alda Inácio do blogue Crítica & Denúncia, do Brasil, nos propôs,em resultado da "concentração" de ontem no Notas Soltas, criar um blogue universal com um banner para os nossos blogues. Estou em contacto com ela para ver como nos articulamos. Conto contigo para este passo que penso ser de alguma importância e que poderá ser o início de outros que podemos dar. Todas as colaborações são poucas e indispensáveis por isso, se puderes, colabora com as tuas sugestões e ofertas de disponibilidade. É preferível fazermos pouco a nada e, pior ainda, ficarmos parados.Recebem-se sugestões em Silêncio Culpado.
Um abraço
Disponível para participar.
Deixei comentário.
António
estimulante intróito, mesmo para quem, como eu, é um ignorante nas matérias concernentes a ambas as freguesias.
Estou seguro que muito há a revelar sobre ambas sua história e património e todos lucraremos com estes testemunhos.
fraterno abraço
estimulante intróito, mesmo para quem, como eu, é um ignorante nas matérias concernentes a ambas as freguesias.
Estou seguro que muito há a revelar sobre ambas sua história e património e todos lucraremos com estes testemunhos.
fraterno abraço
Mais um interessante "post", ca fico a espera do seguinte. Ja no que respeita a toponimia do rio, tambem creio que se deveria escrever: LIS.
Um abraco amigo do d'Algodres e um bom fim de semana.
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