2007/12/20

Ceres - planeta, asteróide?

A sonda Dawn, que transporta o nome do Abrupto num chip, continua o seu caminho para Vesta e Ceres. Ainda falta muito mas lá chegará. ( aqui )
(imagem Wikipédia)
Há dias o meu neto, enquanto viajávamos de casa para a escola, falou-me duma estrela, a que ficava mais perto do Sol. Que se chamava Ceres, disse o professor (segundo aquilo que o Guilherme julgou ouvir, penso eu). Fiquei intrigado, até porque nunca tinha fixado a minha atenção em tal corpo celeste. Como pouco percebo de Astronomia, lembrei-me de indagar do que há de interessante a este respeito. E fiquei um pouco confuso. As explicações que os cientistas deram durante muito,revelaram-se bastante contraditórias e, impressão minha, muito pouco fiáveis. Consultado o site da Nasa fiquei a saber que anda uma sonda (ver imagem acima) em viagem e que vai tentar passar perto deste asteróide, depois de explorar o Vesta.
Será que se vai confirmar que o Ceres é mesmo um asteróide, na concepção conhecida pelo Homem ou teremos de lhe atribuir alguma classificação especial? O Ceres que se vê no mapa (segunda imagem de cima para baixo) encontra-se mesmo aqui "pertinho" da Terra e a sua órbita localiza-se entre Mercúrio, Júpiter e Terra.
O que se pretenderá com o facto de a sonda Dawn levar um chip com o nome do "Abrupto", ainda que um blogue de grande referência, nacional e até internacional?

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2007/12/18

Apreciar a Vida


No Sábado passado, pleno Dezembro, um dia radioso, temperatura amena (demais...).
Um piricanta(1) de pomes vermelhos, encima; a flor das bergénias(2), com um colorido e harmonia que são autênticos hinos à Mãe Natureza, logo a seguir, em baixo.

Hoje, à tarde, um frio de rachar, o vento e a chuva a darem sinais de concordância com os meteorologistas, que prevêm mau tempo para o Centro e Litoral de Portugal. O Rio Lis, bordejado por plátanos outonais algo tardios, o espelho de água a cumprir a sua missão.
Estamos a entrar no Inverno, mas se formos capazes de acompanhar a Natureza, no nosso espírito pode haver serenidade, harmonia.
Nem que seja só por estes momentos, vale a pena apreciar a Vida!

(1) Tenho dois arbustos/sebe piricanta (vulgo "espinheiro") , no meu jardim/quintal, com pomes de duas cores, vermelha e laranja. À minha observação deste particular tenho reparado que os melros comem regaladamente estes pomes: primeiro despem o piricanta de fruto alaranjado; neste momento estão a comer os vermelhos, começando pelas pontas dos ramos. É vê-los a banquetearem-se...

(2) As bergenias cordifolias têm a sua origem na Sibéria.

Características:

É uma planta perene com folhas grandes de cor verde escuro em forma de coração, lustrosas e que ao tacto dão uma sensação como de couro. No inverno dá as suas flores que duram muito tempo, de cores rocho branco, rosado pálido. São delicadas, dispostas em ramos irregulares encima de uns talos grossos. A cor da folhagem é um verde muito atractivo. Pode alcançar uma altura e um gancho de 30 cms.

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2007/12/17

O que somos?

Há momentos na nossa vida em que damos connosco a pensar no que somos e porque é que somos como somos e não doutra maneira.
Há dias dei com este livro à venda numa livraria cá do burgo. O texto da contracapa e mais uma vista de olhos a desfolhá-lo convenceram-me sem grande dificuldade.
Vamos lá a ver se ficarei a perceber melhor a razão do meu ser!...

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2007/12/14

Aos amantes da Poesia!


O Elos Clube de Leiria e a Editora Folheto, vêm por este meio endereçar-lhe o convite para a sessão de apresentação da I Antologia de Poetas Lusófonos. Como vem referido no mesmo, esta sessão terá lugar no dia 15 de Dezembro de 2007, pelas 16 horas na sede da Região de Turismo Leiria/Fátima, Leiria, Portugal. No convite, poderá ainda conhecer o programa para a sessão de apresentação.
A "I Antologia de Poetas Lusófonas" é uma edição da editora leiriense Folheto Edições & Design com a colaboração do Elos Clube de Leiria.
Participaram 81 Poetas de 9 Países de 4 Continentes (Europa, América, África e Ásia), com 244 Poemas.
Esta obra, com 264 páginas, que tem como objectivo a promoção da Língua Portuguesa, apresenta na capa uma obra de arte da autoria do reconhecido artista plástico brasileiro, Neo Surrealista, Comendador Renato Bordini.
A apresentação da obra será da responsabilidade de Arménio Vasconcelos, Presidente do Elos Clube de Leiria, e Adélio Amaro, Coordenador Editorial.
Na sessão de apresentação haverá um momento de poesia com a participação de vários poetas e ainda um momento musical com composições e direcção do Maestro Vicente Narciso e vozes de Dina Malheiros, Genealda Sousa e Lucília Narciso.
Depois da apresentação em Leiria, a "I Antologia de Poetas Lusófonos" será apresentada em Lisboa na Livraria Bulhosa, em Faro e também no Rio de Janeiro (Brasil).
-
O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, endereçou uma mensagem de cumprimentos à editora leiriense Folheto Edições, após ter conhecimento da apresentação da "I Antologia de Poetas Lusófonos", a levar a efeito no dia 15 de Dezembro, do corrente ano.

2007/12/12

NATAL, sempre!...


Todos os anos cá vamos vivendo esta euforia do Natal! Contagiante, sem dúvida! Uma época muito ligada à religião Cristã, como sabemos. Até os que não professam esta religião tentam conviver, por todo o Planeta, comungando estes dias de convívio, Fraternidade, Solidariedade e até a Paz entre os beligerantes, quando em Guerra declarada. Que pena não sermos capazes de tomar o primeiro táxi da praça e rumarmos às estrelas que nos alertam que o Natal aí está e que poderia vir para ficar!

Que pena o Natal não ser sempre!...

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2007/12/08

Árvores e estados de espírito...



As duas primeiras fotos, já com uns dias na câmara, captaram sensações díspares, mesmo assim, algo entusiásticas, pela cor e contraste da visão que se me apresentava ali, naquele momento, pouco depois do meio dia. E ali estão o amarelo e o vermelho vivos do liquidambar.
A terceira foto é de hoje, olhei e pensei: curioso, sinto-me assim, neste preciso momento - talvez umas 3 horas da tarde, o Sol já a fugir para Ocidente, nesta encosta a caminhar para o rio Lis, a regressar a casa, depois duma saída rápida e curta: verde de esperança como o sobreiro, cinzento como o tronco e ramos da figueira desnuda, a tentar o branco da Paz interior, apesar dos salpicos de preto, algo confuso ao olhar o horizonte com a Sra. do Monte no seu perfil altaneiro como que a quere separar o terreno e o etéreo e eterno...

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2007/12/04

Morreu a Lala

Com o decorrer dos tempos, vamo-nos afeiçoando aos animais que, por este ou aquele motivo, passam a fazer parte da nossa vida. Lá em casa, tem havido desde sempre, pássaros, gatos, cães e até já tivémos um casal de Hamsters. Hoje, quando chegámos a casa, já escuro, que os dias estão muito curtos, deparámos com a Lala já rígida, na sua camita no canil. Tinha 9 anos de idade. Ela e o Tico faziam uma parelha muito viva, uma presença que nos ajudava a sentir a vida.

Já eram mais de 10 horas da noite quando lhe fizémos o enterro. No nosso jardim. Num local bonito. Ficou assinalado com uma Yuca e uma roseira.
Eu e a Zaida não conseguimos reprimir as lágrimas...

2007/11/30

Homenagem a MIGUEL TORGA em Leiria


O busto de Torga envolto na pedra bendita do seu Marão, olhar de águia a pairar sobre as fragas e vales profundos, as plantas silvestres, nomeadamente, a urze, que ele tanto estimava, amava mesmo, podemos dizê-lo.


No decorrer da sessão, várias personalidades foram distinguidas com o Diploma e com a Medalha do Centenário de Torga, edição do ELOS Clube. Na foto podem ver-se, Prates Miguel (Presidente da Mesa da AG do Elos de Leiria), Mário Zambujal (a receber as merecidas condecorações) e Arménio de Vasconcelos (Presidente do Elos Clube de Leiria).

O Grupo de Bailado Contemporâneo de Leiria prepara-se para iniciar uma dança sob a coreografia da prof. Cláudia Cardoso tendo como mote inspirador o poema de Torga "O Cisne", projectado em fundo.

Foram apresentados dois concursos: o das Artes Plásticas e o Literário, pelas vozes dos CE(*) Zaida Nunes e Vieira da Mota, cujos Regulamentos estão à disposição dos interessados no endereço: http://elosclubedeleiria.blogspot.com . Também se fez a apresentação do Roteiro de Torga por terras da Região de Turismo Leiria/Fátima, que esteve a cargo da CE Lucília Vasconcelos. A edição deste roteiro será da responsabilidade da própria "Região de Turismo Leiria/Fátima" a sugestão e parceria do Clube Elos de Leiria.

Esta sessão teve lugar no Auditório 1 do IPL e integrou-se no Plano de Actividades do próprio ELOS CLUBE de LEIRIA.

Pena a assistência ser relativamente reduzida (talvez devido à hora - 17 horas de uma Sexta-Feira). Foi, sem dúvida, uma sessão cultural de elevado nível, que teria justificado uma lotação esgotada do Auditório.

(*) CE Companheiro/a Elista

(Um artigo com mais pormenores, está em edição para ser publicado no sítio do ELOS CLUBE DE LEIRIA e no "Correio de Leiria" com a maior brevidade possível. Espero, entretanto, que a imprensa regional não deixe passar este acontecimento em claro).

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Outono no campo...

O começo do dia visto da janela do meu quarto. Na direcção poente mas com o Sol a nascer. São 7 horas da manhã. Se se ampliar a foto ainda se vêm corvos, no terreno, na sua faina matinal. Logo a seguir pisgam-se para o refúgio dum pinhal/eucaliptal, ali perto.

Se, por acaso, não conseguiram identificar, nas pontas dos ramos em primeiro plano, estão figos. Verdes, fora de época, já não prestam. As folhas da figueira também já se foram...

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2007/11/29

Feliz Aniversário!




Hoje fazes anos!
Parabéns!
Que sejas muito Feliz!
Que a flor, hoje adolescente
Continue a ser a mais bonita
E a sua vida
Cheia de sucessos e Alegria!

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2007/11/27

Quinta da Fábrica - Leiria

Este brasão de família está encrustado na fachada da entrada do edifício de habitação da Quinta da Fábrica e parece-me ser uma mistura dos brasões do Barão do Salgueiro, concedido o título a Manuel José de Pinho Soares de Albergaria e renovado em seu filho em 17.6.1869, Dr. José de Faria Pinho e Vasconcelos Soares de Albergaria e o do Visconde do Amparo (1). Nesta quinta morreu Julia Adelaide de Faria Pinho Vasconcelos Soares de Albergaria, que, segundo a árvore genealógica da família Charters d" Azevedo, viveu entre 24 de Outubro de 1849 e 21 de Outubro de 1941.


Retomando o tema das quintas e casas senhoriais de Leiria, vai-se iniciar, nesta entrada, o tema da "Quinta da Fábrica".
Esta quinta está associada a uma antiga casa senhorial a que, entre outros, está ligada a família Charters d´Azevedo. Está localizada na base nascente do monte de S. Gabriel, actual Santuário de N. Sra. da Encarnação, em Leiria, mais precisamente, na Rua da Fábrica, na zona onde começa a Rua Miguel Torga. Confronta com o Rio Lis, na zona das Olhalvas.
Nestas instalações funcionou, não há muito tempo (3 anos ap.) a Escola Superior de Saúde de Leiria.
.
(1) Pág. 82 de "Anais do Município de Leiria" vol I, ed. CML de 1993;
*** há-de ter continuação***

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2007/11/26

"A vida é bela!"

Ampliando a fotografia aprecie-se a imponência destas duas árvores, mesmo ali à borda da estrada. Como facilmente poderão identificar tratam-se dum salgueiro e dum eucalipto. Há quanto tempo não ando para as fotografar, neste seu ar gaiteiro, a acenar com risos de crianças aos viajantes que, ensimesmados nas suas vidas, nem por elas dão. Mas, olhem, senhores/as! São dignas de ser admiradas! Finalmente, parei o carro, peguei na máquina fotográfica e tirei esta foto. No meio da estrada, na disposição de fazer parar o trânsito, se necessário fosse. O dia estava lindo, solarengo até de mais, a meio da sua marcha incessante...
Esta rua é a "Rua dos Mártires" em homenagem aos bravos resistentes Leirienses aos invasores da segunda invasão francesa. O combatentes e as populações e património desta zona foram completamente destroçados. Uma luta desigual. Os vencedores vingaram-se da coragem dos resistentes duma forma atroz. Mataram e pilharam até mais não.
No local destas magníficas árvores funciona, de há várias décadas a esta parte um colégio infantil, "O Castelinho", desde a pré-primária. Parece que estou a ver-me a acompanhar a minha filha Inês com pouco mais de 3 anos. Estávamos em 1972...Vivíamos no Largo a Sé, lá mais em baixo, no centro. A cidade era pequenina, tinha para aí uns 20.000 habitantes...pouco mais. Hoje deve rondar os 200.000. E a Inês tem dois filhos, é professora. Uma lutadora decidida a proporcionar uma boa qualidade de vida à Mafalda e ao Guilherme! Podes contar connosco, os teus pais, Inês. E com a restante família, como bem sabes. A vida é bela, dizes tu. Sei bem que não estás nem deixarás baixar os braços nessa cruzada. Os teus filhos irão ser tudo do melhor que tu lhes desejas. Eles sabem que podem contar com a mãe.

E tu também mereces toda a Felicidade deste mundo.
Um beijo do maior tamanho e intensidade que imaginar se possa!

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2007/11/25

Bizarra convivência!

Não serão carrões a mais na cidade? Coincidências inestéticas para os habitantes da cidade? É que se está em pleno centro da cidade, ali mesmo ao lado o rio Lis, o seu espelho de água, as árvores e arranjos ajardinados no sentido do lazer das pessoas, esplanadas, campo de jogos, o parque infantil!...
Ainda hoje, Domingo, por ali andei de bicicleta, feliz e contente por ter comigo os meus netos e filhos.
Bizarra convivência! Coincidência inevitável, a que se mostra nesta foto?

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2007/11/23

O rio Lena

Na quinta da Mourã. O rio Lena a caminho do casamento com o Lis, um pouco mais abaixo, de mansinho...
Não estamos em Abril, de calendário. Ou será que já não podemos acreditar no calendário? O trinado das aves ribeirinhas ainda se ouve das bandas do choupal distante. As noras já não!...

AS NORAS

Sigo a margem do Lena, pensativo,
E ouço das bandas do choupal distante
Um gemido monótono e constante
Cortando o riso deste Abril festivo.

É a nora num choro convulsivo,
Que mal a beija o insaciado amante,
O rio, pois lhe foge a cada instante,
Por seu triste condão do mar cativo.

E dela correm lágrimas sem fio
Que a terra acolhe e são constantemente
Depois, na festa mística do estilo.

O trigo de coiro e luz ondeando ao vento
Vive porque ela chorou junto ao rio,
Porque a vida provém do sofrimento.

Acácio de Paiva

Insigne Poeta Leiriense
Nasceu em Leiria, no Largo da Sé, nº 7, em 14/4/1863.
Faleceu em 29/11/1944 nos Olivais, Ourém.

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2007/11/21

IPL - Campus Universitário de Leiria


Vista do vale do rio Lena(*), na zona da Quinta da Mourã - Barreira - Leiria, princípio da tarde de sábado passado, desde as traseiras das novas instalações do Campus Universitário - IPL(**), Escola superior de Educação, Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ali para os lados do "Continente").
Aprecie-se, na foto rectangular, um dos resultados das monumentais movimentações de terras que as máquinas modernas proporcionam em tempos recorde. Entretanto, vamo-nos queixando das alterações climáticas.

...---...

(*) Lenda do Lis e do Lena

Nasceu o rio Lis junto a uma serra
No mesmo dia que nasceu o Lena;
Mas com muita Paixão, com muita Pena
De seu berço não ser na mesma Terra.

Andando, andando alegres, murmurantes,
Na mesma direcção ambos corriam;
Neles bebendo, as aves chilreantes
Cantavam esse amor que ambos sentiam

Um dia já espigados, já crescidos
Contrataram casar, de amor perdidos
Num Domingo, em Leiria de mansinho...

Mas Lena, assim a modo envergonhada
Do povo, foi casar toda enfeitada
Com o Lis mais abaixo um bocadinho.

José Marques da Cruz
1888-1958

-

(**) Sessão de Homenagem a Miguel Torga

CONVITE

Os Presidentes do Instituto Politécnico de Leiria e do Elos Clube de Leiria têm a honra de convidar V. Exa. e Exm.a Família, para a Sessão Cultural e Homenagem ao Insigne Escritor e Poeta Miguel Torga, a ter lugar no próximo dia 30 de Novembro, pelas 17 horas, no auditório 1 da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria. A culminar esta cerimónia, haverá uma visita à Exposição de Arte, em que estarão representados Artistas Plásticos que conviveram, conheceram e ou mantiveram relações de amizade com Miguel Torga, nomeadamente na cidade de Leiria.A exposição estará patente no Salão da Biblioteca José Saramago, no mesmo campus.

Programa
- Projecção de Imagens sobre Miguel Torga
- Poesia de Miguel Torga dita por Adélio Amaro, Soares Duarte e José Vaz
- Testemunhos e opiniões sobre Torga: Prates Miguel, Arménio Vasconcelos, Maria da Conceição Morais Sarmento Celeste Alves
- Apresentação do Roteiro “Torga em Leiria”, a editar por Região de Turismo Leiria/Fátima e Elos Clube de Leiria
- Informação sobre os Concursos de Artes Plásticas e Literário com temática Torguiana
- Entrega de 5 Diplomas e Medalhas alusivos ao Centenário de Miguel Torga
- Momento de Poesia, lida por Zaida Nunes, e Bailado pelo Grupo Contemporâneo Oito Tempos, sob a direcção da professora Cláudia Cardoso
- Momento Musical, com composições e direcção do Maestro Vicente Narciso, vozes de Dina Malheiros e Genealda Sousa, com poemas de A. Vasconcelos e Miguel Torga.
Os meus cumprimentos,
Adélio Amaro
Vice-presidente do Elos Clube de Leiria

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2007/11/17

Espaços e memórias da Estremadura



16-11-2007 - José Travaços Santos, um vulto da Cultura, não só regional mas até nacional, um dos homens que mais conhece dos meandros (de toda a ordem) do Mosteiro da Batalha, no decorrer da apresentação do seu livro, "Etnografia da Alta Estremadura - breve introdução", na sede do "Rancho Rosas do Lena", ne Rebolaria - Batalha, perante uma numerosa e entusiasmada assistência, entre a qual se contavam vários membros do Movimento Elista Internacional(*), de Portugal e do Brasil, nomeadamente os Presidentes do Elos de Leiria, Dr. Arménio de Vasconcelos, o Vice-Presidente Intercontinental, Dr. António Abraços, membros do Elos de Lisboa. Na mesa estavam: Adélio Amaro, editor e jornalista, Prof. Dr. Saul Gomes, Director Científico da colecção que integra o livro ora apresentado, Dr. António Lucas, Presidente da Câmara Municipal de Batalha, Mário Matias, Presidente da Fundação da caixa Agrícola de Leiria e Dr. Joaquim Ruivo, Presidente da Direcção do CEPAE - Centro do Património da Estremadura.
José Travaços Santos tem sido, durante toda a sua já longa vida, um lutador incansável pela fidelidade ao rigor da Língua Portuguesa. Sempre que tem ensejo para se manifestar assim se declara. Um seu desabafo me ficou retido na alma: estão aqui presentes alguns nossos irmãos Brasileiros que, talvez melhor que nós próprios, compreendam o alcance do meu sentimento de revolta quando noto, em todo o lado, a todo o momento, as infelizes manifestações dos próprios portugueses, com a introdução e uso frequente de palavras de origem inglesa, no vocabulário do dia a dia.(não sic) Já conhecíamos de, pelo menos, há 500 anos, o que era um povo ser colonizado por outro. Mas um povo, como o português estar a colonizar-se a ele próprio?! Isto é uma Vergonha Nacional!
Aplaudo, concordo e Subscrevo integralmente esta ideia. A Língua Lusíada é falada em todos os Continentes. Somos muitos milhões e devemos ter orgulho na nossa História e Património Linguístico, Etnográfico e demais.
Vamos todos dar as mãos e lutar verdadeiramente pela difusão da Cultura Lusíada?
Ouviram a reacção do Snr. Bush, lá pela América do Norte, quando se insurgiu contra a ideia de se investir no ensino da Língua Portuguesa?! Contra o poder incomensurável dos Americanos não há nada a fazer, dirão muitos de nós! A verdade, porém, é que uma Cultura não se apaga com uns dólares a mais ou a menos no Orçamento dos Estados Unidos!... como a História recente o tem demonstrado à saciedade.
18-11-2007
Uma outra ideia fortemente defendida por Travaços Santos tem a ver com a actual Divisão das regiões administrativas. Aproveita para criticar asperamente a divisão da Estremadura, transferindo a parte histórica do seu Norte (cuja fronteira deveria ser a zona de Pombal), passando a designar toda esta região como Beira Litoral, quando, bastaria verificar que, no concernente à etnografia, por exemplo, esta e outras sugestões mais recentes de regionalização despedaçarama, pura e simplesmente, as áreas que, nesse aspecto, tinham motivos comuns e laços seculares. Deveríamos assim, considerar, que a Beira Litoral e a zona mais a Sul, incluindo pelo menos a zona a Norte de Lisboa, deveriam estar integradas numa mesma região, a da "Estremadura". E finaliza a sua ideia, resultante de aturadas investigações e da sua própria vivência ao longo de várias décadas a acompanhar o movimento do folclore nos vários espaços portugueses:
"No entanto, e não obstante, podermos atribuir à Estremadura três espaços folclóricos - Alta Estremadura (Leiria como capital), Estremadura saloia, Estremadura transtagana - há na nossa província uma certa unidade que nos fez crer numa raiz numa raiz comum que manteve a vitalidade até aos nossos dias."
-
nota: A ilustração da capa do livro foi feita a partir de uma fotografia tirada em 1938, na casa do Dr. Afonso Lopes Vieira, em S. Pedro de Muel, pelo pai do autor. Três gerações de mulheres batalhenses integradas na comitiva que foi homenagear o Poeta, filho adoptivo da Batalha.
post terminado em 18-11-2007

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2007/11/16

Acácio de Paiva e o Largo da Sé

Assim se vai desfigurando, dia após dia, o Centro Histórico de Leiria.
Já começa a ser de mais.
Parece que, por razões um tanto obscuras, a pretexto de que um outro prédio do Largo da Sé, que também confronta com o início da Rua Barão de Viamonte (Rua Direita), está a ameaçar ruir, o Departamento de Trânsito da Câmara deliberou fazer umas alterações de trânsito. Vai daí não encontraram melhor sítio para colocar uma placa de sinalização do que a tapar a fachada da casa de Leiria mais fotografada pelos turistas que visitam esta cidade. Já agora será de se relembrar que a esta casa estão ligadas fuguras como Eça de Queirós (trata-se da botica do Carlos do romance "O Crime do Padre Amaro") , os azulejos são "viúva Lamego" e nela nasceu o lídimo poeta Leiriense Acácio de Paiva, que tanto e tão bem cantou Leiria, as suas gentes e os seus lugares.
Repare-se que a placa comemorativa alusiva a Acácio de Paiva, está parcialmente tapada, como se se tratasse muito simplesmente duma pedra que ali está para completar o pilar mestre do edifício.
E mais. Por incrível que pareça, o folheto que foi distribuído pela cidade, refere-se à Rua por trás deste edifício como sendo a Rua António Paiva, quando devia ter sido escrito ACÁCIO de PAIVA.
Uma desgraça completa!...
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(À atenção de quem tem a obrigação de gerir as coisas da cidade mas também de preservar a sua memória: haja mais respeito pela memória dos que nos antecederam e que deram o seu melhor por Leiria!...). Leia-se o soneto de Acácio de Paiva, "Soneto sobre Leiria" (aqui). Admite-se a barbaridade que é taparem-lhe a placa em que se loureia o poeta Leiriense?
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