2008/03/18

Rotunda Paulo VI - vista da Sra. da Encarnação

(clic; ampliando-se observam-se excelentes pormenores)
Foto tirada do Monte de S. Gabriel, agora.
(mais conhecido por Santuário de N. Sra. da Encarnação, padroeira de Leiria e nome da minha Mãe, que já não vejo há cerca de dois anos, ingrato que tenho sido!
Mas, oh mãe, quero informar-te em primeira mão, que no próximo Sábado tenciono ir ao Casal - Viseu para matar saudades tuas e do pai e dos meus tios e tias e dos meus primos e, se calhar do meu irmão Vítor. Vamos lá a ver. Se o tempo vai dar para tudo, se a Inês e os meus netos também me acompanham, quiçá o Bruno, a Ana e a Carolina também. Era bom. E tu bem merecias que eles aparecessem por aí, assim quase de surpresa, a ver se encurtamos distâncias, nem que seja só por umas horas. E mais. Eu próprio ando com saudades de Viseu, do Casal, dos olhares Primaveris da Beira Alta. Tenho andado muito preso a Leiria. Com um desejo enorme de sentir os ares, os cantos e recantos da minha terra... Veremos! Na foto ao lado, o meu pai Daniel e a minha mãezita, ambos com 83 anos. Um dia destes nas termas de S. Pedro do Sul. Foto do meu irmão).Estão com aspecto fixe ou não?)
Vê-se a rotunda Paulo VI (deve ser assim por que ela estará baptizada já que é ali que começa a Av. Paulo VI, a antiga "Calçada do Bravo") com várias azinheiras (talvez porque a partir daqui há vários caminhos que vão dar a Fátima), vê-se também um Cedro e uma Grevíllea já com boa envergadura, ao lado duma bomba de gasolina, prédios diversos, a já dita Avenida (que vai entroncar, 2 kilómetros lá mais acima no IC2), o Hospital de Santo André, pintado de laranja claro, uma chaminé da queima de resíduos. Em primeiro plano pode ver-se, do lado esquerdo da foto) um carvalho português a iniciar o seu ciclo de floração e já com algumas folhas a brotar. Neste monte há vários carvalhos e bastantes sobreiros. Existe, inclusivé, um recanto com mesas e bancos em pedra, à sombra dum bosquete de sobreiros(veja-se a foto aqui).
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Já agora. Ocorre-me falar daquele fatídico Sábado, corria o ano de 1967, mal eu tinha chegado a Leiria, vindo do Porto/Viseu.(*)
Na Sexta-feira anterior, tinha eu combinado com uns amigos, que no dia seguinte iríamos fazer uma almoçarada de leitão, à Boa Vista. Na altura, a ligação Leiria/Boa Vista (10 km) era feita através da EN1, cheia de curvas perigosas e com uma armadilha mortal, bem à vista de todos os passantes, mas extremamente perigosa. No sítio onde hoje está a rotunda, havia uma casa e umas arrecadações, árvores de fruto e terras de amanho. Ao fundo da Calçada do Bravo, quase 1 km sempre a descer, havia uma curva perigosíssima, para a direita. O piso era o piso das estradas de Portugal, da época: de paralelepípedos, mais tarde de alcatrão/manteiga.
Seríamos cinco. Aconteceu, por obra e graça do acaso (?!), que eu andava bastante cansado, e acabei por ficar a dormir até às tantas da manhã de Sábado. O resto do grupo bem esperou ,mas acabou por seguir sem mim.
No regresso, por volta das 4 e tal, o carro em que vinham (tocaditos com toda a certeza, malta nova, sangue na guelra) seguiu em frente, entrando pela casa dentro. Morreram todos os ocupantes.
Porque é que eu não ia lá dentro com eles?!... Desígnios do insondável destino de cada um de nós, ocupantes deste planeta a que chamamos Terra.
...Ainda hoje sinto o ressoar dos gritos de angústia da mãe dum jovem, irmão dum amigo que jantava comigo habitualmente no antigo Restaurante Peninsular, ali à Av. Mouzinho de Albuquerque. ...(note-se que eu próprio nem sei se já teria 20 anos).
(*) Tinha acabado, no ano anterior, o meu curso, no Porto. Já estava em Viseu e foi daqui que iniciei a maratona de camioneta, autêntica aventura de carroças através de montes e vales por estradas rudimentares e perigosíssimas.
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2008/03/14

Ruas de Leiria - Zona histórica

A zona histórica da cidade de Leiria continua num alvoroço. Obras, simulacros de obras, muitos tapumes. Quase que apetece dizer que esta é a zona dos tapumes. Será que agora é que a restauração dos prédios da zona histórica de Leiria vai avante? O exemplo desta fotografia não é nada animador, temos que convir. Os tapumes que não se vêm na foto já lá estão há anos e anos...aliás, entre o tapume e a parede já nasceram árvores que estão a começar a crescer a bom ritmo. E as plantas silvestres, as mais variadas?!).
Em contraste, neste nº 10 da Rua Fernão Magalhães, parece que as novas gerações se encarregaram de o restaurar e fizeram dele um restaurante. (clicando vêm-se melhor os azulejos, muito oportunos, diga-se).
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Registe-se, entretanto, que na Rua Direita ( Rua Barão de Viamonte), começaram, finalmente as obras de restauro de dois edifícios típicos com uma área bastante razoável.
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2008/03/13



Ensimesmamento…

A vida é uma cabra
P´ra uns é mãe
P´ra outros é madrasta
A culpa é de quem?

De mim? Dos outros?
Do Além?
Quem nos descarrila?
A culpa é de alguém?

O que somos?
Quem somos?
Quem, o quê?
Porquê?

O princípio de tudo?
Quem o fez?
...Tão sisudo!?
Talvez, talvez!

Princípio? Fim?
A fé nos salva?
Há quem diga, sim
É aquela luz alva?

Ensimesmamento?
Insensatez?…
Lamento?
Quanta pequenez!…

A tarde de Março de 2008
caía em Leiria
Não estava frio, nem calor, nem chuva, nem nublado…
Uma picada campesina cheia de luz e nostalgia!...


António Nunes
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2008/03/11

MANIFESTAÇÃO NACIONAL


Um mar de professores em revolta! Grande capacidade de mobilização e cartazes bem inspirados e criticamente humorados!
Fotos de Vítor Nunes

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2008/03/08

maia, giesta branca, leiria

Giesta-branca em flor - 6mar2008 - Pousos - Leiria


Maias(**) em flor - 6mar2008 - Pousos - Leiria



Ampliando-se as imagens (clic) confirma-se a diferença entre a giesta-branca Cytisus multiflorus (Fabaceae) e a maia(*) . Inclusivé no que respeita ao tipo de arbusto em si. Nesta zona de Portugal florescem na mesma altura mas a origem da designação de maia tem a ver com o facto de que, particularmente na Beira-Alta ser uma flor muito usada para apelar às festas populares de Maio. A verdade é que estamos em princípios de Março e ela aí está em pleno vigor. Mais tarde (parte final da Primavera e princípio do Verão - pelo menos assim era, mas com as alterações do clima nunca se sabe) aparecerá a giesta-amarela.

Consta também que às maias também se chamam dedaleiras. Pelo que li, as dedaleiras não têm nada a ver com estas flores a que estou a chamar maias, porque ouvi da tradição popular da Beira-Alta. Note-se que a dedaleira tem a classificação científica de digitalis - há várias espécies de cores e tamanhos grande e pequeno - mas não se pode confundir com esta maia que vos estou a apresentar.

Resumindo: vou socorrer-me do dias-com-arvores: consultando os posts publicados neste super-blogue botânico e ecológico... tenho que me interrogar e voltar para deixar aqui a informação correcta.

Afinal este arbusto de flores amarelas chama-se maia ou tem outro nome?

Terei que voltar ao tema...
- ACTUALIZAÇÃO: Por sugestão do Paulo (v. comentários) fui verificar numa enciclopédia botânica a Coronilla emerus, cuja fotografia coloquei ao lado do conjunto giesta-branca e ... maias?
Depois de observar a imagem à lupa parece-me que não restam dúvidas. Trata-se, de facto, da CORONILLA EMERUS. (depois da informação de que o nome popular será pascoinha, poderemos fazer a opção que segue:)
-(a sugestão de Maria Carvalho:)
Significado de Pascoinha
(**) pascoinha sf (dim de páscoa) Bot Planta leguminosa (Coronilla glauca), de flores amarelas, que floresce pela Páscoa.

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2008/03/07

AS ÁRVORES NO ESPAÇO PÚBLICO

"Normalmente, associa-se a Árvore da Sabedoria, cujos frutos vencem o olvido e a ignorância, à aprendizagem e à medição do tempo natural e efémero da vida; analogia que não esconde o desempenho das árvores na fecundidade e no equilíbrio dos ecossistemas.
...
Dada a sua longevidade, conhecem várias gerações e inscrevem nos seus anéis a memória dos tempos idos, pelo que nalgumas culturas são consideradas sagradas. Contudo, apesar de garantirem a vida na Terra, não estão livres do maior perigo: a estupidez humana.
...
Os cotos que sobram da monda representam o que de mais vil há no homem.
Dando-nos sombra, lenha e fruto, mesmo em meio urbano, as árvores não se ficam pela função decorativa. A arborização coadjuva as mais racionais directrizes urbanísticas e arquitectónicas e, mesmo quando as não há, logra qualificar os sítios, aumentar a higroscopicidade e a estabilidade dos solos, absorver o ruído automóvel, purificar o ar, conter o vento, etc. Donde, não podermos continuar a resumir os "espaços verdes" aos canteiros residuais dos loteamentos, relvados das rotundas e floreiras dependuradas nos separadores das vias. ...
Na cidade, como no campo, há árvores que fazem lugares. Não entender isto, é não entender nada.
...
Por que motivo os planos municipais de ordenamento do território, que supostamente servem para cuidar do bem comum, ignoram a paisagem?
Quando o desrespeito pelo ambiente e a violência de medidas administrativas gratuitas excede o habitual, dividimo-nos entre a tristeza e a repulsa. Infelizmente, na sociedade portuguesa vulgariza-se a tolerância para com estas atitudes insensatas e despóticas, seja pelo temor de represálias ou por simples indolência; "apagada e vil tristeza" que tolhe o avanço para um qualquer futuro não hipotecado. Ainda assim, as árvores, na sua beleza vertical, merecem o melhor da nossa sensibilidade e inteligência.

Nota: Para perceber a motivação do que acabo de expor, v. http://sombra-verde.blogspot.com, http://ocantarozangado.blogspot.com e http://dias-com-arvores.blogspot.com"

Artigo publicado pelo arquitecto Francisco Paiva na última edição d' O Interior.

Pode ler-se o artigo na íntegra, cujo presente excerto, retirei com a devida vénia, do sombra-verde, em: http://sombra-verde.blogspot.com/2008/03/rvores-no-espao-pblico.html

2008/03/06

Casa Museu - Fundação Mário Soares


Subindo para o edifício da Casa Museu-Fundação Mário Soares, nas Cortes - Leiria. Fui devolver um livro que tinha trazido de empréstimo da Biblioteca João Soares: "Antologia da Literatura Portuguesa". O jardim implantado num declive não é de grandes dimensões mas muito agradável e com uma esplendorosa exposição à luz solar.

Um pinheiro manso monumental e busto de João Soares, pai de Mário Soares.

Painel de azulejos intitulado "O Cristo dos Pescadores", de Hein Semke, instalado no recanto superior do jardim, junto ao edifício e ao pinheiro manso.
Informações mais pormenorizadas podem ser obtidas no sítio .
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2008/03/05

Podas em Leiria

Depois de ler o "sombraverde" decidi-me por dar publicidade a esta foto. Ontem, 9 horas da manhã. O contraste luz sombra produz alguns efeitos artísticos (?), mas seria necessário fazer estas podas tão drásticas? Aqui mesmo ao sair do centro de Leiria.
Em compensação, uns minutos antes, tirei esta foto, junto à Sé de Leiria. Uma olaia em plena floração antes mesmo de deixar cair todos os seus frutos. A Prima Vera anda um tanto acelerada, parece-me. Ainda vêm por aí uns dias de geada e lá se vai o trabalho adiantado!...
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2008/03/02

Leiria de contrastes




1- Da Travessa da Fonte do Pocinho, ao fundo um monumento particular evocativo a N.S. de Fátima.
2- As plantas sempre à espreita da sua oportunidade. Nas escadinhas que seguem para a zona da Fonte do Pocinho. Mesmo ao pé da Escola Secundária Domingos Sequeira, em Leiria, no sopé do monte do Castelo. (Trata-se da erva-andorinha ou erva das verrugas...(*))
3- Depois de uma noite de farra e a habitual falta de respeito pela necessidade de dormir das pessoas que ainda (todas idosas) teimam em viver nas poucas casas com condições de habitabilidade no Largo da Sé. Veja-se a manifesta prova de falta de civismo dos utentes do bar do nº 8. Os próprios concessionários do "Pharmácia Bar" não estão isentos de responsabilidade por estes desacatos. Frequentíssimos, aliás, apesar das muitas chamadas de intervenção da Polícia, altas horas da madrugada.
4- O grupo do "El Corte Inglés" a tomar conta de mais um belo edifício em Portugal. Este painel de azulejos é um dos mais antigos e típicos da cidade de Leiria. Aqui funcionava uma padaria.
- Fotos tiradas hoje, por volta das 11 horas. O dia estava a começar cinzento...

- Quem pode informar do nome e características da plantinha das escadas da Fonte do Pocinho?

(*) Em 07/03/08, Paulo Araújo <pvaraujo@sapo.pt> escreveu:
Paulo Araújo deixou um novo comentário na sua mensagem "Leiria de contrastes": O nome científico dessa planta é Chelidonium majus - em português, é conhecida como erva-andorinha. Consegue viver agarrada aos muros mas também se vê pelos campos; é das plantas silvestres que primeiro florescem. Embora não pareça, é da família das papoilas.

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2008/03/01

Flores do meu jardim

Fotos de hoje. Uma manhã solarenga, luz clara, ar puro e fresco. Encosta virada a Nascente, vale do rio Lis ao fundo, Cortes sob a protecção de N. Sra. da Gaiola, Sra. do Monte lá em cima, na encosta virada a poente.

Como ficar indiferente ao impressionante espectáculo que as flores dum simples jardim duma casa rural-urbana nos proporcionam nesta época do ano? Todos os anos, ininterruptamente. Que energia superior promove todo este desabrochar da Natureza nas suas múltiplas formas e matizes, ciclicamente?
Até quando?...
Esta composição foi realizada com o uso do programa "Picasa" da Google. Duma forma simples, incrivelmente fácil!...
As fotos desta composição foram tiradas hoje com uma máquina digital "Nikon" D50 na forma automática de fotografia.

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2008/02/29

Francisco Rodrigues Lobo e Camões

Esta foto foi tirada em Leiria, há 15 dias. Estamos a registar uma perspectiva do Jardim Luís de Camões (ameixieira de jardim, uma acer negundo,logo atrás uma grevillea robusta, uma pimenteira bastarda, estátua ao grande poeta bucólico Francisco Rodrigues Lobo, em ponto mais alto um freixo com perto de 100 anos seguramente, o chão remodelado mas que veio alterar drasticamente a configuração histórica do jardim alma de Leiria.
Ampliando-se, também se poder divisar a silhueta da Igreja do Santuário de N. Sra. da Encarnação.
Repisando o tema: Nota-se a falta das tílias monumentais que foram derrubadas há mais ou menos 2 anos. Quanto a mim, por pura incúria!
Não esquecerei essas tílias, a fragrãncia das sua flores, a sombra espantosa da sua copa, a sua presença imponente e pintada dum verde insubstituível que deixou de encher os nossos olhos...
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2008/02/26

Sentir de pai

"Nem sempre o que achamos bom para os filhos é o melhor para eles..."

Fiquei a pensar nesta reflexão porque não vejo forma de deixar de olhar para os meus filhos (A Inês e o Bruno, ambos com 30 e tal anos, diferença de 4 entre eles) e ver os meninos que já foram com uma nitidez impressionantemente actual.
Os seus filhos são como se meus também o fossem. As alegrias e sucessos deles sinto-os como meus também.
Mas preocupa-me sobremaneira o decurso das suas vidas, as vicissitudes por que passam, eu querer ajudar para além do que humanamente me possa ser permitido.
Como conciliar as nossas acções com o sentido que se pretende dar à frase em epígrafe?
Não sei.

2008/02/24

Soares Duarte - 75º Aniversário

Sem publicidade, por desnecessária,no célebre Restaurante "Casarão", no Alto-Vieiro, Leiria, 23/2/2008

Soares Duarte, um bom amigo, senhor duma capacidade de memória invejável, nos seus 75 anos, na companhia da esposa Luísa. A família mais chegada também esteve em força. Juntou alguns dos seus amigos mais íntimos para comemorar esta data (bem, fez anos 2 ou 3 dias antes) tão significativa da sua vida.
Frei Vicente - Cantor de música tendencialmente de cariz religioso cristão, designadamente a celebérrima "Monte Sinai". Cada vez mais Franciscano, como ele próprio se confessa publicamente, presenteou a assistência com um rol de belíssimas canções do seu reportório. Chegou a ser o responsável pela Igreja dos Franciscanos ou da Portela, em Leiria, no final dos anos 60.
O Prof. Casimiro (*), como todos os seus amigos ainda o continuam a chamar, cantou, para nosso gáudio e pretexto de canto em coro, o célebre fado de Coimbra (de onde é natural), "Amor de estudante", entre outras e variadas canções, em honra do nosso amigo e companheiro de tertúlia.
Soares Duarte é um declamador de poesia imprescindível em qualquer manifestação cultural literária, para além de escrever da mais pura e bela poesia. Reformou-se como realizador de produção da RDP.
Amor de estudante

Dizem que amor de estudante
Ai, não dura mais que uma hora
Só o meu é tão velhinho
Inda se não foi embora

A cabra da velha torre
Ai, meu amor chama por mim
Quando um estudante morre
Os sinos tocam assim.
---
(*) morreu em 13mar2018.
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2008/02/22

Primavera e Poesia


Estava nas traseiras da casa................AS ANDORINHAS
Ouvi o trinar alegre duma andorinha......Como as tardes já fossem para amores
Vim cá fora, um recanto de alegrete......no doce Portugal, todas em bando
Antigo, cheio de recordações................voaram, nossas terras demandando,
Da Zaida, Paiva e minhas....................tão propícias às aves como às flores.
......................................................
Vi um ninho de muitos anos.................Procuraram beirais acolhedores
As aves a regressarem com o tempo.....onde seus ninhos fabricassem, quando
A fazer coro a evocar alguém...............o céu, há pouco tempo azul e brando,
Que da Poesia fez seu pensamento......de novo se cobria em negras cores.
.....................................................
A Zaida, pelo som familiar..................O bando, não supondo terminada
Eu porque com ela aprendi..................a chuvosa estação, de onde viera
Logo vimos como atalhar;...................já procurava a salvadora estrada;
Quem poderia ter cantado assim?.......
......................................................mas nisto, entre festões de folhas d´hera,
Não podia haver dúvidas....................debruçou-se à janela a minha amada
A música, bucólica, esplendorosa........e ele ficou: surgiu a Primavera!
Acácio de Sampaio Telles e Paiva.......
Ilustre Leiriense, na Poesia e na Prosa......... Acácio de Paiva
......................................................
Um ninho com anos e anos.................
Uma parede de lousa centenária..........
A andorinha que ainda desambientada..
Na sua silhueta foi captada.................
.......................................................
A casa "Pharmácia Leonardo Paiva"....................
No Largo da Sé, Leiria.........................
Onde nasceu em 14/4/1863.................
O insigne Poeta, Acácio de Paiva.........


antónio nunes
22/2/2008
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2008/02/20

Quinta S. José - Leiria

Um aspecto geral da Quinta de S. José, podendo apreciar-se (ampliando) uma cancela aos tempos antigos, dos nossos pais e avós, entrada para um terreno bem lavrado e semeado (provavelmente com milho). Repare-se nas couves em flor, que espreitam sobre o muro!

No momento, pouca informação tenho à minha disposição sobre a história desta Quinta, localizada na Rua da Figueira da Foz (paralela à Av. Adelino Amaro da Costa, a poucos metros da margem direita do Rio Lis, num antigo terreno com excepcionais condições agrícolas...aos poucos ocupado por toneladas de betão e alcatrão...). Claro, estamos situados na cidade de Leiria...pode-se dizer que na periferia do centro da cidade. Lembro-me de todo o trânsito automóvel se processar por esta via, que era a única forma de ligar Leiria à Figueira da Foz. Esta estrada seguia em direcção à estação do caminho de ferro e prosseguia o seu curso com destino à Figueira da Foz, estrada quase exclusivamente com piso em paralelepípedos. (que terá sido feito das toneladas e toneladas desse paralelepípedos, devidamente aparelhados, que cobriam a maior parte das nossas estradas durante uma grande parte do séc. passado?).
Estou a recolher mais informação sobre esta quinta. Para já fica aqui este registo antes que, um dia destes, possamos ser surpreendidos com o seu desaparecimento ou requalificação ad hoc.
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2008/02/17

Abandono idílico no Dão


Uma zona idílica (mas abandonada) junto ao Dão, perto de Viseu - Hoje (Vítor Nunes)

- A zona do Dão está intimamente ligada ao rio com o mesmo nome.

O seu percurso é feito no sentido Nordeste-Sudoeste e, ao longo dele, para além de ter a Barragem de Fagilde no seu fio de água, atravessa ou demarca os limites dos concelhos de Aguiar da Beira, Penalva do Castelo, Mangualde, Viseu, Carregal do Sal, Nelas, Tondela e Santa Comba Dão. Desagua no Rio Mondego, em plena albufeira da Barragem da Aguieira, nos limites dos concelhos de Santa Comba Dão, Mortágua e Penacova, depois de percorrer cerca de 100 quilómetros. Os seus principais afluentes são o Rio Carapito, Ribeira de Coja, o Rio Sátão, o Rio Pavia e o Rio Criz. No seu vale, zona de altitude com solo granito, situa-se a Região Demarcada do Dão, da qual se destaca a produção de excelentes vinhos de mesa. (in Wikimédia).

O rio Pavia atravessa a cidade de Viseu.

http://dispersamente.blogspot.com/2008/01/samuel-maia-sexo-forte-1915.html

Seguindo este endereço, pode tomar-se nota de um livro, editado em 1915, da autoria do Dr. Samuel Maia, natural de Ribafeita, grande proprietário que foi na minha terra Natal, Casal-Ribafeita-Viseu. Ainda hoje lá existe a quinta do Dr. Samuel Maia, como eu me lembro de ser apelidada, estávamos pelos anos 50. O maior polo de atracção de populações àquela área dever-se-á, muito provavelmente, à mão de obra intensiva que era necessária para o trato das suas terras. Actualmente esta quinta está a ser utilizada por um seu neto na cultura e comércio de plantas ornamentais. Aliás, a entrada da Quinta era bordejada por cameleiras numa extensão de 150 metros, se bem me lembro. Tenho que lá ir tirar umas fotos (ou o meu irmão Vítor...)

O enredo do romance do livro referido no post acima assinalado parece desenrolar-se na zona do Dão à volta dos concelhos de Mangualde e de Viseu. Nele se fala, por exemplo, do cirurgião de Vilar, do abade de Coja, duma ribeira onde acaba por ser encontrado o corpo duma jovem, dumas termas, que poderão ser as de Alcafache, etc.

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2008/02/16

Entardecer pardacento...

Entardecer pardacento
Inverno, Primavera?
Clima em fingimento
Alma Humana sincera?!

Pensamento em nostalgia
Em corrente sinuosa
Será noite, será dia?
Bonança tormentosa!

Uma bruma m´ inquieta
Neste momento de quietude
Será a vida de cor infinita

No seu rumo sem virtude
Deslizando… aflita...?
Talvez se ouça uma sineta!?

antónio

16fev2008

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