2008/09/23

ADEUS A LEIRIA vindo de Aveiro

José Reinaldo Rangel de Quadros Oudinot foi um emérito investigador e divulgador da história de Aveiro e dos seus homens ilustres, nasceu e morreu nesta cidade, respectivamente em 19 de Março de 1842 e 22 de Julho de 1918. (1)
Foi professor, historiógrafo, dramaturgo, poeta e jornalista.
Disponho-me a esboçar alguns traços da sua personalidade, em circunstâncias meramente acidentais, se bem que, depois de ter tomado conhecimento mais profundo da sua vida e obra, tenha que o incluir no rol dos que vale a pena recordar e, dessa forma, estudar para com ele aprender facetas importantes da vida do homem ao longo dos tempos.
Acontece que, recentemente, recebi um e-mail do meu querido amigo António Leite, que conheço só por via da internet e da sua amabilíssima atenção que me tem prestado naquilo que vai encontrando em livros antigos (julgo ser bibliófilo, que me desculpe esta mera suposição) e que, como que por empatia natural, vêm precisamente ao encontro do meu manifesto interesse em determinados temas que tenho vindo a abordar no meu blogue “dispersamente”.
A última novidade que me fez o favor de enviar tem a ver com o “Novo Almanach de Lembranças Luso-Brasileiras” – edição de 1902 no qual descobriu um soneto de Samuel Maia(2) e um poema em III cantos, “Adeus a Leiria” de Rangel de Quadros.
Estes dois poemas tocam-me particularmente: o soneto “Esquecimento” de Samuel Maia por se tratar de um ilustre médico, vinicultor e homem de letras que já por diversas vezes aqui tive o privilégio de referenciar (além do mais é natural do Casal - Ribafeita e lá teve uma Quinta, de S. João, ponto de referência obrigatório); o poema de Rangel de Quadros por se referir a Leiria e nele esta terra secular e minha adoptada, ser cantada com a maior das doçuras e encantamentos.
-
Passo a transcrever a I parte do poema de Rangel de Quadros:

ADEUS A LEIRIA

Vou deixar-te, Leiria formosa!
Vou deixar teus jardins florescentes
E estas margens formosas, virentes,
Do teu brando e poético Liz!
- Vou! Adeus, alameda frondosa!
E por mim serão sempre lembrados
De Leiria os outeiros e prados,
Onde os dias passei tão feliz!
.Quantas noites passei gratamente
Junto aos choupos do lindo passeio!
Como ali procurava o meu seio
Um prazer innocente encontrar!
- Como é grato escutar na corrente
Os murmúrios do teu brando rio,
N´essas noites suaves do estio,
N´essas noites de puro luar!
.Vou deixar-te, castello vetusto,
Que me fazes trazer á memória
Esses tempos de fama e de glória,
Em que o mouro cedeu ao christão.
- Tu já foste gigante robusto,
Protector d´esta heróica Cidade,
Que em ti vê, com bem justa vaidade,
D´essa gloria um famoso padrão.

…………….
II


(1) “Apontamentos Históricos” de Rangel de Quadros . Ed. Da Câmara Municipal de Aveiro – 2000; O espólio de Rangel de Quadros, ficou cuidadosamente guardado pela sua sobrinha, a sra. D. Maria Gabriela Oudinot Larcher, residente em Leiria, que o depositou na Biblioteca Municipal de Aveiro, tendo a Câmara Municipal assumido o compromisso de ir publicando a obra de sei tio.
(2) ver índice temático (tag Samuel maia)
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2008/09/22

Outono 2008 em Leiria

(clic para ampliar)
Foto tirada de costas para o antigo Mercado, na direcção do Centro de Leiria. Pode-se ver a rotunda do Sinaleiro, a ponte Engº Afonso Zúquete, uma Melia Azedarach a sobrepor-se a um freixo antigo e de grande envergadura, ameixoeira de jardim (Prunus Pissardi), um choupo (à direita), o jardim da fonte luminosa com arbustos e plantas rasteiras (claro, por baixo está um parque de estacionamento de automóveis!).Há quem já ironize dizendo que qualquer dia só falta organizar umas caçadas ao coelho, que às tantas até os poderá lá haver. Eu não vou tão longe!
Enfim. O Outono já está a contar as horas para se apresentar no calendário do tempo...

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2008/09/18

1ª Fábrica de papel em Portugal - Rio Lis, Leiria


(1) No séc. XV a moagem de cereais era uma das tradições de trabalho e de riqueza na região. Dos Caniços ao

Arrabalde podiam contar-se sete moinhos, para além do pisão do papel, pertencendo uns aos Mosteiros de Alcobaça e de Santa Cruz de Coimbra e outros, ainda, a abastados proprietários que os podiam, ou não, alugar a rendeiros. Em 1411, D. João I permitiu, por Carta Régia, a Gonçalo Lourenço de Gomilde, homem da Corte, que"...em dois assentamentos velhos que em outro tempo foram moinhos que estão no termo e na ribeira da nossa vila de Leiria...junto à ponte dos caniços..."instalasse"...engenhos de fazer ferro, serrar madeira, pisar burel e fazer papel ou outras coisas que se façam com o artifício da água...contando que não sejam moinhos de pão...". (in "Roteiro Cultural de Leiria "Do Moinho do Papel à Tipografia Judaica" - ed. "Região de Turismo Leiria/Fátima").

Muitas outras fábricas se instalaram em Portugal (particularmente a partir de meados do séc. XVI) permitindo um desenvolvimento da técnica papeleira que deu a um português - Moreira de Sá - a honra de fabricar pela primeira vez em todo o mundo papel de pasta de madeira de pinho, em 1802, na sua fábrica junto do Vizela (1). ((1) A História de Portugal, de A.M.Cunha Lopes, p. 54).

Até há bem pouco tempo o edifício principal do moinho mantinha a traça arquitectónica original e teimava em laborar, precisamente, na arte de fazer farinha. Ainda é vivo e activo noutra profissão o último moleiro daquele moinho.


As rodas do moinho, reconstruídas e enquadradas no conjunto requalificado das instalações onde funcionou a 1ª fábrica de papel, como acima ficou dito, com início em 1411. Estas instalações localizam-se entre a "Rua da Fábrica de Papel" e a "Ponte dos Caniços", no Rio Lis, cujo nome foi mantido desde aquele longínquo séc. XV. A abertura destas instalações museológicas está prevista para breve.
Informação bastante pormenorizada pode ser lida a pág. 24 e seguintes da "revista municipal" de Leiria, nº 30 de dezembro de 2007.
Um aspecto actual do Rio Lis, poucos metros antes da "ponte dos caniços". Originalmente, a flora ao longo do rio era constituída exclusivamente por salgueiros, freixos, amieiros e choupos. Segundo julgo saber, os muitos plátanos, alguns de porte monumental, que se podem observar na actualidade, foram introduzidos ao longo das margens do rio, a partir do princípio do séc. XX.
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2008/09/15

Ilha de Moçambique

Ligação à Ilha de Moçambique, por ponte. Penso ser interessante ampliar a foto e ler o painel.
Ligação mais a Norte, por via marítima. Em 1970, passei 5 dias de férias nesta belíssima Ilha. Lembro-me que estava nesta praia e tive ocasião de assistir à chegada dum barco do mesmo tipo, transporte de pessoas e mercadorias. As pessoas mais importantes eram transportadas às cavalitas de membros da tripulação, para não molharem o calçado e a roupa. Pelos vistos hoje não haverá grande diferença.

ps.: As fotos agora apresentadas foram tiradas em Abril deste ano por um amigo que se deslocou a Moçambique, em missão de trabalho.
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2008/09/12

Viva eu 100 anos, vou cá ficar!...
Zaida, Inês, Bruno, Mafalda, Gui.(*)

Corre o ano de 1966
Rua Direita, Viseu, Outono.
Acabei os exames no Porto
Esforço pr´além do sono.

Vou para Leiria.

Viagem sinuosa, empedrada
Esperança quase arrependida
Estação dos Claras, fim de jornada
Nova e decisiva etapa da minha vida.

Não conhecia o Centro/Oeste,
A fala a cantar, calor abafado,
Barracão do Cinema, terra batida,
Restaurante Peninsular,
Onde me instalar?
Aqui mesmo ao lado,
Quarto alugado.

Ontem aluno, hoje professor
Escola Secundária, Castelo ao sol-pôr
Das suas ameias, um ensurdecedor,
Setor! És jovem, não tens temor?!

Luta interior, plangente!
Fico, não fico, coisa imprevista
A tropa a dois passos, obrigatória.
Hesitação de pouco tempo.
Subo a calçada do Castelo, porta à vista
Setas rasam-me… vitória!

Hoje, tão Leiriense como os que o são,
Monasticamente a vaguear, a laborar
Boavista, Leiria, Barreira, Praia do Pedrógão
Viva eu 100 anos, vou cá ficar!…

António Santos NunesMaio de 2005
(*)…Ana, Carolina

Posted by PicasaVista das traseiras da casa do Largo da Sé, Leiria, onde viveram, desde há quase 2 séculos, Paivas e Teles e Paiva e Santos Nunes e vive uma Terceirense, de Angra e do Raminho, com quase 90 anos.

2008/09/09

Diário duma manhã em Leiria

Perto das 9 horas. Margem direita do Rio Lis. Zona do antigo Parque da Fonte Quente. Os plátanos, majestosos, em preparativos para o Outono que se avizinha.

A Sra. D. Felismina, já duma certa idade (mais ainda que a minha, talvez pudesse ser minha mãe, portanto já podem ver), acabou de trazer, aqui ao meu escritório, no Largo da Sé, em mão própria, esta dose de marmelada. Esta senhora vive e tem estabelecimento de cestos e outros utensílios em vime, aqui perto, na Rua Direita, mesmo ao lado do "Pina".
Tem esta fotografia a finalidade de informar os frequentadores ou simples passantes deste blogue, todos bons amigos que muito prezo, que esta marmelada é a melhor do Mundo (e talvez até consiga provar, daqui a uns tempos -quanto ainda não sou capaz de prever, por isso é que coloquei a designação "Pina" entre aspas - e dos arredores). E mais. É feita à antiga, com marmelos e tudo!
Vou já comer só um bocadinho, que acabei de almoçar há pouco. Coisas de vizinhos doutros tempos, daqueles tempos das visitas e conversas porta a porta. Tenho saudades desse tempo, mas o Mundo não pára, está sempre a pular e a querer avançar!
Será que o está a conseguir?

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2008/09/06

Parceiros - Leiria - Quinta do Carrascal



Para que conste dos registos deste blogue:


- Estamos na freguesia dos Parceiros, na Rua da Quinta do Carrascal, limite com a freguesia da Azoia.
Concelho: Leiria
Portugal
.
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.
.

Esta chaminé, que faz parte integrante das edificações da antiga Quinta do Carrascal, parece ser datada de 1952. Pelo que tenho observado, era usual inscrever-se nas chaminés de algumas casas, o ano da sua construção.

Ampliando-se esta fotografia fica-se abismado (eu fiquei) com a idade que estas árvores deverão ter, partindo-se do princípio que são pilriteiros.
Aspecto de pormenor das árvores/arbustos,pilriteiros, atrás mencionadas.
-
Os pomes dos pyracantha(*), nesta altura, ainda estão de cor amarela ou mesmo verde. Quando maduros passam pelas cores amarelo/laranja e vermelha.
(*) Ver tag respectiva
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2008/09/05

Há dias assim...

Há dias assim
Olhamos à nossa volta
Sentimos o Outono
O efémero da vida
A descolorir-se
A desfolhar-se
A esvair-se
...
Opressiva nostalgia
Deste dia
.
Efémera melancolia?!
.
Assim seja!
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2008/09/04

Dutruc - Via Sacra na Capela da Casa-Museu Maria da Fontinha



Muito mais se poderia escrever sobre todo a mística que envolve o local único onde está implantado um dos melhores museus particulares que existem em Portugal. Muito está dito no respectivo site na Net, já aqui foi referenciado. De qualquer modo, não poderia deixar de apresentar, nesta oportunidade, alguns aspectos de pormenor, constantes duma reportagem fotográfica que tive a honra de poder levar a cabo na visita guiada pelo próprio Fundador e Director, para além dos que têm vindo a ser reportados nas entradas anteriores, que focaram essencialmente, o Museu propriamente dito.
Hoje, aborda-se, em exclusivo, a Capela Privativa da Casa-Museu, aberta ao público, que o foi em 1982.
Talvez o maior motivo de admiração do interior desta capela venha a ser a exposição de 14 quadros pintados em relevo esculpido pelo célebre escultor francês do séc. XIX, Dutruc, que viveu e trabalhou em Paris e Lyon e que representam com um rigor esplendoroso toda a Via Sacra percorrida por Jesus, de acordo com os ditames fundamentais da Religião Cristã.
Ampliando-se as fotos melhor se podem apreciar os pormenores do excelso trabalho produzido por este grande escultor. Convém dizer que esta Via Sacra foi instalada inicialmente na Igreja Matriz de Lyon, que acabou bombardeada e praticamente destruída no decorrer da I Grande Guerra, a de 1914-1918. Dos escombros dessa Igreja foram recuperados os quadros agora expostos para a admiração geral, que o Fundador do Museu Maria da Fontinha acabou por adquirir num antiquário em Condeixa - Portugal, em 1979, e os mandou incrustar nas paredes da
Capela Maria da Fontinha, em Além Rio - Castro Daire.
Estes trabalhos já foram filmados pelo Conservador do Museu do Louvre, o que demonstra bem o interesse (aliás perfeitamente natural) daquela famosa e completíssima instituição museológica.
...
(continua)
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2008/08/29

Mais peças inimitáveis no Museu Maria da Fontinha - Além do Rio - Castro Daire



1 - Para realçar a peça mais pequena: um bebedouro de pássaros, em porcelana, do tempo da Dinastia Ming. Conta Arménio de Vasconcelos que esta peça corresponde precisamente à única que falta numa célebre colecção pertença da Casa Real Espanhola.
2 - A Zaida Paiva Nunes envolta num xaile bordado e tecido a pura seda bicho, tal como no post anterior. Obséquio de Arménio de Vasconcelos. A foto é minha como todas as deste blogue. A beleza destas peças é de estontear, quando se consegue apreciar o Belo e representativo de épocas remotas da vida do Homem.
3 - Ampliando-se com um clic pode apreciar-se a extraordinária perfeição dos desenhos em relevo numa peça de marfim que não pesa mais que 70 gr e que é de dimensões na proporção do seu peso. Também tem origem nos tempos da Dinastia Ming da China.

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(continua)

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Mais uma pequena Mostra do acervo do Museu Maria da Fontinha - Castro Daire




1 - Dr. Arménio de Vasconcelos a mostrar-nos uma colcha em pura seda do bicho, com alguns milhares de anos. Estas peças demoravam a tecer à volta de 5 anos. Se se ampliar a foto pode apreciar-se a qualidade extraordinária do bordado. Esta é uma de várias colchas bordadas na Dinastia Ming da China, há cerca de 400 anos. Um pormenor que um leigo como eu aprendeu. Estas peças não se podem dobrar para guardar.
2 - No Museu estão expostos os originais das gravuras que foram publicadas, com muito êxito na época, no livro "Alfacinhas", Os Lisboetas do Passado e do Presente.
3- Prosseguindo a visita de todo o espaço idílico que constitui o conjunto do Museu, deparamo-nos com o Recanto de Miguel Torga. É de frisar que Arménio de Vasconcelos tem uma foto com Miguel Torga, precisamente, no momento em que lhe mostrou pela primeira vez, o busto do celebérrimo poeta e escritor português. O Marão, ali perto, sempre no seu espírito a inspirar-lhe muitos dos seus melhores trabalhos literários. Este busto foi mandado executar pelo próprio Arménio de Vasconcelos, mas, segundo o próprio nos confidenciou, Miguel Torga não gostou mesmo nada de se ver naquele busto de bronze.

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(continua)

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2008/08/27

Museu Maria da Fontinha - Castro Daire



Como já havia sido prometido na entrada precedente, apresenta-se, muito sumariamente, o Museu Maria da Fontinha, localizado mais precisamente no lugar de Além do Rio, concelho de Castro Daire.
A primeira fotografia mostra-nos uma imagem do seu Fundador e Director, Dr. Arménio de Vasconcelos(*), licenciado em Direito, por Coimbra. É membro do Conseil International des Musées, da UNESCO e da Associação Portuguesa de Escritores. Mestrando em Museologia na Universidade de Évora. Pelo que me é dado observar, nos contactos pessoais, de companheiro Governador Elista dos Distritos do centro de Portugal e de amigo de longa data, os estudos, investigações e organização do próximo futuro "Museu do Território do Vale da Paiva e Serras" estão a ser encarados com tal entusiasmo e empenhamento, que mais deveriam vir a constituir-se numa Tese de verdadeiro Doutoramento, tal o rigor que Arménio de Vasconcelos tem vindo a demonstrar na sua preparação.
As fotos seguintes pretendem dar uma amostra ainda que mínima em quantidade, das peças que constituem o acervo do Museu Maria da Fontinha, futuro Núcleo Museológico de referência daquele que virá a ser o Museu do Território da terra que ele tanto ama. Com toda a razão, deve-se acrescentar.
Repare-se na peça única e valiosíssima de Soares dos Reis, o molde original em gesso, que, em 1881, permitiu a execução em mármore da estátua da filha dos Condes de Almedina. A criança faleceu poucos dias depois. Também foi feita uma segunda estátua em bronze, que se encontra num Museu no Brasil, mas acerca da qual se está a levantar uma acesa polémica porque a Directora desse Museu não admite que será efectivamente um trabalho de Soares dos Reis. Acrescente-se que o molde original, depois de devidamente analisado, provou-se que tem 50 impressões digitais do grande artista portuense e do Mundo. O conjunto colocado na foto 3 representa vários instrumentos musicais e um xaile que pertenceram a Amália Rodrigues, para sempre recordada pela sua vida longa e preciosa em prol do Fado, cantado com a sua incomparável voz e a que também legou alguns poemas escritos pelo seu próprio punho.

...
(*) A biografia de Arménio de Vasconcelos daria para escrever um livro, tenho a certeza disso. (mais).
... (continua. Seria imperdoável não o fazer.)

2008/08/23

para além do rio - Vale do Rio Paiva e Serras



..........................................................................(clic para ampliar)

Nas nossas deambulações de férias de alguns dias deste mês de Agosto, acabámos por chegar a este lugar de encanto e de poesia: Além Rio, Castro Daire.

A dois passos deste Penedo, permanentemente a olhar a solidão dos penhascos e penedias que têm por tapete o vale das bordas da Paiva que, serpenteante e musical segue, cristalina e límpida, em direcção ao Douro, deixando maravilhado o visitante, existe o Museu Maria da Fontinha.

Aqui se podem ver e assim extasiar a vista e o coração, o Monte de São Macário, as Serras da Gralheira, da Arada, da Freita, do Montejunto e os Vales da Paiva e do Sul.

Não admira pois, que o Fundador e Director deste Museu, Arménio de Vasconcelos, se nos mostre e à sua poesia, com todo o deslumbramento que uma paisagem desta dimensão (diria mesmo, quase do outro Mundo), no seu livro "para além do rio", editado em 2004.

No acervo deste museu, existem milhares de peças oriundas do Brasil, obras de autores portugueses e de duas centenas de outros países.

Na sua inauguração, em 1984, estiveram presentes os então Presidente da República Portuguesa e Ministro da Cultura, o Embaixador do Brasil, bem como centenas de Artistas Plásticos e Escritores.

A propósito escreveu a eterna "Sophia de Mello Breyner":

"Museu

Aqui - como convém aos mortais -

Tudo é divino

E a pintura embriaga mais

Que o próprio vinho."

...

- livro "para além do rio" - Arménio de Vasconcelos - Ed. 2004 - Fundação Maria da Fontinha

- Consultar os blogues de Arménio de Vasconcelos e da "Casa-Museu Maria da Fontinha"

(continua) - Tivémos o privilégio de fazer uma visita pessoalmente guiada pelo próprio Dr. Arménio de Vasconcelos, do qual obtive autorização expressa para publicar a reportagem que na altura tive ocasião de desenvolver.Posted by Picasa

Guimarães - Largo da Oliveira



Guimarães tem um centro histórico digno de ser admirado. Com vagar.
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2008/08/19

Braga - Praça da República e Largo do Castelo



De férias por uns dias. Braga. Do lado esquerdo, dois aspectos da Praça da República. Do lado direito, um Carvalho monumental no Largo do Castelo.
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