Viva eu 100 anos, vou cá ficar!...
Zaida, Inês, Bruno, Mafalda, Gui.(*)
Corre o ano de 1966
Rua Direita, Viseu, Outono.
Acabei os exames no Porto
Esforço pr´além do sono.
Vou para Leiria.
Viagem sinuosa, empedrada
Esperança quase arrependida
Estação dos Claras, fim de jornada
Nova e decisiva etapa da minha vida.
Não conhecia o Centro/Oeste,
A fala a cantar, calor abafado,
Barracão do Cinema, terra batida,
Restaurante Peninsular,
Onde me instalar?
Aqui mesmo ao lado,
Quarto alugado.
Ontem aluno, hoje professor
Escola Secundária, Castelo ao sol-pôr
Das suas ameias, um ensurdecedor,
Setor! És jovem, não tens temor?!
Luta interior, plangente!
Fico, não fico, coisa imprevista
A tropa a dois passos, obrigatória.
Hesitação de pouco tempo.
Subo a calçada do Castelo, porta à vista
Setas rasam-me… vitória!
Hoje, tão Leiriense como os que o são,
Monasticamente a vaguear, a laborar
Boavista, Leiria, Barreira, Praia do Pedrógão
Viva eu 100 anos, vou cá ficar!…
António Santos NunesMaio de 2005
(*)…Ana, Carolina
Zaida, Inês, Bruno, Mafalda, Gui.(*)
Corre o ano de 1966
Rua Direita, Viseu, Outono.
Acabei os exames no Porto
Esforço pr´além do sono.
Vou para Leiria.
Viagem sinuosa, empedrada
Esperança quase arrependida
Estação dos Claras, fim de jornada
Nova e decisiva etapa da minha vida.
Não conhecia o Centro/Oeste,
A fala a cantar, calor abafado,
Barracão do Cinema, terra batida,
Restaurante Peninsular,
Onde me instalar?
Aqui mesmo ao lado,
Quarto alugado.
Ontem aluno, hoje professor
Escola Secundária, Castelo ao sol-pôr
Das suas ameias, um ensurdecedor,
Setor! És jovem, não tens temor?!
Luta interior, plangente!
Fico, não fico, coisa imprevista
A tropa a dois passos, obrigatória.
Hesitação de pouco tempo.
Subo a calçada do Castelo, porta à vista
Setas rasam-me… vitória!
Hoje, tão Leiriense como os que o são,
Monasticamente a vaguear, a laborar
Boavista, Leiria, Barreira, Praia do Pedrógão
Viva eu 100 anos, vou cá ficar!…
António Santos NunesMaio de 2005
(*)…Ana, Carolina
10 comentários:
Olá meu novo amigo.
Passei par conhecer seu blog.
Parabéns.
Sua nova amiga.
Regina Coeli.
Te aguardo em meu cantinho.
Uma 1ª passagem para conhecer e agradecer a amável visita. Um espaço bem interessante, este.
Nasci em Moçambique, sim senhor, tenho raízes a escassos 30 Km de Viseu e também já estive aí por perto, mais concretamente na zona da Batalha. Agora estou nos arredores da capital, bem perto do mar e da serra de Sintra.
Bom fim de semana
Abraço do Zé
Muito original e alegre, esta biografia poética!
Pois que vivas 100 anos:))
1966 para mim também é marcante, Antoónio, foi o ano em que nasci!
Tão leiriense... assim me sinto também aqui tão joseense quantos os que aqui nasceram...
Muito belo seu poema.
Beijinhos
Gostei tanto!!!
Viseense, Leiriense, Lisboeta, Eborense... tão importante amar a terra em que vivemos e nos acolhe como filhos.
Beijinhos de alfazema
Bela descrição poetica de um percurso e com uma imagem de um monumento que sempre me cativou muito...o Castelo d leiria. Alias tenho uma atração muito especial por castelos.
Um abraço e continuação de bom domingo.
António Delgado
Gostei da fotografia e da poesia.
Um abraço e boa semana de trabalho.
Olá Amigo! Gostei imenso de ler estas memórias. Também me vou agarrando e amando pedaços da terra que nada têm a ver com as minhas origens.
Assim se vive... e sobrevive.
Um beijinho grande
Bela descrição em forma de poesia dum passado que ficou na memória e deve ser sempre recordado.Essa veia poética podia ser mais explorada António.Continuo a dizer que alguns percursos foram também percorridos por mim. Estudar no Porto, vir até Viseu e dizer sou tão Viseense como aqueles que cá estão.Gr. abraço
Bela descrição em forma de poesia dum passado que ficou na memória e deve ser sempre recordado.Essa veia poética podia ser mais explorada António.Continuo a dizer que alguns percursos foram também percorridos por mim. Estudar no Porto, vir até Viseu e dizer sou tão Viseense como aqueles que cá estão.Gr. abraço
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